Santander: funcionários do call center madrugam durante a greve

Durante a greve dos bancários, os funcionários do teleatendimento do Santander lotados no call center do Rio de Janeiro estão sendo forçados a chegar ao local de trabalho no meio da madrugada. A medida foi imposta por gestores do setor, que estão pressionando os bancários a se apresentarem para trabalhar às 03h da madrugada, muito antes do horário de entrada do primeiro turno de trabalho, que é às 05h. A informação foi transmitida ao Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro por empregados do setor.

A atitude do Santander de mandar os empregados chegarem no meio da madrugada é uma forma de burlar a greve, mas, no caso específico do call center, é também um despropósito. “Como se não bastasse adotar uma medida que infringe a legislação, o banco está colocando os empregados em perigo, já que o setor funciona num local isolado e com alto índice de violência”, critica Fátima Guimarães, diretora do Seeb-Rio e funcionária do Santander lotada no call center. “Além disso, o Santander está exagerando com esta medida. O banco quer antever as ações do sindicato e montar uma contingência sem sequer saber se o local será paralisado”, acrescenta a sindicalista.

O call center do Santander – que herdou o setor do antigo Real – costuma ter um ou dois dias de paralisação durante a greve dos bancários. O local já sofreu uma paralisação no último dia 29, como advertência. Em geral, os dois call centers do banco – no Rio de Janeiro e em São Paulo – são paralisados ao mesmo tempo, em ação coordenada dos dois sindicatos.

 

 

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES