Sindicato paralisa agências do Itaú em shoppings

Esta quinta-feira, 25, foi mais um dia de paralisação em agências do Itaú no Rio de Janeiro. Desta vez, foram atingidas oito agências com horário estendido localizadas em shopping centers da cidade.
 
A atividade transcorreu sem problemas. Mesmo os clientes e usuários reagiram bem, sobretudo quando eram informados pelos dirigentes dos motivos da paralisação. “O banco demite e ainda estende o horário. Por conta da sobrecarga de trabalho e do horário ampliado, tem bancário trabalhando das 09h até as 21h, isso não tem cabimento. Além de desrespeitar a legislação trabalhista, acaba com a saúde do funcionário”, relata Vera Luiza Xavier, diretora do Seeb-Rio.
 
O horário estendido de atendimento tem sido alvo de muitos protestos por parte dos sindicatos de todo o país. Mas é preciso que fique claro que o movimento sindical não está contra a população. “Sempre fomos favoráveis à ampliação do horário de atendimento ao público. Mas isso tem que ser acompanhado da implantação dos dois turnos de trabalho e da contratação de mais bancários. Do jeito que as coisas foram feitas, o trabalhador sofre e o banco lucra mais ainda”, pondera Vera.
 
Sem negociação
 
Desde o início do novo horário, o movimento sindical tem procurado a direção do Itaú para negociar, mas sem sucesso. “O banco não arreda pé. Houve umas poucas agências que voltaram ao horário normal, das 10h às 16h, mas foi por questões internas, porque, nelas, não estava valendo a pena manter o horário estendido. Não por respeito aos bancários”, relata a dirigente. Quando os sindicalistas colocam a outra opção, a da criação do segundo turno de trabalho com mais contratações, o banco também não cede. “Ou faz dois turnos, ou suspende o horário ampliado. Como está não pode ficar. Não há bancário que aguente esta sobrecarga de trabalho”, reivindica Vera Luiza.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES