Sindicatos da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram nesta segunda-feira (12/8), um Dia Nacional de Luta para pedir reajustes na remuneração.
As ações ocorrem um dia antes da 7ª rodada de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na Campanha Nacional dos Bancários para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Na última mesa de negociação, realizada quarta (7), os trabalhadores apertaram os bancos com dados que demonstram que, no Brasil, as instituições seguem obtendo lucros e rendimentos exorbitantes. Ainda assim, os porta-vozes da Fenaban disseram que estariam em perigo no país, devido ao aumento da concorrência e, ainda, fizeram sugestões que precarizam direitos e rebaixam salários no setor, prontamente recusadas pelo Comando Nacional dos Bancários.
“Apresentamos dados para os bancos, e mostramos que o lucro líquido dos maiores bancos no Brasil cresceu 169% acima da inflação. Queremos aumento real salarial e melhora na PLR, VA/VR, assim como nas demais remunerações”, comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.
“Temos que intensificar nossas atividades e colocar para os bancários que precisamos de participação e união de todos, para mostrar para os banqueiros que não vamos aceitar propostas abaixo de nossas expectativas.”, complementou.
Os trabalhadores destacaram que, enquanto os cinco maiores bancos do Brasil pagam remuneração média anual de R$ 9 milhões às diretorias, nos últimos oito anos, os bancários tiveram um déficit nos salários de 0,3%, abaixo da inflação.
O Comando também exigiu que, na próxima reunião, que acontecerá na terça (13), os bancos tragam propostas sobre a série de reivindicações já levadas às meses de negociação e que incluem:
– Aumento real salarial, melhora na PLR, VA/VR e demais remunerações, como auxílio creche e babá;
– Saúde e condições de trabalho, com o foco no adoecimento da categoria;
– Combate ao assédio moral e sexual;
– Direito à desconexão;
– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;
– Igualdade de oportunidade e igualdade salarial, entre gênero e raça;
– Mais mulheres na TI;
– Olhar especial para as trabalhadoras e os trabalhadores transexuais, dada a vulnerabilidade social desse grupo, para que, além de terem acesso às vagas no setor, consigam permanecer e ascender na carreira.
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