O banco Santander emitiu nota na última sexta-feira, 25, desmentindo a intenção de influenciar os clientes a não votarem em Dilma Roussef nas eleições gerais de outubro. O comunicado colocado em destaque no site do banco, informa que a orientação enviada aos clientes Van Gogh em seus extratos “não reflete o posicionamento da instituição”. O banco ainda destaca que o segmento de clientes a quem foi enviada a recomendação responde por apenas 0,18 % da base de clientes.
Mas o estrago já estava feito. A orientação enviada aos clientes de alta renda – o Van Gogh é para quem tem saldo médio de R$ 10 mil ou mais – já havia repercutido no país. O material foi interpretado como uma campanha aberta de combate à candidatura de Dilma Roussef à reeleição, disseminando o medo entre os clientes.
O irônico é que o presidente do banco, Emilio Botín, foi recebido pela presidenta Dilma Roussef no Palácio do Planalto em várias ocasiões (veja fotos). O espanhol também se manteve próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante seus dois mandatos. Em 2010, numa reunião com os acionistas, o banco apresentou um material em que apontava o Brasil como uma potência mundial, digna da confiança do banco.
A Contraf-CUT emitiu uma nota na tarde de sexta-feira repudiando a postura do banco. Veja a matéria completa aqui.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES