Sindicato dos Bancários de Três Rios se reúne com autoridades da região para debater atendimento presencial

O Sindicato dos Bancários de Três Rios e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), através de seu Presidente, Nilton Damião Esperança, se reuniu com autoridades do município de Três Rios, na última segunda-feira, 11 de março, para tratar sobre o direito de todos ao atendimento presencial nas agências bancárias.

Várias autoridades do município participaram da reunião, representando vários setores, como: Giselly Gama de Souza Monteiro (Diretora do PROCON), Luiz Fernando Ferreira Viana de Castro (Secretário Municipal da Secretaria de Ordem Pública e Política de Segurança), Francisco Carlos Gama (Bill, Vereador) e José dos Santos (Presidente da Associação dos Aposentados).

Todos os presentes concordaram que, nos dias atuais, em que a tecnologia tem revolucionado diversos aspectos de nossas vidas, é fundamental reconhecer e preservar o direito ao atendimento presencial nas agências bancárias.

“É crucial ressaltar que o acesso aos serviços bancários é um direito fundamental de todos os cidadãos. As agências bancárias não devem ser meramente vistas como locais de transações financeiras mas, sim, como espaços de inclusão e acesso aos serviços essenciais, para a vida em sociedade”, disse Nilton Damião.

Embora os avanços digitais proporcionem comodidade e agilidade, é importante lembrar que muitos cidadãos dependem do atendimento físico para acessar serviços financeiros de forma eficaz e equitativa.

Em uma sociedade onde a inclusão é um valor essencial, não podemos ignorar as necessidades daqueles que não têm acesso fácil ou confiança na tecnologia digital. Idosos, pessoas com deficiência, indivíduos de áreas rurais com infraestrutura limitada de internet e até mesmo aqueles com pouca familiaridade com dispositivos eletrônicos são exemplos de grupos que podem ser excluídos se o atendimento presencial for negligenciado.

Além disso, o atendimento pessoal proporciona uma experiência única de interação humana. Por trás de cada transação financeira, há histórias individuais, necessidades específicas e preocupações pessoais que podem ser melhor compreendidas e atendidas através do contato direto com um funcionário do banco. Essa conexão pessoal é essencial para construir relacionamentos de confiança e garantir um serviço verdadeiramente centrado no cliente.

Entretanto, para que o atendimento presencial seja verdadeiramente acessível a todos, é necessário que as instituições bancárias invistam em estruturas físicas adequadas, treinamento de funcionários para lidar com uma variedade de necessidades e aprimoramento de políticas de acessibilidade.

Após muitas denúncias e reclamações, o Sindicato solicitou à estas autoridades e ao Prefeito Joa que peçam uma reunião com os bancos, e após isso, estas autoridades se reunirão novamente para avaliar as atitudes de melhorias que serão tomadas.

O sindicato solicitou também:

– Cartazes visiveis com o limite do tempo nas filas;
– Distribuição de Senhas;
– Esclarecimento nas agências sobre o pagamento de tributos, se possível com informativos em papel detalhando onde se pode pagar cada tributo de acordo com as agências;
– Não proibição ao interior das agências;
Instalação de um toldo na fachada do Banco Itaú da praça da Autonomia para proteção e cuidado com os usuários bancários.

Foi apresentado, também nesta reunião, um anteprojeto para o Vereador Bill, para que estes direitos se tornem lei no município. Neste projeto todos os Bancos que operam na cidade de Três Rios, com agência física, terão que disponibilizar, em cada uma de suas agências, no mínimo 2 (dois) caixas com funcionário. Sendo 1 (um) caixa para atendimento de pessoas idosas e pessoas com necessidades especiais (PNC) e 1 (um) caixa para a população em geral.

Em suma, o atendimento presencial nas agências bancárias é mais do que um simples serviço: é um direito inalienável que promove a inclusão, a equidade e a dignidade de todos os cidadãos. Devemos valorizar e proteger essa forma de interação humana, garantindo que ela permaneça acessível e eficaz para todas as pessoas, independentemente de sua origem, idade ou circunstância.

Vale ressaltar também que estas dificuldades que os cidadãos vem enfrentando, para ter o atendimento físico, não é culpa dos bancários e, sim, da carga que estes vem tendo, por conta das metas inatingíveis impostas pelos bancos, além das demissões e redução de funcionários.