Santander suspende adicional de periculosidade de PAB em fábrica de tintas

Os funcionários do PAB do Santander localizado ao lado da caldeira da fábrica das Tintas Internacional – Akzo Nobel, em São Gonçalo, deixaram de receber o adicional de periculosidade no salário de novembro. A mudança foi anunciada pelo banco, que justificou o não pagamento alegando que nova vistoria no posto teria constatado que não há mais riscos no local.

O Santander sempre relutou em pagar o adicional. Antes do Santander, o Itaú tinha um posto no mesmo local e pagava periculosidade aos funcionários. Quando o banco espanhol inaugurou o PAB, os empregados não ganhavam a complementação pelo risco, mas o Sindicato dos Bancários de Niterói interveio. Foi feita uma vistoria pela ária de Segurança do Trabalho do Santander, que constatou a periculosidade, e o adicional passou a ser pago.

O banco informou que teria feito nova vistoria no local, mas o sindicato questiona estes resultados. “O PAB é o mesmo, não houve nenhuma mudança, não passou sequer por reformas. E, mesmo que o posto tivesse sido transferido para longe da caldeira, ainda estaria em área de risco, já que toda a vizinhança sofreria danos caso acontecessem algum problema, tanto é que há plano de evacuação do bairro. Sem nenhuma mudança nas condições, como o risco deixou de existir? Esta medida é totalmente arbitrária”, critica Júlio Cesar Sales, diretor do sindicato.

Segundo o sindicalista, o banco vem suspendendo os adicionais de periculosidade pagos aos funcionários em várias unidades pelo país afora, num esforço para cortar custos. “No caso da Akzo Nobel de São Gonçalo, isto mal se justifica, porque o posto tem apenas duas bancárias, e seus salários nem são altos. E, mesmo que fossem muitos funcionários, continuaria sendo uma medida ilegal e imoral”, argumenta Júlio. O dirigente informa, ainda, que o sindicato já entrou em contato com o departamento de relações sindicais para reivindicar a solução do problema. “Esperamos que o banco volte atrás e retome o pagamento do adicional de periculosidade, inclusive pagando o mês que não foi pago. Preferimos resolver tudo pelo diálogo, mas, se o Santander não se dispuser a isso, vamos tomar as medidas necessárias para que o banco regularize a situação”, adianta o dirigente.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES