Sindicatos se mobilizam por reajustes e direitos nesta segunda (19)

Sindicatos dos Bancários da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e em todo o país, voltaram a se mobilizar, nesta segunda-feira, 19 de agosto, para pressionar os bancos para que entreguem uma proposta completa de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que corresponda às reivindicações dos trabalhadores.

As manifestações ocorrem na véspera da próxima mesa de negociação, no dia 20 de agosto.

Na quarta-feira passada (15/8), a categoria realizou um dia nacional de luta, em todo o país, com o retardamento da abertura em algumas agências.

“Os bancos não cansam de lucrar. E, mesmo assim, ainda não apresentaram uma proposta condizente com a realidade. Faltando duas semanas somente para o término da negociações agendadas, é muito importante que eles sejam pressionados pela categoria. Vamos seguir na luta.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

As principais reivindicações para remuneração da categoria para este ano são:

– Reajuste salarial que corresponda à reposição pelo INPC acumulado entre setembro de 2023 e agosto de 2024, acrescido do aumento real de 5%.

– Melhoria nos percentuais da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

O Dieese alerta que os percentuais de distribuição da PLR dos bancos caíram ao longo dos últimos anos, mesmo após reajustes, introdução da parcela adicional e mudanças de parâmetros dos cálculos de distribuição. Além disso, a distribuição da participação nos lucros não vem acompanhando o crescimento dos lucros no setor, ficando, na maioria dos bancos, abaixo do teto de 15% previsto na CCT.

– E melhorias nas demais verbas, incluindo tickets alimentação e refeição, auxílio creche e auxílio babá.

A campanha

As negociações entre o movimento sindical bancário e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), para a renovação da CCT começaram em 18 de junho e precisam terminar antes da data base da categoria, que é em 1º de setembro.

Ao longo dos encontros, os bancos indicaram dificuldades em atender as principais reivindicações, argumentando a concorrência no setor.

“Nós rebatemos, ao lembrar que os bancos estão longe de perigo e detém, no país, 82% do mercado de crédito e 81% dos ativos do mercado financeiro. Ainda que, no Brasil, a rentabilidade média dos bancos é de 15%, enquanto nos Estados Unidos é 6,5% e em países da Europa, como Espanha e Inglaterra, 10% e 9%, respectivamente. Portanto, não há argumentos para não dar aumento real à categoria”, destaca Juvandia.

Os trabalhadores reivindicam ainda:

– Fim da gestão por metas abusivas e que tem gerado adoecimento na categoria;

– Reforço aos mecanismos de combate ao assédio moral e sexual;

– Direito à desconexão fora do horário de trabalho;

– Direito às pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes;

– Suporte aos pais e mães de filhos com deficiência;

– Mais mulheres na TI;

– Combate à terceirização e garantia de empregos;

– Jornada de trabalho de quatro dias;

– Ampliação do teletrabalho.

BAIXADA FLUMINENSE 

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