Acorda, prefeito !

Por Ana Claudia Guimarães

O deputado Marcelo Freixo foi o primeiro parlamentar a aderir ao movimento Acorda, Jorge!, que pretende despertar o prefeito de Niterói. O deputado do PSOL cobra que ele acorde, por exemplo, para dar fim à gastança com um conselho consultivo que não ajudou em nada a prevenir as sequelas das chuvas e no qual ele enterrou R$ 7 milhões desde o início de sua gestão.

Cada um dos 25 conselheiros, entre eles um cantor, um especulador imobiliário e um presidente de escola de samba, tem consumido salários de R$ 6 mil por mês.

Fonte: Blog do Ancelmo

Prefeitura interdita Morro do Céu


 




Rio – O aterro sanitário do Morro do Céu, no Caramujo, no Fonseca, em Niterói, foi provisoriamente interditado, nesta sexta-feira, por conta de dois deslizamentos e quedas de árvores que ocorreram em seus dois acessos. Técnicos especializados do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e de uma empresa contratada fizeram uma vistoria na comunidade, acompanhados de técnicos da Defesa Civil. De acordo com informações da Prefeitura de Niterói, está sendo providenciada a aquisição de 11 casas, que possuem documentação completa. 


A chuva que castigou o Estado do Rio entre os dias 5 e 6 de abril matou mais de 100 pessoas soterradas. O temporal alagou as principais via sda cidade, causou diversos deslizamentos e destruição em todo o Estado. O Serviço de Meteorologia do Rio registrou no período o maior índice pluviométrico da cidade desde que começou a medição, há mais de 40 anos: 288 mm.


Desde que a chuva começou, por volta das 17h30 desta segunda-feira, uma série de congestionamentos provocou transtornos no tráfego no Rio. A situação mais crítica, de acordo com a Guarda Municipal, ocorreu na Praça da Bandeira, que é um dos locais de acesso a vários pontos do Centro. O local ficou totalmente alagado e o nível da água chegou a atingir 1,5 m, impedindo a passagem de carros e ônibus. Nesse ponto, assim como na Avenida Maracanã, bombeiros usaram barcos e botes infláveis para auxiliar motoristas e pedestres.


Milhares de pessoas, entre elas muitas crianças e idosos, perderam suas casas e estão desabrigadas. Diversos locais estão recolhendo doações, como roupas, cobertores, colchonetes e comida. O Hemorio também está com o estoque baixo, aguardando doações de sangue de voluntários.


Fonte:

Funcionários fazem greve para beber cerveja

COPENHAGUE – Centenas de funcionários da fábrica da Carlsberg na Dinamarca entraram em greve por causa da proibição de beber cerveja na hora do trabalho. A direção da empresa lançou uma nova política de álcool no trabalho e restringiu a cerveja à hora do almoço. Antes, existiam geladeiras com garrafas de cerveja espalhadas pela fábrica.

A Carlsberg – quarta maior empresa de cerveja do mundo – vinha estudando uma nova política de álcool há anos e instituiu as novas regras no dia 1º de abril.

– Havia cerveja, água e refrigerantes de graça em todos os lugares. Mas as cervejas foram removidas da geladeira. O único lugar em que poderão beber cerveja agora é na cantina, na hora do almoço – disse o porta-voz da Carlsberg, Jens Bekke, acrescentando que a única proibição antes é que os funcionários não poderiam estar bêbados.

– Cabia a cada um ser responsável – afirmou.

De acordo com o porta-voz, 800 funcionários não trabalharam na quarta-feira e 250 na quinta-feira. Os motoristas da Carlsberg aderiram à greve em apoio aos funcionários da fábrica, ainda que, pelas novas regras, continuem a ter direito a retirar três garrafas de cerveja da cantina. Segundo o porta-voz, existe um cadeado na ignição dos caminhões que impede que os motoristas dirijam embriagados.

Fonte: Globo Online

Funcionalismo elege Chapa 1 na Cassi

A Chapa 1 Unidos pela Cassi, apoiada pela Contraf-CUT, venceu a eleição para a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, o maior plano de saúde dos trabalhadores em toda a categoria bancária, realizada entre os dias 1º e 9 de abril. A Chapa 1 obteve 39.706 votos, contra 33.569 da Chapa 3 Nova Cassi. Houve ainda 7.774 votos em branco e 10.362 nulos.

“Independentemente do resultado, o funcionalismo do Banco do Brasil está de parabéns por mais essa demonstração de participação democrática para decidir o destino dessa instituição exemplar por eles construída”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Essa participação é muito importante para fortalecer a Cassi e esse modelo de gestão e de atendimento à saúde dos trabalhadores.”

Veja os eleitos pela Chapa 1 Unidos pela Cassi:

Diretoria de Saúde – Maria das Graças C. Machado.

Conselho Deliberativo – Fernanda Carisio, Loreni de Senger (titulares), Ubaldo Evangelista Neto e Íris Carvalho Silva (suplentes).

Conselho Fiscal – Rodrigo Nunes Gurgel (titular) e Viviane Cristina Assôfra (suplente).

Fonte: Contraf-CUT

Europa: números da quebradeira




Finalmente consegui ver alguns números que confirmaram minha impressão visual da quebradeira que continua inundando as ruas da Europa, como as enchentes fatais no Rio de Janeiro.


A impressão que eu tinha, desde o fatal setembro de 2008, vem do fato de que todos os dias, ao sair de minha casa em Berlim, eu me perguntava e ainda me pergunto sobre o que eu vou encontrar fechado da noite para o dia. Ou anunciando que vai fechar, e queimando tudo para sobreviver às dívidas.


Vivo num bairro de Schöneberg, no setor classe média-média e alta. É um bairro de alguma boemia, tradicionalmente tem um consumo sofisticado, tanto em serviços e lojas como em gastronomia. Mas de setembro de 2008 o bairro vem mudando de aspecto. O tradicional restaurante canadense da vizinhança fechou, assim como a tradicional loja de vinhos em frente e a tradicional livraria da rua ao lado, e assim por diante.


Nem sempre isso traduz uma quebra, ou uma falência; às vezes é “só” um encolhimento, como no caso da livraria e da loja de vinhos: aquelas lojas fecharam, a cadeia, de médio porte, continua ainda de pé. Mas, de todo modo, empregos vão para o brejo, e a paisagem muda. Comércios mais agressivos, seja em que sentido for, entram no espaço vazio.


Na livraria instalou-se uma “currywurst” (traduzindo grosseiramente, uma salsicharia) de aspecto (falo do ambiente) duvidoso. No lugar do restaurante canadense instalou-se outro, mais “chique”, lugar onde, confesso, não tenho vontade de por os pés nem a boca: não é para o meu bico, se me entendem. O lugar da loja de vinhos continua vazio, uma cárie no meio da rua.


Mas isso é apenas a ponta do iceberg. Falei de lugares que eu gostava de frequentar. Mas há muitos e muitos outros, como a loja de móveis carésimos da esquina (que eu jamais compraria, mas enfim, acho que no comércio deve haver lugar para tudo e todos), onde tudo está pela metade e o anúncio de fechar em breve paira sobre os artigos à venda e sobre a rua, como um agouro.


Mas vamos aos tais de números.


Artigo do conservador Wall Street Journal (de 6 de abril, por Laura Stevens), referindo-se, sobretudo, ao setor industrial, diz que na Alemanha, em 2009, houve 33.600 falências decretadas. A maioria se deu no chamado “Mittelstand” – o setor de médias ou pequenas empresas, na maioria do molde de companhias limitadas ou até mesmo de tipo familiar, ainda que fornecedoras, por vezes, para grandes indústrias, como no caso da automotiva.


O levantamento, feito pela MittelstandMonitor e pela Creditreform, empresas de consultoria no setor, aponta uma previsão de mais de 40.000 insolvências em 2010, o que seria um recorde para o presente século (até aqui o maior número anual de falências foi o de 2003, com 39.470). Embora o foco esteja no setor industrial, os números são globais, abrangendo todos os setores. É claro que nele não está o número de estabelecimentos que fecham antes da falência, ou de empresas que, como no caso das saudosas livraria e loja de vinhos, simplesmente “encolheram”. O número total de empresas médias e pequenas na Alemanha sobe a três milhões, e é responsável pela grande maioria de empregos no país, inclusive no setor exportador.


Há uma grita generalizada, mas sem muito efeito até o momento, sobre o governo ter apoiado a grande indústria (como no caso da Opel) e aos grandes do setor financeiro, sem ter feito movimento semelhante em relação à pequena e média empresa. Segundo as reclamações, o dinheiro vai para o melhor lobby, não para os mais necessitados.


Em outros países a situação não é melhor. Na França o número de falências em 2009 chegou a 70 mil e preveem-se 78800 em 2010. Na Grã-Bretanha esperava-se que os números de 2009 passassem dos 30 mil e chegassem a 32.400 em 2010.


Enquanto isso, no Brasil, em 2009 o número de pedidos de falência em 2009 chegou a 2.731, com concessão de 908. Dessas, 831 eram microempresas, e 77 médias e grandes.


Quanto a empregos, os números também são dramáticos e as previsões continuam sombrias. O principal fabricante de trailers de grande porte para caminhões da Alemanha viu seus negócios caírem de 450 milhões de euros (1,17 bilhão de reais) em 2008, para 50 milhões de euros (130 milhões de reais) em 2009. Isso significou despedir 40% de seus trabalhadores. Assim mesmo, os 440 restantes têm trabalho, na verdade, para dois dias por mês, tamanha foi a queda no movimento.


A única compensação dentro desse quadro devastador é a de que a desvalorização do euro aumentou as exportações. Assim mesmo isso favorece as grandes economias, como as da Alemanha e a da França; na relativamente pequena Grécia, ou em Portugal e na Espanha, atreladas ao euro (leia-se ao câmbio, sobretudo, da Alemanha, país forte da região), isso não adianta muito.


Tudo isso quer dizer que a recuperação econômica por aqui vai demorar muito, ainda. E que a livraria, o restaurante canadense e a loja de vinhos da vizinhança, assim como os sonhos do Raimundo Correia, não voltarão mais para o meu pombal.

Fonte: Rede Brasil Atual

Remoção faz aumentar protestos


Por: João Peres, Rede Brasil Atual


 


Remoção de famílias no Rio faz aumentar protestos contra ausência do Estado

Associações de moradores criticam falta de políticas habitacionais (Foto: Carolina Gonçalves/Agência Brasil)



São Paulo – As cidades da região metropolitana do Rio de Janeiro assistem ao crescimento de protestos de moradores atingidos pelas chuvas e suas consequências, como enchentes e deslizamentos. As críticas voltam-se a dois pontos: ausência da Defesa Civil e obras malfeitas. Os grupos, ligados


Na comunidade de Manguinhos, a acusação é de que obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) entregues em dezembro do ano passado foram alagadas nos últimos dias. Para os moradores, isso demonstra que a escolha do terreno foi inadequada, acrescentando que, antes das enchentes, os apartamentos já sofriam com infiltração de água.



Outra queixa é de que as obras do PAC não realizaram os correspondentes trabalhos de contenção de encostas, que podem ser decisivos em momentos como estes. “Nas ruas em que estão fazendo obras, o esgoto foi destruído. A gente queria uma solução porque a situação se complica com as chuvas. Tem pedra para rolar, tem morador sem caminho para sair de casa”, afirma Lúcia Cabral, de uma ONG do Complexo do Alemão, na capital fluminense.


A ausência de agentes do Estado é mais um motivo para preocupação. Lúcia afirma que nenhuma equipe da Defesa Civil passou pelo local e, se não fosse pelo trabalho dos bombeiros entre segunda e terça, pessoas teriam morrido. Os moradores do complexo fizeram nesta quinta-feira (8) um protesto pedindo atenção aos problemas.


As críticas são parecidas em Niterói, cidade que sofreu, na noite de quarta-feira (7), o maior dos deslizamentos de terras ocorrido nos últimos dias. São mais de 150 mortes confirmadas no estado. Apesar de o foco estar voltado ao Morro do Bumba, onde ainda não se pode calcular o número de pessoas presas sob a terra, as demais comunidades alertam que também necessitam ajuda.


No Largo da Batalha, a população afirma estar sem energia elétrica desde os temporais de segunda-feira (5). “Os bombeiros estiveram aqui na terça-feira e disseram que não podiam fazer nada porque não tinham carros. Eles devem ter mandado todos para a casa do velejador Torben Grael, que vive na parte rica de Niterói”, critica a cientista social Luane Bento dos Santos.


No local, os moradores reclamam que, sem auxílio público, estão se organizando para promover a remoção de vítimas debaixo de escombros. O posto de saúde da comunidade, que normalmente serve de abrigo nestes casos, ruiu. Uma escola municipal que seria utilizada com a mesma finalidade corre o risco de desabar.


A população do Morro do Estado reclama que há anos sofre com os mesmos problemas. Uma assembleia organizada nesta tarde definiu que o Ministério Público Estadual será acionado para que force o Poder Executivo a realizar obras e a fornecer serviços públicos, evitando a repetição do episódio. “Não podemos receber apenas luto dos governos. Precisamos de coisas mais concretas. Fizemos uma lista com mais de cem famílias desabrigadas. Queremos que os afetados tenham direito ao aluguel social”, afirma Sebastião de Souza, integrante da Associação de Moradores do Morro do Estado.


O governo federal liberou R$ 200 milhões para gastos emergenciais no Rio de Janeiro. Kits de emergência com colchões, filtros de água e cestas básicas foram liberados em quantidade suficiente para atender a 75 mil desabrigados. A Casa Civil analisa o pedido do governo estadual para receber outros R$ 370 milhões.


“Enviamos um documento à Anistia Internacional mostrando que a situação só se resolve com política de habitação. Não podemos ficar todo ano com o pires na mão. Se a comunidade não se mobilizar, esse dinheiro vai parar em cueca, em meia”, adverte Sebastião de Souza, que confirma para a próxima semana um ato reunindo várias comunidades de Niterói para cobrar medidas por parte da prefeitura.


Com informações da Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência

Fonte:

Lecy e Martinho participam de ato do PC do B




GABRIELA GUERREIRO
da Sucursal de Brasília

O PC do B realiza nesta noite, em Brasília, ato de apoio à pré-candidatura da petista Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. O partido bancou o evento para mais de 2.000 militantes e convidados, na estratégia traçada pelo comando de campanha da ex-ministra para intensificar sua participação em atos políticos.


Como até julho Dilma não tem sua candidatura oficializada, o PT quer mobilizar partidos aliados para atos políticos que permitam à ex-ministra discursar e se aproximar de militantes de partidos aliados.


Além de Dilma, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do evento –por isso o ato foi realizado à noite. Pela legislação eleitoral, o presidente só pode participar de atos de campanha fora do seu horário de expediente no Palácio do Planalto.


O PC do B escalou artistas para embalar o ato político, como os cantores Lecy Brandão e Martinho da Vila. O cantor e vereador do PC do B, Netinho de Paula (PS), também participa do evento.


Apoio


O Comitê Central do PC do B decidiu nesta quinta-feira seguir decisão da cúpula da legenda para referendar o apoio à pré-candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto. Em nota, o partido afirma que “movido por seus compromissos com o Brasil e os trabalhadores” manifesta o apoio à candidatura petista.


A posição do comitê será encaminhada à convenção nacional do PC do B, em junho, quando o partido vai formalizar o apoio à chapa petista –como previsto pela lei eleitoral.


Na nota, o partido conclama os militantes do PCdoB a realizarem atos e agendas que “fortaleçam os preparativos para que o PC do B tenha uma participação vitoriosa no grande confronto eleitoral de outubro”.


PT x PSDB


A nota tem um tom de acirramento da disputa da oposição com o PT nas eleições de outubro. “Estão em confronto dois campos políticos antagônicos. A aliança de partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos, liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC que levou o Brasil à estagnação e até mesmo à decadência”, diz a nota.


Os comunistas afirmam que o pré-candidato do PSDB à Presidência, ex-governador José Serra (SP), tem “apoio descarado do monopólio midiático” e representa uma “oposição de passado fracassado e de futuro temerário”.


“Neste embate não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político virtuoso aberto pelo presidente Lula, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil”, diz a nota.

Fonte: Folha Online

Artigos: “Últimos posts”

Últimos posts



Agora que Chico Xavier virou moda, confesso que o espiritismo é perfeito demais para mim



Não costumo ler críticas de filmes, porque o filme bom é o filme que prende a atenção. E um filme que prende a minha atenção, pode não evitar que você durma na cadeira no cinema.

Mas uma amiga me disse que gostou muito do filme sobre o médium Chico Xavier. Seu termômetro de avaliação foi bem eficiente:

– Ninguém se mexe na cadeira e todo mundo sai mudo do cinema.

Elogiou Angelo Antonio e Nelson Xavier, que interpretam o médium em diferentes fases da vida. Mas lembrou que o astro nas propagandas é Tony Ramos, que, na visão dos produtores, “vende mais”.

Mas não vou falar de cinema. Como adoro meter a mão em vespeiro, vou falar da doutrina espírita. Sei que religião não se discute, mas tenho a minha opinião, é um direito meu.

Algumas vezes, fui a sessões num centro espírita, a convite de uma amiga querida que realiza um trabalho assistencial fantástico junto com membros daquela casa. Participei de algumas leituras, estudos, como eles chamam.

Achei as reuniões muito bonitas, no melhor sentido da palavra. Vi pessoas sinceramente comprometidas em ajudar o próximo. Me fizeram bem, embora eu tenha deixado de ir.

Uma das razões para o meu afastamento foi que para chegar ao centro passava-se pela favela do Jacarezinho, uma das fortalezas do crime desorganizado carioca e meca para os mortos-vivos que povoam sua gigantesca e antiga cracolândia. Uma vez, voltava de uma reunião com a minha mulher na época e paramos no sinal em frente ao shopping Iguatemi. Um carro parou atrás e começou a piscar o farol para que eu encostasse e ele avançasse o sinal. Quando vi pelo retrovisor, um dos ocupantes, com cara de adolescente, nos apontava um revólver.

Mas não deixei de ir só por causa da violência da Zona Norte do Rio.

Parei porque acho a doutrina espírita perfeita demais. A impressão que tive é que tudo tem uma explicação lógica e perfeita.

Fulano ficou tetraplégico? Então é porque ele aprontou alguma na outra vida e está pagando seu carma.

Há milhões morrendo de fome ou soterrados sob montes de lixo e terra? O acaso não existe, alguma eles fizeram para merecer isso.

Acredito mais na concentração de renda, na falta de reforma agrária como responsáveis por desgraças como essas do que numa obra engendrada pelo todo-poderoso lá no além.

Não consegui e não consigo acreditar nessa doutrina. O budismo me parece muito mais humilde no sentido de admitir que não temos controle sobre nada e que realmente não sabemos de nada.

Cartas psicografadas e conversas com espíritos? Já vi gente que se emocionou e gente que saiu decepcionada, amaldiçoando até o maior dos médiuns.

Perdi um parente querido prematuramente? No espiritismo, tenho o consolo de que ele está muito bem em algum lugar lindo me esperando. Na raiz de tudo, está esse medo incontido que o ser humano tem de morrer. Adoro como o budismo encara o ocaso da vida, de uma forma tranquilae e bonita, não com pavor e egoísmo.

Manifestações de espíritos? Por que não o fazem da forma ostensiva em que muitos acreditam diante de 7 bilhões de pessoas numa final de Copa do Mundo. Por que não aparecem ao meio dia jogando automóveis para cima na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.

Acredito, sim, em energia, aquela que faz um coração bater, a mesma que fez uma cadeia de aminoacidos começar de repente a se reproduzir dando origem ao primeiro ser vivo. Algo que não podemos ver, como a força eletro magnética, mas que está aí, circulando, do corpo inerte dos mortos para o corpo e as mentes dos vivos.





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Retratos do Rio




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Não houve guarda-chuva que sobrevivesse ao temporal amazônico


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Espelho quebrado no faroes


 | Enviado por: Migliaccio


O Rio é uma cidade incrível, extremamente honesta, transparente. Sempre que nos deixamos levar por sua beleza inebriante, ela se encarrega de nos lembrar que estamos no… Rio, com tudo de ruim que uma metrópole do Terceiro Mundo pode abarcar temperado pela manemolência carioca.

Estava eu dirigindo pela Avenida Princesa Isabel, numa noite de sábado, me deleitando com o CD do show que Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho e Miúcha fizeram no Canecão em 1977. Embalado pelos acordes e pela poesia do quarteto fantástico, trafegava pela pista da direita, em baixa velocidade (o que hoje é encarado como uma ofensa pelos neuróticos do trânsito). Quase chegando ao túnel que desemboca no shopping Rio Sul, meu idílio foi interrompido subitamente.

Zaaaapt!

Um taxista irritado passa zunindo no meu ouvido e leva meu espelho retrovisor de roldão. Na hora, o sangue subiu. Dei pause no CD e fui atrás do insano condutor do amarelinho. Costurando ônibus, ele fugiu a mais de 100 km/h, mas teve que parar no sinal em frente ao Hospital Pinel (onde, aliás, deveria fazer uma reciclagem).

Toc, toc – desci do carro e bati no seu vidro fumê.

– Você quebrou meu espelho ali atrás.

– Eu?

– É, esse adesivo de São Jorge gigante no seu vidro traseiro é inconfundível.

– Tudo bem, vamos encostar ali, tenho seguro contra terceiros – disse, para minha surpresa (como sou ingênuo…).

Estacionamos junto ao meio fio, e o taxista disse que precisaria do boletim de ocorrência feito pela Polícia Militar para apresentar à seguradora. Na minha frente, ligou para o 190. Cerca de 15 minutos depois, aponta no horizonte um gol azul-e-branco. Dele, descem dois policiais, andar vagaroso, pele melada pelo suor que encharcou, secou e voltou a encharcar e secar várias vezes seu pesado uniforme naquele sábado de calor escaldante.

Após ouvirem minha versão, os policiais colocaram a primeira dificuldade:

– Bom, se foi antes do túnel, não podemos fazer a ocorrência, porque somos do 2º Batalhão e lá é área do 19º.

– Mas 500 metros fazem tanta diferença assim? – questionei.

– Está querendo me induzir ao erro? – tratou de mostrar as garras um dos PMs.

Vendo que não havia lá grande interesse dos representantes do Estado em resolver aquela raquítica pendenga de trânsito, o taxista se animou.

– Olha, eu não ouvi barulho nenhum de batida, acho que não fui eu quem quebrou seu espelho, não.

Foi o bastante para que os policiais interpusessem mais um obstáculo:

– Olha aí: ele está dizendo que não foi ele…

Certo de que aquele conflito não teria solução alguma sem que meu prejuízo aumentasse ainda mais, resolvi entrar no carro e ir embora. Me senti numa cidade sem lei, de faroeste.

Na volta para casa, CD desligado, espelho despedaçado, fiquei pensando em como um lugar como este vai sediar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. E se os gringos que virão de longe precisarem da nossa polícia, como serão atendidos? Serão tratados como somos nós, cariocas? Ou para eles reservarão uma outra PM que não conhecemos?

Fonte: JB Online

No mais

Por Ancelmo Gois


Trecho de uma crônica de Machado de Assis publicada em abril em 1895 (resgatada ontem no blog do escritor Affonso Romano de Sant’Anna): “Que dilúvio, Deus de Noé! (…) a princípio não tive medo: cuidei que eram dessas chuvas que passam logo. Quando porém os elementos se desencadearam deveras, e as ruas ficaram rios, as praças mares, então supus que realmente era o fim dos tempos. As águas entravam pelas casas, outras desciam dos morros, cor de barro…”

Fonte: Blog do Ancelmo

Reconstrução pode custar 15 milhões





Reconstrução de Niterói pode custar até R$ 15 milhões





Em reunião que contou com a presença do governador Sérgio Cabral,o ministro da Integração Nacional, João Reis Santana e do secretário estadual de saúde, Sérgio Côrtes, o prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, estimou em R$ 15 milhões o valor necessário para reconstruir a cidade, uma das mais castigadas pelas chuvas que atingiram o Estado do Rio.



Jorge Roberto disse que “Niterói nunca registrou uma chuva como essa”, ele reconheceu o despreparo do município para enfrentar com situações de emergência , moradores de regiões atingidas, reclamam da demora da Defesa Civil e do número reduzido de funcionários para atender as solicitações de socorro.



Até o momento, Niterói contabiliza 60 mortos e mais de 1.100 desabrigados.


Fonte: Blog do Marcio Kerbel