Sindibancários/ES entrega reivindicações a gerente da Gepes e a diretor da Disec

O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), entregou suas reivindicações de atenção humanizada aos funcionários do Banco do Brasil e melhoria no suporte às agências ao gerente geral de Gestão de Pessoas (Gepes), Rodrigo Guerra, e ao diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do BB (Disec), Gustavo Garcia Lellis, nesta terça-feira, 6, durante evento realizado no Espírito Santo. Guerra e Lellis vieram à capital capixaba participar do Encontro de Lideranças promovido pelo Banco do Brasil no Hotel Golden Tulip Vitória.

“Apontamos a necessidade urgente de providências, tanto para resolver a questão da Gepes, pois o atendimento virtual não dá conta das demandas que temos, e também quanto à questão da infraestrutura e manutenção de serviços. A informação que recebemos dos dois representantes do banco é que nossas reivindicações estão sendo vistas, pois também foram apresentadas pela Comissão de Empresa”, afirmou a diretora do Sindicato Goretti Barone. Ela e a diretora Bethânia Medeiros fizeram a entrega dos documentos aos representantes do Banco do Brasil.

Infraestrutura

No ofício entregue a Gustavo Lellis o Sindicato manifestou seu descontentamento com o suporte de manutenção às agências, especialmente após o processo de reestruturação do setor de engenharia, que reduziu drasticamente o número de profissionais. O encolhimento do setor tornou a manutenção morosa e pouco eficiente, causando transtornos que se refletem nas condições de trabalho dos funcionários do BB, além de afetar a qualidade do atendimento aos clientes e prejudicar a imagem pública do banco.

A entidade afirmou que em geral faltam profissionais para fazer a fiscalização de obras. Mesmo as manutenções mais corriqueiras têm sido feitas de forma precária. As solicitações de manutenção ficam paradas no setor de Suprimento e Patrimônio, uma vez que as empresas terceirizadas, que prestam o serviço por meio de carros-oficina, não conseguem atender com celeridade às demandas das unidades.

São exemplos as recorrentes quebras dos condicionadores de ar. Outro destaque é o caso da reforma da agência do Banco do Brasil em Cachoeiro de Itapemirim, que se arrasta há meses. Funcionários e clientes são obrigados a conviver com barulho de máquinas, emissão de pó e outros transtornos.

A entidade afirma que a reestruturação do suporte de manutenção, que implicou na redução de pessoal do BB e terceirização dos serviços, não está funcionando a contento. O Sindicato solicitou providências urgentes.

Gestão de Pessoas

Ao gerente geral da Gepes, o Sindicato destacou os impactos negativos causados pela reestruturação do setor, especialmente na região Sudeste, que passou a acumular as demandas dos bancários do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. “A relação da Gestão de Pessoas se tornou mais impessoal com funcionários, com a introdução da plataforma de atendimento virtual”, afirmou a entidade.

Antes da reestruturação, a Gepes no Espírito Santo chegou a contar com oito profissionais. Atualmente, a estrutura foi reduzida a três pessoas: assessora, técnica de saúde e médica do trabalho. Apesar do empenho desses profissionais, as demandas levadas à Gepes têm ficado represadas. Essa morosidade no atendimento tem gerado consequências diretas nas condições de trabalho dos funcionários do BB.

O acesso às informações/perícias no INSS é um exemplo dos transtornos que os trabalhadores têm enfrentado. O Sindicato tem acompanhado casos de funcionários em licença-saúde que tiveram descontos indevidos no salário devido à morosidade desse processo.

Outra questão urgente é a necessidade de se abrir um amplo debate sobre a GDP, que hoje é ferramenta de punição, em vez de servir como um recurso de aprimoramento. “O assédio é uma questão complexa, que precisa ser debatida por pessoas”, afirma a entidade. E complementa: “Uma empresa com mais de 85 mil funcionários precisa oferecer um suporte humanizado no atendimento de pessoas à altura do porte do Banco do Brasil”.

A entidade cobrou o retorno da Gerência Regional de Pessoas ao Espírito Santo com capacidade de atender com eficiência, dignidade e humanidade às demandas dos bancários e das bancárias capixabas.

Fonte: Sindibancários/ES