VEREADOR DALTON SILVANO VENCE A SÃO PILANTRA 2005

Pela criação da lei que quer proibir as portas de segurança nos bancos da cidade, o vereador Dalton Silvano sagrou-se o grande vencedor da Corrida de São Pilantra 2005, o santo padroeiro das elites do Brasil. Em segundo lugar, ficaram os banqueiros do Grupo Santander Banespa – pela demissão de mais de 600 trabalhadores às vésperas do Natal –, do Bradesco – pela violência contra os bancários durante a campanha salarial deste ano –, do ABN Real – pelo desrespeito aos direitos –, e do HSBC – por tentar forçar o trabalho aos sábados.
Os árbitros de futebol que corromperam o campeonato brasileiro chegaram em terceiro junto com as peruas da Daslu e as consumidoras da Daspu.
A largada aconteceu em frente ao Masp e cerca de 150 “atletas” percorreram a avenida Paulista até o prédio da Gazeta, onde o São Pilantra 2005 foi premiado.
“Os bancários estão encerrando o ano demonstrando que sabem lutar por seus direitos com alegria e muita disposição. Em 2006, estaremos de novo nas ruas, para ampliar as conquistas da categoria e o respeito à cidadania do povo brasileiro”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Outros concorrentes – A disputa foi acirrada na avenida Paulista: a polícia inglesa disputou um lugar no pódio, pelo assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes. Para lembrar a corrupção que marcou 2005, o homem dos dólares na cueca foi seguido de perto por Roberto Jefferson, Delúbio Soares e Marcos Valério. Não faltaram concorrentes clássicos como George W. Bush, Geraldo Alckmin (que este ano estava acompanhado dos meninos da Febem) e Paulo Maluf (este ano com seu filho). O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, foi perseguido, durante toda a corrida, pela ministra Dilma Roussef.
Tradição – A corrida, paródia bem-humorada da São Silvestre, é realizada pelo Sindicato desde 1998, quando a entidade criou a brincadeira para pressionar o antigo banco Mercantil de São Paulo (primeiro vencedor da São Pilantra e hoje controlado pelo Bradesco) a pagar a participação nos lucros e resultados devida aos funcionários. O Unibanco sagrou-se o grande campeão da pilantragem, com três “conquistas” (1999, 2000 e 2002, todas por demissões e desrespeito à liberdade sindical), sendo que em 2000 dividiu o título com o juiz Lalau. Em 2001 o vencedor foi Paulinho, presidente da Força Sindical, por sua atuação a favor da flexibilização de direitos da CLT. Em 2003, o ABN Real de Fábio Barbosa, que demitira 190 pessoas às vésperas do Natal, foi o campeão. No ano passado, foi a vez de Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 

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