A agência do Itaú no centro de Angra dos Reis teve sua abertura retardada até o meio-dia na segunda-feira, dia 11, mas o Sindicato dos Bancários não teve nada a ver com a situação. O retardamento de abertura se deu por falta de funcionários suficientes para atender o público, um problema recorrente na unidade que, neste dia, chegou ao ponto mais crítico. No fim da mesma semana, na sexta-feira, a situação se repetiu. Como o banco não tomou nenhuma providência para resolver o problema, o Sindicato dos Bancários decidiu pela paralisação das atividades da unidade nesta segunda-feira, dia 18.
A agência, que pertenceu ao extinto Banerj, é grande e movimentada. Mas a lotação de funcionários é insuficiente, sobretudo na área operacional, com apenas três bancários em função de caixa. A unidade ainda perdeu o Chefe de Serviço, que abria guichê quando preciso, e o Gerente Operacional passou a acumular as tarefas dos dois cargos. Mas o bancário que exercia esta função adoeceu e se afastou e sua substituta, após apenas 4 meses, também precisou se afastar para tratamento médico. GOs de outras unidades da região passaram a se revezar, acumulando o comando de duas agências. O mesmo acontece com chefes de serviço. Nos dias 11 e 15 a agência só funcionou na parte da tarde porque bancários de outras unidades foram transferidos em caráter emergencial.
Com o ritmo de trabalho frenético em razão da escassez de funcionários, os problemas de saúde se multiplicam e mais bancários se afastam para tratamento. Por este motivo até o guichê no térreo, para atendimento preferencial, já foi fechado, o que obriga idosos, gestantes e pessoas com deficiência a subir as escadas para usar os caixas na sobreloja. Com esta situação já limítrofe, se um funcionário precisar faltar, a agência chega à condição que impediu o funcionamento nos dias 11 e 15.
Reposta
A agência já vinha sendo monitorada pelo Sindicato dos Bancários e, depois do dia 11, a diretoria da entidade enviou ofício ao Itaú exigindo uma solução. Dias depois o banco enviou uma resposta, sem assinatura, informando que considera a lotação da unidade é adequada à demanda de serviço e que a situação de carência de funcionários é atípica e específica. Mas não informou o que será feito para resolver a questão, nem em quanto tempo. “Será que o maior banco do país, que teve lucro de mais de R$ 20 bilhões em 2014, e lucrou de mais de R$ 6 bilhões só nos primeiros três meses deste ano não consegue contratar um gerente operacional e mais um caixa para a agência que está nesta situação crítica?”, questiona Rogério Salvador, presidente do Seeb-Angra.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES