Os funcionários do Banco do Brasil da agência Cachoeiro (ES) estão trabalhando em meio ao caos de uma obra que já dura desde o ano passado. Mesas em meio a materiais de construção, fiação exposta, poeira e barulho são realidade na agência.
O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), já enviou ofício para a Cesup (Plataforma Rio e Rede São Paulo), onde está localizado o serviço de engenharia, bem como à Gerência de Pessoal (Gepes Sudeste) cobrando providências para condições de trabalho adequadas. Também está sendo encaminhada denúncia ao Ministério Público do Trabalho por descumprimento das normas de saúde e segurança.
A dependência está há meses em obra. Primeiramente os bancários foram transferidos para o andar superior para reforma do térreo. Mas a instalação improvisada de tapumes onde acontecia a obra não impediu que a poeira incomodasse funcionários e clientes. Também o barulho era intenso durante todo o expediente.
“Nós estivemos na agência em novembro do ano passado e vimos colegas trabalhando e a reforma acontecendo no primeiro piso. Conversamos com a gerência geral e dois engenheiros do BB. Ficou combinado que o banco iria conversar com a prestadora de serviço para que os serviços mais barulhentos fossem feitos no início ou final do expediente. Também ficaram de controlar a poeira. A situação melhorou um pouco de lá pra cá”, conta a diretora do Sindicato Bethânia Medeiros.
Agora, novamente, diretores do Sindicato da subsede de Cachoeiro foram acionados porque o andar térreo, já reformado, não comporta todos os funcionários da agência, ficando pessoas trabalhando em meio a obras do segundo piso. “Estivemos no local e verificamos que a agência está funcionando como se fosse um canteiro de obras, oferecendo os mais variados riscos de acidentes graves aos bancários e clientes”, afirmou o diretor do Sindicato Arthur Dussoni.
As condições de trabalho durante reformas são um problema crônico no Banco do Brasil. Raros casos de transferência para outro imóvel acontecem no banco. “Em geral, a política do BB tem sido a obra acontecer com a agência funcionando, bancários e clientes expostos. Isso não podemos permitir”, afirmou Bethânia.
Fonte: SindiBancários/ES