José Raphael Berrêdo Do G1 Rio
Cerca de 100 ambulantes estavam na entrada da Cidade do Rock por volta das 20h, à espera de uma solução para um impasse. Segundo eles, uma mulher, identificada como Deise de Oliveira, teria cobrado entre R$ 150 e R$ 200 para que eles pudessem trabalhar como vendedores do Bob’s dentro do evento. Ao chegarem, no entanto, foram impedidos por haver gente demais em relação ao número de vagas. Segundo o chefe da seguranca do evento e policiais civis, Deise seria levada para a 16ª Delegacia para esclarecimentos.
A assessoria do Bobs’ informou que a “rede trabalha com empresas de recrutamento terceirizadas e não cobra nenhum valor dos ambulantes para trabalhar no evento”.
Deise é conhecida entre os ambulantes por reunir gente para trabalhar em grandes eventos, como jogos de futebol e shows.
“Ela cobra de nós para trabalhar, isso já é errado”, reclamou o ambulante que se identificou como Roberto.
Para lucrar nos shows, os trabalhadores ganham comissões por produto vendido. No caso do Rock in Rio, segundo eles, a comissão seria de R$ 0,40 ou R$ 0,50 por cada unidade. Pagando R$ 150 e ganhando participação de R$ 0,50, cada ambulante precisaria vender a partir de 300 unidades para começar a lucrar.
“Quero saber quem vai pagar nosso prejuízo. Alugamos uma casa aqui perto para poder trabalhar. E teve gente que veio de fora do Rio e ainda pagou mais caro, R$ 200”, disse Magno, que também se diz lesado.
Fonte: G1