Sindibancários/ES fecha agências do Itaú por duas horas em protesto contra demissões

No final do segundo semestre deste ano, o Itaú demitiu 1.419 bancários. Somente no Espírito Santo, nos primeiros dias de agosto foram 15 empregados demitidos. Em protesto contra essa política perversa que o Itaú mantém, os dirigentes do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), foram às ruas de Campo Grande, em Cariacica, na manhã da última terça-feira, 15 de agosto. Por duas horas, das 8h às 10 horas, os dirigentes mantiveram as agências do Itaú fechadas para a entrada dos empregados.

Durante o ato, os dirigentes conversaram com os bancários da agência, com os clientes e a população que circulava pelas ruas de Campo Grande. “Os empregados do Itaú estão sobrecarregados. O banco é o mais lucrativo do país e mantém uma gestão perversa, com demissões e prática de assédio moral contra os empregados, que são pressionados diariamente para bater metas exorbitantes na venda de produtos. Ocupamos a agência do Itaú em Campo Grande e vamos continuar com nossas ações para pressionar o banco a cessar as demissões e a garantir condições dignas de trabalho aos empregados”, enfatiza o diretor do Sindibancários/ES, Carlos Pereira de Araújo (Carlão).

Nos seis primeiros meses deste ano, o Itaú alcançou o lucro de R$ 17,2 bilhões. A elevada lucratividade do banco também é resultado da exploração dos clientes, que pagam altas taxas de juros e de serviços e ainda enfrentam longas filas, uma vez que as agências físicas do Itaú são cada vez mais raras. “O fechamento de agências é outra perversidade do banco. Muitos trabalhadores ainda necessitam de agências físicas para realizar pagamentos de contas e receber salários. O Itaú é uma concessão pública e, como tal, tem um papel social a cumprir. O mínimo que ele deve garantir é o acesso da população aos serviços bancários. No entanto, é justamente o contrário que tem feito”, denuncia Carlão.

Fonte: Sindibancários/ES