Nesta quarta-feira, 25 de outubro, o Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), visitou as agências do Centro e dos Cavaleiros do Banco Bradesco, para falar da campanha “Menos Metas, Mais Saúde”.
A Campanha tem como objetivo destacar a preocupante situação de saúde dos trabalhadores no setor financeiro, abordando tanto os problemas físicos, quanto os mentais, que surgem devido às pressões exacerbadas e metas inatingíveis. Os distúrbios psicológicos já são considerada uma epidemia no meio bancário e é principal razão para os afastamentos por doença, em um setor onde as demandas excessivas persistem há anos.
O objetivo desta campanha é sensibilizar a população para a difícil realidade enfrentada pelos bancários em seus locais de trabalho. Ela foi concebida para fortalecer a resistência contra as políticas praticadas pelos bancos, que estão levando os trabalhadores a adoecerem. O movimento sindical deve expor o elevado número de casos de adoecimento decorrentes das metas abusivas, da pressão por resultados e do assédio moral, a fim de eliminar essas práticas prejudiciais.
Paulo Alves, Presidente do SEEB Macaé, enfatiza a clara responsabilidade dos bancos nesse processo de adoecimento dos trabalhadores. “É uma pressão individual constante para alcançar metas inalcançáveis. É fundamental promover a conscientização sobre os efeitos negativos das metas abusivas e encorajar a discussão sobre o assédio moral no ambiente corporativo.”
E completou. “Estamos em constantes negociações com os bancos em relação a saúde e bem-estar do trabalhador e, especificamente com o Bradesco, nossa última reunião foi em 03/10.”
O movimento cobra do banco, que as metas sejam semestrais e coletivas, e que não haja alterações na meta após o início do período de vigência do prazo de cumprimento.
“Solicitamos também o auxílio academia, mas o banco afirmou que ainda não consegue atender, porém, está estudando a possibilidade. Esse tema, é de suma importância, visto que se trata de um investimento na saúde do bancário.”, disse Paulo Alves.
Sobre o Plano de Saúde, o movimento sindical relatou as inúmeras reclamações que tem recebido, pelo grande número de descredenciamento de médicos, clínicas e hospitais, principalmente em regiões afastadas das grandes cidades e que já têm poucas opções, dos planos de saúde e odontológico.
“Estamos no aguardo de uma nova reunião para avançar em todas as negociações.”, finalizou o Presidente do Sindicato.