Os sindicatos dos bancários de Petropolis e do Rio de Janeiro fizeram paralisações em agências do HSBC nesta quinta-feira para protestar e alertar a população quanto à politica de demissões do banco. Desta vez, já foram confirmadas 46 demissões na rede Leste, que abrange os estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. O banco confirma que 360 demissões já consumadas em todo o país, mas os sindicalistas acreditam que o número total se aproxime de 800.
No município do Rio de Janeiro foram demitidos 46 bancários. O sindicato local paralisou por 24 horas as agências Centro Rio e Rio Branco duas vezes esta semana, na segunda-feira e na quinta. Na segunda paralisação, a agência Cinelândia também foi atingida.
Em Petrópolis, as duas agências da base também não funcionaram durante todo o dia nesta quinta-feira. Além de panfletagem, os dirigentes do Sindicato dos Bancários distribuíram pé-de-moleque, em referencia à “molecagem” do HSBC, que demite no final do ano, às vésperas do Natal. “Aqui na nossa base foi somente uma demissão. Mas deixamos claro que a paralisação não é só pela dispensa deste colega, mas de bancários do HSBC de todo o país. Não podemos ver apenas o que acontece embaixo dos nossos narizes”, ponderou Robson Voigt, diretor do Seeb-Petrópolis. O sindicalista ainda lembra que em março foi fechada a unidade do banco no distrito da Posse. Na ocasião, os funcionários não foram demitidos, mas remanejados para outras unidades na região. Mas, como já se esperava, alguns destes bancários já foram dispensados, ao longo dos últimos meses.
Reações
O movimento sindical está agindo para tentar conter mais esta onda de demissões no HSBC. Em Curitiba, sede do banco, 180 bancários foram demitidos e o Ministério Público do Trabalho já foi contactado. Para os sindicalistas, o banco está promovendo demissões em massa, mas o HSBC nega. Em audiência de conciliação realizada entre diretores do sindicato local e representantes do banco, o procurador Alberto Emiliano de Oliveira Neto orientou o banco a suspender as dispensas e negociar com os sindicatos. O banco tem até segunda-feira, 17, para informar que providências deverá tomar a respeito.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES
