Lucros dos bancos crescem, apesar da inadimplência

O crescimento da inadimplência surpreendeu os grandes bancos de varejo no primeiro trimestre. Mas, apoiados em confortáveis colchões de reservas e polpudas receitas do crédito de varejo, os bancos mantiveram lucros crescentes.


Bradesco, Itaú e Unibanco tiveram lucro líquido consolidado de R$ 3,51 bilhões no primeiro trimestre, 27,8% superior ao de R$ 2,748 bilhões de igual período em 2005, de acordo com levantamento da Austin Rating. O retorno médio desse grupo seleto, calculado sobre o patrimônio líquido do final de março, subiu de 27,8% em 2005 para 30,2% neste ano.


Uma das principais fontes de receita dos três bancos foi o crédito, que cresceu 25,3% sobre março de 2005, para R$ 188,079 bilhões.


Nem o resultado nem a carteira de crédito foram afetados pelo aumento da inadimplência. O levantamento da Austin Rating , mostra que a inadimplência, calculada pela relação entre o volume de créditos em atraso há mais de 60 dias e o total da carteira dos três bancos cresceu de 2,4% para 2,8%. Além disso, os bancos mantiveram os elevados níveis de provisões, equivalentes a 6,3% da carteira.


O presidente da Austin Rating, Erivelto Rodrigues, afirmou que a inadimplência aumentou nos balanços dos grandes bancos por causa da mudança de mix das carteiras. De fato, as operações de financiamento ao consumo saltaram nos bancos nos últimos meses.


No Unibanco, que divulgou ontem o balanço, o crédito cresceu 19,6% entre março de 2005 e março passado. Só as operações de varejo aumentaram 25,4% e passaram a representar 57% da carteira em comparação com 55% um ano antes.


No entanto, as operações de varejo, lembrou Rodrigues, são as que dão maior retorno. Por isso, os bancos puderam reforçar as provisões e ainda aumentar o lucro. “O risco é maior, mas a margem é maior”, concluiu. Para o analista, as provisões são suficientes para suportar até o dobro da inadimplência atual.


Para o Bradesco e o Itaú, o aumento da inadimplência no primeiro trimestre foi apenas sazonal. Já o Unibanco detectava sinais de deterioração desde o final do ano passado. Uma possível explicação para essa diferença de avaliação é a idade das carteiras. Operações mais novas como as do Bradesco e do Itaú levam algum tempo para registrar problemas.


Para o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, a inadimplência do primeiro trimestre ficou “acima do esperado”, mas teria tido causas sazonais como o acúmulo de compromissos das pessoas no período, com pagamento de IPTU, IPVA e escola. A reação do Bradesco foi redobrar a cautela. As despesas com provisões cresceram 47,8%. O saldo das provisões atingiu R$ 5,3 bilhões, equivalente a 6,3% da carteira de crédito, sendo R$ 1 bilhão acima do mínimo exigido pelo Banco Central (BC).


O vice-presidente do Bradesco, Milton Vargas, afirmou que as despesas com provisões cresceram em função da mudança de perfil da carteira. Da carteira de crédito de R$ 84,426 bilhões do Bradesco, 42% são operações de pessoas físicas; um ano antes, 36%.


Já o Itaú, que está imprimindo um agressivo ritmo de crescimento no financiamento ao consumo, as despesas com provisões saltaram 90,58%. O saldo das provisões atingiu R$ 4,7 bilhões, dos quais R$ 1,5 bilhão acima do exigido. O índice de cobertura do Itaú é o maior entre os três bancos: as provisões equivalem a 7,3% da carteira. A precaução tem motivos: segundo o diretor Silvio de Carvalho, as operações vencidas há mais de 60 dias representavam 4%, atingindo 25% nos créditos da financeira Taií.


O vice-presidente corporativo do Unibanco, Geraldo Travaglia, afirmou que o banco verificou o aumento da inadimplência já no último trimestre de 2005. A constatação levou o banco a reforçar mais as provisões e a ser mais seletivo na concessão de crédito.


Essa última política, disse, explicou o fato de o Unibanco ter aumentado a carteira de crédito menos do que os outros grandes do varejo. A carteira do Unibanco cresceu 19,51% para R$ 39,648 bilhões, de março de 2005 para março passado. A ênfase foi dada em linhas de menor risco, acrescentou. A carteira de cartão de crédito, por exemplo, cresceu 51,6%; e a de pequenas e médias empresas, 25,1%.


No Unibanco, a inadimplência nas operações de financiamento ao consumo chegou a 10,1% em março, em comparação com 8% um ano. Mas cai para 4% em veículos (3,6% um ano antes).


Para Travaglia, o mercado está “sofrendo pelo excesso de oferta de crédito e pela ausência de um birô positivo de crédito”. Mas acredita que o mercado vai voltar a um padrão normal. A falta de um birô de crédito já havia sido apontada nesta semana pelo novo presidente do Credicard Citi, Hector Nevarez, como um dos motivos da manutenção dos juros altos do crédito.

Fonte: Valor Econômico

Fazendeiros criticam ações da CPT e insinuam ameaças no Pará

Em carta à Diocese de Conceição do Araguaia, fazendeiros de Xinguara (PA) cobram intervenção na CPT do município e dizem que, sem mudanças, “poderá advir confrontos de dimensões desagradáveis”. Frei Henri des Roziers (foto) vê documento como uma ameaça.


Beatriz Camargo* – Especial para a Carta Maior


SÃO PAULO – Uma carta (leia íntegra abaixo) exigindo mudanças no comportamento da Comissão Pastoral da Terra de Xinguara (PA), citando nominalmente o frei dominicano Henri des Roziers e insinuando ameaças à instituição, foi encaminhada dia 26 de abril pelo Sindicato Rural de Xinguara, que representa os proprietários de terra do município. O documento afirma que “o radicalismo da CPT de Xinguara está conduzindo os produtores rurais a uma situação delicada, de revolta e insatisfação, e caso não haja mudanças naquele comportamento, poderá advir confrontos de dimensões desagradáveis”. Até o fechamento desta matéria, a reportagem não havia conseguido localizar os dirigentes do Sindicato Rural de Xinguara.


“Essa frase nos preocupa, a nós da Pastoral e também ao bispo, porque é claramente uma ameaça”, avalia o frei Henri des Roziers, da CPT Xinguara e que trabalha desde 1979 na região. Ele lembra que o histórico do Pará é de impunidade às ações criminosas dos proprietários de terra e que mesmo o judiciário muitas vezes favorece os latifundiários. Apesar de considerar a afirmação perigosa, a CPT de Xinguara não tomou novas providências em relação à segurança do frei ou da equipe.


Não é novidade que o frei Henri é um alvo dos que desejam a manter a realidade no campo do jeito em que está. Desde a morte da missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, ele está sob proteção 24 horas por dia.


Além do Sindicato Rural, assinam a carta as presidências do Rotary e Lions Clube, a Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Xinguara (Aciapa) e a Loja Maçônica da cidade. O documento foi endereçado ao bispo da Diocese de Conceição do Araguaia, Dominique You, que, em resposta, divulgou domingo (7) duas notas: ao conjunto da Diocese e à Paróquia de Xinguara. Em ambas, o bispo defendeu e valorizou a postura do frei Henri e da CPT de Xinguara frente aos conflitos rurais da região.


No dia 29 de abril, dias após a entrega da carta ao bispo, houve uma reunião dos fazendeiros em Xinguara, numa clara demostração de força. Entre os presentes, estavam o presidente do Sindicato Rural do município de Redenção – que tem representação no Sindicato estadual da categoria – e o deputado federal Ronaldo Caiado (PFL-GO), um dos fundadores da UDR (União Democrática Ruralista). No Congresso Nacional, o deputado tem sido um dos principais opositores à aprovação de leis que contribuiriam para a erradicação do trabalho escravo. A região Sudeste do Pará, onde está localizado o município, é um dos principais focos desse crime no país.
Segmentos da sociedade civil de Xinguara se uniram em torno de uma resposta à carta enviada pelos fazendeiros, explicitando apoio à CPT. A réplica foi assinada pelo Sindicato de Trabalhadores Rurais do município, o Conselho Tutelar, o Sindicato dos Professores, comunidades eclesiásticas de base, parlamentares e religiosos.


O documento enviado pelo Sindicato Rural coloca a Pastoral da Terra como coordenadora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) no município e a acusa de realizar invasões de propriedades rurais da região, provocando “grande tensão social”. Segundo a carta, a situação está “desestimulando a produção e causando medo nas pessoas de boa índole”.


Outro trecho se refere ao acampamento dos sem-terra João Canuto, localizado num terreno público a cerca de 30 quilômetros da cidade, à beira da rodovia PA-150. Ele apresenta graves acusações contra os acampados, afirmando que “à sombra da CPT, lá permanecem praticando jogatinas, prostituição, consumindo drogas e bebidas alcoólicas”. Por fim, os signatários pedem que dom Dominique interceda para moderar a atuação do frei Henri e da Pastoral.


O histórico de ameaças contra a vida de trabalhadores rurais na região é antigo. Remonta a época da colonização, quando a ditadura militar privilegiou os latifúndios em detrimento às pequenas propriedades de posseiros. A política tem se mantido nos dias de hoje, com a ação do poder executivo, Justiça e polícia no sentido de expulsar famílias humildes de grandes fazendas montadas em terras da União.


Para os agentes da CPT, a carta foi enviada ao bispo porque ele é novo no cargo da Diocese de Conceição do Araguaia, e havia uma esperança de que ele não estaria de acordo com a atuação do órgão na cidade. Não houve ameaça anterior do mesmo grupo, mas, segundo Ana Souza Pinto, também da CPT de Xinguara, existe uma insatisfação pública dos fazendeiros. “Eles estão tentando barrar o MST de todas as formas.” Ela ressalta que, embora a CPT apóie os movimentos de luta pela terra, o MST é um órgão independente e não existe ingerência em suas ações. “A Pastoral da Terra tem uma história de intervenção juntos aos povos do campo”, lembra.


Ainda segundo Ana Souza, o clima de tensão existe desde que o MST instalou novo acampamento na PA-150. O acampamento anterior, na fazenda Rio Vermelho (propriedade da família Quagliato, que havia se apossado ilegalmente desse terreno) foi despejado em março pela polícia. A ação, que contava com cerca de 200 policiais, foi acompanhada pelos advogados da CPT de Xinguara, entre eles o frei Henri des Roziers. “Sabemos que não é todo o conjunto das signatárias da carta que concordam com ela. Mas a direção do Sindicato é linha dura, e eles vão fazer de tudo para perseguir o MST”, avalia o frei.


* Beatriz Camargo integra a ONG Repórter Brasil



Íntegra da carta:


“Ao Reverendíssimo
Dom Dominique You
DD.Bispo da Diocese de Conceição do Araguaia Pa


A Sociedade organizada de Xinguara, aqui representada pelas entidades abaixo assinadas, sensibilizadas e preocupadas com os acontecimentos que vêm ocorrendo no setor rural, através de movimentos coordenados pela CPT de Xinguara, aconselhando e realizando invasões de propriedades rurais produtivas da região, provocando Grande Tensão Social na classe produtora, desestimulando a produção, causando medo às pessoas de boa índole e outros tantos males às famílias cristãs que aqui residem, vem á presença de Vosso Reverendíssima manifestar a insatisfação no que se refere a atuação da CPT de Xinguara, comandada pelo frei Henri de les Roziers, que usa o nome da Igreja Católica em suas ações.


O radicalismo da CPT de Xinguara, está conduzindo os produtores rurais a uma situação delicada, de revolta e insatisfação, e caso não ocorra mudanças naquele comportamento poderá advir confrontos de dimensões desagradáveis.


Pelos fatos acima expostos é que dirigimo-nos á Vosso Reverendíssimo, líder máximo da Igreja Católica da nossa Diocese, para que, se possível, interceda Junto áquele religioso, visando moderar a sua atuação frente ao grupo que comanda. Queremos manifestar também a nossa preocupação quanto aos acampamentos dos Sem-terra, assessorados pelo frei Henri, compostos por pessoas que nada tem a ver com classe de Trabalhadores Rurais, pois existem pedreiros, mecânicos, soldadores, comerciantes informais, etc, que a sombra da CPT, lá permanecem praticando jogatinas, prostituição, consumindo drogas e bebidas alcoólicas, etc.
Queremos informar também a Vosso Reverendíssimo que as famílias acampadas vieram de outras regiões, nada tendo em comum com os trabalhadores rurais que aqui residem. Dessa forma, torna-se impossível praticar reforma agrária, pois se o órgão estatal de reforma agrária assentar essas famílias, dentre em pouco aparecem outras tantas, montando novos acampamentos, para pressionar o Incra no sentido de assenta-los também.


Informamos mais que somos a favor da reforma agrária desde que seja realizada de forma JUSTA, não provocando desequilíbrio e instabilidade às famílias dos produtores que aqui residem e produzem, explorar com racionalidade suas áreas. Lembramos ainda, que o comportamento da CPT de Xinguara, tem causado constrangimento aos católicos d eforma geral, por discordarem das atitudes do Frei Henri, inclusive com mudança de religião. Esperando que vosso Reverendíssimo tome as medidas necessárias para sanar esta grave situação, colocamo-nos a seu inteiro dispor.


Xinguara Pa, 25 de abril de 2006
Sindicato Rural de Xinguara
Loja Maçônica
Rotary Clube
Lions Clube”

Fonte: Agência Carta Maior

Funcionária terceirizada ganha direito à jornada de bancário

Empregada contratada por empresa financeira promotora de vendas, mas que presta serviços a banco, tem direito à jornada de bancário, de seis horas por dia. Por unanimidade, assim decidiu a 11ª Câmara do TRT da 15ª Região (Campinas/SP).


A trabalhadora entrou com reclamação contra a Finasa Promotora de Vendas Ltda perante a 3ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto (SP), pedindo horas extras. Segundo alegou, tinha direito à jornada de seis horas diárias, igual à dos bancários, já que prestava serviços para instituição financeira.


Defendendo-se, a empresa alegou que a trabalhadora não exercia atividades bancárias, mas sim comerciais, na qualidade de empresa prestadora de serviços. Segundo a Finasa, não houve fraude à legislação trabalhista, pois o contrato foi celebrado nos termos da resolução nº 2166 do Banco Central. Em audiência, porém, o representante da Finasa, ao depor, disse que a empresa pertence ao grupo Bradesco, para quem presta serviços com exclusividade.
Condenada em primeira instância, a empresa recorreu ao TRT.


Segundo voto do juiz relator Edison dos Santos Pelegrini, “o objetivo da empresa é a captação de clientes que irão fazer financiamentos a serem concedidos pelo Banco Bradesco, com quem a Finasa tem estreita ligação, prestando serviços com exclusividade”. Assim, a Finasa age como uma intermediária na concessão de crédito, realizando operações de agenciamento de pedidos de financiamento, elaboração e análise de cadastros, atuando diretamente na atividade-fim do Bradesco, que fornece o suporte financeiro para que os empréstimos sejam concretizados.


“O fato de o Banco Central do Brasil permitir que os bancos contratem prestadoras de serviços não afasta a natureza bancária da atividade destas empresas, principalmente por ter sido criada pelo próprio banco interessado na prestação de serviços com exclusividade”, afirma o julgado.


O acórdão vem também nas súmulas nºs 331 e 55 do TST, que prevêem a terceirização ilícita de mão-de-obra. (Proc. nº 01626-2003-082-15-00-3 – com informações do TRT-15).

Fonte: Espaço Vital

Especial Dia das Mães

Uma profissão chamada “Mãe”


(autora desconhecida)



Uma mulher foi renovar a sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão. Ela hesitou, sem saber bem como classificar.
– O que eu pergunto é se tem um trabalho – insistiu o funcionário.
– Claro que tenho um trabalho – exclamou a mulher – Sou mãe.
– Nós não consideramos “mãe” um trabalho.
– Vou colocar “Dona de casa”, disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
– “Qual é a sua ocupação?” Perguntou.
– Não sei o que me fez dizer isto; as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora.
– “Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas.”
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
– “Posso perguntar”, disse-me ela com novo interesse, “o que faz exatamente?”
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
– “Desenvolvo um programa à longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa).
– “Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???), o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).”
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 07 anos e a outra com 03 anos.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante! Maternidade… que carreira gloriosa!
Assim, as avós deviam ser chamadas “Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas”, As bisavós: “Doutora-Executiva-Sênior”. E as tias: “Doutora – Assistente”.


Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres mães, esposas, amigas e companheiras. Doutoras na arte de fazer a vida.

Relatório diz que ‘medidas simples’ poderiam salvar milhões de recém-nascidos


LONDRES – Cerca de dois milhões de recém-nascidos morrem todos os anos nos países em desenvolvimento porque não são adotadas medidas simples como imunizá-los contra o tétano ou dar à luz com a ajuda de uma parteira experiente, afirmou na terça-feira o grupo Save the Children.


Em um relatório intitulado “A Situação das Mães do Mundo em 2006”, a entidade de ajuda humanitária disse que mais de 10 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade morrem todos os anos no mundo em desenvolvimento e, dessas, uma de cada cinco morre nas primeiras 24 horas de vida.


– As primeiras horas, os primeiros dias e as primeiras semanas são cruciais na vida de um bebê. Mas, mesmo assim, apenas uma pequena minoria das crianças nos países pobres recebe o atendimento médico adequado durante esse período de muita vulnerabilidade – disse Jasmine Whitbread, executiva chefe do Save the Children.


– As medidas mais simples na área de saúde podem significar a diferença entre a vida e a morte.


Segundo o relatório, a maior parte das mortes de recém-nascidos resulta de problemas que poderiam ser evitados ou tratados como infecções, complicações no parto ou falta de peso ao nascer.


– Técnicas simples e baratas, tais como imunizar as mulheres contra o tétano ou providenciar uma parteira experiente, poderiam reduzir o número de mortes em 70% – afirmou.


O documento diz ainda que as mortes de recém-nascidos são tão comuns em muitas partes do mundo em desenvolvimento que os pais só batizam seus filhos quando eles estão com algo entre uma semana e três meses de vida.


O Save the Children publicou também em 2006 uma atualização do “Índice Maternal”, com os melhores e os piores países do mundo para alguém ser mãe ou nascer. Pelo sétimo ano consecutivo, os países escandinavos dominaram o topo da lista (a Suécia conquistou a liderança). Os EUA e a Grã-Bretanha aparecem juntos, dividindo o décimo lugar. O Brasil ficou em 52º lugar na lista.


O grupo humanitário descreveu o grande número de mortes entre os recém-nascidos como “um dos problemas de saúde mais negligenciados do mundo” e pediu aos governos de toda a comunidade internacional que aumentem as pressões políticas e a ajuda financeira a fim de evitar mais mortes.


 


Fonte: O Globo


 

Fonte:

Santander é condenado por impedir entrada em agência

O Banco Santander terá que pagar R$ 3 mil a um cliente que foi impedido de entrar em uma de suas agências, no Rio Grande do Sul, por possuir uma placa de platina implantada no braço. Em 1999, ao tentar entrar na agência, o cliente foi barrado pela porta eletrônica acionada pelo segurança interno do banco.


Apesar de explicar que o braço, engessado em razão de cirurgia, abrigava uma placa de platina e mesmo tendo se identificado como cliente, o guarda e o gerente não permitiram a sua entrada na agência. O cliente foi obrigado a manter-se na calçada e só conseguiu pagar sua conta após passar o dinheiro ao gerente.


O Santander alegou que não praticou nenhum ato ilegal e que agiu em obediência às normas de segurança. O cliente ganhou a ação em primeira instância. O banco, então, apelou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou inadmissível o recurso da instituição. No entanto, reduziu o valor da indenização, que havia sido fixada em 60 salários mínimos.

Fonte: Agência Estado

Delegacias e Tribunais Regionais do Trabalho firmam acordo de cooperação

As Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs) no estados e os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) estão firmando parceiras para promover intercâmbio de informações do Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNAES) e do Sistema Integrado de Registro de Empresa de Trabalho Temporário (Sirett) das DRTs para o desenvolvimento de ações conjuntas.


 


Os tribunais terão acesso, por exemplo, às informações sobre organização sindical, registros e impugnações dessas entidades e contribuições sindical, assistencial e confederativa, além da situação de registro de empresas de trabalho temporário.


 

A cooperação entre os órgãos se tornou necessária após a publicação da Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de 2004, que transferiu para a Justiça do Trabalho a atribuição de julgar as ações sobre representação sindical entre sindicatos, sindicatos e trabalhadores, e sindicatos e empregadores, antes uma atribuição da Justiça Federal.

Fonte: Agência DIAP

TST garante PLR para bancária do Meridional

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho confirmou, por unanimidade, o direito de uma bancária brasiliense ao pagamento da participação nos lucros do Banco Meridional S/A, com base no princípio constitucional da igualdade.


 


A decisão foi relatada pelo ministro Horácio Senna Pires e tomada após exame de recurso de revista interposto pela instituição financeira contra determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins).


 


O Meridional, hoje sob controle do Grupo Santander, argumentou, no TST, que a participação nos lucros concedida à trabalhadora teve como base a 1ª cláusula (parágrafo quinto) da Convenção Coletiva de Trabalho de 1999-2000. Acrescentou, contudo, que o mesmo dispositivo condicionou o pagamento da parcela à obtenção de lucro operacional no ano de 1999, resultado que não foi alcançado.


 


O ministro relator observou, contudo, que a decisão regional não levou em consideração a previsão da norma coletiva isolada, mas o princípio constitucional da isonomia (artigo 5º, CF).


 


“Não obstante a inexistência de lucro no ano de 1999, bem como o conteúdo da norma coletiva estabelecida entre as partes, a prova testemunhal produzida pelo próprio empregador atestou o pagamento da participação nos lucros a certos funcionários do Banco”, registrou Horácio Pires ao reproduzir – em seu voto – trecho da decisão do TRT.


 

Também foi afastada a alegação do Meridional de violação ao artigo 7º, XXVI, da Constituição, que prevê o reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho. “Na medida em que a decisão recorrida não pautou seu entendimento na negação de norma coletiva, mas na aplicação do princípio constitucional da isonomia, inviável o recurso”, concluiu o relator.

Fonte: TST

Compras de bancos já giraram neste ano o dobro do negociado em 2005

O ano começou agitado em aquisições no mercado financeiro. As operações já anunciadas envolvem o dobro do movimentado em todo o ano passado.


 


Mas os principais bancos privados não consideram que esteja em curso uma onda de consolidação no mercado financeiro. “O mercado está estreito atualmente. Só aparecem algumas aquisições pontuais”, disse Márcio Cypriano, o presidente do Bradesco, que comprou as operações do American Express no país em março, por cerca de R$ 1 bilhão. “São oportunidades que surgiram e não uma nova onda de consolidação”, afirmou Sílvio de Carvalho, diretor executivo de controladoria do Itaú, que adquiriu o BankBoston na semana passada, por R$ 4,5 bilhões.


 


Já foram divulgadas quatro compras, neste ano, envolvendo pouco mais de R$ 10 bilhões. A operação de maior porte foi a compra do Pactual pelo suíço UBS, anunciada ontem (09).


 


No ano passado, proliferaram as compras de carteira de crédito consignado e financiamento ao consumo dos bancos de pequeno porte e as parcerias com rede de varejo. As compras envolvendo mudança de controle totalizaram oito, movimentando pouco mais de R$ 4 bilhões. Entre elas estavam vendas do controle ou de parte de bancos estatais como o BEC e a Nossa Caixa.


 


Cypriano afirmou que um dos motores das aquisições realizadas neste ano é a falta de escala. O American Express e o BankBoston resolveram vender as operações no Brasil pela falta de escala. De certa forma, o UBS comprou o Pactual para constituir uma massa crítica no mercado brasileiro.


 


Os dois maiores bancos privados do país contam agora com ações valorizadas como moeda em eventuais aquisições e ambos se declaram dispostos a examinar as oportunidades que surgirem.


 


O Itaú vai pagar o Bank of America pela compra do BankBoston em participação acionária. E o diretor do Itaú comemorou o fato de o banco ter reassumido a liderança do mercado brasileiro em valor de mercado. Segundo Carvalho, o valor de mercado do Itaú atingiu do R$ 81,773 bilhões na segunda-feira, superando o Bradesco, que havia assumido a liderança no ano passado. Segundo Cypriano, o Bradesco estava sendo cotado no mercado a R$ 77 bilhões. O valor de mercado é calculado pela multiplicação do número de ações pela sua cotação em bolsa. O Itaú recuperou o posto com a valorização após a compra do BankBoston, disse Carvalho.

Fonte: Valor Econômico

Santander Banespa é cruel e desumano para com os trabalhadores brasileiros

Clique aqui e baixe o Manifesto dos Bancários do Grupo Santander

Fonte:

Bancos começam a mudar local das portas giratórias

A luta do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) pela colocação das portas giratórias de segurança na entrada das agências, de acordo com a lei municipal aprovada em 1994, mereceu reportagem na edição deste domingo, dia 7, do jornal Zero Hora. Vários bancos, diante da pressão sindical para instalar as portas em todos os acessos destinados ao público, estão aos poucos se adequando à legislação.


Enquanto o Itaú, o Banco da Amazônia, o Besc, a Caixa Econômica Federal, o Banrisul e o Banco do Brasil estão tomando medidas para cumprir a lei, que já foi julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, bancos como o Bradesco, Unibanco, Santander Banespa e HSBC seguem burlando a determinação legal, pois mantêm as portas giratórias depois da sala de auto-atendimento.


O SindBancários vai continuar denunciando as agências em situação irregular, pedindo a fiscalização da Prefeitura, através da SMOV. Bancários, vigilantes e clientes exigem segurança nos bancos.


Veja a íntegra da reportagem de Zero Hora:


BANCOS COMEÇAM A MUDAR LOCAL DE PORTAS


Ao colocar os terminais de auto-atendimento na entrada das agências, antes das portas giratórias, os bancos podem ter facilitado a vida dos clientes, mas também os colocaram em um espécie de vitrina: o setor é visível da rua e, em muitos casos, o acesso é liberado.


Na tentativa de oferecer maior segurança, alguns bancos estão adotando como estratégia instalar portas giratórias com detector de metais logo na fachada das agências.


Depois de algumas redes privadas adotarem a mudança, bancos públicos testam a medida. A Caixa Econômica Federal e o Banrisul implantaram a alteração em algumas agências da Capital, enquanto o Banco do Brasil estuda projeto semelhante. Por ser uma estratégia de segurança, as empresas do setor evitam detalhar as mudanças.


Maior rede bancária do Estado, o Banrisul informa que três agências da Capital inauguradas recentemente estão operando com a porta giratória na entrada. Se o funcionamento se mostrar satisfatório, a intenção é estender a novidade a todas. Entre outros fatores, será preciso avaliar a aceitação do público.


– Ainda há um preconceito grande contra as portas giratórias. As pessoas reclamam por ter de tirar objetos dos bolsos ou das bolsas, mesmo que seja para a sua segurança – avalia o responsável pela segurança patrimonial do Banrisul, que pediu para ter o nome preservado por razões de proteção pessoal.


Em Porto Alegre, a lei que determina a implantação das portas giratórias foi aprovada em 1994, quando os terminais de auto-atendimento ainda não haviam se disseminado. Hoje, conforme o Sindicato dos Bancários do Estado, apenas 20% das pessoas que vão a uma agência chegam a passar pela porta giratória. O restante realiza suas transações no auto-atendimento. Por isso, a entidade defende a colocação das portas giratórias na entrada externa de todas as agências, mesmo que isso gere reclamações.


– O auto-atendimento não oferece segurança satisfatória na maior parte dos locais – afirma o diretor de Comunicação do sindicato, Ademir Wiederkehr.

Fonte: SindBancários (Porto Alegre) com informações de Zero Hora