Os bancários do Santander lotados no prédio administrativo conhecido como Realzão foram surpreendidos na última segunda-feira por uma SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Durante toda a semana os trabalhadores foram visitados em seus andares por uma comissão que os convidou a participar das atividades do envento.
Segundo a legislação específica, a SIPAT deve ser realizada anualmente, organizada em conjunto pelo SESMT – Serviço de Saúde e Medicina do Trabalho e a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
Só que, este ano, não só os funcionários do banco, mas até os cipeiros foram pegos de surpresa. O aviso de que a SIPAT seria realizada foi feito pela Intranet na tarde da sexta-feira anterior. No prédio onde funciona o call center a surpresa foi maior ainda: o aviso foi feito na manhã de segunda-feira, quando as atividades já estavam começando.
A SIPAT é um evento que deve mobilizar todos os funcionários do local de trabalho e sensibilizá-los para a necessidade de prevenir os acidentes de trabalho. O SESMT, que é um departamento da empresa, e a CIPA, que é composta por funcionários indicados pela direção da empresa e por funcionários eleitos por seus pares, se unem para definir as atividades. O objetivo desta colaboração é desenvolver uma programação que contemple as necessidades dos trabalhadores daquele local de trabalho, com todas as suas particularidades.
Mas o Santander não só organizou uma SIPAT sem ouvir a CIPA, como montou uma programação que não tem nenhuma relação com a prevenção de acidentes. As atividades oferecidas foram massagens, jogos de vídeo-game, alguns quebra-cabeças e a presença de um dentista para ensinar como fazer uma correta higiene bucal. “SIPAT não é brincadeira, não é um evento para “relaxar”. É preciso que a SIPAT atenda a seu objetivo, que é contribuir para a redução dos acidentes de trabalho. Não houve sequer uma palestra com um médico do trabalho, um especialista em segurança predial, um fisioterapeuta, um psicólogo. Foi uma SIPAT realizada somente para cumprir regulamento. E, como não houve participação da CIPA na organização, nem sequer o regulamento foi cumprido”, critica Luiza Mendes, funcionária do Santander e diretora da Fetraf-RJ/ES.
Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES