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Arapongagem

Frei Betto *


A araponga é uma ave que não perde a oportunidade de meter o bico em todo fruto que encontra pela frente. E possui uma propriedade especial: as sementes engolidas não perdem o poder germinativo, que inclusive é maximizado.



Sob a ditadura, os espiões do SNI ganharam o apelido de arapongas. Metiam o bico na vida de todo mundo, até mesmo de quem apoiava o regime militar.



Agora, graças ao jovem Snowden, sabemos que a maior arapongagem praticada na história da humanidade é “made in USA”. Os EUA, que consideram a segurança mais importante que a liberdade, e o capital, que os direitos humanos, metem o nariz na vida de pessoas, governos, empresas e instituições. Aprenderam com Clausewitz que a surpresa é o trunfo do inimigo.



O governo estadunidense, através de sua Agência Nacional de Segurança (ANS), espionou (ou ainda espiona?) a presidente Dilma e a Petrobrás. Com certeza, fez e fará muito mais.



Para mim, a notícia não constitui nenhuma novidade. Sei, por documentos oficiais obtidos no Arquivo Nacional (Habeas Data), que fui monitorado pelos arapongas do regime militar de junho de 1964, quando me prenderam pela primeira vez, a 1992 – sete anos apos o fim da ditadura!



Em agosto de 2003, quando eu trabalhava no Planalto, aparelhos de escuta foram descobertos na sala do presidente Lula. Meses depois, deparei-me com uma equipe do Exército fazendo uma varredura no gabinete presidencial. Indaguei de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete, o que era aquilo. Disse que, periodicamente, os militares conferiam se havia ali algum sistema de escuta. Frente à resposta, retruquei: “E quem garante que eles não ‘plantam’ na sala novo sistema de escuta?”



Uma informação governamental vale fortunas. Se acionistas e correntistas sabem, de antemão, que o Banco Central decretará a falência de um banco, isso não tem preço. Quem soube que o presidente Collor confiscaria toda a poupança dos brasileiros, deve estar rindo até hoje da multidão que foi apanhada de surpresa.



A Guerra Fria só não esquentou porque a União Soviética espionava os EUA, assim como os EUA a União Soviética. Com frequência o espião de um lado era trocado por outro que servia à potência inimiga. Não é à toa que a Rússia decidiu conceder asilo a Snowden. Ele sabe demais a respeito da arapongagem ianque.



Em março de 2012 conheci, no México, um professor universitário que, durante 20 anos, atuou nos EUA como espião da Inteligência Militar soviética. Sua tarefa era localizar bases de mísseis nucleares. Graças à autobiografia de um ex-agente do FBI, ele soube, anos após ter sido expulso dos EUA, que o seguiram durante sete anos. Queriam saber quem era o seu mentor, o que nunca descobriram.



No tempo da máquina de escrever era impossível o araponga conhecer o conteúdo da mensagem, a menos que obtivesse cópia do texto ou pudesse fotografá-lo. Agora, todos os meios eletrônicos, de computadores a celulares, podem ser “radiografados” pelos serviços de segurança dos EUA. O “Big Brother” sabe tudo que se passa em nossa casa.



Ainda que a Casa Branca apresente desculpas à presidente Dilma, isso não significa que a ANS deixará de rastrear os computadores do Planalto e saber o que, quando e com quem a presidente conversou. Informação é poder – de nos submeter aos interesses do mais poderoso império já existente na história da humanidade.



Apenas uma nação tem conseguido driblar a arapongagem estadunidense: Cuba. Isso tanto irrita a Casa Branca que, contrariando todos os princípios do Direito, mantém presos nos EUA os cinco heróis cubanos que tinham por missão evitar atos terroristas preparados sob as barbas de Tio Sam.



Encerro com uma pergunta que não quer calar: por que, em vez de atacar o povo sírio, os EUA não bombardeiam fábricas de armas químicas, como a Combined Systems, localizada na Pensilvânia? Que o digam os vietnamitas atingidos, mortos e deformados pelo “agente laranja” espalhado pelas Forças Armadas dos EUA durante a guerra do Vietnam.


 


* Frei Betto é escritor, autor de “Hotel Brasil – o mistério das cabeças degoladas” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org twitter: @freibetto.


 





Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar divulgá-los, propomos assinar todos os artigos do escritor. Contato – MHGPAL – Agência Literária (
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Fonte: Frei Betto

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Proposta do BB frustra expectativas e bancários devem aderir à greve

Em negociação ocorrida nesta segunda-feira (16) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a direção do Banco do Brasil frustrou as expectativas. Apesar de trazer avanços sociais importantes, o banco não apresentou respostas para as principais questões específicas do funcionalismo, que foram debatidas e aprovadas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.

A avaliação do Comando Nacional é que mais uma vez o banco ficou devendo soluções para os grandes problemas debatidos e reivindicados na Campanha Nacional 2013, como plano de funções, piso, saúde, violência das metas, assédio moral e contratações.

“O sentimento é de frustração. Os bancários do BB esperavam que o banco apresentasse propostas efetivas para os principais problemas apresentados durante as três rodadas de negociação específicas e concomitantes à mesa geral dos bancários com a Fenaban, ocorridas durante o mês de agosto, e isso não aconteceu” afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf- CUT e coordenador da Comissão de Empresa.

Desta forma, a orientação do Comando Nacional aos funcionários do BB é aderir à greve da categoria que inicia nesta quinta-feira (19) e lutar com muita unidade e mobilização para arrancar propostas que atendam as reivindicações econômicas e sociais, como aumento real, piso do Dieese, fim do assédio moral e das metas abusivas, emprego, melhores condições de saúde e trabalho, previdência e segurança bancária. “Claro que as propostas colocadas na mesa são importantes e contemplam reivindicações antigas da Comissão de Empresa, mas pontos fundamentais ficaram sem resposta. A oferta do banco não foi suficiente para nos demover do indicativo de greve para o dia 19”, avalia Sérgio Farias, representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/BB.

Contraf-CUT cobra fim das reestruturações e terceirizações

Logo no início da negociação, a Contraf-CUT e as entidades sindicais cobraram a interrupção imediata dos processos de reestruturação com a transferência dos serviços dos bancários para empresas terceirizadas como, por exemplo, a Cobra Tecnologia. Também foi questionado o total desrespeito do banco em lançar programas de desligamento, como PDV para vítimas de reestruturações.

“Na última sexta-feira (13) ocorreu forte atividade de paralisação em São Paulo, cobrando a reversão desses processos e o fim da violência na cobrança de metas. Os funcionários de todas as bases onde há áreas meio estão aflitos com o rumo que a direção do banco tomou de reestruturar e terceirizar os serviços da atividade bancária”, criticou William Mendes.

Outra questão abordada foram os boletins da direção do BB ameaçando os bancários, como o do último dia 12, onde o banco sugere que os funcionários reflitam ao aderirem à greve, dizendo que haverá consequências indesejáveis no “pós-greve”.

“O banco alegou que a informação que ele quis dizer era de ‘consequências ao banco’, só que desde a greve em 2012 há processo investigatório no Ministério Público do Trabalho porque a Contraf-CUT teve que acionar o BB por perseguir grevistas. Se o banco faz referência a ‘pós greve’, ele está ameaçando de novo os bancários com retaliações e isso é prática antissindical condenada mundialmente pelas legislações que protegem os trabalhadores”, denunciou o dirigente sindical.

Propostas apresentadas pelo BB

I – Com cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014

– Abono das horas de ausências, durante a jornada de trabalho, para os funcionários com deficiência, para aquisição, manutenção ou reparo de ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, etc), com limite de uma jornada de trabalho por ano;


– Elevação da licença adoção para homens solteiros (família monoparental) ou com união estável homoafetiva, de 30 para 180 dias;


– Vale cultura: R$ 50,00 por mês para os funcionários que ganhem até 5 salários mínimos;


– Aumento do valor da bolsa dos estagiários, de R$ 332,97 para R$ 570,00.

II – Sem cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014


– Vacina contra a gripe para todos os funcionários; e


– Auxílio educacional para dependentes de funcionário falecido ou que tenha ficado inválido em decorrência de assalto intentado contra o banco: R$ 800,00 por mês até 24 anos incompletos.

Prioridades apresentadas pelos funcionários do BB

Plano de Funções e PCR:


 


– Piso


– Aumento no interstício


– Crescimento horizontal nas funções


– Anuênio


– Incorporar funções após 10 anos


– Volta do valor das gratificações de função ao valor anterior (ABF+ATFC+25 % ) tanto para os AFG 6h quanto para os AFC 8h


– Garantir reajustes nas verbas do novo plano como, por exemplo, verba 226

Ascensão Profissional

– Programa de Seleção Interna com critérios claros e transparentes;


– Fim da trava para concorrências;


– fim dos descomissionamentos e inclusão dos primeiros gestores na cláusula de proteção com 3 avaliações. E maior clareza sobre o que seria satisfatório e insatisfatório nas avaliações;


– volta da substituição remunerada nas funções.

PSO/Caixas executivos e demais unidades da rede

– igualar a pontuação do Mérito dos caixas e incluir os escriturários na carreira de Mérito, retroagindo ao histórico funcional de cada um;


– aumentar as dotações nas PSO;


– nomear todos os caixas executivos;


– ter regras para a eleição de delegados sindicais nas PSO (proporcional à quantidade de agências cobertas por cada PSO);


– criar supervisor de caixa e ou criar gratificação para o “caixa líder”.

Contratações e fim das reestruturações e terceirizações

– contratar mais 5 mil bancários e chamar imediatamente os concursados;


– reposição das aposentadorias e desligamentos;

Questões de Saúde

– Cassi e Previ para todos;


– Manutenção da função e do vínculo ao local de trabalho quando houver afastamento por questões de saúde com a substituição remunerada na vaga do afastado;


– melhorar a assistência odontológica;


– melhorias nos exames periódicos

Metas individuais e diárias

– fim da violência na cobrança de metas;


– fim das metas na GDP.

Fonte: Fetraf-RJ/ES com Contraf-CUT

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Terceirizados do Bob’s no Rock in Rio são lesados por intermediária

José Raphael Berrêdo Do G1 Rio

Cerca de 100 ambulantes estavam na entrada da Cidade do Rock por volta das 20h, à espera de uma solução para um impasse. Segundo eles, uma mulher, identificada como Deise de Oliveira, teria cobrado entre R$ 150 e R$ 200 para que eles pudessem trabalhar como vendedores do Bob’s dentro do evento. Ao chegarem, no entanto, foram impedidos por haver gente demais em relação ao número de vagas. Segundo o chefe da seguranca do evento e policiais civis, Deise seria levada para a 16ª Delegacia para esclarecimentos.

A assessoria do Bobs’ informou que a “rede trabalha com empresas de recrutamento terceirizadas e não cobra nenhum valor dos ambulantes para trabalhar no evento”.

Deise é conhecida entre os ambulantes por reunir gente para trabalhar em grandes eventos, como jogos de futebol e shows.

“Ela cobra de nós para trabalhar, isso já é errado”, reclamou o ambulante que se identificou como Roberto.

Para lucrar nos shows, os trabalhadores ganham comissões por produto vendido. No caso do Rock in Rio, segundo eles, a comissão seria de R$ 0,40 ou R$ 0,50 por cada unidade. Pagando R$ 150 e ganhando participação de R$ 0,50, cada ambulante precisaria vender a partir de 300 unidades para começar a lucrar.

“Quero saber quem vai pagar nosso prejuízo. Alugamos uma casa aqui perto para poder trabalhar. E teve gente que veio de fora do Rio e ainda pagou mais caro, R$ 200”, disse Magno, que também se diz lesado.

Fonte: G1

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Contraf-CUT lamenta morte do bancário, deputado e ministro Luiz Gushiken

Seeb São Paulo A Contraf-CUT está de luto. Faleceu nesta sexta-feira (13) o amigo e companheiro de muitas lutas Luiz Gushiken, aos 63 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado em estado grave por causa de um câncer. Ele deixa a mulher Elizabeth e os filhos Guilherme, Artur e Helena.

De acordo com nota divulgada pelo Cemitério do Redentor, o corpo será sepultado às 16h deste sábado (14). O velório será no mesmo local, no Sumaré, zona oeste de São Paulo.

A Contraf-CUT manifesta os sentimentos de dor e solidariedade aos seus familiares, amigos e companheiros de luta de São Paulo e de todo Brasil.

Trajetória

Funcionário do antigo Banespa, adquirido pelo Santander no processo de privatizações do governo HHC, ele sucedeu Augusto Campos e presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, atuando de forma ativa contra a ditadura militar, pela redemocratização do país e em defesa da categoria bancária.

“Para bem exercer o poder é preciso ao mesmo tempo gostar de exercê-lo e igualmente ter desprendimento em relação a ele”, dizia Gushiken. E poucos exerceram com tanto talento e humildade.

Ele esteve à frente da maior greve nacional dos bancários, em 1985, defendendo os trabalhadores por salários dignos e por melhores condições de trabalho, conquistando vitórias importantes para a categoria, como o tíquete-refeição e o auxílio-creche/babá, até hoje direitos assegurados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

O nosso japonês também ajudou a organizar o Departamento Nacional dos Bancários da CUT, que deu origem à Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e mais tarde à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Gushiken também participou da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).

Ele presidiu o PT e foi eleito deputado federal por três vezes, tendo sido deputado constituinte e ajudou a construir a Constituição Cidadã de 1988, atualmente em vigência no país.

Foi também coordenador da campanha vitoriosa de Lula em 2002, tendo sido ministro-chefe da Secretaria de Comunicação no primeiro mandato, onde foi autor de uma campanha de resgate da autoestima do brasileiro, cujo slogan era “Sou brasileiro, não desisto nunca”.

Problemas de saúde

Os problemas de saúde remontam à década de 70, quando passou por pesado tratamento radioterápico após a retirada de um câncer no testículo. Sofreu um ataque cardíaco em 2001. Em 2002, extraiu o estômago, sofreu septicemia após a cirurgia e perdeu 20 quilos em sete dias.

Em 2008 teve novo princípio de infarto e, em 2010, passou por grande cirurgia para retirar várias partes de órgãos internos acometidos pelo câncer, operação que se repetiu em maio deste ano.

Injustiça

Em 2005, foi acusado de participação no suposto esquema do mensalão. Sete anos depois, foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de todas as acusações. O senador Eduardo Suplicy, durante emocionado discurso na tribuna do Senado na última terça-feira (10), lamentou a ausência de qualquer reparação, pela mídia, das acusações veiculadas.

O senador lembrou o “depoimento exemplar” de Gushiken à CPI que investigou o caso. Lembrou que o Ministério Público escondeu documento que provava a inocência de Gushiken. “Foram 3.285 dias em que sua honra foi pisoteada, com requintes de crueldade”, afirmou o senador.

Legado

Sua força, ética, coragem e competência serão sempre lembrados pelo movimento sindical e pela militância política e social.

Com a morte de Gushiken, o Brasil e toda uma geração de militantes sindicais e lutadores políticos e sociais perdem uma referência intelectual e um símbolo de dignidade.

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“A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência”, diz Dilma


Gushiken, por Joel Bueno

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e UOL

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Estão abertas as inscrições para o 19º Curso Anual do NPC

Evento voltado para dirigentes e jornalistas sindicais tem como
tema geral “Mídia e poder no Brasil e no mundo hoje”



 


Jornalistas, dirigentes sindicais e demais interessados já podem se inscrever no 19º Curso Anual de Comunicação do NPC. Este ano o curso acontece de 20 a 24 de novembro, no Centro do Rio, com o tema “MÍDIA E PODER NO BRASIL E NO MUNDO HOJE”. A mesa de abertura, na tarde do dia 20, será com o Joel Rufino dos Santos e Ignacio Ramonet, que debaterão “A Comunicação e a Resistência das classes populares no século XXI”. Também serão debatidos temas como “comunicação, educação, cultura e ideologia”, “regulamentação das comunicações no Brasil, na América Latina e na Europa”, “o discurso do medo na mídia”, “internet, juventude e mobilizações sociais”, “o jornalismo no Norte e no Sul do Brasil”, “experiências em comunicação sindical”, e outros. Os jornalistas Gilberto Maringoni (Carta Maior), Breno Altman (Opera Mundi), Altamiro Borges (Barão de Itararé), Bia Barbosa (Intervozes), Lúcio Flávio Pinto (PA), Renato Rovai (Revista Fórum) e Nilton Viana (Brasil de Fato) são alguns dos debatedores dessa edição. Os professores Gaudêncio Frigotto (UFF-RJ), Mário Maestri (UPF), Andrelino Campos (UERJ) e Beatriz Bíssio (UFRJ) também já confirmaram  presença.

Além das intensas atividades de formação, o curso também possibilita o contato entre trabalhadores de diversas categorias e diversos Estados do Brasil. Na programação também constam, além dos debates, oficinas práticas de “transmissão ao vivo via rádio, TV e Internet”, “linguagem”, “aplicações das mídias digitais na comunicação sindical”, “cinema e saúde do trabalhador” e “audiovisual”. Há ainda oficinas mais teóricas, como “mulher e mídia”, “a atualidade do pensamento de Gramsci” e “Estados Unidos: origens e desdobramentos da crise econômica”. No domingo, dia de encerramento, será exibido o documentário 1964: um golpe contra o Brasil, e depois haverá debate com Alípio Freire (diretor do filme), Mauro Iasi e Vito Giannotti (NPC).

As inscrições custam R$ 1220,00 (com estadia) e R$ 670,00 (sem estadia). Os primeiros 20 estudantes de Comunicação inscritos sem estadia pagam R$ 469,00 (30 % de desconto).

Para conferir a programação completa e saber mais sobre inscrições, basta acessar a página do 19º Curso Anual do NPC: http://nucleopiratininga.org.br/curso2013/


Outras informações pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (21) 2220-4895 e 2220-5618.

Fonte: NPC

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Prefeita de Angra dos Reis vai encaminhar projeto de lei de segurança bancária


A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, se reuniu na tarde da última quinta-feira com representantes dos bancários e vigilantes para tratar de segurança bancária. A administradora municipal se comprometeu a preparar um Projeto de Lei do Executivo para encaminhar à Câmara dos Vereadores, baseada nos modelos apresentados pelos trabalhadores.

Mãe de um bancário – e ex-professora do presidente do Seeb-Angra, Rogério Salvador – Conceição ficou muito sensibilizada com a situação da segurança bancária no município. Ela foi informada das falhas cometidas pelo Santander que permitiram o assalto no PAB da Eletronuclear, no qual morreram um bancário e uma vigilante. “Durante a reunião, os diretores do Sindicato dos Vigilantes de Angra contaram que é comum pessoas, principalmente idosos, saírem das agências após fazerem um saque e, minutos depois, voltarem assustadas, ou até chorando, por terem sofrido “saidinhas”. A situação na região está preocupante”, relata Paulo Garcez, diretor que representou a Fetraf-RJ/ES na reunião.

Os dois coordenadores da Comissão de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, da Contraf-CUT, e José Boaventura Santos, da CNTV, apresentaram vasto material. “A prefeita recebeu muitos estudos, projetos, propostas. Ademir entregou a ela um levantamento das leis sobre segurança bancária que há pelo país, Boaventura mostrou dados estatísticos, o Sindicato dos Bancários de Angra mostrou as leis que já foram aprovadas nos municípios vizinhos. Material não falta”, relata Garcez. Mesmo assim, a prefeita disse que vai precisar da nossa ajuda, não só técnica, para elaboração do projeto de lei, mas também para pressionar os vereadores a aprová-lo”, acrescenta o sindicalista.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Terceirização: Vigilantes do BB sem salário pararam em Petrópolis

A terceirização de serviços de vigilância, mesmo permitida pela legislação atual, é uma constante fonte de problemas nos bancos. Desta vez, os vigilantes da empresa CJF Vigilância que atuam nas agências do BB em Petrópolis decidiram cruzar os braços na última quarta-feira, em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. A empresa vinha pagando com até cinco dias de atraso há quatro meses.

A empresa também atua na Caixa e costuma atrasar salários, mas não todos os meses. “O Itaú foi cliente da CJF, mas desfez o contrato e substituiu a terceirizadora justamente por causa da irregularidade nos pagamentos”, relata Marcos Alvarenga, diretor do Sindicato dos Bancários de Petrópolis. No fim da tarde a empresa fez o depósito dos salários e os vigilantes voltaram ao trabalho no dia seguinte.

Problemas semelhantes vêm ocorrendo em outros estados, já que a firma tem filiais em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória. O Sindicato dos Vigilantes do Estado de Minas Gerais denunciou a empresa à SRTE por atraso nos salários e repasses de tíquetes e vale-transporte em junho deste ano.

Pra que dinheiro

A CJF afirma que os atrasos nos pagamentos são decorrentes de problemas financeiros que vem enfrentando. O curioso é que a sede da empresa, em Juiz de Fora, fica num palacete histórico construído no final do século XIX e restaurado pelo dono da firma em 1985. “Estas empresas sempre operam na corda-bamba, os contratos novos pagam os empregados dos contratos antigos. O que eles fazem com o dinheiro, ninguém sabe. E, muitas vezes, as empresas simplesmente desaparecem, deixando os funcionários sem salários, sem verbas rescisórias, sem nada. Os trabalhadores terceirizados sempre estão em desvantagem não só porque ganham menos, mas porque não têm garantias, já que as firmas são instáveis, algumas até desonestas. E ainda querem ampliar a terceirização. Se isso acontecer, não haverá mais nenhuma garantia trabalhista no Brasil”, pondera Paulo de Tarso, diretor da Fetraf-RJ/ES.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Greve começa dia 19 em toda a base

Os bancários da base da Fetraf-RJ/ES entram em greve a partir do dia 19, acompanhando o calendário definido pelo Comando Nacional dos Bancários. Foi o que deliberaram os trabalhadores em assembleias realizadas na noite desta quinta-feira pelos sindicatos filiados.


 


A proposta de greve foi aprovada por unanimidade em dez bases: Angra dos Reis, Baixada Fluminense, Campos, Espírito Santo, Itaperuna, Niterói, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios.


 


Os sindicatos realizam no dia 18 nova assembleia para ratificar a decisão de deflagrar a greve e para organizar as ações do movimento paredista.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Espaços urbanos

Frei Betto *


Restam nas cidades brasileiras poucas casas erguidas antes de 1930. A especulação imobiliária, associada à nossa insensibilidade à preservação da memória histórica, derrubou-as.


Observe esses detalhes: casas antigas têm a porta de entrada colada na calçada. Tempo em que havia quintais e os moradores punham cadeiras na calçada para um dedo de prosa à hora do crepúsculo. A sala de visitas, e mesmo quartos, davam diretamente para a rua, já que quase não havia ruído exterior.


Aos poucos, as casas recuaram das calçadas. Trocou-se o quintal da parte de trás pelo jardim na parte da frente. O ruído de bondes, ônibus, caminhões, exigiu sala na ala posterior e quartos nos fundos.


Ainda morei em casa de esquina rodeada de jardim. O muro baixo era um detalhe estético. Criança, eu preferia saltá-lo que atravessar o portão.


A explosão urbana e sua violência desfiguraram o casario. Agora, com seus muros altos e grades intransponíveis, as casas escondem a “cara”. Muitas adotam perfil penitenciário: cercas eletrificadas, câmeras de vigilância, portões acionados por controle remoto etc. Algumas têm até guaritas e holofotes para clarear a calçada quando alguém transita ali.


Os prédios verticalizaram os moradores e, na medida do possível, abriram espaços para eles evitarem ao máximo transitarem neste lugar “perigoso” chamado rua. Assim, surgiram edifícios de luxo dotados de piscina, academia de ginástica, playground, churrasqueira, salão de festa etc.


Havia, contudo, um inconveniente para os moradores imbuídos da síndrome de agorafobia ou dromofobia: teriam que sair à rua para se abastecer. Percorrer armazéns, mercearias, quitandas, lojas.


O supermercado engoliu quase tudo isso ao concentrar em um único espaço tudo que se necessita para o lar, de alimentação a produtos de limpeza. Com a vantagem de as mercadorias ficarem expostas à mão do freguês e sem ninguém a exigir que seja rápido na escolha.


Não combinava, porém, o supermercado dispor de prateleiras de joias, sapatos e roupas. Criou-se, então, o shopping center, onde se embute todo tipo de comércio, de supermercado (dotado de verduras frescas) a artefatos de pesca, incluindo lanchonetes, restaurantes e salas de cinema e espetáculos.


Agora surge um novo conceito: o Atoll, um super shopping (71 mil metros quadrados) erguido próximo à cidade francesa de Angers. Todo ele é “ecologicamente correto”. Nenhuma logomarca em sua carcaça de alumínio. Nada de poluição visual.


Além de 60 lojas e 12 restaurantes, o Atoll abriga academias de ginástica, salão de beleza, playground, parques com fontes, árvores e alamedas ajardinadas. Enquanto os pais fazem compras, as crianças brincam em grandes módulos ou assistem a DVDs sob cuidados de funcionários especializados.


A filosofia de marketing do Atoll é simples: saia de sua casa apertada, do estresse familiar, e ingresse no Jardim do Éden do consumismo, onde você desfrutará de requinte, espaço verde, atenção de elegantes recepcionistas. Em suma, o Atoll vende algo mais que produtos materiais: a ilusão de que o consumidor se iguala em status àqueles que têm alto poder aquisitivo.


Ora, como em sociedade de classes sonhos e ambições são socializados, mas não o acesso real a eles, o Atoll oferece um lounge a quem gasta pelo menos 1.500 euros, onde o consumidor tem acesso gratuito a internet, bebidas, revistas e jornais, máquinas de café expresso e até fraldário.


Pelo andar da carruagem, não ficarei surpreso se os shoppings do futuro oferecerem serviço de hotelaria, permitindo que o consumidor, abraçado a seu individualismo, se livre do convívio familiar.


 



* Frei Betto é escritor, autor de “O que a vida me ensinou” (Saraiva), entre outros livros.

Fonte: Frei Betto

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Deputado Luiz Sérgio defende manifestações das Centrais na Câmara

Em discurso na tribuna da Câmara, proferido no dia 04 de setembro, o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) criticou o tratamento dado aos representantes dos trabalhadores pela polícia legislativa nos dias 03 e 04 de agosto. Na ocasião, os sindicalistas foram impedidos de entrar na casa parlamentar e tratados com truculência pelo corpo de segurança. O petista lembrou outras ocasiões em que entidades ocuparam a casa sem nenhuma repressão. Assista abaixo ao vídeo do discurso:


 


 


 


Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES