Sindicalistas discutem plano de saúde do Itaú

Em reunião na sede da Fetraf-RJ/ES na manhã do dia 1º de agosto, os diretores dos sindicatos filiados discutiram a proposta que vão encaminhar ao Itaú sobre o novo acordo do plano de saúde. O plano assinado em 2010 perdeu a validade e o banco propôs um novo modelo que não contempla as necessidades dos trabalhadores.


O novo modelo proposto pelo banco prevê a mesma regra para aposentados e ativos, o que sempre foi uma bandeira do movimento sindical. “Mas a proposta apresentada faz isso da pior maneira. Os funcionários da ativa passariam a pagar um percentual maior e os aposentados manteriam o mesmo modelo e o mesmo custo, que é elevado”, critica Adriana Nalesso, vice-presidente e coordenadora do coletivo do Itaú do Seeb-Rio.


Outra proposta desfavorável é a de incluir os novos funcionários num modelo de plano diferente. Os valores seriam mais elevados e o formato se assemelha ao dos planos de mercado, com planos individuais, por vida assistida, e com subsídio fixo do banco para todos, independente da faixa etária. “Este modelo, além de prejudicial por si só, divide a categoria, criando diferenciação entre os novos e os antigos funcionários. Já informamos que isto não interessa e que não estamos de acordo com estas regras”, explica a dirigente.


Outro ponto negativo do modelo proposto pelo banco é que fica definitivamente vetada a inclusão de agregados. “Isso valeria para todos os empregados, sejam novos ou antigos. Quem já tem agregados, poderá mantê-los. Quem não tem, não poderá incluir”, informa Adriana.


Mais caro e pior


Como se não bastasse a proposta que aumenta o custo para os bancários, o serviço é de péssima qualidade. Desde que o banco passou a oferecer o serviço através da operadora Porto Seguro, em fevereiro, os funcionários têm enfrentado muitas dificuldades. A nova operadora tem rede credenciada pequena e não tem capacidade de atender o contingente de empregados do banco. “A Porto Seguro paga mal aos profissionais e estabelecimentos, abaixo da maioria dos planos. Por isso, tem menos credenciados e não consegue ampliar a rede”, critica Jô Araújo, representante da base da Fetraf-RJ/ES na COE do Itaú.


A operadora também tem uma gestão ineficiente que contribui para piorar o atendimento. “A Porto Seguro costuma atrasar os pagamentos pelos serviços e isso acaba prejudicando o usuário. Já tivemos denúncia de bancário que teve que pagar a consulta e pedir reembolso ao banco depois, porque o profissional tinha medo de demorar muito a receber e se recusou a atender pelo plano”, denuncia a sindicalista.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES