Durante a negociação realizada nesta última terça-feira, 24 de setembro, e após forte pressão da Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Banco Santander apresentou uma proposta para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Claudio Merçon (Cacau), representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Santander, participou da reunião, realizada em São Paulo.
O novo acordo traz novas cláusulas importantes para os trabalhadores.
Confira abaixo os principais avanços:
- Manutenção do ACT: Após inúmeras reuniões com o banco, os trabalhadores garantiram a renovação integral das condições já asseguradas pelo Acordo Coletivo de Trabalho. Isso inclui a manutenção das regras do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS), sem compensação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
- Isenção da coparticipação no plano de saúde para PCDs: Outro avanço significativo foi a conquista da isenção da coparticipação no plano de saúde para empregados com deficiência (PCD).
- Suspensão de metas após licença de saúde: O banco também aceitou suspender as metas por 30 dias para os empregados que retornarem de afastamentos por doença, saúde ou licença maternidade superiores a 180 dias.
No entanto, ainda há pontos que não avançaram nas negociações:
- O banco não apresentou nenhuma proposta para o grupo de neurodivergentes, incluindo tanto os funcionários quanto os filhos desses empregados.
- Também não foi atendida a reivindicação de isenção de tarifas bancárias para os funcionários, além da ausência de propostas sobre linhas de crédito com taxas diferenciadas.
- Outro ponto fundamental que não avançou foi a representação de todos os trabalhadores das empresas do conglomerado Santander, que prestam serviços ao banco e contribuem para seus lucros.
“Apesar dos avanços, seguiremos lutando por mais melhorias, sempre priorizando as trabalhadoras e trabalhadora do Santander. Espero que na próxima negociação, a gente consiga avançar ainda mais.”, comentou Cacau.
A COE também reivindicou que, na próxima reunião sobre relações trabalhistas, o Santander discuta os problemas enfrentados nos planos de saúde dos funcionários da base da Bahia e do Distrito Federal, que têm gerado insatisfação entre os trabalhadores dessas regiões.
Assim que o Santander formalizar a redação final da proposta, os sindicatos dos bancários de todo o país convocarão assembleias para a deliberação.
*com informações da Contraf-CUT