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Dirigentes das Américas discutem grandes desafios ao movimento sindical

Capacitação de jovens dirigentes e os desafios para uma transição justa para esse grupo, diante das mudanças impostas pela revolução tecnológica no mercado de trabalho e pela crise ambiental, negociação coletiva, considerando o modelo tripartite, direitos trabalhistas para os imigrantes e igualdade de gênero. Esses foram alguns dos temas abordados no encontro do Comitê Executivo da UNI Américas, que aconteceu nos dias 26 e 27 de junho, na capital do Uruguai, Montevidéu.

O evento reuniu 84 sindicalistas, representantes de trabalhadoras e trabalhadores de 13 países das américas. Participaram do encontro, representando a delegação brasileira, a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, e a secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Lucimara Malaquias.

Neste momento em que, no Brasil, a campanha salarial dos bancários está em curso, é crucial acompanharmos as experiências de negociação coletiva pelo mundo, para que possamos trocar essas experiências e trazer aprendizados para todos e todas. O reconhecimento da conjuntura regional e as formas de encontrar soluções conjuntas, fortalece nossa organização no Brasil”, avaliou Lucimara.

Rita Berlofa completou que, no encontro, o comitê se posicionou na defesa da democracia na região. “Assinamos uma nota de repúdio contra a tentativa de golpe na Bolívia, que ocorreu no dia 26 de junho. No texto, reforçamos a defesa da democracia e soberania dos povos”, pontuou. “A defesa da democracia tem que ser pauta constante, dado o avanço da extrema-direita no mundo, que vem com retirada de direitos dos trabalhadores. Sem democracia todos nós perdemos”, completou a dirigente.

Os temas abordados no encontro estarão também na conferência regional da UNI Américas, prevista para dezembro de 2024.

No debate sobre a capacitação de jovens dirigentes, um dos tópicos considerados fundamentais para o futuro do sindicalismo na região, o secretário regional da UNI Américas, Marcio Monzane, destacou que o trabalho para alcançar melhores negociações coletivas também é uma forma de trazer jovens ao movimento.

“Temos que trazer vários elementos para a nossa agenda sindical e combiná-los com a juventude; trabalhar por mais e melhores negociações coletivas, chegar aos trabalhadores que não alcançamos e continuar crescendo como organização, com participação política”, resumiu.

O presidente da Uni Américas, Héctor Daer, ressaltou que “mais do que nunca, globalizar o pensamento sindical” torna-se fundamental na atualidade. “Globalizar, no sentido de não confundir os objetivos da luta”, completou. “E isso é essencial para podermos ter um debate profundo nas nossas sociedades e gerar cultura sindical nos trabalhadores”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

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Bancários fazem atos pelo Dia Nacional de Luta nas agências do Bradesco

Sindicatos de base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram atos nesta quarta-feira, 3 de julho, pelo Dia Nacional de Luta nas agências do Bradesco.

A ação é parte da Campanha Nacional 2024 e denuncia a reestruturação em curso no banco, que está fechando agências, cortando postos de trabalho e sobrecarregando os trabalhadores. Essas medidas resultam em prejuízos tanto para os funcionários quanto para os clientes. A categoria bancária sofre com o adoecimento devido à sobrecarga, enquanto os clientes enfrentam a superlotação das unidades bancárias remanescentes.

“O ato serviu para mostrar que a categoria bancária não está de acordo com a postura do banco, que vem fechando agências e demitindo trabalhadores, o que reflete numa piora do atendimento. Parabéns pela mobilização de todos e todas as envolvidas. Seguimos na luta.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

ENTENDA

Em 2023, o Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 16,3 bilhões. Durante a apresentação do balanço ao mercado em fevereiro deste ano, o banco anunciou uma série de mudanças estruturais para os próximos cinco anos, incluindo o fechamento de agências físicas. Esse processo já está em curso: entre o último trimestre de 2019 e o último trimestre de 2023, o Bradesco fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento bancário.

A redução de unidades bancárias veio acompanhada da diminuição de postos de trabalho. No quarto trimestre de 2016, após a aquisição do HSBC, o Bradesco possuía 108.793 empregados. Já no último trimestre de 2023, o banco contava com 86.222 empregados, totalizando uma redução de 22.571 postos de trabalho em sete anos. No mesmo período, o número de clientes aumentou de 92.455.480 para 105.844.674, resultando em uma relação de 1.227,58 clientes para cada bancário, um aumento de 44,5% em comparação a 2016. Os dados são das demonstrações financeiras do Bradesco e do Banco Central, compilados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os clientes também sofrem com essas mudanças. O Bradesco figurou no pódio do ranking de reclamações do Banco Central nos últimos três trimestres de 2023. No quarto trimestre de 2023, o banco alcançou a terceira posição, com 2.007 queixas procedentes. Esse ranking é uma indicação clara de que o corte de postos de trabalho e o fechamento de agências estão causando a piora no atendimento.

*com informações da Contraf-CUT

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Financiários fazem segunda reunião da Campanha Nacional 2024 na sexta-feira

A Campanha Nacional 2024 dos Financiários vai ter sua segunda reunião de negociação com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) na sexta-feira (5). A pauta da reunião será diversidade. Na oportunidade, as partes também vão definir o calendário de negociações.

Os financiários deram início à primeira mesa de negociação com a Acrefi no dia 29 de junho, apresentando uma proposta de calendário para as negociações e enfatizando a importância da ultratividade, que garante todos os direitos dos trabalhadores até a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta de reivindicações da categoria foi aprovada em abril e entregue no dia 9 de maio.

O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, espera “sair dessa reunião com a Acrefi com nosso objetivo, como já tínhamos especificado na primeira reunião, referente ao calendário e pontos de discussão para avançarmos na mesa de negociação.”

Fonte: Contraf-CUT

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COE e GT apontam problemas no programa de saúde mental do Itaú

O banco Itaú lançou recentemente, em seu canal digital, o programa “Conexão Saúde”, que apresenta diversas iniciativas voltadas à saúde mental dos trabalhadores. Embora o movimento sindical elogie a iniciativa, destaca a necessidade de melhorias e ainda reforça que as práticas do banco muitas vezes contradizem essas ações. Fechamento de agências, sobrecarga de trabalho e assédio moral são algumas das questões levantadas.

José Renato, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na Comissão de Organização dos Empregados do Itaú), alerta que “apesar dos programas com objetivo de apoio e acompanhamento, a causa principal ainda persiste com cobranças permanentes, metas cada vez maiores e quem retorna de afastamento, muitas vezes retorna sem estar 100%, pois foi liberado pelo perito do INSS, mas não está totalmente recuperado, e sofre até com transferências para longe de seu domicílio, tendo dificuldades de tratamento fora do expediente.”

“O uso de ferramentas de pressão, para aumentar cada vez mais o lucro do banco, tem causado adoecimento nos trabalhadores, resultando em stress, depressão, esgotamento profissional (burnout) e LER/Dort, que têm tomado grandes proporções”, afirmou Luciana Duarte, coordenadora do GT de Saúde. Ela acrescentou que nenhum programa aborda o tratamento daqueles que já estão adoecidos. “Muito pelo contrário, o banco tem criado propostas para que trabalhadores doentes deixem a instituição”, completou.

Valeska Pincovai, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, ressaltou que o banco tem a obrigação de acolher os trabalhadores adoecidos. “Infelizmente, o que acontece nestes casos é que a maioria deles sente o descaso na hora que mais precisam do banco. O Itaú tem que assumir sua responsabilidade, pois esses trabalhadores adoeceram no local de trabalho.”

Fonte: Contraf-CUT

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Começou a negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho da Caixa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco nesta última terça-feira (2/7) e iniciou a negociação para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco.

Para a representação dos empregados, a Caixa pode aumentar seus lucros e rentabilidade mantendo sua principal característica, que é atender a faixa mais carente da população.

Lizandre Souza Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, participou da reunião.

“Hoje vemos, em qualquer calçadão comercial, diversas instituições financeiras não bancárias oferecendo serviços, principalmente na linha de crédito. Muito disso se deve ao fato de a Caixa ter expulsado seus clientes das agências, que foram empurrados para as lotéricas e outros correspondentes bancários”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da CEE, Rafael de Castro. “A Caixa precisa repensar suas estratégias, sem esquecer seu tamanho e importância para o país, nem deixar de lado sua característica principal, que é atender e oferecer serviços bancários e crédito para a população que mais precisa”, completou.

Função por minuto

A representação das empregadas e empregados cobrou que a Caixa designe funções apenas de forma efetiva ou por substituição, e não faça mais qualquer tipo de designação por minuto, seja para o cumprimento de tarefas de caixas, seja de tesoureiros.

“A designação por minuto tráz enormes prejuízos financeiros aos empregados, inclusive para fins de progressão na carreira. Faz também com que empregados que exercem a mesma tarefa tenham remunerações diferentes, levando esse prejuízo inclusive para a aposentadoria”, observou o representante a Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Fetrafi) de Santa Catarina, Edson Heemann. “Fazem a mesma coisa, têm a mesma responsabilidade, mas a remuneração é bem diferente. Ou seja, a Caixa não trata seus empregados com a devida justiça. E isso, claro, também irá gerar um passivo trabalhista enorme para o banco”, completou.

Equiparação salarial

A representação dos empregados solicitou que o banco equipare a remuneração de colegas que cumprem a mesma tarefa, mas que, devido a processos de reestruturação, passaram a ter remunerações diferentes.

“A Caixa está anunciando um novo processo de reestruturação. Os últimos processos geraram diversas discrepâncias, como diferenças salariais inadmissíveis para funções correlatas, o não pagamento de porte, e verdadeiros buracos de carreira em algumas áreas. Essas situações precisam ser resolvidas antes de se iniciar o novo processo ou a solução deve ser concomitante”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.

Na minuta de reivindicações entregue à Caixa, a representação sindical das empregadas e empregados também pede a criação de um grupo de trabalho, com duração prevista de seis meses, para fazer a revisão dos atuais Plano de Funções Gratificadas e Plano de Cargos e Salários, visando corrigir diversas distorções criadas após a implementação de mudanças promovidas unilateralmente pela empresa e também pelas próprias mudanças previstas com as novas estruturas que estão sendo criadas, como as agências digitais.

Ascensão na carreira

Dois artigos (64 e 65) da minuta de reivindicações das empregadas e empregados da Caixa tratam sobre a ascensão na carreira. Os empregados querem que seja estabelecido um Grupo de Trabalho paritário, entre trabalhadores e o banco, para tratar dos parâmetros dos processos seletivos internos, bem como da sua transparência.

Além disso, querem participar da formulação dos descritivos das funções, que constam nos normativos da Caixa e regem os processos seletivos internos.

“Sabemos que as contratações são realizadas por concurso, mas a ascensão na carreira não segue este critério. Precisamos de regras objetivas para os processos de seleção interna, que garantam a transparência e a equidade de gênero e de raça”, disse a representante da Fetrafi-NE, Chay Cândida.

“O descomissionamento faz com que pessoas perdam grande parte de seu rendimento sem nem saber o porquê. Precisamos de regras claras para o descomissionamento para que a Caixa deixe de ser uma ‘máquina de moer gente’”, disse. “Além disso, precisamos arrumar uma maneira de diminuir a diferença de rendimento entre quem tem função gratificada e quem não tem, para que, em caso de perda de função, não haja essa queda tão grande no rendimento”, completou.

Contratações

A diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, apresentou dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos balanços do banco, que mostram que, do final de 2014, quando o banco possuía 101.484 empregados, até o encerramento do primeiro trimestre de 2024, quando o quadro de pessoal chegou aos 86.794 empregados, houve uma queda 14.690 postos de trabalho, redução de 14,5%. Neste mesmo período, o número total de contas bancárias na Caixa rumou em sentido inverso. Saltou de 84,9 milhões para 233,3 milhões, crescimento de quase 175%.

Eliana trouxe também dados sobre os afastamentos para tratamento de saúde por questões relacionadas diretamente ao trabalho (B91), que aumentaram de 401 afastamentos em 2014, para 524 afastamentos em 2022, segundo o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Na comparação com os demais trabalhadores a incidência de afastamentos das empregadas e empregados da Caixa chega a quase o dobro. No mercado de trabalho em geral a incidência de afastamentos é de 3,1/1000 trabalhadores. Na Caixa, a incidência é de 6/1000.

“E é triste ver esses números que mostram a Caixa sendo reduzida. Pois o trabalho social que ela realiza em todo o país é gigantesco. Quando a gente roda pelo Brasil apresentando números que mostram a importância da Caixa, todo mundo fica alucinado! Vereadores, prefeitos e até deputados e governadores se espantam quando veem a importância que a Caixa tem para a economia e para o desenvolvimento social de seus estados e municípios”, observou Eliana Brasil. “Por isso, defendemos que quanto maior o número de agências e empregados, melhor para o país. E a Caixa tem condições de manter tudo isso se continuar a trabalhar com uma estratégia voltada para seu foco principal, que é o atendimento da população brasileira”, completou.

Programas de avaliações de desempenho

Os empregados reivindicaram que a Caixa negocie as regras e a aplicação dos programas de avaliações de desempenho com a mesa de negociação permanente.

“Queremos que a Caixa implemente, a partir da discussão com os empregados, um modelo de avaliação por múltiplas fontes, que inclua a autoavaliação, avaliação pelos pares, pelos subordinados e pela chefia imediata. O empregado precisa ser avaliado e também precisa avaliar sua chefia imediata. Inclusive na questão da promoção por mérito”, disse o representante da Federação das Empresas de Crédito do Estado do Paraná (Fetec-PR), João Paulo Pierozan.

O representante da Fetrafi-RS, Lucas Cunha lembrou das críticas feitas pelo movimento sindical ao programa de avaliação de desempenho da Caixa. “Tínhamos muitas críticas ao GDP (programa de Gestão de Desempenho de Pessoas), que foi extinto e substituído pelo Minha Trajetória, que surgiu como promessa de que acabaria com todos os problemas de avaliação de desempenho e assédio moral, mas o que a gente percebe é foi basicamente uma mudança de nome”, avaliou. “Permanece repetindo os mesmos problemas que o GDP tinha. É um programa usado por todos os bancos, um programa de avaliação usado pelo mercado, mas que não permite avaliar a diversidade dos empregados da Caixa. O banco precisa ouvir os empregados para que o programa seja elaborado pelos empregados e para os empregados”, concluiu.

Calendário de negociações

A Caixa apresentou uma proposta de calendário para as negociações de renovação do ACT das empregadas e empregados. As reuniões serão realizadas no dia seguinte ao das reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária. Segue abaixo o cronograma.

Os temas serão definidos ainda nesta semana.

Próximas mesas de negociação com a Caixa

12 de julho
19 de julho
26 de julho
7 de agosto
14 de agosto
21 de agosto
28 de agosto

Fonte: Contraf-CUT

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Comando Nacional cobra redução da jornada de trabalho e reajustes nas verbas das cláusulas de Teletrabalho

Na reunião desta terça-feira, 2 de julho, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a redução da jornada de trabalho de cinco dias para quatro dias semanais e reajustes nas verbas das cláusulas de Teletrabalho.

Foi a segunda mesa no âmbito das negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Os trabalhadores apresentaram dados de pesquisas, com base em projetos pilotos, realizados dentro e fora do país, com impactos positivos na saúde física e mental de funcionários, na redução de faltas no trabalho, além de ganhos na produtividade e na receita das empresas.

Nilton Esperança, Presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), compôs a mesa.

Além de Nilton, Carlos Pereira (Carlão), Secretário de Imprensa e Comunicação do Sindibancários-ES, e representante da Intersindical, participou da reunião.

Nilton Esperança comentou.

“É muito importante que se reduza a jornada de trabalho. Queremos implementar este sistema de 4 dias semanais, sem redução de salário, mas com as agências abrindo de segunda a sexta-feira. Sabemos que, com os avanços tecnológicos, isso é perfeitamente possível. Muitas empresas já implementaram e foi comprovado que os funcionários ganham em muitos aspectos: em tempo para suas famílias; melhoram seus desempenhos; entre outros pontos positivos. Inclusive, em pesquisas realizadas, os bancários revelaram bastante interesse nesse tema. É hora de nos mobilizarmos.”

E completou. “Na reunião, também destacamos a importância da saúde mental, da qualidade de vida do trabalhador, de se respeitar e valoriza-se o horário de almoço. Desconectar também é preciso”.

Nilton também falou sobre o teletrabalho.

“No teletrabalho, colocamos para os bancos que os trabalhadores também tem gastos e que precisam ser remunerados por isso. Existem vários acordos em que os valores são superiores ao valor pago para a categoria bancária. Vamos lutar por algo mais justo e igualitário.”

“Por fim, quanto ao abono assiduidade, nossa reivindicação é por cinco dias. Para todos os setores, como já é praticado por alguns bancos. Vamos juntos, pois só a luta nos conecta.”, finalizou.

No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro deste ano com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% apresentaram melhoria na execução de projetos; 58,5% melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; e 33,3% na capacidade de angariar clientes.

Para os trabalhadores, os resultados parciais relevantes foram: 64,5% tiveram redução de exaustão frequente por causa do trabalho; 50% redução na insônia; 46,3% praticaram exercício mais de 3 vezes na semana; e 27,1% foi o aumento de quem dorme mais de 8 horas por noite.

A coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, ressaltou que a jornada de quatro dias semanais apareceu como prioridade para 42% dos trabalhadores que responderam à Consulta Nacional dos Bancários de 2024, somente atrás de manutenção de direitos (70%); emprego (49%) e combate ao assédio moral (45%).

“A redução da jornada, sem a redução salarial e com a manutenção da abertura dos bancos de segunda a sexta-feira, além de trazer impactos positivos na vida dos trabalhadores (com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga), não impactaria na produtividade e na receita da empresa, pelo contrário, poderá até aumentar esses níveis. Além disso, é uma forma de democratizar os ganhos financeiros, obtidos com os avanços tecnológicos, porque tem potencial de gerar mais vagas para o setor”, explicou Juvandia.

Potencial de geração de empregos

Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.

Se a jornada reduzida fosse implementada entre os trabalhadores com jornada semanal de 30 horas, o potencial de geração de emprego seria de mais de 240 mil vagas, ou 55,5% do total que existe hoje.

Já, se a redução da jornada fosse implementada apenas na área de TI dos bancos privados, o potencial de geração de empregos seria de mais de 7 mil, aumento 25% no volume atual de postos.

“Para além de todos esses dados, pesquisas apontam que a jornada reduzida para quatro dias semanais tem potencial de reduzir a emissão de gases de efeito estufa em até um quinto. Um novo mundo está se apresentando com a revolução tecnológica. Ou continuamos, como está, com redução de empregos e reforçando a crise ambiental. Ou tomamos medidas novas para enfrentar esses problemas, como a redução da jornada semanal, onde toda a sociedade ganha”, pontuou Juvandia.

Pedido de projeto piloto 

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, destacou a importância da redução da jornada para saúde.

“Nossa categoria é uma das que mais sofre com adoecimento mental, com doenças psicossomáticas. Com a implementação da jornada reduzida, o setor estaria dando um passo muito importante não só aos próprios bancos, mas também para a sociedade”, pontuou, reforçando que os bancos podem estabelecer, a partir destas negociações, um programa piloto. “Podemos ser pioneiros neste debate, com testes e avaliações em escala maior. Uma grande empresa, num setor como o bancário, que investe mais em tecnologia e capacitação, tem muito mais condições de tomar essa iniciativa”, completou Neiva.

Os representantes dos bancos afirmaram que vão levar o pedido para avaliação das direções das empresas.

Teletrabalho

Os trabalhadores pediram à Fenaban o número de profissionais que hoje estão atuando em home office, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto.

A Fenaban disse que no Brasil, atualmente, 33% dos bancários estão em teletrabalho, ou seja, 143 mil. Do total de bancários em teletrabalho, 91% estão no modelo híbrido e 9% no modelo totalmente remoto.

A Fenaban disse que não há garantia, sequer, de manutenção do percentual de pessoas em teletrabalho. O Comando respondeu reforçando a cobrança por ampliação do home office.

“Essa informação é preocupante, porque o teletrabalho é uma das grandes conquistas dos trabalhadores e que tem relação com a qualidade de vida. Vamos manter a nossa reivindicação para a proteção desse direito, porque existe uma demanda na categoria, inclusive de ampliação do trabalho remoto”, pontuou Juvandia Moreira.

Verbas do teletrabalho

O Comando Nacional reivindicou também a ampliação do valor da ajuda de custo, aos trabalhadores que atuam em home office. Na CCT de 2022, houve a conquista de ajuda de custo anual de R$ 1.036,80, com reajuste pelo INPC + 0,5% de ganho real em 2023, elevando o valor desde o ano passado para R$ 1.084,29/ano ou R$ 90,36/mês.

“Alguns itens que impactam no teletrabalho estão com inflação mais elevada que a média geral, por isso é preciso haver aumento do auxílio”, reiterou Juvandia Moreira.

Segundo relatório do Dieese, entre 2019 e 2023, os cinco maiores bancos do país reduziram as despesas administrativas (com aluguel, água, energia, gás, materiais, reparação, segurança e vigilância, por exemplo) em 17%. Somente entre 2022 e 2023, essa redução foi 3%.

Por outro lado, nos itens que impactam o teletrabalho na categoria, como despesas domésticas, ar-condicionado, aluguel e taxas, energia elétrica residencial e plano de telefonia móvel, aumentaram significativamente.

A título de comparação, categorias de outros setores pagam valores superiores de auxílio home office. De 13 acordos analisados, a média é de R$ 141. Há também alguns bancos que pagam auxílios maiores, a partir de R$ 100 ao mês, chegando a R$ 210, no caso do JP Morgan e R$ 364,40 por mês, no caso do Banco Paulista.

Mobilizações

Após a reunião com a Fenaban, o Comando Nacional dos Bancários decidiu que irá organizar uma plenária entre os profissionais em teletrabalho.

Além disso, orientou a manutenção de mobilizações sobre o tema, para reforçar as conquistas em Teletrabalho e impedir a retirada de direitos por parte dos bancos.

Calendário das próximas reuniões

Julho
11/07 – Igualdade de oportunidades
18 e 25/07 – Saúde e condições de trabalho: incluindo discussões sobre pessoas com deficiência (PCDs), neurodivergentes e combate aos programas de metas abusivas

Agosto
6 e 13/08 – Cláusulas econômicas
20/08 – Em definição
27/08 – Em definição

*com informações da Contraf-CUT

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Em tuitaço, nesta terça (2), bancários pedem jornada reduzida para 4 dias

Bancárias e bancários, de todo o país realizam, nessa terça-feira (2), uma ação conjunta na rede X, com um tuitaço, das 9h às 11h, além de manifestações no Instagram, Facebook e grupos do WhatsApp. A proposta é chamar a atenção da sociedade e mobilizar a categoria para a próxima mesa de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que acontecerá no mesmo dia, desta vez, para debater Cláusulas Sociais, com destaque para redução de jornada para quatro dias semanais, teletrabalho e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.

A orientação é que os trabalhadores utilizem a hashtag #JuntosPelaJornadaDe4dias, marcando nas postagens a @Febraban. Um e-mail foi enviado, nesta segunda-feira, às entidades sindicais, com informações e materiais para o tuitaço.

“A jornada de quatro dias aumenta a produtividade e os ganhos da empresa e melhora as condições de trabalho dos funcionários”, destaca a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, reforça que a redução da jornada não traria somente benefícios aos trabalhadores, como também para a sociedade, com maior inclusão social, melhor distribuição da renda e bem-estar aos trabalhadores. “Mais tempo para o descanso e equilíbrio no convívio com a família, para a prática de esportes, lazer, cultura e para formação, reduziria o estresse e o adoecimento, enquanto aumentaria a produtividade dos trabalhadores e, consequentemente, a qualidade de vida da população”, explica. “É importante destacar que a adoção de um sistema de redução de jornada não pode estar dissociada de uma redução da intensidade do trabalho e do controle da hora extra, sempre realizadas através da negociação coletiva com os sindicatos”, completa a dirigente.

Melhor para o trabalhador e para a empresa

A redução de jornada para quatro dias semanais não é uma novidade reivindicada pela categoria bancária. Todas as experiências, realizadas em empresas fora do país e, mais recentemente no Brasil, tiveram impactos positivos, tanto na qualidade de vida dos trabalhadores, quanto para as próprias empresas.

A Islândia se tornou o primeiro país a adotar a jornada reduzida, nacionalmente, após experiência iniciada em 2015. Em 2022, o governo da Espanha iniciou projetos pilotos, em empresas do setor industrial. Nos Estados Unidos e na Irlanda, após uma experiência de seis meses, implementada pela organização não governamental 4 Day Week Global, 27 empresas decidiram não voltar mais à jornada de cinco dias semanais.

Os resultados em todas as experiências acima são: funcionários mais satisfeitos, com melhorias na saúde física e mental, menos esgotamento, insônia e fadiga, melhora na produtividade e, ainda, crescimento na receita das empresas.

No Brasil, a 4 Day Week Global iniciou testes em janeiro deste ano com 21 empresas. Resultados parciais do projeto mostram que 61,5% tiveram melhoria na execução de projetos; 58,5% tiveram melhoria na criatividade e inovação; 44,4% melhoria na capacidade de cumprir prazos; 33,3% melhoria na capacidade de angariar clientes.

Tecnologia e emprego

Mesmo com lucros bilionários, os bancos seguem fechando agências e reduzindo empregos, sob o argumento de que a tecnologia está moldando todo o sistema financeiro e, portanto, diminuindo a necessidade de postos de trabalho.

“Se essa transformação tecnológica continuar acontecendo sem que os ganhos financeiros sejam democratizados com a sociedade, vamos continuar caminhando para a concentração de renda, com aprofundamento das desigualdades”, destaca Juvandia Moreira. “Existem maneiras de democratizar os ganhos da tecnologia, uma delas é a redução de jornada, outra, que também defendemos, é a redução dos juros”, completa.

Juvandia lembra ainda que os bancos estão na contramão de todas as demais atividades do ramo financeiro que, nos últimos anos, ampliaram o número de vagas. “A única área onde o banco aumentaram as contratações é na de tecnologia da informação (TI). Porém, nas contratações de TI dos bancos, houve aumento de 89% de terceirizações em 2023. Ou seja, quando contratam, os bancos contratam reduzindo os direitos. Por isso, reivindicamos a proteção do emprego, do emprego digno e temos mecanismos para isso, mecanismos bons para a sociedade, para os trabalhadores bancários e para as empresas”, pontua Juvandia.

Outras pautas

Os trabalhadores levarão também para a mesa desta terça, sobre cláusulas sociais, reivindicações sobre teletrabalho, para que haja avanço na implementação das conquistas obtidas na CCT de 2022, e segurança bancária, nas agências físicas e nos espaços digitais.

Calendário de negociações “Campanha Nacional dos Bancários 2024”
*sujeito a atualizações no decorrer dos encontros

Calendário de negociações "Campanha Nacional dos Bancários 2024", sujeito a alterações***

Fonte: Contraf-CUT

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Reestruturação: Empregados cobram e Caixa reafirma garantia de direitos

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu com o banco, nesta segunda-feira (1º/7), para sanar dúvidas sobre a reestruturação pela qual o banco vai passar nos próximos dias, com o fechamento de 128 unidades físicas e abertura de 117 agências digitais.
“A Caixa precisa deixar claro que esse movimento e a transferência de pessoal entre unidades é do interesse da administração, não do empregado. Trata-se de uma reestruturação que o banco está fazendo unilateralmente e que os trabalhadores estão sendo transferidos para se adequar ao que a empresa está fazendo”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro, ao cobrar a relação de agências afetadas e o regramento das transferências, deixando claro que estas vão acontecer “por interesse da administração”, não “a pedido” do empregado.
“Além disso, também precisa deixar claro que os empregados lotados nas agências que serão alvo do ‘reposicionamento’ não são obrigados a se cadastrarem no Movimenta.Caixa”, completou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS), Tesifon Quevedo Neto.
A representação das empregadas e empregados da Caixa, cobrou que o banco compartilhe com o movimento sindical todas as informações que são enviadas aos empregados. “Em decorrência do início do processo que a Caixa está chamando de ‘reposicionamento da rede de varejo’, muitas empregadas e empregados das agências afetadas entraram em contato com os sindicatos de suas bases de representação com uma série de dúvidas sobre as medidas que o banco vai tomar e em que elas podem atingi-los”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ), Rogério Campanate. “Podemos estar do outro lado da mesa de negociações, mas em situações como essas, a gente pode ajudar a sanar dúvidas das colegas e dos colegas que nos procuram”, completou, lembrando que este é um pedido recorrente da CEE para a Caixa.
“Solicitamos que a Caixa traga informações sobre colegas que exercem funções por prazo e minuto, em compromisso com a manutenção da remuneração dos colegas”, disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Vivian Sá.
Outro questionamento da representação dos empregados foi com relação à prioridade para PcD e responsáveis por PcD no trabalho remoto. “Precisamos saber como isso vai acontecer”, disse a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Sabrina Muniz.

 

Para sanar dúvidas

Para ajudar a sanar tais dúvidas, sempre considerando o âmbito de estado, município e agência, a representação das empregadas e empregados solicitou que o banco lhe forneça, como prometido em reunião realizada no dia 25 de junho:

  • a relação de unidades a serem afetadas;
  • os dados da quantidade de pessoal por estado;
  • municípios e agências que serão afetados;
  • quantos vão poder optar pela continuidade do trabalho em agências físicas próximas ao seu local atual de lotação;
  • quantos serão absorvidos pelas unidades digitais.

 

A Caixa disse que assim que terminasse a reunião, seria enviada a relação das agências à representação dos empregados.
Além disso, a Caixa confirmou, o que já havia afirmado na reunião do dia 25 de junho, que:

  • nenhum empregado afetado pelo “reposicionamento da rede de varejo”, tanto os que permanecerem em agências físicas, quanto os que optarem pelo trabalho em unidades digitais, será descomissionado, nem terá queda de porte de agência;
  • tanto os empregados que optarem pelo trabalho em unidades digitais, quanto aqueles que forem “reforçar” a equipe de atendimento das unidades físicas próximas ao seu local atual de lotação, não terão que realizar grandes deslocamentos seu novo local de trabalho;
  • as empregadas e empregados poderão optar pelo modelo de agência em que preferem trabalhar e que, aqueles que, neste momento optarem pelo modelo digital, poderão retornar às unidades físicas, sem perda de função;
  • que haverá treinamento adequado para quem optar pelo trabalho em unidades digitais.

A Caixa vai passar até o final do dia a lista das agências e as regras para a transferências e os representantes dos trabalhadores poderão fazer nova avaliação de pontos que considerarem críticos, para continuar as tratativas junto à Caixa. Os representantes do banco também disseram que está sendo preparado um “perguntas e respostas” para ajudar a esclarecer os empregados e que deve enviar entre hoje e amanhã uma CE à rede –e à representação dos empregados– confirmando também que NÃO há obrigatoriedade de os empregados das unidades afetadas pela reestruturação fazerem o registro de sua opção no Movimenta.Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários entregam minuta de reivindicações específicas ao BNB

A Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB) entregou, na sexta-feira (28), a minuta específica de reivindicações dos funcionários do BNB, na sede administrativa do Passaré, em Fortaleza.

Os temas prioritários dos funcionários do BNB, que constam da minuta específica são: revisão do PCR; aumento do percentual do lucro para pagamento de PLR; aumento da participação do Banco no custeio da CAMED para 70%; combate efetivo ao assédio moral; políticas específicas para funcionários neurodivergentes, entre outros. “Toda a nossa pauta é fruto de uma construção coletiva. Durante o nosso Congresso, elencamos nossas prioridades que compõem essa minuta e nossa expectativa é avançarmos nas conquistas”, destacou a diretora do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carmen Araújo.

“Aqui, nós não estamos só entregando uma minuta de reivindicações, mas os sonhos, os anseios e as expectativas de todos os funcionários do BNB e esperamos construir aqui uma campanha vitoriosa”, enfatizou o coordenador interino da CNFBNB, Robson Araújo.

Calendário

As negociações específicas do BNB devem acompanhar as negociações do Comando Nacional. Logo, a Comissão Nacional deve propor à direção do BNB que as reuniões sejam realizadas todas as sextas-feiras do mês de julho, através de videoconferência. O calendário de agosto ainda está em aberto.

Lançamento da Campanha

Antes da reunião para entrega da minuta, o Sindicato dos Bancários do Ceará iniciou as atividades da Campanha Nacional dos Bancários 2024 com muito forró e animação do sanfoneiro Ivanildo Soares e Banda, em frente ao restaurante do centro administrativo do Passaré. A atividade serviu para mobilizar o funcionalismo do Banco e informar sobre a primeira negociação da campanha. “É importante que os bancários, de bancos públicos e privados, se mobilizem, se engajem na nossa Campanha, tanto nas ruas quanto nas redes. Participem das atividades, dos tuitaços, das plenárias, lives, assembleias, pois só assim, juntos e conectados, poderemos assegurar a manutenção de todos os nossos direitos e avançarmos nas conquistas, para garantirmos uma campanha vitoriosa. Acompanhem nossa programação de atividades no site e nas nossas redes sociais e se mobilize!”, convocou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, José Eduardo Marinho.

Fonte: Contraf-CUT

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Campanha Nacional: trabalhadores defenderão jornada de 4 dias em reunião com Fenaban

O Comando Nacional dos Bancários se reunirá, na próxima terça-feira (2), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater o tema “cláusulas sociais”, na segunda mesa de negociações da Campanha Nacional de 2024, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. As discussões vão se concentrar na reivindicação por jornada reduzida para quatro dias da semana, mas também serão debatidos os temas teletrabalho, segurança física e segurança digital no setor bancário.

“A categoria bancária defende a jornada de quatro dias semanais, sem a redução salarial, com a manutenção da abertura dos bancos e oferta de serviços de segunda a sexta-feira, porque isso já é possível com os avanços tecnológicos. A tecnologia não pode servir somente aos lucros dos bancos, como está acontecendo: os bancos aumentando seus ganhos, ano após ano, com redução de postos de trabalho e, quando contratam, são trabalhadores terceirizados, com menos direitos”, explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Um relatório feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em estudos e programas pilotos no Brasil e em outros países, liderados pela organização não governamental 4 Day Week Global, revela que a redução da jornada para quatro dias, além de proteger empregos, melhora a qualidade de vida e a produtividade dos trabalhadores, portanto, é bom também para as empresas.

“Vamos apresentar essas informações na mesa. O mundo mudou, o mercado mudou, mas a forma de implementação tecnológicas, sem a participação social, têm favorecido a concentração de renda e isso não tem sido diferente num setor tão intensivo no uso da tecnologia, como é o setor financeiro”, avalia Juvandia.

“É importante para nós, como sociedade, entender que todos nós contribuímos com os avanços da tecnologia, criando e utilizando, no trabalho e no dia a dia. Logo, nada mais justo do que o compartilhamento e democratização dos ganhos financeiros tecnológicos. E é para isso que chamamos atenção, não só para alcançar novas conquistas na CCT da categoria, mas para lançar mais luz sobre o tema, e auxiliar todos os demais trabalhadores e trabalhadoras do país. Por isso, nossa unidade na campanha é também relevante ao país”, reforçou.

Outras pautas da mesa

Os trabalhadores também levarão para mesa reivindicações sobre teletrabalho e segurança física e digital no setor bancário.

Em relação ao teletrabalho, a categoria é atualmente referência sobre o tema, depois de ter se tornado a primeira, em 2022, a conquistar 12 cláusulas que garantem a saúde e a dignidade do trabalhador no home office. No conjunto, as cláusulas abrangem direitos, ambiente doméstico, equipamentos e mobiliário adequados, respeito à jornada, auxílio financeiro para compensar o aumento de gastos em casa e prevenção a abusos e assédio. “Apesar de estas conquistas estarem em nossa CCT, os bancos ainda precisam avançar em cláusulas que contemplam os trabalhadores no home office”, explica Juvandia Moreira.

Fonte: Contraf-CUT