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Na segunda mesa de negociações, empregados da Caixa cobram respeito à jornada e pagamento de extras

A segunda mesa de negociações entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e o banco, para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa, ocorrida nesta sexta-feira (12/7), em São Paulo, começou com uma tensão em decorrência das denúncias divulgadas pela imprensa de que gerentes da Caixa Asset perderam suas funções por terem se recusado a assinar contratos de compra de letras de financeiras do Banco Master, consideradas arriscadas demais para os padrões do banco.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, participou da reunião.

“Antes de entrar na pauta de hoje, que são artigos da nossa minuta de reivindicações sobre jornada e teletrabalho, queremos pedir para que as denúncias veiculadas hoje pela imprensa, de que a gerentes da Caixa Asset perderam seus cargos por se negar a dar aval a uma transação, no mínimo, suspeita, sejam devidamente verificadas e, se for o caso, haja punição para os responsáveis”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

“Mais uma vez, vemos empregados sendo punidos por cumprir sua função e, com base em questões técnicas, garantir que o banco não tenha prejuízos. A quem interessa a transação? Isso precisa ser apurado, pois é a credibilidade da Caixa e recursos públicos estão em jogo”, completou.

Cobrança de respostas

Rafael também cobrou respostas sobre as reivindicações trazidas pelos empregados na primeira mesa de negociações. “A Caixa precisa avançar e nos trazer respostas positivas sobre as reivindicações já apresentadas”, cobrou.

Outro ponto levantado foi a reivindicação para que a Caixa traga para a mesa de negociações as questões que envolvam a Fundação dos Economiários Federais (Funcef).

“Já faz algum tempo que estamos cobrando isso da Caixa. Os participantes colocam seu dinheiro nos fundos e têm o direito de participar das negociações sobre a solução”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

“É importante que a Caixa e a Funcef mantenham relações com as entidades associativas e de representação dos empregados, mas as negociações devem acontecer aqui nesta mesa”, disse o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários (Feeb) da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Rafael informou que ainda nesta sexta-feira a Contraf-CUT enviará um ofício à Caixa cobrando que as questões que envolvam a Funcef sejam tratadas em mesa de negociações.

Jornada

O debate sobre o tema se baseou nos artigos 8º, 9º, 10, 23, 24, 33, 37, 61 e 70 da minuta de reivindicações aprovada no 39º Congresso dos Empregados da Caixa, realizado entre os dias 4 e 6 de junho, em São Paulo.

“Vivenciamos, recentemente, aqui no Rio Grande do Sul o trabalho no sábado e também no domingo, para atender à população atingida pelas enchentes. Nas agências que abriram, testemunhamos nossos colegas desempenhando o papel social da Caixa, com muito orgulho de poder fazer a diferença nas vidas das pessoas em um momento tão trágico e difícil, sendo que muitos deles também foram duramente atingidos”, observou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi), do Rio Grande do Sul, Sabrina Muniz. “Entendemos a urgência deste caso, mas não podemos deixar de ressaltar que nossa CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) estabelece que é preciso haver negociação prévia com os sindicatos para que seja possível o funcionamento de agências bancárias as sábados, domingos e feriados. Assim também como é de suma importância o fornecimento da relação dos trabalhadores e trabalhadoras que irão trabalhar”, completou, lembrando ainda que o trabalho aos finais de semana deve acontecer por adesão voluntária, de acordo com o interesse e disposição de cada empregado e com a garantia de pagamento horas-extras, conforme definido nas normas específicas e acordos dos empregados.

O representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec) do Centro-Norte, Antonio Abdan, destacou a reivindicação da redução da jornada de trabalho para 20 horas semanais, a serem cumpridas em quatro dias na semana. Os bancários defendem a manutenção da abertura dos bancos por cinco dias, de segunda a sexta-feira, mas com cada bancário trabalhando apenas quatro dias da semana.

“Isso já vem sendo discutido também na mesa de negociações unificada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Exemplos dos Estados Unidos e da Europa mostram que é viável, ainda mais com o avanço tecnológico que estamos tendo. Mas, além da viabilidade, a redução da jornada, sem redução de salário, traz melhorias para a produtividade e, consequentemente, para a rentabilidade das empresas, além de inúmeras melhorias na saúde dos trabalhadores e, em consequência, redução dos afastamentos e satisfação com o trabalho e a empresa”, disse.

Segurança bancária

Sobre o artigo 33, que trata dos procedimentos em caso de assalto e sequestro, o representante da Feeb-SP/MS, Tesifon Quevedo Neto, defendeu que, em caso de sequestro, o direito aos atendimentos médico, psicológico e jurídico necessários, a serem custeados pela Caixa, se estenda a todas as pessoas que foram afetadas, mesmo que não sejam dependentes, nem pertençam ao grupo familiar do empregado, ou empregada.

“A redação do artigo 33 prevê assistência para empregado e familiares, mas o que queremos é a extensão do direito a quem estiver no local onde ocorrer o ato crimino e for afetada, independente de ser familiar”, explicou.

A dificuldade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e o não fechamento de unidades onde houve ocorrência de assalto e/ou sequestro foi abordada pelo representante da Fetrafi-MG, Lívio Santos e Assis. “Precisa ficar claro para os gestores e superintendentes que a unidade que for vítima de assalto e sequestro tem que ficar fechada. E, se houver dano físico ou mental no pessoal, ou na infraestrutura, que prejudique a segurança e as condições de trabalho, ela deve ficar fechada até que sejas restabelecidas as condições necessárias para o funcionamento”, disse. “Como a equipe trabalha sabendo que houve sequestro? As pessoas não conseguem se concentrar”, exemplificou.

Pausa para desconexão

O representante da Feeb-BA/SE, Emanoel Souza, lembrou da necessidade do respeito ao intervalo para descanso. O artigo 37 da minuta de reivindicações diz que “todos os empregados (inclusive caixas, tesoureiros, dentre outros) farão uma pausa de 10 (dez) minutos a cada 50 (cinquenta) trabalhados, que deverá ser realizada fora do posto de trabalho, na própria unidade de lotação, sem que ocorra aumento de ritmo ou carga de trabalho em razão dessas pausas.” “Essa questão veio para a mesa de negociações e a gente conseguiu chegar a um acordo no período da epidemia de LER (lesões por esforços repetitivos). E foi fundamental para diminuir a incidência da doença. Esse intervalo para desconexão tem um papel importante para amenizar o adoecimento, inclusive na redução de outros problemas que hoje são mais comuns, como as doenças mentais”, observou.

Capacitação profissional

A representante da Fetraf-RJ/ES, Lizandre Borges, destacou a reivindicação expressa no artigo 70 da minuta, que diz os empregados devem dispor de seis horas mensais para estudos, na metodologia à distância, junto à Universidade Caixa, dentro da jornada de trabalho, em local apropriado na unidade, sendo que cada unidade deverá organizar coletivamente escala para garantir o acesso de todos os empregados ao estudo previsto.

“Precisamos que este artigo seja efetivamente aplicado, pois muito de nossos colegas não têm tempo para se capacitar e na hora da promoção por mérito isso é cobrado. Ele precisa ter condições de isso acontecer dentro das agências”, cobrou a representante da Fetrafi-RJ/ES, lembrando que, muitas vezes os gestores alegam não haver condições de liberar os subordinados para o estudo. “É importante que a Caixa dê ênfase ao atendimento da população. Mas a Caixa precisa valorizar a capacitação dos empregados. E, se não há condições de isso ser efetivado, é mais uma prova de que há sobrecarga de trabalho. Ou seja, precisa contratar mais empregados”, completou.

Teletrabalho

A representante da Fetec-SP, Vivian Sá, lembrou que a Caixa não firmado um acordo específico de teletrabalho com seus empregados e que o banco segue apenas o acordo que existe com a Fenaban. “Apesar de existir um normativo específico da Caixa, é preciso clausular o que é específico, para evitar que haja alterações unilaterais por parte do banco sem que haja sequer necessidade de negociação com a representação dos empregados. Clausulando vira direito. Vira necessidade de cumprimento”, disse. “Além disso, é preciso deixar clara a política de trabalho remoto do banco, para que não fique a critério do gestor e este possa usar como moeda de troca e para que não haja abertura para o assédio e uso da modalidade de trabalho como uma forma de cobrança de metas”, reforçou. “E também é preciso lembrar da prioridade para os PcD e responsáveis pelos cuidados de pessoas com deficiência”, concluiu.
Com relação aos PcD, o coordenador da CEE, Rafael de Castro, lembrou que a Caixa tem agendada para o dia 26 de junho, com o Comitê de Diversidade e pediu para que alguns membros do Comitê participem da próxima reunião de negociação, no dia 19 de junho, juntamente com os membros da CEE, para a entrega de um documento com reivindicações específicas para este segmento de empregados.

Outros pontos

A CEE reforçou o pedido, já realizado em outras reuniões, para que o banco dê acesso aos dirigentes sindicais aos comunicados enviados aos demais empregados. E, além disso, que permita o acesso aos empregados, tanto aos que trabalham presencialmente, quanto aos que cumprem suas funções remotamente.

