Santander apressa exames demissionais e prejudica bancários

Dirigentes do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro receberam denúncias de que o Santander está pressionando os funcionários demitidos a apressarem a realização dos exames demissionais. Ao invés de respeitar o prazo concedido pela CLT, de dez dias, o banco está exigindo que os bancários façam os exames no mesmo dia da dispensa ou, no máximo, no dia seguinte.


A impressão que se tem é de que o banco quer dificultar a apresentação de laudos médicos no caso da demissão de lesionados. Muitos bancários não relatam suas doenças enquanto estão empregados, com medo de represálias, mas os problemas acabam sendo revelados durante os exames demissionais. Quando isso acontece, recebem o laudo de inaptidão, que impede a dispensa. “Mas, sem tempo de reunir os documentos que comprovem a condição, não podem apresentá-los ao médico que faz o exame, o que leva a um diagnóstico impreciso”, destaca Fátima Guimarães, funcionária do Santander e diretora do Seeb-Rio.


A secretaria de Saúde do sindicato já verificou casos de bancários que, sob o choque da demissão, não fizeram os exames a tempo. Como o banco não oferece outra oportunidade para tal, o demitido fica numa situação dramática: sua dispensa não é homologada, o que lhe tira o direito de receber as verbas rescisórias. “Parece que o banco não vê a hora de se livrar do funcionário e o descarta. E, como se isso não bastasse, seu futuro profissional fica comprometido ou, na melhor das hipóteses, em suspenso. O trabalhador já perdeu o emprego e ainda tem que lidar com esta situação que, além de ilegal, é desumana”, critica Fátima.


O sindicato já está verificando quais medidas serão tomadas para exigir que o banco pare de pressionar os demitidos e respeite a legislação trabalhista.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES