Os sindicatos de Itaperuna, Sul Fluminense e Teresópolis realizaram atividades no Dia Nacional de Luta no Bradesco e HSBC. A aprovação, pelo CADE, da fusão entre os dois bancos e a iminente onda de demissões que é esperada foram a motivação para os protestos. O movimento sindical vem reivindicando à direção do Bradesco a garantia do emprego dos funcionários desde que foi anunciada a venda do HSBC, mas o banco não vem acenando positivamente.
As demissões são o principal motivo de preocupação dos funcionários e sindicalistas, mas há outras questões. Os trabalhadores querem que o Bradesco nivele por cima, concedendo benefícios idênticos a seus funcionários e aos do HSBC que passarão a integrar seu corpo funcional. Um exemplo disso é o auxílio-educação, que o banco britânico oferece, mas o brasileiro, não. Outro benefício dos funcionários do HSBC é o programa próprio de remuneração variável, que o Bradesco não oferece.
Em Itaperuna foi feita distribuição de panfletos e corpo-a-corpo com bancários e a população. A atividade serviu para esclarecer as dúvidas dos funcionários e também dos clientes e usuários. Em a ação foi semelhante, com panfletagem e falação nas quatro agências dos bancos em sua base. No Sul Fluminense a manifestação aconteceu nas unidades do Bradesco e HSBC do município de Resende. As duas agências tiveram sua abertura retardada em duas horas, momento usado pelos sindicalistas para fazer reuniões com os trabalhadores nos dois locais de trabalho.
Cerimônia do Adeus
O Sindicato dos Bancários de Campos fez nesta segunda-feira uma paralisação de 24 horas na agência do BMB. A unidade será fechada na próxima sexta-feira, mas já não vem realizando as operações de praxe. Há 40 dias chegou de Belo Horizonte, sede do banco, uma força-tarefa que se encarregou de demitir todos os funcionários – só restou o gerente geral – e encerrar as relações com correntistas. Com as demissões já efetivadas – inclusive de um dirigente sindical, o que está sendo questionado pelo sindicato – estão sendo feitos os encerramentos de contas correntes e a portabilidade para outros bancos, principalmente dos beneficiários do INSS.
A polícia foi chamada pelo gerente-geral, que insistiu em entrar e permaneceu todo o expediente sozinho dentro da unidade. Mas não houve maiores transtornos e os sindicalistas aproveitaram para conversar com a população sobre o fechamento do banco e os prejuízos à cidade.
A agência de Campos era a única do BMB fora da capital fluminense e a unidade mais próxima fica a cerca de 150 km, já no estado de Minas Gerais. O sindicato decidiu fazer a paralisação de despedida nesta terça-feira e não no último dia de funcionamento da agência para não prejudicar os clientes que ainda tenham pendência a resolver.