Os sindicatos de Petrópolis e Rio de Janeiro retardaram a abertura de agências na manhã desta terça-feira, 26, em protesto contra a demora na definição do novo Acordo Aditivo específico do Santander.
As negociações se arrastam há seis rodadas, mas o banco não apresentou nenhuma proposta concreta. E ainda anunciou que não pretende aumentar o valor da bolsa auxílio-educação e que vai criar critérios de concessão do benefício que vão restringir o acesso, impedindo que alguns bancários iniciem os estudos.
Outra reivindicação importante ainda sem resposta se refere ao PPRS, o programa de remuneração variável do Santander. O banco anunciou que, a partir do próximo ano, vai reajustar os valores pelo índice acordado na Convenção Coletiva Nacional. Mas os bancários não aceitam esta mudança e questionam a transparência da Avaliação de Qualidade Operacional, o parâmetro usado pelo banco para definir o pagamento da remuneração variável. As regras não são claras e podem ser mudadas a qualquer momento, sem prévio aviso. A representação dos trabalhadores também reivindicou que os períodos em que o funcionário não está trabalhando, como férias e licenças, passem a ser desconsiderados, com revisão das metas. Atualmente, os patamares a serem atingidos permanecem, mesmo durante o afastamento, o que prejudica a média do bancário.
Em Petrópolis, houve retardamento de abertura das cinco agências da base, inclusive a unidade do segmento Select, que atende clientes de alta renda. No Rio de Janeiro a paralisação parcial foi na agência da Praça Pio X, do segmento Select, no centro da cidade.