O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro paralisou 41 agências da Avenida Rio Branco, coração financeiro do Rio, das 7h às 16h desta sexta-feira (29), em protesto contra o Projeto de Lei 4330, cuja proposta permite às empresas terceirizarem todas suas atividades, com graves prejuízos para os trabalhadores.
O PL 4330 já foi votados e aprovado pelos deputados federais. Falta agora passar pelo Senado (onde o PL 4330 passa a ser denominado PLC 30/15). Há grande movimentação dos trabalhadores para impedir que a proposta seja aprovada. A terceirização nos moldes desse projeto só interessa aos empresários. Para os trabalhadores restaria a precarização das relações de trabalho. Rasga-se a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), incentivam-se o desemprego, os baixos salários e a desorganização do mundo de trabalho. É a institucionalização de práticas criminosas em nome do aumento do lucro dos empresários.
A presidenta do Sindicato, Adriana Nalesso, avaliou como bastante positiva a paralisação de sexta-feira e voltou a insistir na necessidade de todas as categorias de trabalhadores pressionarem os senadores a rejeitarem o PLC 30/15 (PL4330). “Vamos pressionar os senadores e cobrar deles que tomem defendam os interesses da população, dos trabalhadores e não da minoria de empresários que colocaram dinheiro na campanha dos políticos”, disse.
Preocupação
Foram essas as explicações que os sindicalistas bancários ofereceram à população nos piquetes. Eles distribuíram panfletos com as fotos dos deputados do Rio que votaram a favor desse desastroso projeto de lei.
“Foi impressionante a receptividade que conseguimos para os nossos argumentos contra o PL 4330 entre pessoas de todas as idades, clientes e não clientes dos bancos”, registra o diretor do Sindicato José Antonio Pinheiro.
“Os bancários atenderam ao chamado do Sindicato e paralisaram. Eles manifestaram sua preocupação com o futuro de suas famílias, já que a categoria bancária seria uma das mais prejudicadas, na hipótese de o projeto passar também no Senado”, disse o diretor do Sindicato Marcelo Pereira.
Fonte: Seeb-Rio