Na contramão, Itaú e Santander fecham 3.304 postos de trabalho no 2º trimestre

Enquanto o sistema financeiro continua gerando empregos, muito embora bem abaixo do restante da economia brasileira, o Itaú e o Santander fecharam 3.304 postos de trabalho no segundo trimestre deste ano, segundo a Subseção do Dieese da Contraf-CUT. A informação consta nos balanços semestrais publicados nos últimos dias. O Itaú cortou 2.290 empregos e o Santander, 1.014.


 


“Estamos com razões de sobra para cobrar emprego decente dos bancos, principalmente do Itaú e do Santander, porque é injustificável esse corte de postos de trabalho, no momento em que o Brasil vai crescendo e criando novas vagas”, afirma o funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. “Além disso, os dois bancos lucraram juntos mais de R$ 11 bilhões no primeiro semestre, o que revela a falta de compromisso com o Brasil e os brasileiros”, aponta.


 


O dirigente sindical destaca que o emprego decente será o tema central da Campanha Nacional dos Bancários de 2011. A pauta de reivindicações será entregue na próxima sexta-feira, dia 12, para a Fenaban.


 


Itaú


 


Apesar de ganhar o prêmio de banco mais sustentável do mundo, conferido pelo jornal britânico Financial Times, o Itaú encerrou o mês de junho com 107.546 trabalhadores. Isso significa uma redução de 2.290 empregos em relação aos 109.836 que a instituição tinha no mês de março. “O banco não devia ter recebido tal condecoração, uma vez que ao reduzir postos de trabalho fragilizou a principal sustentabilidade de uma empresa, que são os seus funcionários”, destaca Carlos Cordeiro.


 


No primeiro semestre, o Itaú lucrou R$ 7,133 bilhões, um crescimento de 11,5 % em comparação ao mesmo período de 2010. “O banco devia ter seguido no caminho da geração de empregos, como vinha ocorrendo nos trimestres anteriores”, lamenta.


 


“Esse corte inaceitável, somada à política de rotatividade que praticou no mesmo período e às precárias condições de trabalho, confirma totalmente as denúncias das entidades sindicais, que tomaram as ruas nas últimas semanas em todo país e protestaram contra cerca de 4 mil demissões, cobrando emprego decente, respeito, saúde e dignidade”, salienta o presidente da Contraf-CUT.


 


Santander


 


O banco espanhol fechou o mês de junho com 53.361 trabalhadores. Isso representa uma redução de 1.014 postos de trabalho diante dos 54.375 que o Santander tinha no mês de março. “A instituição devia ter mantido o rumo da criação de empregos, como vinha ocorrendo até dezembro do ano passado, quando chegou a 54.406 empregados”, aponta o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


 


No primeiro semestre, o Santander lucrou R$ 4,154 bilhões, um crescimento de 17,7 % frente ao mesmo período de 2010. Isso significa que o banco no Brasil passou a responder por 25 % do resultado mundial do grupo, superando a participação de 13 % da matriz na Espanha.


 


“Essa perda de empregos é também inaceitável e revela o desrespeito ao empenho e à dedicação dos trabalhadores, submetidos à pressão no trabalho com metas abusivas e assédio moral, além de falta de pessoal na rede de agências”, frisa Ademir. “Queremos que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros”, conclui.

Fonte: Contraf/CUT

Angra dos Reis: Diretoria eleita com 99 % dos votos toma posse

A diretoria eleita para gerir o Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis em eleições realizadas em 21 e 22 de junho tomou posse no último dia 04. Clóvis de Castro (Caixa Econômica) substituiu Jorge Valverde (Itaú) na presidência. A mesa da cerimônia de posse foi composta por Iracini da Veiga (diretora para Questões da Mulher da Federação-RJ/ES), Bruno Mejdalani (advogado do sindicato), Luís Ricardo Maggi (diretor para Bancos Federais da Federação-RJ/ES) e Ricardo Azeredo (secretário geral adjunto do Sindicato dos Bancários de Campos).


 


Antes da cerimônia aconteceu na sede do sindicato uma reunião de transição, onde ficou definido que todos os projetos que estão em andamento, como a aquisição da sede própria, elaboração de atividades dirigidas à mulher bancária e reformulação do jurídico, serão concluídos pela nova diretoria. As atividades referentes à campanha salarial 2011 como assembléias, lançamento da campanha em todos os municípios da base e colagem nas agências bancárias também foram debatidas, sendo elaborado um calendário prévio para que não fiquem prejudicadas as atividades de caráter estadual e nacional.


 


Todos os integrantes da mesa foram unânimes em afirmar que o primeiro grande desafio dos diretores empossados será a campanha salarial. O presidente empossado, Clóvis de Castro agradeceu a confiança da categoria em nossa região e assumiu o compromisso de defender e representar os bancários pelos próximos 04 anos. 

Fonte: Seeb-Angra dos Reis

Nota de falecimento

Flávio com Dilma Roussef, então
pré-candidata à presidência, durante
o Encontro de Intelectuais,
no Rio, em 31/05/2010



 


 


 


 


Faleceu na manhã do último domingo, 07, o jornalista Flávio Loureiro, chefe de gabinete da deputada estadual Inês Pandeló (PT) e editor do site Notícias do PT. Flávio estava internado no hospital do Inca III, em Vila Isabel, fazendo tratamento para combater um câncer na garganta. O sepultamento aconteceu ao meio-dia de segunda-feira, dia 08.


 


Estiveram presentes ao sepultamento os deputados federais Alessandro Molon (PT) e Chico Alencar (PSOL), o senador Lindberg Faria (PT), o dirigente do PT nacional Valter Pomar, os deputados estaduais Robson Leite (PT) e Inês Pandeló (PT), os vereadores Adilson Pires (PT), Eliomar Santos (PSOL) e Taffarel Santos (PT), representantes da direção do PT estadual e municipal. Também compareceram diretores da CUT-RJ, e de vários sindicatos do estado. Rubens Branquinho e Leonice Costa, mais o assessor Paulo Cesar Santos, representaram a Federação.


 


A diretoria e os funcionários da Federação enviam condolências à família e amigos do companheiro.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Bancários de Campos dão largada para Campanha Nacional

Foto: Seeb Campos


Com muita alegria e descontração a diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes deu a largada para a Campanha Nacional de 2011/2012. Acompanhados do carro de som e pela já tradicional bandinha “Furiosa Bancária” os dirigentes percorreram todas as agências bancárias no chamado centro financeiro da cidade convocando os bancários para a primeira assembleia da categoria, que será realizada na próxima sexta-feira, dia 05, às 19h.


 


Outro destaque foi o lançamento do material de divulgação da Campanha Nacional deste ano, que tem como mote “Queremos Emprego Decente – Compromisso com o Brasil e com os Brasileiros”. O material denuncia para toda população a precarização do serviço bancário via correspondentes, a cobrança absurda de metas e os baixos salários praticados pelas instituições financeiras.


 


Amanhã, 6ª feira, pela manhã a manifestação/passeata irá acontecer nas agências localizadas no Bairro Pelinca, região de classe média alta da cidade. Já na parte da tarde o ato será nas agências localizadas no Bairro de Guarús. Na avaliação do presidente do Sindicato, Rafanele Pereira, “Este tipo de atividade tem um resultado bastante positivo, já que mexe não só com a categoria, mas com toda a população que utiliza os serviços bancários.”

Fonte: Seeb-Campos

BB 2.0: mudanças para pior

O BB 2.0 é um projeto do Banco do Brasil que modifica a relação com os clientes. O objetivo é permitir que seus funcionários se concentrem nas atividades comerciais, que geram lucros. Para que isto aconteça, é preciso que o atendimento aos clientes seja reduzido ao máximo. Para facilitar este processo, foi criada a comissão de supervisor. Este bancário trabalha na sala de auto-atendimento fazendo a triagem dos clientes e usuários e encaminhando-os ao funcionário que fará o serviço necessário. Algumas operações podem ser feitas no terminal do supervisor – desbloqueio de senha e cartão, pedido de segunda via de documentos e pedido de talões de cheques, por exemplo – evitando que o cliente entre na agência. Para operações simples como saques, depósitos e pagamento de títulos e boletos, os clientes são orientados pelos supervisores a usar os caixas eletrônicos ou, em dias de maior movimento, os correspondentes bancários.


 


“Para nós, o número menor de clientes na agência é um alívio”, avalia um bancário que foi comissionado para atuar na triagem. Além do volume menor de trabalho e da diminuição da interação com o público – que às vezes pode ser muito estressante, já que há muitas reclamações – o maior tempo disponível para fazer negócios facilita o cumprimento de metas. Mas a vida dos bancários do BB não ficou mais fácil. O supervisor, por exemplo, acumula funções: além de fazer a triagem, também auxilia clientes e usuários que encontram dificuldades no auto-atendimento. Em dias de pico, rapidamente se forma uma fila no guichê de pré-atendimento quando o funcionário precisa ir ajudar alguém no caixa rápido. E, mesmo não tendo metas estipuladas a cumprir, o supervisor sempre procura conquistar o interesse dos clientes por alguns produtos e passa a operação de venda para os colegas de dentro da agência, para ajudar na meta da unidade.


 


Além destes problemas, muitos bancários têm encontrado dificuldades em realizar os serviços que passaram a ter que desempenhar. O projeto foi implantado aos trancos e barrancos na maior parte das praças e o treinamento foi insuficiente. Em algumas unidades, a divisão clássica entre pessoa física e pessoa jurídica foi abandonada e as carteiras são organizadas de acordo com o saldo médio e a movimentação do correntista. “Eu sempre trabalhei com pessoa física e, quando passei a trabalhar com pessoa jurídica, não sabia realizar várias operações. Eu tinha que ficar ligando para colegas que estavam acostumados a atender empresas para tirar as dúvidas”, relata um funcionário.


 


Insgurança


 


A segurança bancária também é um problema neste novo modelo. O supervisor fica no hall da agência, onde, muitas vezes, não há vigilante. Mesmo assim, é ele quem fica com a chave da porta lateral, liberando a entrada de pessoas que não podem passar pelo detector de metais da porta giratória. Nestas circunstâncias, ele é alvo fácil para assaltantes, já que, além de poder ser facilmente rendido, tem acesso ao interior da agência.


 


Sérgio Farias, diretor da Federação e funcionário do BB, aponta ainda outras novidades trazidas pelo projeto: mudanças no encarteiramento, com a nova segmentação do “Grupo Comercial” Pessoa Física e Pessoa Jurídica; criação de carteiras específicas voltadas ao agronegócio; revisão da sistemática da GDP; e revisão das dotações e dos cargos comissionados das agências. “A revisão das dotações e comissões constitui, com certeza, o ponto mais importante de todo o projeto para o funcionalismo, pois tende a ser aquele que acarretará as maiores conseqüências para os empregados, com aumento das vagas de Gerente de Segmento e a diminuição no quadro atual dos Assistentes de Negócios”, aponta o sindicalista. Sérgio também ressalta os representantes do banco informam que não haverá descomissionamentos, mas o funcionalismo está desconfiado e apreensivo. “O clima de insegurança e assédio moral continua”, relata o dirigente.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Funcionários do Banerj fazem encontro nacional

Acontece no próximo dia 13, a partir das 10h, o VI Encontro Nacional dos Funcionários do antigo Banerj. O evento, promovido pelas entidades internas do funcionalismo e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, tem por objetivo reunir os banerjianos para discutir os temas pendentes e planejar ações futuras. Serão debatidos temas como o projeto de lei 3213/2011, que tramita na Alerj e trata da reversão do saque da reserva da PreviBanerj.


O evento será encerrado com almoço e show com Fernando Borges e a Banda Good Times.


 


Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Bancários do Santander serão consultados

Os dirigentes sindicais do grupo Santander se reuniram na manhã do último dia 04 para discutir a consulta que será realizada com os funcionários do grupo. O objetivo da pesquisa é averiguar quais reivindicações os bancários entendem que devem integrar a minuta de acordo aditivo que será entregue ao banco.

A reunião foi produtiva, com participação de um número expressivo de dirigentes e discussões ricas. O formulário de pesquisa elaborado pela Contraf/CUT foi ampliado, para tratar de questões regionais específicas. “As propostas que foram acrescentadas são interessantes porque atendem às demandas dos funcionários dos bancos incorporados. É o caso do chamado “pijama”, a estabilidade pré-aposentadoria, que beneficia principalmente os empregados do extinto Banco Real”, relata Paulo Garcez, integrante da COE do Santander. Outra proposta que surgiu foi a extensão do plano de saúde aos pais e aos netos do bancário. Também surgiu a reivindicação de ampliar o auxílio educação, com aumento dos cursos e fim do teto para valor das mensalidades, e ainda extensão do auxílio para os dependentes.

Os dirigentes já saíram da reunião com o modelo de formulário – que também foi distribuído por e-mail. Cada sindicato deverá aplicar a pesquisa e enviar os dados tabulados para a Secretaria Geral da Federação até 11 de agosto. A Contraf/CUT, em conjunto com a COE do Santander, vai montar a minuta, que deverá ser aprovada em assembleias até 25 de agosto.

Clique aqui e baixe o formulário para consulta na base da Federação.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Contraf-CUT e CNTV abrem nova agenda sobre segurança com Polícia Federal

  Foto: Augusto Coelho – Contraf/CUT

 Trabalhadores entregam documento ao novo titular da CGCSP da PF

A Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) se reuniram pela primeira vez nesta quarta-feira, dia 3, com o novo titular da Coordenação-Geral de Controle da Segurança Privada (CGCSP) da Polícia Federal (PF), delegado Clyton Eustáquio Xavier, em Brasília. O encontro havia sido solicitado pelas entidades sindicais.

O delegado, que também passou a coordenar a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), conheceu os representantes dos trabalhadores, ouviu as suas preocupações, projetos e expectativas. Ele se dispôs a mediar a busca de soluções com os bancos e as empresas de segurança.

Ademir Wiederkehr, secretário de imprensa e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, foi o representante da Contraf-CUT. O presidente José Boaventura Santos representou a CNTV.

Também participaram vários dirigentes sindicais bancários e integrantes do Coletivo Nacional: Daniel Reis (Sindicato de São Paulo), André Pires (Sindicato do Rio de Janeiro), Leonardo Fonseca (Sindicato de Belo Horizonte e Fetraf-MG), Raimundo Dantas (Sindicato de Brasília), Lúcio Paz (Sindicato de Porto Alegre e Fetrafi-RS), Valdir Oliveira (Fetec-SP), Danilo Anderson (Feeb SP-MS), Carlos Copi (Fetec-PR) e Pedro Batista (Feeb RJ-ES).

Um documento conjunto, entregue ao delegado pela Contraf-CUT e a CNTV, traz uma pauta de demandas para melhorar a segurança e o trabalho da PF. As entidades também solicitaram a marcação de reuniões, começando em agosto, para discutir os temas apresentados e estudar medidas para garantir a aplicação da lei vigente, a proteção da vida das pessoas e o enfrentamento aos desafios presentes.

“Abrimos uma nova e importante agenda para dialogar sobre questões que busquem a melhoria e o fortalecimento do papel da PF no controle da segurança privada”, afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. A PF é responsável pela fiscalização do plano de segurança das agências e postos de atendimento bancário, bem como do controle da segurança privada, envolvendo empresas de vigilância, transporte de valores e centros de formação profissional de vigilantes.

Atualização da lei federal nº 7.102/83

Um dos principais assuntos debatidos foi a lei federal nº 7.102/83, que trata da segurança nos estabelecimentos bancários. “Ela tem cumprido importante papel de controle e definição de responsabilidade da segurança privada, contribuindo para a proteção da vida das pessoas. Entretanto, encontra-se desatualizada, diante do crescimento da violência e da criminalidade, sendo necessária adequá-la à realidade”, destacou Boaventura.

Durante audiência pública, no dia 1º de julho do ano passado, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, a Contraf-CUT e a CNTV apresentaram um modelo de projeto de lei de segurança privada, elaborado a partir da primeira versão do Estatuto de Segurança Privada da PF. Dias depois, o presidente da Comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), protocolou a proposta como Projeto de Lei nº 7592/2010. Cópia da iniciativa foi entregue para Clyton.

Combate à “saidinha de banco”

Outro tema discutido foi o crescimento do crime da “saidinha de banco”, que provocou mais duas mortes na terça-feira, dia 2, em Guarulhos. “O problema já foi debatido este ano em duas reuniões da Mesa Temática de Segurança Bancária com a Fenaban, mas o único avanço foi a ampliação das câmeras nas agências. Os sindicatos também estão levando o modelo de projeto de lei municipal, lançado pela Contraf-CUT e CNTV, para todas as cidades, buscando a melhoria da estrutura dos estabelecimentos e a instalação de equipamentos que assegurem o sigilo dos saques em dinheiro”, disse Ademir.

Os bancários e vigilantes defendem biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, e as divisórias individualizadas nos terminais de autoatendimento. “Não apoiamos a proibição do uso do celular nas agências, como defendem os bancos, pois a medida é inócua, não resolve o problema da visualização das operações por olheiros e significa a transferência da responsabilidade de segurança para os clientes”, frisou Boaventura. Para Pedro Batista, representante da Federação na comissão, a discussão é oportuna. “Durante a reunião, mencionamos que, como muitos municípios têm aprovado leis que obrigam os bancos a instalarem barreiras visuais para impedir a visualização das operações, o momento é bom para  tentarmos construir um acordo sobre esta medida”, relatou o sindicalista.

As entidades também propõem a isenção das tarifas de transferência de recursos (TED, DOC, ordens de pagamento), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça e evitar que clientes sejam alvos de assaltantes.

“Ainda queremos o fim da triagem que ocorre na entrada de muitas agências, onde clientes que pretendem depositar menos de R$ 2 mil são mandados para lotéricas e correspondentes bancários, ficando completamente expostos, o que traz insegurança e exclusão”, observou Ademir.

Pauta dos trabalhadores

O documento da Contraf-CUT e CNTV traz importantes contribuições para a melhoria da segurança, apontando problemas como a expansão dos correspondentes, a retirada descabida da porta giratória em várias agências, o transporte ilegal de valores feito por bancários, os locais inseguros para estacionamento dos carros-fortes e a contagem de dinheiro por vigilantes no abastecimento de caixas eletrônicos.

A pauta também repudia a parceria entre a Febraban e Polícia Militar de São Paulo, que teve ronda policial dentro de agências e estacionamentos dos bancos, o que é função da segurança privada. As entidades reiteram a preocupação com o papel da polícia e com a efetiva responsabilidade das instituições financeiras.

Há também demandas para qualificar a fiscalização da PF, visando evitar o arquivamento e a prescrição de processos punitivos, as alterações irregulares nos planos de segurança e os casos de favorecimentos aos infratores. Ainda há proposta para identificar policiais armados nas unidades e evitar conflitos.

“O propósito é contribuir para melhorar a atuação da PF e garantir segurança para vigilantes, bancários, clientes e usuários”, ressaltou Boaventura.

“Os bancos, que lucraram mais de R$ 12 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano, têm condições financeiras para dotar seus estabelecimentos de melhores instalações de segurança, bem como contratar empresas de vigilância e transporte de valores que assegurem condições adequadas de segurança para os trabalhadores e a população”, concluiu Ademir.

Fonte: Contraf/CUT com CNTV

Nota de falecimento

Faleceu na noite do dia 28 o bancário Gilberto Soares Amado, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. Gilberto era funcionário do Bradesco, lotado na agência Pólo Rio. A Federação lamenta a morte do companheiro e envia suas condolências à família e aos amigos do sindicalista.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

Dia do Jongo pode se tornar data oficial

No último dia 26 uma audiência pública promovida pela Comissão de Cultura da Alerj, realizada no auditório do Palácio Gustavo Capanema, discutiu a criação do Dia Estadual do Jongo. A discussão sobre a instituição da data no calendário oficial do estado do Rio de Janeiro já vem de longe, e o 26 de julho já é considerado dia do jongo pelas comunidades jongueiras há mais de um século. Mas somente depois de ser abraçada pelo deputado Robson Leite (PT), que está à frente da Comissão de Cultura da Alerj, a data tem chances de ser oficializada. O jongo já é considerado como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio histórico Nacional desde 2005.


Considerado um ancestral do samba, o jongo sobreviveu escondido em quilombos e comunidades carentes do campo e das cidades onde havia descendentes de escravos. O Jongo da Serrinha, grupo do subúrbio carioca de Oswaldo Cruz, foi o primeiro a se organizar e ajudou a dar visibilidade nacional a esta manifestação cultural. O grupo é hoje uma referência até entre os jongueiros, que reconhecem sua importância para a divulgação do jongo em todo o país. Sua principal liderança é Tia Maria do Jongo, ativa e animada, mesmo prestes a completar 91 anos. Ela foi homenageada com a Medalha Tiradentes, a maior comenda do estado, como forma de reconhecimento por seu trabalho de resistência cultural. O Jongo da Serrinha se destaca não só pela divulgação, mas também pelo empenho em preservar, principalmente entre crianças e jovens, a tradição jongueira.


O dia foi marcado por uma programação diversificada. Às 14h houve exibição do documentário “Passados Presentes”, produzido pelo Labhoi/UFF e Pontão do Jongo. Em seguida, aconteceram os debates e a entrega da medalha. O encerramento foi com uma Grande Roda, com o Jongo da Serrinha e mais 16 grupos de vários estados, que se apresentaram no pilotis do palácio Gustavo Capanema.


  Foto: Paulo d´Tarso

 Robson Leite, Tia Maria do Jongo e a Medalha Tiradentes


 Duas perguntas para ». Deputado Robson Leite


Qual a importância do reconhecimento do jongo como patrimônio cultural para o estado do Rio de Janeiro?
O jongo sofre de um preconceito muito grande, porque a sociedade o vê como um fenômeno simplesmente religioso e não é. É uma manifestação cultural importantíssima que resgata nossa tradição, nossa história, por isso a criação do dia do jongo é uma de nossas metas. Esta é também a razão de entregarmos a Medalha Tiradentes, que é a maior comenda do estado, à Tia Maria do Jongo. Este ato tem todo um simbolismo, uma vez que a gente entende que cultura é uma política pública importante desde que seja um instrumento de protagonismo e empoderamento da população, em especial aquela que é pobre e discriminada, que é a população negra. Queremos acabar com o preconceito e nada melhor que o poder do estado para proporcionar este tipo de construção política.


A tradicional roda de chorinho Choro da Feira, que acontece todos os sábados na Praça General Glicério, em Laranjeiras, corre risco de ser proibida pela Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura. O que a Alerj pode fazer para evitar que a roda acabe?
Esta é uma questão que diz respeito mais à Camara dos Vereadores, já que as ações do choque de ordem são da alçada da Prefeitura. Mas nós podemos fazer um debate na Comissão de Cultura e pedir informações à prefeitura. Vamos nos articular também com vereadores da bancada do PT para usar o mecanismo oficial, que é a Câmara Municipal, que tem o poder de fiscalizar o executivo do município.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES