Na última terça-feira, dia 18, não houve atendimento nas agências do HSBC em toda a base do Sindicato dos Bancários de Niterói. Todas as 13 unidades do banco na região ficaram fechadas por todo o dia, em protesto contra as demissões e ao intenso assédio moral que a direção do banco impõe aos funcionários.
A receptividade dos bancários à atividade foi excelente, uma vez que a situação nas agências é muito ruim. Segundo Cláudio Roberto Barbosa, funcionário do HSBC e diretor do Seeb-Niterói, é comum os bancários solicitem a intervenção do sindicato sempre que os dirigentes visitam as agências durante o trabalho de base. “Além do medo constante de perder o emprego, os funcionários convivem com a sobrecarga de trabalho e com muito assédio moral por atingimento de metas. Não é à toa que o número de atendimentos de empregados do HSBC na nossa secretaria de Saúde vem aumentando a cada dia”, relata o sindicalista.
Sem carreira
Outra insatisfação que vem sendo relatada pelos empregados é com relação às dificuldade de ascensão profissional na empresa. Quando abre uma vaga de gerente geral, o banco contrata profissionais no mercado, não promove os gerentes PF e PJ que já estão dentro da estrutura. “Não há investimento na qualificação dos empregados, que acabam ficando desmotivados e se sentem desvalorizados pela empresa. Este ano tivemos pelo menos dois casos aqui na base – um na agência Barreto, aqui em Niterói, outro em Itaboraí. Os cargos foram abertos e o HSBC contratou profissionais vindos de outros bancos. Além disso, os gerentes do HSBC também não são valorizados pelo mercado. Entre Itaú, Bradesco e Santander é comum os profissionais irem de um banco para outro, mas ninguém procura gerente do HSBC”, destaca Cláudio Roberto.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES