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Negociação com a Caixa continua emperrada

A Caixa Econômica Federal não trouxe nenhuma novidade, nesta terça-feira, 5 de novembro, sobre a proposta que já havia apresentado na reunião de negociação de sexta-feira (1º/11) com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) do banco. As informações solicitadas reiteradas vezes pela representação dos empregados também não foram fornecidas pela Caixa.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião virtual.

“Cobramos as informações que nos permitiriam saber se as 750 nomeações efetivas são suficientes para que todos que realizam as tarefas de caixa e tesoureiro por prazo e por minuto sejam efetivados e o banco, mais uma vez, nos negou essa informação”, disse a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Eliana Brasil, que coordena da CEE. “Além disso, o banco disse que as 750 nomeações são suficientes e que assume uma série de compromissos, mas não aceita inclui-los como cláusulas do acordo”, acrescentou. Para a CEE, a inclusão no ACT traria um avanço significativo nas negociações.

Sem informações e sem a inclusão dos compromissos nos termos do acordo, a CEE entende que a proposta não atende a demanda do grupo de trabalhadores atingidos pela negociação. Nova reunião para a continuidade das tratativas está prevista para o dia 18 de novembro.

Levantamento de informações

Diante da falta de transparência da Caixa, com a recusa das informações necessárias à continuidade das negociações com segurança às empregadas e empregados, a CEE vai elaborar um roteiro de perguntas para que os sindicatos de todo o país possam fazer um levantamento para subsidiar os debates. O questionário deve ser enviado às entidades nesta quarta-feira (6/11).

*com informações da Contraf-CUT

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Itaú lucra R$ 30,5 bi nos primeiros nove meses de 2024

O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial de R$ 30,518 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, alta de 16,4% em relação ao mesmo período de 2023. O cálculo exclui efeitos extraordinários.

Considerando apenas o terceiro trimestre, o lucro líquido gerencial foi de R$ 10,675 bilhões, alta de 6% em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o resultado recorrente foi de R$ 10,072 bilhões. A rentabilidade (retorno recorrente consolidado sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado do país – ROE) foi de 23,3% no período, com alta de 1,8 pontos percentuais (p.p.), em doze meses.

“O crescimento da margem financeira com clientes em 6,7%, somado à alta da margem com o mercado e à redução do custo do crédito, explicam, em parte, o crescimento do lucro em doze meses”, diz o texto de análise do relatório financeiro do banco elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Soma-se a isso a alta de 7,6% nas receitas de prestação de serviços e seguros e de 13,8% no resultado com previdência e capitalização”, continua o Texto do Dieese.

Futuro sombrio

“É impressionante que mesmo com estes resultados o banco ainda continue demitindo funcionários e fechando agências bancárias”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Valeska Pincovai. “Os funcionários que continuam empregados ficam sobrecarregados e sofrem pressão e assédio”, acrescentou.

Em alusão à mais atual campanha de publicidade do banco, Valeska observou que, “já que o banco gosta de falar em futuro, precisamos ressaltar que não será preciso nem a metade dos 100 anos, propalado pela campanha do banco, para que não haja empregos e nem agências físicas para atender a população que não tem acesso à internet, ou aos celulares que estão cada vez mais caros, ou àqueles que preferem ser atendidos por um ser humano”, completou.

Ao final do 3º trimestre de 2024, a holding contava com 86.863 empregados no país, 334 postos de trabalho a menos em doze meses. Neste mesmo período, foram fechadas 207 agências físicas no Brasil.

“Esse é o futuro que o banco oferece para a sociedade? Um futuro de desemprego e exclusão social?”, questiona Valeska ao observar que apenas com a receita secundária obtida com a prestação de serviços e tarifas bancárias, que chegou a R$ 36,7 bilhões no terceiro trimestre, o banco consegue cobrir toda a despesa que tem com o quadro de pessoal no mesmo período, que foi de R$ 23 bilhões. A receita com estas rubricas, irrisórias se comparadas com as obtidas com outras transações financeiras do banco, cobre o total da despesa com o pessoal e ainda sobra 59,6% do valor.

Carteira

A carteira de crédito do banco cresceu 9,9% em doze meses e 1,9% no trimestre, atingindo R$ 1.278 bilhão. As operações com pessoas físicas (PF) no país cresceram 4,8% em doze meses, totalizando R$ 428,1 bilhões, com destaque para o crédito veículos (+9,5%), crédito pessoal (+8,2%) e imobiliário (+5,4%).

As operações com pessoa jurídica tiveram alta de 8,4% no período, totalizando R$ 325,8 bilhões. Destaques para BNDES/Repasses (+23,3%), Financiamento à Exportação/Importação (+22,4%) e Crédito Rural (+20,6%).

A carteira de crédito para a América Latina apresentou crescimento de 8,2% em doze meses, atingindo R$ 207,9 bilhões.

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, caiu 0,6 p.p. em doze meses, ficando em 2,9% no 3º trimestre do ano. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) também apresentou queda, que foi de 13% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando R$ 23,9 bilhões em setembro de 2024.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Itaú ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambas elaboradas pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixas e tesoureiros: Live da Fenae apresenta resultados de pesquisa nesta terça (5)

Nesta terça-feira (5), a Fenae realizará uma live para divulgar os resultados de uma pesquisa que avaliou o cenário atual de trabalho de caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor no banco. A transmissão começa às 18h30 pelo canal da Fenae no YouTube.

Os dados da pesquisa revelam que 38% dos caixas, sejam efetivos ou temporários, acumulam também a função de tesoureiro, seja de forma habitual ou esporádica, indicando a necessidade de nomeações efetivas para essa função.

Outro dado preocupante é que 17% dos empregados afirmaram exercer suas funções de forma temporária por “minuto” ou “prazo” regularmente, devido à falta de titulares designados. Além disso, 60% dos participantes informaram que desempenham atividades fora de suas atribuições, caracterizando desvio de função.

Negociações

Também nesta terça-feira (5/11), os representantes dos empregados retomam a mesa permanente que debate a proposta para o retorno da nomeação efetiva para caixas e tesoureiros, e reflexos para avaliadores. O andamento das discussões também será tema da live.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco acumula lucro de R$ 14,2 bilhões até setembro de 2024

O Bradesco terminou setembro acumulando lucro líquido recorrente de R$ 14,2 bilhões, valor que representa crescimento de 5,5% nos nove primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. O crescimento no trimestre encerrado em setembro foi de 10,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de 13,1% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao terceiro trimestre de 2023.

Em relatório, o banco disse que os principais fatores para o aumento do lucro foram margem de clientes (ganhos com empréstimos para famílias e empresas) e redução com provisões para devedores duvidosos (PDD). Outro fator destacado pelo Bradesco para o resultado positivo foi a melhora na “margem líquida”, indicador que mede o percentual do lucro líquido obtido da receita total, após pagamento dos custos e despesas.

Postos, agências e clientes

A coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica Oliveira, ressalva que o lucro do banco representa a dedicação dos trabalhadores. “É importante esse destaque para não perdermos de vista que os resultados não são apenas cálculos de números frios, mas traduzem o empenho diário das bancárias e bancários, que precisam ser reconhecidos com a manutenção e segurança de seus postos de trabalho”, completa.

Relatório divulgado pela equipe do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir do material sobre o trimestre apresentado pelo Bradesco, mostra que a holding Bradesco (que vai além do banco e inclui outras empresas que atuam no setor financeiro) encerrou o terceiro trimestre de 2024 com 84.018 funcionários, sendo a maior parte (72.709) do banco Bradesco.

“O número revela fechamento de 2.084 postos de trabalho em doze meses. No trimestre, a redução foi de 693 postos”, observa Erica Oliveira, complementando que, no mesmo período, o banco aumentou em 0,7 milhão o número de clientes, em relação a setembro de 2023, totalizando 108,7 milhões.

A empresa também fechou, em 12 meses, 399 agências e 734 postos de atendimento – sendo 3 agências transformadas em unidades de negócios. Só no último período, do terceiro trimestre de 2024, foram fechadas 155 agências, além de 219 postos de atendimento e 41 unidades de negócios, em relação ao trimestre imediatamente anterior.

“Mesmo mantendo lucros bilionários, o Bradesco segue enxugando postos de trabalho e de atendimento. Durante a Campanha Nacional dos Bancários, o argumento dos bancos nas mesas de negociação para justificar essa falta de responsabilidade social com trabalhadores e clientes foi a transformação do setor com as novas tecnologias. Mas nós, representados pelo Comando Nacional, rebatemos e lembramos que os avanços tecnológicos não podem significar apenas aumento de lucros para os banqueiros e sim oportunidade para melhorar a relação trabalho e capital. Nós, inclusive, apresentamos saídas, como a redução da carga horária e que poderia gerar aumento de vagas no setor bancário e garantir qualidade nos serviços. Porque nós só vamos conseguir avançar, como sociedade, compartilhando os ganhos dos avanços tecnológicos para todos e todas. Caso contrário, vamos aprofundar ainda mais as desigualdades”, pontua Erica Oliveira.

Carteira de crédito

A concessão de crédito expandida do Bradesco cresceu 7,6% em 12 meses, totalizando R$ 943,9 bilhões em setembro de 2024. A carteira de pessoa física, que representa 42% carteira da instituição, cresceu 10%, somando R$ 396,8 bilhões. Desse segmento os destaques foram o crédito pessoal (+16,7%), imobiliário (+11,2%) e rural (49,1%).

O segmento pessoa jurídica, por sua vez, apresentou crescimento de 5,9%. A carteira de grandes empresas se manteve praticamente estável (+0,7%) e a carteira das micro, pequenas e médias empresas crescimento de 16,9%, no período de 12 meses.

Inadimplência

A taxa de inadimplência superior a 90 dias ficou em 4,2% em setembro de 2024, com queda de 1,4 ponto percentual (p.p.) em comparação ao mesmo período de 2023. Esse resultado é um pouco superior à inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).

“É importante destacar que, em relação aos cinco maiores bancos do país, o Bradesco só perde para o Santander nos juros abusivos, sobretudo no crédito rotativo onde, segundo dados do Banco Central, os juros do Bradesco estão em 387,18% ao ano“, explica a coordenadora da COE. “Os bancos precisam ser enquadrados em relação ao papel social, que é fomentar o desenvolvimento do país e não contribuir para o endividamento da população, dificultando o acesso de todos nós aos bens e serviços essenciais para nossa qualidade de vida, com a cobrança de juros abusivos”, conclui.

Clique aqui para ler o relatório completo do Dieese sobre os destaques do Bradesco.
Destaques dos resultados do Bradesco no terceiro trimestre de 2024

Fonte: Contraf-CUT

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Contraf-CUT anuncia segundo torneio de videogame para trabalhadores do ramo financeiro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) promove o segundo torneio de videogame voltado aos trabalhadores do ramo financeiro filiados aos sindicatos de sua base, além de seus dependentes, em um evento que promete diversão e interação em todo o país.

Os interessados podem se inscrever até as 18 horas do dia 25 de novembro.

E o evento  acontecerá no dia 30 de novembro, das 10h às 16h.

Os trabalhadores filiados aos Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) podem participar.

O torneio contará com 64 participantes, divididos proporcionalmente entre as federações, com possibilidade de ajustes conforme o número de inscritos.

As inscrições podem ser feitas pelo formulário disponível no link.

Os jogadores terão a oportunidade de competir em plataformas como PlayStation 5, Xbox Series X e S, e computadores, desde que possuam uma conexão de, no mínimo, 50MB para garantir uma transmissão fluida durante as partidas, e o jogo EA SPORTS™ FC 25 instalado.

Premiação e transmissão

Os melhores colocados receberão prêmios em vouchers de R$ 3.000 para o primeiro lugar, R$ 1.500 para o segundo e R$ 500 para o terceiro. As emoções do torneio poderão ser acompanhadas ao vivo a partir das semifinais nos canais oficiais da Contraf-CUT.

*com informações da Contraf-CUT

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Fetraf RJ/ES se reúne com Relações Sindicais do Itaú

Depois de se reunir na segunda-feira (28) com representantes da Caixa Econômica Federal, terça-feira (29) com representantes do Bradesco, nesta quarta-feira (30/10), foi a vez da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) se reunir com representantes de Relações Sindicais do Banco Itaú.

A reunião foi realizada no auditório da entidade e contou com representantes de todos os Sindicatos dos Bancários filiados à Federação: Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região.

Pelo banco, estiveram presentes Marina Madeira (Superintendente de Relações Sindicais), Simone Alves (Analista de Relações Sindicais), Gustavo F. Barbosa (Gerente de Relações Sindicais) e Carlos Alberto Sobrinho (Gerente de Relações Sindicais e CCV – Comissão de Conciliação Voluntária).

Adoecimento da categoria; Metas; Falta de funcionários; Ligações telefônicas para venda de produtos – com meta de 100% de êxito nelas – e atendimento presencial na agência ao mesmo tempo; limitação do número de atendimentos por hora nos caixas; desvio de função dos estagiários e jovens aprendizes; problemas no ponto eletrônico; obrigatoriedade de exposição das vendas diárias em grupos de trabalho, gerando ranking; aposentados (INSS) sendo obrigados a abrir contas para ofertarem produtos; transferências de funcionários sem levarem em conta a distância de sua casa e os transtornos que isso pode causar na vida do trabalhador; manutenção do ar condicionado para evitar problemas futuros, principalmente nos meses mais quentes; foram assuntos tratados e debatidos profundamente na reunião.

No fim, também foi discutido assédio moral e um ofício foi entregue, sinalizando o apoio da Fetraf RJ/ES ao movimento iniciado pela Contraf-CUT sobre o plano de saúde dos aposentados do Itaú.

Os representantes do Itaú agradeceram o convite e disseram ser muito importante esse contato presencial com Sindicatos e Federações, afim de esclarecer e tirar dúvidas. E que é essencial esse estreitamento de relacionamento e que, quanto mais ideias forem trocadas, mais informações receberem, mais fácil de solucionarem os casos e problemas.

O que não foi esclarecido ou em dúvida, o banco ficou de analisar as demandas e comunicar qual a solução, posteriormente.

“Mais uma reunião excelente e que mostra o quão importante é se debater abertamente os problemas e dificuldades que os bancários enfrentam em seu dia a dia. E em cada região. Foi uma semana de encontros produtivos com os bancos e que trarão frutos para nossa categoria.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

As reuniões fazem parte de um cronograma de reuniões entre os Sindicatos filiados à Federação e representantes de bancos, onde foram debatidas diversas demandas da categoria bancária.

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Movimento Sindical está acompanhando casos de demissões no Banco do Brasil

A Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) estão acompanhando os casos de demissões por justa causa, que estão em processo dentro do BB. Para a representação do movimento sindical, o banco informou que todos os ritos internos foram seguidos.

“Estamos acompanhando de perto para não haver injustiça e qualquer ação, por parte do banco, que não siga corretamente todos os ritos internos, o que inclui o direito de ampla defesa. Caso o bancário tenha alguma dúvida, sinta-se prejudicado sobre algum procedimento, solicitamos que procure seu sindicato, onde poderá ter apoio jurídico necessário”, explica a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e diretora da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

A entidade sindical reforça também que, além do apoio jurídico aos bancários que estão sendo afastados, é contrária a qualquer atitude racista, homofóbica, assediadora ou que aprofunde desigualdades de gênero dentro do BB e na sociedade. “É importante que todos nós, da categoria, estejamos atentos que esse tipo de violência não fere apenas o código de ética do BB, também se configura crime, conforme a legislação do país”, completa Fernanda Lopes.

Fonte: Contraf-CUT

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Crescimento do lucro do Santander contrasta com fechamento de postos de trabalho e redução de agências

Nos primeiros nove meses de 2024, o Santander Brasil obteve um lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões, aumento de 40,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse crescimento expressivo no lucro ocorre enquanto o banco continua a fechar postos de trabalho e reduzir sua presença física nas ruas, uma realidade que afeta diretamente seus funcionários e clientes.

O lucro trimestral do banco alcançou R$ 3,7 bilhões, 10% superior ao trimestre anterior, e o retorno sobre o patrimônio (ROE) subiu para 17%, um aumento de 3,9 pontos percentuais em doze meses. Já o lucro global do Santander, que atingiu € 9,3 bilhões, registrou alta de 14,3% no mesmo período. Em termos de representatividade, o lucro da unidade brasileira compõe 19% do resultado global do banco, evidenciando a importância do mercado brasileiro para a instituição.

Em contrapartida ao crescimento no lucro, o Santander fechou 706 postos de trabalho nos últimos doze meses, sendo 568 apenas no terceiro trimestre de 2024. Esse movimento acontece em um cenário de aumento da base de clientes, que somou 68,8 milhões de pessoas em setembro, com 3,4 milhões de novos clientes em relação ao ano anterior. Além disso, o banco também fechou 254 lojas e 128 Postos de Atendimento Bancário (PABs) no mesmo período, o que reflete um direcionamento para reduzir o atendimento físico, afetando a presença do banco em várias regiões.

De acordo com os dados do Banco Central, o Santander contava com 2.459 agências físicas em setembro de 2024, uma queda significativa de 78 unidades em relação ao ano anterior. “Esse cenário preocupa, pois a redução na estrutura física não só afeta o atendimento ao cliente como também intensifica a sobrecarga sobre os funcionários, os quais enfrentam a pressão de atender um número crescente de clientes com menos recursos e apoio presencial”, avaliou Wanessa Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.

Enquanto o banco aumenta suas receitas com serviços e tarifas bancárias – que somaram R$ 16,7 bilhões, com crescimento de 13,2% em um ano – as despesas de pessoal e PLR aumentaram apenas 8,7% no mesmo período, atingindo R$ 9,1 bilhões. A cobertura dessas despesas com as receitas secundárias do banco foi de 184,2%, um índice que demonstra a lucratividade do banco frente aos custos com pessoal.

Para a secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT e funcionária do Santander, Rita Berlofa, este cenário levanta questões sobre as prioridades do Santander. “Enquanto seus lucros crescem de maneira expressiva, os cortes de empregos e a redução de agências sugerem uma estratégia focada em maximizar o retorno para os acionistas, muitas vezes em detrimento dos trabalhadores e clientes. A pressão sobre os funcionários que permanecem é evidente, e a falta de estrutura para o atendimento ao cliente pode refletir negativamente na qualidade dos serviços prestados”.

Ela ainda criticou o grande número de terceirizações que o Santander tem feito nos últimos anos. “Na verdade, são terceirizações travestidas de contratações fraudulentas, já reconhecidas pelo Ministério Público do Trabalho. Quando um cliente opta por um banco, ele opta por uma instituição e não por um grupo de CNPJs, que é o que o Santander está se tornando. Isso precisa acabar!”

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa: Negociação sobre tesoureiros e caixas emperra

Não houve avanços significativos na negociação desta terça-feira (29), entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e representantes do banco, sobre questões específicas de caixas e tesoureiros. Na prática, a Caixa reiterou a mesma proposta rejeitada pela categoria, sem incorporar as revisões solicitadas e, mais uma vez, deixou de fornecer informações fundamentais para o debate.

“A postura da Caixa de não fornecer dados concretos sobre as funções compromete uma negociação justa e transparente. Nossa impressão é a de que o banco aparenta ter pressa em aprovar o acordo, enquanto não apresenta contrapartidas significativas para os empregados, o que gera desconfiança”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil.

Para Vivian Sá representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), a proposta, considerada insatisfatória pelos representantes dos empregados, falha ao não proteger a remuneração dos trabalhadores que hoje exercem a função, ainda de forma precária. “A ausência de informações claras sobre a quantidade de trabalhadores que exercem as funções por minuto e por prazo, e há quanto tempo estão nesta situação, cria impasses para o avanço nas negociações”, reforçou Vivian.

“A Comissão Executiva dos Empregados deixou claro que não aceitará qualquer proposta que venha a retirar direitos ou expectativas de direitos dos trabalhadores”, completou o representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza.

Representantes da categoria presentes na reunião consideram essencial que uma nova proposta seja apresentada, com destaque para a inclusão de uma cláusula que assegure o direito de quem possui processos em andamento e garantias já conquistadas judicialmente, a fim de proteger os trabalhadores contra possíveis perdas de direitos. Além disso, eles consideraram que a designação de 500 funções efetivas para caixas e tesoureiros, uma das propostas apresentadas pela Caixa, aparentemente não é suficiente.

A CEE/Caixa reforçou que não abrirá mão de direitos adquiridos e continuará pressionando para que a Caixa apresente uma proposta justa e que respeite as conquistas dos trabalhadores. Uma nova reunião, em formato híbrido, está marcada para a próxima sexta-feira (1°/11), na esperança de avanços mais concretos.

Texto: Fenae, com edições da Contraf-CUT

 

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BNDES: ACT é aprovado com 74% dos votos

Os funcionários do sistema BNDES aprovaram, em assembleias realizadas nesta segunda (28) e terça-feira (29) pelos sindicatos dos bancários de Brasília, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Do total de votos, 74% foram pela aprovação do ACT. Os votos contrários somaram 25,57% do total. As abstenções somaram 0,43%.

“Conseguimos que o banco recuasse na tentativa de ampliar o número de assessores externos da presidência. Ou seja, será mantido o percentual de 50% dos assessores do quadro de pessoal permanente das empresas do sistema BNDES”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade na mesa de negociações com o banco. “Além disso, houve avanços importantes, como o aprimoramento da cláusula de proteção contra a despedida arbitrária; a melhoria da cláusula que trata do afastamento especial em caso de internação hospitalar da mãe e/ou do recém-nascido; e o compromisso com a construção conjunta para a valorização da comunicação das empresas do sistema. Por isso, foi importante a aprovação”, completou ao ressaltar que todos os demais direitos e conquistas históricas foram preservados.

>>>>> Leia a íntegra do ACT aprovado

Fonte: Contraf-CUT