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ES: Bancários paralisam Superintendência Regional do Santander

Um protesto organizado pelo Sindicato dos Bancários/ES paralisou a Superintendência Regional do Santander e a Agência Reta da Penha, em Vitória, na manhã desta terça-feira, 15. A paralisação envolveu cerca de quarenta bancários e vai até o meio-dia.Apenas um contingente mínimo entrou nas unidades.

Os bancários protestaram contra as demissões imotivadas, que contrastam com resultados pra lá de positivos do banco. No segundo trimestre deste ano, o maior banco estrangeiro no Brasil lucrou R$ 3,9 bilhões. Enquanto isso, nas agências, o clima é de pressão sobre os trabalhadores. Alguns gestores adotam a prática do assédio moral, expondo, em reuniões, bancários e bancárias perante os colegas ao cobrar o cumprimento de metas.

As ameaças de desemprego para quem não atingir resultados são constantes, levando muitos bancários ao adoecimento. De janeiro a agosto, o banco demitiu dezoito pessoas só no Espírito Santo.

Quando alguém sai de licença médica não é substituído, o que traz sobrecarga de trabalho aos demais empregados e mais pressão. No retorno ao trabalho após os afastamentos médicos, os trabalhadores são hostilizados e perseguidos.

A direção do Santander fala nos seus documentos internos em motivação dos funcionários, mas o que se vê é o contrário. “Ninguém é motivado com pressão. Ninguém é motivado com demissões. Ninguém é motivado com cobranças abusivas”, protestam os bancários no panfleto distribuído na manifestação.

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Teresópolis: Sindicato participou do Dia Nacional de Lutas, nesta terça

Os bancários de Teresópolis realizaram atividade em todas as agências bancárias de sua base e distribuiram panfletos e jornais, tanto para os bancários quantos para clientes e usuários de banco, a fim de esclarecer sobre as negociações em andamento com os Bancos. A atividade também é uma forma de pressionar a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para que sejam atendidas as reivindicações da categoria. A atividade contou com a apresentação da banda de música do Gremio Paquequer de Teresópolis.

 

Nesta quarta-feira, 16/09, começa a rodada de negociação que tratará sobre as clásulas econômicas da campanha.

 

Negociações

 

Depois de três rodadas de negociação, o Comando Nacional dos Bancários denuncia o descaso e a falta de propostas concretas por parte da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), para as reivindicações da categoria, no que se refere às demandas sociais, como emprego, saúde e condições de trabalho, além de segurança bancária e igualdade de oportunidades.

 

Emprego – Nas negociações sobre o tema os representantes dos bancos não assumiram compromisso com a manutenção dos empregos da categoria. Os bancos insistem em dizer que demitem pouco, mas se utilizam dos correspondentes bancários, que retiram o emprego da categoria e o transfere para outros lugares mais precarizados e com menores salários. A rotatividade e terceirização servem para eles aumentarem cada vez mais seus lucros.

 

Somente de janeiro a junho deste ano, de acordo com dados do Caged, o setor bancário cortou 2.795 empregos. Esse número aumenta para 22 mil quando analisado o período de janeiro de 2012 a junho de 2015.

 

Saúde, condições de trabalho e segurança bancária – O Comando Nacional mostrou pesquisas do Dieese, com base nos dados do INSS, as quais evidenciam a relação da rotina estressante de trabalho com os adoecimentos. Os casos de transtornos mentais e comportamentais estão crescendo muito mais rapidamente na categoria bancária e já superam os adoecimentos relativos a LER/Dort.

 

Entre janeiro e março do ano passado, 4.423 bancários foram afastados do trabalho, sendo 25,3% por lesões por esforços repetitivos e distúrbios osteomusculares e 26,1% por doenças como depressão, estresse e síndrome do pânico.

 

Além da pressão por resultados, metas abusivas e assédio moral, os bancários também convivem com a insegurança nos locais de trabalho. Levantamento realizado pela Contraf-CUT ( Confederação Nacional dos trabalhadores do Ramo Financeiro) e pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com apoio técnico do Dieese, aponta que 66 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2014, uma média de 5,5 vítimas fatais por mês. Os ataques a agências e caixas eletrônicos também viraram manchetes diárias nos jornais pelo País. Foram 3.150 ocorrências no ano passado, com uma média assustadora de 8,63 por dia.

 

O Comando Nacional dos bancários cobra melhores condições de segurança para bancários, clientes e usuários de bancos.

 

Igualdade de oportunidades – Os Bancos também negaram reivindicações sobre igualdade de oportunidades. O II Censo da Diversidade, conquistado pela categoria e divulgado em 2014, pela própria Fenaban, revelou que as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também permanece desigual, 12,7% mais baixa na comparação com brancos, apesar de 74,5% terem curso superior. Do universo de 511 mil bancários, apenas 3,4%, ou 17 mil trabalhadores, se autodefiniram como pretos na pesquisa.

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Niterói: Bancários fazem ato e alertam população para possível greve

Foi lançada a Campanha Salarial dos Bancários na cidade de São Gonçalo nesta terça-feira (15). Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Niterói e região percorreram ruas do centro da cidade onde informaram a população de uma possível greve da categoria no fim de setembro. Os bancários estão em negociações com os bancos desde o dia 11 de agosto quando foi entregue a pauta de reivindicações. A categoria pede 16% de reajuste salarial, tíquete alimentação de R$ 788,00 e fim das demissões. Somente na região de abrangência do Sindicato de Niterói cerca de três mil bancários trabalham nas mais de 200 agências.

O ato em São Gonçalo contou com a encenação da Cia de Emergência Teatral que retratou a exploração vivida pelos funcionários nas agências bancárias e as imposições do banqueiro assediador, além de apresentar à sociedade a alta lucratividade dos bancos apenas nos primeiros seis meses de 2015. Os seis maiores bancos em operação no Brasil lucraram juntos mais de R$ 49 bilhões.

“Nosso ato é para chamar a atenção da população para a nossa campanha salarial que está nas ruas. Os banqueiros até agora não atenderam nenhuma reivindicação e isso pode levar a categoria em todo país a uma greve por tempo indeterminado. O mínimo do que nós estamos pedindo, que são os 16% de reajuste, esperamos ser atendidos. Quem faz greve é o bancário, por isso esperamos uma unidade e muita mobilização para fazermos um movimento forte”, afirma Luís Cláudio Caju, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região.

Uma banda de música deu som ao cortejo fúnebre que percorreu as principais agências bancárias do centro de São Gonçalo. Uma carta aberta também foi entregue aos transeuntes alertando para os altos lucros dos bancos e sobre a recusa das instituições em receber o pagamento de contas nos caixas nos interiores das agências. A atitude fere norma do Banco Central e é passível de denúncia no Procon. Um juiz da Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro fixou multa de R$ 5 mil para o banco que se recusar a receber contas conveniadas como luz, água, telefone e gás. A medida atendeu um pedido do Procon/RJ.

Negociações

Apesar dos números positivos, os bancos não avançaram nas três primeiras rodadas de negociações que aconteceram nos últimos dias, em São Paulo, entre o Comando Nacional dos Bancários, a Fenaban e as diretorias do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Os temas das primeiras reuniões foram: saúde, emprego, segurança e igualdade de oportunidades. Na quarta-feira (16), um novo encontro debaterá a remuneração, tema que pode levar a categoria à greve por tempo indeterminado caso as reivindicações não sejam atendidas.

Demissões

Nos primeiros sete meses deste ano os bancos que operam no Brasil fecharam 5.864 postos de trabalho, de acordo com a Pesquisa de Emprego Bancário (PEB). As reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-1023), São Paulo (-782) e Minas Gerais (-618) e Rio Grande do Sul (-579). Os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba grandes instituições, como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 3.715 empregos.

 

Calendário de Negociações

Fenaban
16/9 – Remuneração

Caixa
18/9 – Contratação, condição das agências e jornada

Banco do Brasil
18/9 – Remuneração e plano de carreira

 

Principais reivindicações aprovadas na Conferência Nacional dos Bancários:

  • Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
  • PLR: 3 salários mais R$7.246,82
  • Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
  • Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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Campos: Sindicato faz ato e mobilização da campanha salarial no Centro

Contando com carro de som, faixas e cartazes, o Sindicato dos Bancários de Campos realizou nesta terça-feira pela manhã uma passeata no centro financeiro da cidade, alertando a população para a campanha salarial da categoria, esclarecendo à sociedade para os altos lucros do sistema Financeiro e a necessidade de parceria com o movimento sindical, uma vez que os clientes e usuários dos Bancos, sofrem com as longas filas, falta de funcionários nas agências, e descaso dos banqueiros.

A Diretoria do Sindicato de Campos também se empenhou em mobilizar a categoria visitando agências do Centro, distribuindo jornais e fazendo corpo a corpo com os companheiros e companheiras, sendo muito bem recebida por todos os colegas que mostraram disposição de participar da eventual e iminente greve da Categoria, principalmente por estarem acompanhando as negativas dos banqueiros diante de nossas reivindicações nas mesas de Negociação com o Comando Nacional. De acordo com o Presidente do Sindicato, Hugo André Lopes Diniz, a insatisfação dos bancários com a falta de respeito dos banqueiros ficou bastante evidenciada no corpo a corpo. Itens como saúde e emprego foram os fatores que foram objeto de mais revolta da categoria. “Continuaremos percorrendo todas as agências da base durante a semana, mobilizando e informando o resultado das negociações” afirmou o Presidente do Sindicato.

Os Diretores da Fetraf/RJ Rafanele Pereira, Iracini da Veiga, Vitor Rafael e Carlos Eduardo (Dudu) e Paulo Robeson, Diretor Contraf/CUT, também participaram da mobilização.

 

 

Fonte: SBTRAF Campos

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Macaé: Sindicato lança campanha salarial

O Sindicato dos Bancários de Macaé e Região realizou nesta quarta feira, 02, o lançamento da Campanha Nacional dos Bancários 2015 no centro da cidade.

O movimento teve início às 10 horas em frente ao banco Bradesco, no calçadão da Av. Rui Barbosa, e percorreu as principais agências do Centro de Macaé. A animação ficou por conta da já tradicional banda de músicos da Lira de Macaé.

A atividade serviu não só para divulgar as principais reivindicações da categoria, mas também para informar à  população de que a greve dos bancários não se resume às cláusulas econômicas e sociais da categoria bancária. Os dirigentes destacaram que os bancários também fazem reivindicações que, se atendidas, trarão benefícios para a população que utiliza dos serviços bancários, como é o caso das demandas a respeito de segurança bancária.

Durante o ato os sindicalistas distribuíram material informativo na forma de folhetos de cordel, chamando a atenção para os eixos da Campanha Salarial deste ano, “Exploração não tem Perdão” e “OS Sete Pecados do Capital – Terceirização, Discriminação, Irresponsabilidade, Ganância, Mentira, Assédio e Ostentação.

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Angra: Sindicato realiza curso de formação e divulga Campanha Salarial

Para fechar o mandato sindical que está se encerrando foi realizado na sub-sede de Itaguaí no dia 25/07 um curso sobre a História do Movimento Sindical Brasileiro com o Professor Helder Molina. Participaram do curso os novos e antigos dirigentes do Sindicato daquela região eleitos no último processo eleitoral da Entidade.

 

Nos dias 29 e 30 de agosto, sábado e domingo no auditório da sede do Sindicato dos Bancários os contemplados foram os novos e antigos eleitos no município de Angra. O evento foi uma iniciativa do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais que teve como parceiros além do Sindicato dos Bancários, o sindicatos dos Arrumadores e dos Petroleiros.

 

O curso seria ministrado no início do mês de agosto por Vito Giannotti, pesquisador da história das lutas operárias e sociais, criador do Núcleo Piratininga de Comunicação, metalúrgico, historiador, escritor, jornalista, professor, militante da democracia e do socialismo. Mas Vito faleceu dias antes do evento e o sociólogo Sérgio Domingues assumiu a tarefa, que desempenhou com muita competência. Ao final do evento foi cantado o hino da Internacional Socialista, em homenagem a Vito.

 

No próximo ano vamos continuar investindo na Formação e o objetivo é proporcionar aos bancários de base a oportunidade de participar dos cursos promovidos pelo sindicato.

 

Campanha – os diretores do Seeb-Angra concluíram na última segunda-feira, dia 31, a colagem de cartazes de divulgação da Campanha Salarial nas agências da base. Também houve distribuição de panfletos para os bancários e para a população. Foram percorridas 38 unidades bancárias e, durante a atividade, foi constatado o interesse dos clientes e usuários dos bancos por mais informações a respeito da campanha.

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Campos: Sindicato Reintegra mais um bancário

A Diretoria do Sindicato dos Bancários de Campos promoveu mais uma reintegração na cidade, desta vez a reintegração ocorreu no Banco Bradesco tendo sido reintegrado o bancário Rodrigo Aquino.

Rodrigo é oriundo do antigo Banco Econômico tendo sido demitido em 15 de Junho de 2015. Em razão do grande período exercendo a atividade bancária, Rodrigo é possuidor de LER/DORT tendo laudos médicos que comprovam lesões provenientes e compatíveis com a atividade laboral  por ele desenvolvida.

Estes laudos foram fundamentais para o convencimento da Drª. Fernanda Stipp, Juíza titular da 4ª Vara do Trabalho em Campos dos Goytacazes (RJ), que concedeu a liminar determinando a sua reintegração.

A Diretora do Sindicato Nilce Jóia avalia que “Os exames médicos em dia, facilitam e muito o trabalho dos advogados neste tipo de Ação, portanto, é importante que cada bancário e bancária façam periodicamente exames médicos”.

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Sul Fluminense: Cabral é reeleito presidente com 99,46% de aprovação

Os bancários confirmaram a aprovação da gestão de Péricles Lameira, o Cabral, frente à presidência do Sindicato da categoria. Com 1.161 filiados aptos a votar, compareceram às urnas 932 votantes, dos quais 927 ratificaram o voto na chapa 1 – Unidade e Luta, encabeçada por Cabral.

O total de votos corresponde a 99.46% de aprovação. “ Estamos muito satisfeitos em representar a categoria e o resultado nas urnas demonstra que estamos no caminho certo, mas sabemos que ainda temos muito trabalho para ser realizado. Neste momento, nossas forças estão concentradas na campanha salarial 2015, com foco principalmente na manutenção dos empregos de cada bancário. Agradecemos a confiança depositada em nossa diretoria e reiteramos, que estamos sempre à disposição da categoria – destacou Cabral.

O presidente reeleito fez questão de enfatizar que o sindicato é construído coletivamente no dia a dia. “Estamos à frente do sindicato por um período. Por isto, é importante interagir com os novos bancários, que estão chegando, para que futuramente, eles possam dar continuidade a este trabalho”.

A eleição foi realizada em três dias, 25, 26 e 27 de agosto, com urna fixa  na sede social, em Barra Mansa, e urnas itinerantes que percorreram os 16 municípios da base do Sul Fluminense. Membros da direção da Fetraf (Federação dos Trabalhadores do Ramos Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo), da CUT e de Sindicato dos Bancários de Petrópolis, Niteroi, Campos, Três Rios e da Baixada Fluminense acompanharam o pleito.

Composição da Diretoria

Gilberto de Souza (coordenador da Secretaria Geral – Itaú); Sebastião Pinto de Oliveira (coordenador Financeiro – Itaú); João Batista (Itaú); Péricles Lameira, o Cabral (Coordenador Presidente- Santander); Júlio Cunha (Coordenador Administrativo – Bradesco); Cláudio José Barbosa (Coordenador de Promoção Social – Bradesco); Cleiton José de Novaes (Coordenador Jurídico – Santander) e Jones Rachid (Coordenador de Comunicação Social – Itaú).

Dia dos Bancários

O presidente Cabral aproveitou o momento para parabenizar a categoria pelo Dia dos Bancários, celebrado neste 28 de agosto. “Em comemoração, vamos realizar um baile com a Banda Barrados no Baile para os bancários sindicalizados. O evento acontece nesta sexta-feira, a partir das 21 horas, no Clube Comercial, em Volta Redonda. Será um momento de alegria e confraternização entre os associados”, concluiu Cabral.

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Teresópolis: Sindicato consegue na Justiça reintegração de bancário do HSBC

Por decisão da 1ª Vara do Trabalho de Teresópolis, foi expedido Mandado de Reintegração do bancário Filipe de Abreu Bandeira, do Banco HSBC, que ocorreu nesta segunda-feira, 27/07, com a presença da diretoria do Sindicato, representada pelo seu presidente, Aluisio Marra, pelo diretor jurídico, Joselito Lopes e pelo diretor Miguel Ângelo.

Entenda:

O bancário Filipe de Abreu, possui “deficiência física” decorrente de paralisia cerebral, foi admitido pelo Banco em 17.5.2010 e teve a sua dispensa em 27.6.2012.
Ocorre que, o Banco não observou o que dispõe a LEI n° 8.213/91, art. 93, § 1°, que estabelece garantia indireta de emprego, pois condiciona a dispensa do trabalhador reabilitado ou deficiente habilitado à contratação de substituto que tenha condição semelhante. Trata-se de limitação ao direito potestativo de despedir, motivo pelo qual, uma vez não cumprida a exigência legal, devida é a reintegração no emprego”.

A sentença foi confirmada na sua íntegra pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), por unanimidade, e o processo já transitou em julgado, de modo que não cabe mais recurso da decisão.

O bancário, além de reintegrado receberá todos os direitos trabalhistas desde a data da dispensa indevida até sua reintegração.

O SindBancários Teresópolis sistematicamente tem se insurgido contra este tipo de postura por parte dos Bancos, e tem obtido êxito em todos os processos ajuizados, tanto em relação à dispensa de trabalhadores com deficiência física habilitados, quanto a trabalhadores reabilitados.

Leia parte da sentença:

PELO EXPOSTO

RESOLVE esta Vara do Trabalho de Teresópolis julgar PROCEDENTE o pedido deduzido por FILIPE DE ABREU BANDEIRA, para declarar a nulidade da sua dispensa, condenando o Reclamado, HSBC BANK BRASIL S/A BANCO MÚLTIPLO, a lhe reintegrar no emprego, assegurando as mesmas condições contratuais havidas ao tempo da dispensa, bem como a lhe pagar, em montante a ser fixado em liquidação de sentença, com os acréscimos de lei, salários e demais verbas inerentes ao contrato, vencidos e vincendos a partir do seu afastamento, observados, os direitos garantidos à categoria no período de afastamento e o item III da fundamentação.

A fim de evitar que a liquidação se prolongue indefinidamente, determina-se que o Reclamado cumpra a obrigação de fazer em oito dias após o trânsito em julgado, sob pena de responder por multa diária, correspondente a 1/30 do salário mensal (sentido estrito) do Reclamante. Para tanto, deverá ser oportunamente expedido mandado de reintegração (CPC, art. 644; art. 632, parte final; art. 461, § 5º). Dos valores apurados deverão compensados aqueles pagos sob as rubricas aviso prévio, indenização de 40 % e indenização adicional, deduzindo-se dos demais valores aqueles apontados sob os mesmos títulos no termo de fls. 12. A compensação e dedução estabelecidas também alcançam valores eventualmente recebidos, sob as referidas rubricas, nos autos do Processo n. 0000956-06.2012.5.01.0531.

Condena-se o Reclamado, ainda, a realizar os depósitos do FGTS, correspondente a 8 % sobre as parcelas salariais vencidas e vincendas, sob pena de responder pelo equivalente em espécie. Deverá ser deduzida a parcela relativa ao imposto de renda, calculado sobre as parcelas tributáveis, comprovando o Reclamado nos autos o recolhimento (art. 46 da Lei 8.541/92, Instrução Normativa/RFB 1.127/11 – com as alterações introduzidas pela Instrução Normativa/RFB 1.145/11 e Súmula n° 17 do TRT da 1ª Região). Impõe-se, ainda, o recolhimento, pelo Reclamado, das contribuições previdenciárias, observada a dedução da cota devida pelo empregado, de acordo com o disposto no art. 276, § 4o do Decreto 3.048/99, que regulamenta a Lei 8.212/91 e com o entendimento consubstanciado no item III da Súmula 368 do TST. Para os fins previstos no § 3o do art. 832 da CLT, declara-se que a diferença do FGTS possui natureza indenizatória, remetendo-se à liquidação de sentença a aferição de outras verbas e igual natureza.

Ainda responde o Reclamado pelos honorários advocatícios de 15 % , os quais reverterão em proveito do Sindicato que presta assistência ao Reclamante. Custas de R$440,00, calculadas sobre R$22.000,00, valor arbitrado à condenação, pelo Reclamado. E para constar, lavrou-se a presente ata, que vai devidamente assinada.

BENIMAR RAMOS DE MEDEIROS MARINS Juíza Titular de Vara do Trabalho