“Precisamos nos comunicar com os empregados. Além da permissão de utilização do malote como forma de envio de nossos comunicados, queremos que a Caixa retransmita nossos comunicados aos empregados”, disse Rafael de Castro.

Gipes

A Caixa informou que vai atender a reivindicação da representação dos empregados e, a partir de 5 de agosto, todas as gerências regionais de pessoas voltarão a funcionar, mesmo que na data alguma das equipes esteja incompleta.

Avaliação

A CEE avalia que o diálogo está fluindo. Nesta primeira fase, os empregados estão apresentando as demandas dos trabalhadores. Mas ressalta a necessidade de a Caixa começar a trazer devolutivas das reivindicações, com encaminhamentos para as demandas apresentadas. “Não se pode deixar pra resolver na última hora. Os empregados estão dispostos a negociar e buscar avanços em mesa de forma célere e responsável e espera o mesmo da Caixa, na expectativa de que o banco caminhe na mesma linha, visando valorizar todas e todos, que ao longo do ano se entregam de forma integral”, afirmou o coordenador da CEE.

Calendário de negociações

A próxima reunião de negociações com o banco será realizada na próxima sexta-feira (19/6). A partir da semana seguinte, começa a ser debatido o tema Saúde.

Julho

19 de julho – Diversidade e Igualdade
26 de julho – Saúde

Agosto

7 de agosto
14 de agosto
21 de agosto
28 de agosto

*com informações da Contraf-CUT

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Na 3ª mesa de negociação, BB se compromete a não mexer na gratificação dos caixas

Nesta sexta-feira, 12 de julho, na terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a direção do Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período.

Bethania Emerick, Diretora Cultural da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e Diretora do Sindibancários/ES, participou da reunião, ocorrida em São Paulo.

Para Bethania, “a tarde de hoje foi muito importante, no sentido de garantir a gratificação dos caixas e manter o compromisso de discutir o assunto na mesa de negociação. Isso abre espaço para que vários outros temas, que são relevantes para a categoria, também sejam tratados.
A pauta da mesa de hoje foi sobre cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros. Esses temas são muito significativos e trazem avanços na garantia da qualidade de vida dos bancários e bancárias.”, declarou.

Cláusulas sociais em debate

O tema central da reunião foi cláusulas sociais, com destaque para teletrabalho, jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.

A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto. De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.

Redução da jornada

Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana. Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Bancos de horas negativa

O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alternativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.

A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.

*com informações da Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de reunião sobre igualdade de oportunidades com a Acrefi

Nesta sexta-feira, 12 de julho, representantes dos financiários, no movimento sindical, se reuniram, com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), para cobrar igualdade de oportunidades no setor. O encontro faz parte das negociações da Campanha Nacional 2024 da categoria.

Max Bezerra, Diretor de Bancos Privados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na reunião.

Para Max, “é fundamental conhecer o “rosto” da categoria, para aprofundar e ampliar as políticas de igualdade salarial e de oportunidade para os trabalhadores e as trabalhadoras das financeiras.”, declarou.

A pedido dos trabalhadores, a economista Cátia Toshie Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou um levantamento elaborado a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2022, e que comprova desigualdade entre homens e mulheres e brancos e negros, no setor financiário.

Enquanto que, em todo o país, os negros (a soma dos pretos e pardos), representam 55,5% da população, no setor financiário 68,25% se autodeclararam brancos e 22,06% negros.

Além de estarem subrepresentados no setor, a remuneração média mensal dos negros financiários é 69,7% da remuneração média mensal dos colegas brancos, uma defasagem de 30%.

O trabalho do Dieese mostrou ainda que, apesar de as mulheres representarem 52% do total de trabalhadores financiários, o setor paga a elas 57,29% da remuneração mensal média paga aos homens.

O levantamento apontou também que o setor tem baixíssima contratação de pessoas com deficiência (PCDs), que compõem somente 1,93% de toda a categoria.

Após a apresentação dessas informações aos representantes da Acrefi, o coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, ressaltou o dever de o setor corrigir as distorções, a partir da contratação de mais negros e negras e do cumprimento da lei de igualdade salarial dentre homens e mulheres.

“Nós cobramos uma resposta afirmativa sobre todos esses pontos, em primeiro lugar, porque se trata de igualdade de oportunidades e salariais que precisam e devem ser respeitadas pelas empresas do setor. Em segundo lugar, para avançarmos nas outras pautas da campanha”, completou Jair.

A secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Contraf-CUT, Magaly Fagundes, reforçou também a cobrança do “Rosto dos financiários”, pesquisa para obter um perfil mais detalhado dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

“Esse é levantamento também ajudará a embasar melhor a construção de medidas para alcançar a igualdade de oportunidades para todos e todas, independente de raça, cor, condição física e orientação sexual”, pontuou.

Calendário de Negociações:

16/07 – Emprego: incluindo a questão do teletrabalho (Manhã)
19/07 – Saúde e condições de trabalho (Tarde)
23/07 – Cláusulas econômicas (Manhã)
30/07 – Cláusulas econômicas (Tarde)

*com informações da Contraf-CUT

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Movimento Sindical denuncia retaliação a gerentes da Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e as Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcefs) manifestam profunda preocupação diante da notícia de que três gerentes da Caixa Asset, subsidiária responsável pela gestão de ativos do banco, foram destituídos de seus cargos após se recusarem a aprovar uma operação financeira que julgaram arriscada e atípica.

A transação envolvia a compra de um lote de R$ 500 milhões em letras financeiras do Banco Master sem as devidas garantias. Os gerentes consideraram a operação imprudente e alertaram para o alto risco de solvência. Também detalharam uma pesquisa reputacional dos executivos do Banco Master, que possuem processos na Comissão de Valores Mobiliários por envolvimento em crimes financeiros.

A destituição desses empregados parece ser uma retaliação injusta, que demanda uma apuração rigorosa e imediata por parte da Caixa. Ressaltamos que a atuação dos empregados da Caixa foi exemplar, demonstrando compromisso com a integridade e segurança do banco. No entanto, estamos preocupados com possíveis ingerências e direcionamentos para negócios escusos, que devem ser investigados com seriedade.

A conselheira eleita do Conselho Administrativo da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, tomará providências para que o diretor-presidente da Asset seja convocado a prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.

É importante destacar que o incidente ocorreu em uma empresa subsidiária da Caixa, levantando preocupações sobre os riscos associados ao fatiamento do banco e a criação de subsidiárias.

Por fim, as entidades reafirmam que não desejam ver a Caixa envolvida em escândalos, como os que marcaram o passado recente, com casos de assédio moral e sexual praticados pelos mais altos cargos do banco. Nosso compromisso é com uma Caixa Econômica Federal íntegra, totalmente pública e presente no desenvolvimento social e no impulsionamento da economia do país.

Contraf-CUT, Fenae e Apcefs

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES participa de reunião do Coletivo Nacional de Saúde

Nesta sexta-feira, 12 de julho, ocorreu uma reunião do Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A reunião, realizada de modo virtual, debateu sobre as principais demandas da categoria bancária sobre o tema.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) esteve representada por Josias Denucci, Secretário de Saúde e Segurança do Trabalho do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região e Representante Suplente da Federação na Mesa Nacional sobre Saúde.

O Coletivo determinou os encaminhamentos que serão entregues aos membros do Comando Nacional dos Bancários, para que sejam discutidos na mesa de negociação junto à Fenaban, que acontecerá no próximo dia 25 de julho.

São eles:

– Combate ao Assédio: Revisão e atualização da Cláusula 61;

– Combate as Metas Abusivas: Aperfeiçoamento da Cláusula 87;

– Acolhimento dos Trabalhadores Adoecidos por parte dos Bancos;

– Cumprimento das Clausulas e, Consequentemente, dos Artigos da CCT (principalmente os referentes à Saúde dos Trabalhadores);

– Proposta: Iniciar uma campanha ostensiva de Luta, com o tema Saúde, do dia 18 ao dia 25/07 (dia da negociação sobre o tema com a Fenaban);

– Discutir sobre a proposta que os bancos tem apresentado aos trabalhadores doentes com o objetivo que os mesmos saiam da empresa (Compra de estabilidade por motivo do B91);

– Discutir sobre o rebaixamento de cargos no retorno da licença;

– Retorno das homologações nos Sindicatos de base para todos os bancos;

– Discutir a prática do Banco Santander de fazer acordo de rescisão de trabalho com o trabalhador, adicionando cláusula que o impede de ingressar com ação na justiça.

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Mesa de negociações reivindica igualdade de oportunidades como prioridade

Durante a mesa sobre Igualdade de Oportunidades, realizada com a Fenaban, nesta quinta-feira (11/7), como parte das negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o Comando Nacional dos Bancários mostrou que, na Consulta Nacional da Categoria Bancária, realizada neste ano com quase 47 mil trabalhadores do setor de todo o país, o tema Igualdade de Oportunidade apareceu na 5ª colocação entre as prioridades da classe, relacionadas às cláusulas sociais.

Além disso, o Movimento Sindical pediu, ainda, um novo Censo da Diversidade, onde todos os bancos façam adesão ao programa Empresa Cidadã e realizem ações de permanência e ascensão das populações mais vulneráveis.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), representou a entidade na mesa.

Além dele, Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindibancários-ES e representante da Intersindical, também participou da reunião.

Nilton Esperança comentou sobre a reunião.

“Colocamos na mesa a importância de se discutir a Lei de Igualdade Salarial, entre homens e mulheres e, também, falamos sobre as diferenças que existem entre negras e negros para pessoas brancas, nos bancos. Além disso, queremos: a ampliação do número de mulheres na área de TI; atualizar os relatórios de acompanhamento; e discutir assédio sexual e moral. Na pesquisa feita pelo movimento sindical, estes dados nos causaram preocupação e exigimos medidas mais efetivas para coibir estas condutas.”

E completou. “Pedimos para que a adesão ao programa da empresa cidadão também valha para a licença de maternidade. E que discuta o acesso e acolhimento de pessoas LGBTQI+ e trans. Precisamos retomar o censo com auto declaração. Sem discriminação e mais respeito.”

Nilton falou da importância da mobilização da categoria. “Temos que cobrar dos banqueiros todos esses pontos. Nos mobilizarmos. É necessária a participação de toda a categoria, para mostrar que estamos atentos e sentindo essas diferenças. E que estamos dispostos, em conjunto com o movimento sindical, a resolver essas disparidades.”

“A Fenaban diz está tentando evoluir nesses temas e disse que assumem o compromisso de discutir com os bancos, pois também estão de acordo com o movimento sindical. Vamos acompanhar e cobrar essas atitudes pois, para exemplificar, no fechamento das agências, a maioria das demissões foram de mulheres, por não estarem nos cargos principais. Queremos e vamos cobrar atitudes urgentes. Sugerimos mudar a cláusula: ao invés de aderir, queremos que todos os bancos tenham compromisso com as licenças maternidade e paternidade, assim que retornarem às suas atividades.”, finalizou.

Os trabalhadores colocaram na mesa números que revelam que existem grande desigualdade salarial e de acesso no setor bancário, com base em relatório elaborado pelo Dieese a partir de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2022, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

“Esse resultado aponta que as mulheres bancárias percebem claramente a situação de desigualdade salarial entre gêneros e de ascensão profissional dentro das empresas”, destacou a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários Juvandia Moreira.

Apesar de representarem quase 48% da categoria, as bancárias tem remuneração média 20% inferior à remuneração média dos homens bancários. O recorte racial revela uma distorção ainda pior: as mulheres bancárias negras (pretas e pardas) têm remuneração média 36% inferior à remuneração média do bancário branco.

Por conta dessa diferença, para que as mulheres negras bancárias recebam a mesma remuneração que os colegas homens e brancos, elas teriam que trabalhar num mês de 48 dias ou mais 7 meses do ano para haver igualdade salarial.

“Quando olhamos o quadro geral, de todo o mercado de trabalho no país, as mulheres recebem cerca de 22% menos de remuneração que os homens. Então, o retrato da nossa categoria não é muito diferente do cenário nacional. Isso, é preocupante, porque mostra que, nos bancos, há um reflexo de desigualdades que precisa e deve ser combatido”, destacou Juvandia, que também é presidenta da Contraf-CUT.

As desigualdades salariais de gênero se repetem em praticamente todos os cargos do setor bancário, mas se aprofundam nos cargos de liderança, onde elas recebem cerca de 25% menos que seus pares, e quanto maior for a escolaridade, onde as bancárias com doutorado recebem 61% da remuneração média dos homens bancários também com doutorado. As mulheres recebem mais que os homens em apenas 2,8% do total das ocupações no setor bancário.

“Por que uma mulher negra recebe diferente de uma mulher branca ou um homem branco, exercendo a mesma função? Não há justificativa para isso, a não ser um problema estrutural que temos que enfrentar, por uma questão de reparação histórica”, alertou Neiva que também é coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP).

Questão racial

Apesar de negros e negras representarem mais de 56% da população, segundo o IBGE, compõem 26,2% da categoria bancária, sendo que as mulheres negras apenas 12% do total de trabalhadores no setor. Esse dado, da Rais de 2022, mostra uma leve melhora no setor, considerando que, dez anos antes, em 2012, negros e negras representavam 18,9% da categoria.

Também há diferença salarial significativa entre homens bancários brancos e negros, com o segundo grupo recebendo remuneração média de 78,9% da remuneração média dos brancos.

“Para que os bancos não continuem reforçando essa discriminação que está materializada no dia a dia, entre homens e mulheres, negros e negras, precisamos de mudança, mas essa mudança só vai acontecer com diálogo e enfrentamento em pontos sensíveis como acesso e ascensão”, completou Juvandia.

Redução de mulheres na TI

Os bancários também mostraram que está havendo uma redução de mulheres contratadas em todos os cargos do setor. Entre janeiro de 2020 e maio de 2024, houve redução de 11.514 postos. Porém, quando é feito o recorte de gênero, o saldo positivo de emprego bancário entre homens foi de 1.331 postos, enquanto para as mulheres, foram eliminados 12.845 postos. Portanto, a cada um homem contratado no período, nove mulheres foram desligadas.

Nesse período, na área que teve mais contratação nos bancos, a de TI, ocorreram 19,9 mil admissões, porém, desse total 78% das vagas destinadas aos homens e o restante (22%) às mulheres.

Canais de combate ao assédio

A secretária da Mulher da Contraf-CUT e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, cobrou informações sobre a implementação das cláusulas conquistadas nas campanhas de 2020 e 2022, de prevenção e combate à violência doméstica e familiar e de combate ao assédio sexual.

“Queremos os números, saber quantas são e a forma como as mulheres vítimas foram atendidas, se foram acolhidas realmente, protegidas e não revitimizadas”, explicou Fernanda, apresentando, em seguida, os números dos canais “Basta! Não irão nos calar”, programa de assessoria jurídica humanizada a mulheres em situação de violência doméstica e familiar, de iniciativa do movimento sindical bancário.

“Atualmente temos 13 canais, com 449 mulheres já atendidas: desses total, foram geradas 235 medidas protetivas, com base na Lei Maria da Penha”, destacou.

Reivindicações

– Cumprimento da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, especificamente no ponto sobre o Relatório de Transparência Salarial:

>Correção e adequação dos relatórios divulgados;
>Que divulguem os dados por empresa e não somente por estabelecimento (CNPJ);
>Que tragam o número absoluto de trabalhadores e trabalhadoras;
>E que os relatórios sejam compartilhados com os trabalhadores e com o Comando Nacional dos Bancários, para facilitar o acompanhamento.

– Realização do 4º Censo da Diversidade da categoria, o último foi divulgado em 2019.

Neste ponto, os trabalhadores lembraram que a realização do Censo da Diversidade é um compromisso firmado na CCT para ser realizado a cada cinco anos, período vencido.

– Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.

“O Brasil lidera o ranking de países que mais matam pessoas trans no planeta, pelo 15º ano consecutivo”, destacou a secretária da Juventude da Contraf-CUT e militante LGBTQIA+, Bianca Garbelini, com base em dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), ressaltando que isso é fruto de um forte preconceito que leva essa população a ter uma expectativa média de vida de 35 anos no país, e também a terem piores condições de educação, saúde e trabalho.

“Mesmo quando acessam o emprego bancário, por causa do preconceito, muitos não conseguem prosseguir e outros não conseguem permanecer na carreira. Por isso, temos que conscientizar os demais trabalhares e trabalhadoras no setor”, completou.

“Dentro da pauta para os trabalhadores LGBTQIA+ nós destacamos a questão da população trans, por causa da sua grande vulnerabilidade, cobrando cota de acesso, políticas de formação e capacitação”, reforçou Juvandia Moreira.

Um dos exemplos bem sucedidos no setor, que foi destacado pelos trabalhadores, é o caso do Banrisul, que abriu um concurso público com cota de 1% para a população trans, e teve esse percentual superado no processo seletivo. Existe ainda um ordamento para que órgãos do governo federal tenham reserva de vagas em concursos públicos para transexuais e indígenas.

– Adesão de todos os bancos ao Programa Empresa Cidadã, para que todos pratiquem a licença maternidade de 180 dias e paternidade de 20 dias.

“Também pontuamos que as mulheres tenham a garantia de que não terão nenhum prejuízo em suas carreiras, no retorno da licença maternidade”, destacou Juvandia.

– Programas de promoção de acesso à ascensão de negros e negras, além de igualdade salarial para toda a categoria.

– Programas de promoção para acesso e permanência de mulheres nas áreas de TI.

– Balanço, por bancos, sobre a implementação e realização dos programas de combate ao assédio e de violência doméstica.

“Como resultado desta mesa, os representantes dos bancos indicaram o compromisso de buscar soluções para esses problemas. Vão se reunir com as empresas para trazer propostas que respondam as reivindicações da categoria”, destacou Juvandia.

Calendário

Julho
18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

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COE se reúne com Mercantil para discutir PLR, falta de segurança e outras denúncias

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reúne com a direção do Banco Mercantil do Brasil, na próxima terça-feira (16). Em pauta, estarão o Programa Próprio de PLR e outros assuntos ligados a funcionárias e funcionários do Mercantil.

Em preparação, os membros da COE realização uma reunião preparatória, em 15 de julho, na qual serão debatidos, além da PLR própria, problemas enfrentados nos postos de atendimento avançado (PAAs) e departamentos, como a retirada da vigilância armada, e a exigência do Mercantil de que funcionários realizem panfletagem nas ruas para agregar novos clientes.

Vanderci Antônio, coordenador da COE, destacou que as denúncias são fundamentais para que os sindicatos atuem contra a gestão irresponsável do Mercantil. “São inúmeros relatos que recebemos diariamente seja em relação à insegurança ou outras formas de desrespeito e exploração contra trabalhadores. Com estas informações é que conseguimos agir prontamente em defesa da categoria”, afirmou.

Segundo Marco Aurélio Alves, funcionário do Banco e dirigente sindical, “para lucrar cada vez mais, o Mercantil está substituindo vigilantes armados por controladores de acesso terceirizados. Com isso, aumenta-se a insegurança em relação a crimes de roubo, furtos, transações eletrônicas fraudulentas, extorsão e até sequestro dentro dos PAAs. Isto afeta tanto trabalhadores quanto clientes, em especial aposentados e pensionistas do INSS”.

Fonte: Contraf-CUT

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Deputados aprovaram projeto que regulamenta reforma tributária

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/24, do Poder Executivo, que regulamenta a reforma tributária e define regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), todos previstos na Emenda Constitucional 132. Com a aprovação pela Câmara dos Deputados, o projeto será encaminhado ao Senado.

O relator aprovou a emenda 745, de autoria dos deputados Tadeu Veneri (PT-PR), Afonso Motta (PDT-RS) e Erika Kokay (PT-DF), que reduz a zero as alíquotas do IBS e da CBS dos planos de gestão administrativa (PGA) das entidades de previdência complementar sem fins lucrativos e define que os planos de assistência à saúde ficam sujeitos a regime específico de incidência destas tributações quando esses serviços forem prestados por seguradoras de saúde, operadoras de planos de assistência à saúde e cooperativas de saúde.

“A não incidência de imposto aos fundos de previdência fechados e a inclusão dos planos de saúde de autogestão em regime específico era uma luta das entidades de representação e associativas dos trabalhadores”, ressaltou o secretário de Relações do Trabalho e responsável na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento das pautas de interesse dos trabalhadores em tramitação no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão. “Estamos acompanhando todo o processo de debate da reforma no Congresso e este momento é histórico, principalmente para o povo mais pobre, que poderá comprar seus alimentos com menos impostos e ainda, em alguns casos, terá devolução dos valores tributados em alguns produtos e serviços”, completou Jefão ao lembrar do imposto zero de produtos da cesta básica e do chamado “cash back”. “Mas estaremos atentos e pleitearemos correções que sejam necessárias”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

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Tuitaço: bancários protestam nas redes por igualdade de oportunidades nesta quinta (11)

A categoria bancária de todo o país se reorganiza para mais uma ação na rede X, com um tuitaço, das 9h às 11h, para exigir igualdade de oportunidades aos trabalhadores do setor. Também estão previstas ações no Instagram, Facebook e grupos do WhatsApp, pelo fim das distorções salariais entre homens e mulheres, pelo combate à discriminação e por condições igualitárias nos processos de ascensão dentro dos bancos, para que mulheres, pessoas com deficiência (PcD), negros e negras e LGBTs tenham maior representatividade nos cargos de liderança.

As manifestações acontecerão no mesmo dia em que o Comando Nacional dos Bancários se reunirá com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na mesa de negociações sobre Igualdade de Oportunidades, como parte da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

A orientação é que todos e todas utilizem a hashtag #JuntosPorIgualdade, marcando nas postagens a @Febraban. Um e-mail foi enviado, nessa segunda-feira (8), às entidades sindicais, com informações e materiais para o tuitaço.

“Na Consulta Nacional da Categoria Bancária, que realizamos neste ano com quase 47 mil bancárias e bancários de todo o país, o tema igualdade de oportunidades apareceu na quinta colocação entre as prioridades, porém quando separado por gênero, o tema subiu para a primeira colocação, entre as mulheres”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A dirigente destaca que o relatório do Dieese, que será apresentado à Fenaban, na mesa de negociações, mostra que as mulheres bancárias tem remuneração média 20% inferior aos seus pares do sexo masculino. Quando feito o recorte racial, a situação piora, com mulheres bancárias negras com remuneração média 36% inferior à média do bancário branco do sexo masculino.

“Além de exigir igualdade salarial entre homens e mulheres, também levaremos à mesa o combate a todas as formas de discriminação, para que deixem de existir distorções que estão impedindo a diversidade nos cargos de liderança”, completa Juvandia.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, ressalta que as distorções entre gênero na categoria se repetem em todos os cargos e se aprofunda, ainda que a mulher tenha maior grau de escolaridade. As mulheres bancárias com doutorado, por exemplo, recebem, em média, 61% da remuneração média de seus pares homens com o mesmo grau de formação.

“Não faz sentido essa diferença de remuneração, que se repete independente de cargos, e se torna ainda pior quando a mulher é mais estudada ou sobe de cargo. A única explicação é o machismo estrutural que precisa ser combatido e para que haja justiça social e respeito à lei de igualdade salarial que está em vigor”, completa.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reforça que os dados organizados pelo Dieese revelam que a interferência dos preconceitos estabelecidos na sociedade se repetem nas empresas bancárias.

“Mulheres negras ocupam 10% e os homens negros 13% dos cargos de liderança nos bancos. Se considerarmos todos os cargos dos bancos, negros e negras representam 26,2% de toda a categoria, sendo que as mulheres negras representam 12% desse total. Entretanto, no Brasil, a população negra em idade de trabalhar representam mais de 56% da população, segundo o IBGE, então é essa diversidade que precisamos alcançar”, pontua.

A secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elaine Cutis, ressalta que igualdade de oportunidades é um tema central e essencial para os bancários. “A categoria, inclusive, que é a única com uma mesa específica e permanente para discutir essa questão, o que dela referência para as demais categorias”, ressalta.

“Já tivemos importantes avanços fruto desta mesa, mas os dados comprovam que ainda há muito o que fazer para termos um ambiente de trabalho mais inclusivo e igualitário. E, como estamos em um momento importante, de renovação da CCT, essa é a hora de transformarmos esse debate em efetivas conquistas para a categoria”.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcef: Pesquisa mostra insatisfação com proposta de equacionamento

Uma pesquisa encomendada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) mostra que os participantes do fundo de pensão REG/Replan Saldado, da Federação dos Economiários Federais (Funcef), estão insatisfeitos com a proposta elaborada pelo banco e a Funcef para o equacionamento dos déficits do plano. Os resultados da pesquisa serão apresentados nesta quarta-feira (10), a partir das 16h, com transmissão ao vivo pelo Youtube.

Insatisfação

Realizada entre os dias 5 e 23 de junho, com 3.501 participantes do plano REG/Replan Saldado, a pesquisa revelou insatisfação com a proposta e com a falta de transparência no processo.

  • 63% rejeitam a redução da pensão por morte de 80% para 50% + 10% por dependente, limitada a 80%;
  • 67% contestam o fim do pecúlio por morte;
  • 54% reclamam da falta de transparência na construção da proposta.

Durante a live, também serão discutidas a responsabilidade da Caixa pelo contencioso e a revisão da meta atuarial, que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Rao Financeiro (Contraf-CUT), a Fenae e outras entidades de representação e associativas das empregadas e empregados defendem como soluções para reduzir o equacionamento sem prejudicar os direitos dos participantes.

“Os resultados são muito claros! Os participantes, que são os donos do patrimônio do fundo, não concordam com as medidas daqueles que administram seu dinheiro e querem ser ouvidos sobre a proposta de solução”, disse diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, os resultados da pesquisa indicam claramente a necessidade de uma nova proposta. “Os participantes deixaram claro que não aceitam as medidas da Caixa e da Funcef, que retiram seus direitos. A Caixa precisa assumir suas responsabilidades, e a construção deve ser coletiva, incluindo as entidades representativas dos participantes em um processo de negociação”, afirmou.

Além de Eliana Brasil e Sergio Takemoto, o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, o diretor de Benefícios da Funcef, Jair Pedro Ferreira, e a advogada Gláucia da Costa, do escritório LBS Advogados participarão do ato de apresentação da pesquisa.

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