O bancário Carlos Geraldo de Souza teve um final de ano péssimo: foi demitido às vésperas do Natal pelo banco Santander. Mas o trabalhador procurou o Sindicato dos Bancários de Três Rios e acionou o banco, alegando que sua demissão era ilegal, e acabou reintegrado em abril.
A demissão aconteceu como tantas outras: de surpresa. Mas o bancário já vinha apresentando problemas de saúde, embora não tivesse ainda notificado o banco. Sua condição seria facilmente constatada por um médico, mas o exame demissional a que foi submetido não registrou nada de anormal. “Se os exames feitos pelos médicos contratados pelo Santander fossem detalhados, ficaria claro que havia uma doença que impedia a demissão de Geraldo. Mas os profissionais de saúde que prestam serviço aos bancos não fazem um bom trabalho, limitam-se a medir a pressão dos trabalhadores e a fazer algumas perguntas. Nenhum exame feito desta maneira poderá constatar doenças”, critica Nilton Damião Esperança, presidente do Seeb-Três Rios.
Orientado pelo sindicato, o trabalhador fez novos exames e ajuizou o banco pedindo reintegração. Os mesmos laudos médicos foram usados para requerer junto ao INSS uma licença para tratamento de saúde. Os profissionais do instituto de previdência examinaram o bancário e analisaram os laudos e decidiram conceder ao trabalhador o benefício B-31 e determinar que ele fique de licença até o mês de julho.
Mesmo estando afastado, Geraldo foi até sua agência, no Centro de Três Rios, acompanhado de um Oficial de Justiça e de representantes do sindicato para tomar posse de seu cargo. A reintegração aconteceu no dia 11 de abril.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES