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CUT pressiona e governo decide parar tramitação do PL 4330, que regulamenta a terceirização

Propostas de regulamentação que garantam direitos dos trabalhadores começam
a ser discutidas entre dirigentes sindicais e governo a partir do próximo dia 11


O governo se comprometeu a paralisar a tramitação do Projeto de Regulamentação da Terceirização (PL 4330) e discutir com o movimento sindical propostas alternativas que garantam os direitos dos/as trabalhadores/as.


A promessa foi feita nesta terça-feira (14), pelo ministro Gilberto Carvalho, durante reunião da Mesa Permanente de Negociação que vai discutir a pauta dos trabalhadores entregue no dia 6 de março à presidenta Dilma Rousseff, após a Marcha da Classe Trabalhadora que reuniu mais de 50 mil pessoas em Brasília.


A terceirização foi o principal item debatido nesta reunião que definiu o calendário inicial de negociação entre centrais sindicais e governo. Isto porque, o PL 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), relatado pelo deputado Artur Maia (PMDB-BA), está tramitando rapidamente no Congresso Nacional. 


 “É fundamental parar a tramitação. Do jeito que está o PL modifica o direito do trabalho no Brasil e precariza ainda mais as relações de trabalho no País”, alerta a Secretária Nacional de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa. Segundo ela, “o projeto atende apenas os interesses dos empresários”.


O ministro Gilberto Carvalho garantiu que o governo vai conversar com a base aliada para segurar a tramitação do PL 4330 até que a proposta dos/as dirigentes sindicais para contratação de mão de obra terceirizada seja negociada e aprovada na Mesa de Negociação implementada pelo governo ontem.


A primeira reunião entre representantes das centrais sindicais e do governo, que deve iniciar a elaboração de propostas de regulamentação da terceirização, será realizada no próximo dia 11 de junho, às 10h00, na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília. 


Nesta reunião, tanto o governo quanto o movimento sindical deverão apresentar propostas alternativas ao PL 4330.


A Secretária de Relações do Trabalho da CUT lembra que já tem uma proposta construída com as centrais sindicais e o Ministério do Trabalho durante o governo do ex-presidente Lula. “A proposta foi entregue ao governo em 2009”, disse Graça Costa.


 Participarão da reunião no dia 11 os presidentes da CUT, CTB, UGT, NCST e Força Sindical, os ministros do Trabalho e Emprego, Manoel Dias e Gilberto Carvalho, técnicos do ministério. Gilberto pediu que os/as dirigentes “apontem qual o caminho que as centrais querem para resolver a questão”.


Na próxima reunião serão definidas datas para negociação dos outros itens da pauta que o governo aceitou negociar. O governo não quer debater redução de jornada para 40 horas e fim do Fator Previdenciário. Mas, os dirigentes garantem que vão pressionar para que esses itens sejam discutidos e aprovados.


Veja todos os itens da pauta que será negociada nesta primeira etapa:


1 – Terceirização – a ideia é construir uma proposta alternativa ao PL da terceirização (11 de junho);


2 – Rotatividade –  construção de alternativa para combater a alta rotatividade que precariza o trabalho e é usada pelos empresários para reduzir salários – o trabalhador recém contratado ganha sempre menos do que o antigo que foi demitido.


3 – Informalidade – as centrais e o governo vão discutir uma proposta para aumentar os índices de formalização dos trabalhadores.


4 – Fortalecimento do Sistema Nacional de Intermediação de Mão de Obra (SINE) é outro item que a mesa de negociação vai discutir e buscar solução (11 de junho).


5 – Política de apoio a aposentados – benefícios na área de medicamentos, cultura, lazer etc.


6 – Regulamentação do trabalho doméstico. O Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 72/2013, uma garantia de que os trabalhadores domésticos terão direitos como pagamento de horas extras, adicional noturno e FGTS como todas as outras categorias profissionais, mas falta regulamentar. O governo garantiu que as centrais sindicais vão participar de toda a discussão de cada um dos itens da regulamentação.  (11 de junho)


7 – Participação das centrais sindicais nos conselhos do Pronatec (11 de junho) e Pronacampo. Os sindicalistas querem discutir a implementação das políticas.


8 – Regulamentação do direito de negociação do serviço público (Convenção 151 da OIT).

Fonte: CUT Nacional

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Federação realiza encontro interestadual do Santander

Será realizado no próximo dia 21, terça-feira, às 10h, na sede do Seeb-Rio, o Encontro Interestadual dos Funcionários do Santander. O evento é preparatório para o encontro nacional, que acontece em São Paulo nos dias 4 e 5 de junho.


A pauta trata dos principais assuntos discutidos pelos sindicalistas do banco: emprego e remuneração; saúde e condições de trabalho; previdência complementar; plano de saúde; ações e mobilizações contra as práticas anti-sindicais do banco; e indicação de representantes para o evento nacional.


Diante da situação recente do banco, o foco do encontro deve ser a onda de demissões. “O número está acima do normal. Primeiro, tivemos as demissões em dezembro. Depois, com o fim da validade do acordo feito com o movimento sindical, o banco voltou a demitir em janeiro, desrespeitando, inclusive, as estabilidades provisórias conquistadas em negociação. E o perfil é sempre o mesmo: funcionários com muito tempo de casa e salários mais elevados, que são oriundos dos bancos incorporados, já que o Santander tem pouco mais de dez anos de atuação no Brasil”, lembra Paulo Garcez, diretor da Federação. A última do Santander é a extinção não só de postos de trabalho, mas também de cargos, como é o caso dos coordenadores e dos G+, e as mudanças de nomenclatura. “Com a chegada das agências Select e o fechamento das unidades sobrepostas, não sabemos como vai ficar a situação dos bancários”, preocupa-se Garcez.


A participação de representantes de todos os sindicatos filiados é fundamental. “A presença dos companheiros é importante para que possamos discutir as questões e fazer um raio-x dos problemas do banco em nossa base”, destaca o dirigente.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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No Brasil, 75 % dos quilombolas vivem na extrema pobreza

Apenas 207 de 2.197 comunidades reconhecidas detêm a posse da terra,
o que dificulta o acesso a políticas públicas de incentivo à agricultura familiar


por Sarah Fernandes


São Paulo – Relatório divulgado pelo governo federal reforça a visão de que faltam muitos passos para consolidar os direitos básicos das comunidades quilombolas. Das 80 mil famílias quilombolas do Cadastro Único, a base de dados para programas sociais, 74,73 % ainda viviam em situação de extrema pobreza em janeiro desde ano, segundo o estudo do programa Brasil Quilombola, lançado ontem (6) pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Entre cadastrados ou não, eles somam 1,17 milhões de pessoas e 214 mil famílias.


Um dos principais motivos para a manutenção dos quilombolas na pobreza é a dificuldade de acesso a programas de incentivo à agricultura familiar, devido à falta do título da terra, que garante a posse das famílias. Segundo o relatório, das 2.197 comunidades reconhecidas oficialmente, apenas 207 são tituladas. Apesar das dificuldades, 82,2 % viviam da agricultura familiar no começo deste ano.


“O perfil dos quilombolas é de agricultores, extrativistas ou pescadores artesanais, mas eles têm uma limitação de acesso à terra e não conseguem ser inscritos na Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que dá acesso a políticas públicas”, explica a coordenadora de Políticas para Comunidades Tradicionais da Seppir, Barbara Oliveira.


A estratégia para reverter o quadro será, segundo a coordenadora, transferir a responsabilidade de incluir os quilombolas na Declaração de Aptidão do Pronaf para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) até o final desse ano. O órgão também deverá ajudar a acelerar a titulação das terras, feitas em geral pelo próprio órgão ou por governos municipais e estaduais. “A partir daí eles receberão assistência técnica rural e sua produção será certificada com o selo Quilombolas do Brasil, que agrega valor ao produto”, conta Barbara. “O objetivo é fortalecer a produção”.
Serviços


Os quilombolas têm menos acesso aos serviços básicos, como saneamento e energia elétrica, que o restante da população, segundo o relatório: 48,7 % deles vivem em casas com piso de terra batida, 55,21 % não têm água encanada, 33,06 % não têm banheiro e 15,07 % possui esgoto a céu aberto. Ao todo, 79,29 % têm energia elétrica.


Um dos dados que mais chama a atenção, de acordo com Barbara, é a o alto índice de analfabetos: 24,81 % deles não sabem ler. A taxa de analfabetismo no país é de 9,1 % , segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD). “Apesar de termos conquistado uma série de programas para educação quilombola, que garantem orçamento, capacitação de professores, material didático equipamentos, há ainda um desafio muito grande para oferecer Educação de Jovens e Adultos e para ultrapassar a educação além do ensino fundamental, garantindo inclusive acesso ao ensino médio e à universidade.”

Fonte: Rede Brasil Atual

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CONVOCATÓRIA: Coletivo de mulheres do RJ e ES se reúne dia 21

Cumprindo agenda definida durante o Encontro Interestadual de Mulheres Bancárias do RJ e ES, será realizada no próximo dia 21 a primeira reunião do Coletivo de Mulheres da base da Federação. O evento acontece no auditório da entidade a partir das 10h para discutir a seguinte pauta:


– Informes da reunião de planejamento da CGROS;
– Eleição da Coordenação do Coletivo Interestadual de Mulheres Bancárias da FEEB RJ/ES;
– Discussão da minuta preparatória à 15ª Conferência Interestadual dos Bancários do RJ/ES;
– Informes Gerais.


Estão convocadas as representantes dos sindicatos filiados, definidas no Encontro Interestadual. Mas a participação é livrre para qualquer militante que se interesse por discutir a questão da mulher dentro dos bancos.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Para Contraf-CUT, é preciso abolir a discriminação racial nos bancos

Bancários lembram 13 de maio e reforçam luta por igualdade de oportunidades


Em pleno século 21, os bancários ainda sofrem no cotidiano diversas formas de discriminação no Brasil. Entre elas se encontram aquelas institucionalizados nos bancos, que perpetuam modelos de desigualdades e exclusão. São as discriminações indiretas observadas na contratação de pessoas negras, com menor remuneração e ascensão profissional diferenciada se comparadas com os brancos.


“Os bancos, que se dizem modernos e comprometidos com a responsabilidade social, deveriam enfrentar essa realidade vergonhosa, adotando medidas específicas e eficazes de inclusão e integração racial e social”, denuncia Andrea Vasconcellos, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT.


Para ela, as políticas de ações afirmativas são instrumentos essenciais para resolver problemas históricos de distorções salariais, desigualdades, exclusão e segregação no sistema financeiro.


13 de maio


A Contraf-CUT orienta a realização de atividades de luta contra o racismo, aproveitando a passagem do dia 13 de maio, data da abolição da escravatura, sob o mote “Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão: Por mais contratações de negros e negras”.


Um novo material específico alusivo ao 13 de maio foi disponibilizado pela Contraf-CUT aos sindicatos e federações, na seção de download na área restrita deste site, visando a distribuição aos bancários.


Clique aqui para ler o material da Contraf-CUT.


As atividades dão continuidade ao processo de mobilização definido durante o 1º Fórum sobre Invisibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado pela Contraf-CUT em novembro de 2011, em Salvador. As entidades presentes ao evento firmaram uma carta compromisso para reforçar o combate à discriminação racial.


“É necessário que o movimento sindical continue engajado, principalmente fazendo atividades e reflexões em datas como esta, pois ainda falta muito para abolir de vez a exclusão em que vive essa parcela importante da população brasileira”, afirma Deise Recoaro, secretária de Mulheres da Contraf-CUT.


Abolição da escravatura sem inclusão social dos negros


A data lembra a assinatura da Lei Áurea em 1888 (125 anos atrás), que aboliu formalmente a escravidão de negros e negras no Brasil. Porém, não eliminou os preconceitos e as discriminações entre homens e mulheres, entre brancos e não brancos.


“Por essa razão, o dia 13 de maio se configura como um momento importante para reflexão, denúncia, mobilização e luta contra todas as formas de manifestações de racismo”, salienta Andrea.


Discriminação nos bancos


A discriminação é bastante visível quando se observa a composição dos altos cargos nos bancos, como diretorias, conselhos de administração e superintendências, bem como nos demais níveis hierárquicos e de composição do quadro de funcionários, como operacional, técnico gerencial e administrativo.


Um exemplo é o conselho do Banco do Brasil, que tem 35 homens e nenhuma mulher. Destes, 31 são brancos, um amarelo, um pardo e duas pessoas não informaram sua raça, conforme relatório de sustentabilidade do banco.


Há 2.623 pessoas negras no BB, apenas 2,3 % dos funcionários. Quando somamos negros, pardos e índios, o número é de 22.862 trabalhadores, significando 20,08 % do quadro, o que expressa uma baixa participação ao considerarmos o total de 113.810 trabalhadores da instituição.


Se nos bancos públicos, onde a contratação acontece via concurso público, a presença de negros e de negras é tímida, nos bancos privados a realidade é bem pior. “É necessário revelar a cor da exclusão no sistema financeiro e dar um basta à desigualdade racial ainda presente nos bancos públicos e privados com a implantação de ações afirmativas de inclusão”, ressalta Andrea.


Outra face da moeda: preconceito e racismo


No Brasil, banqueiros são como castas “intocáveis” e “superiores”. Eles são, na sua ampla maioria, homens e brancos e mantêm uma estrutura de poder social e racial utilizada para definir lugares de poder e privilégios.


A realidade permite observar que não há igualdade de oportunidades, de tratamento e de direitos entre brancos e negros no sistema financeiro.


“Os altos lucros comprovam que os bancos têm condições financeiras para implantar programas de inclusão e demonstrar na prática a responsabilidade social que tanto apregoam nos seus relatórios”, enfatiza Andrea. “Mas o que os banqueiros fazem é manter as desigualdades, além de praticar a rotatividade e demitir milhares de trabalhadores, agindo na contramão do crescimento com desenvolvimento econômico e social do país”, aponta.


Injustiças


O sistema financeiro fere o princípio da igualdade diariamente. Executivo de bancos recebem milhões de reais em bônus e participação nos lucros, enquanto um funcionário de atendimento ganha uma PLR em torno de R$ 6 mil.


“Esse abismo que separa a remuneração do alto escalão e dos trabalhadores da rede de agências é apenas um exemplo da absurda concentração de renda, que é totalmente injusta, descabida e intolerável”, protesta a diretora da Contraf-CUT.


2º Censo da Diversidade


Na última reunião da Mesa Temática de Igualdade de Oportunidades com a Fenaban, ocorrida no dia 27 de março, em São Paulo, ficou definido o planejamento do 2º Censo da Diversidade, que deverá ser executado em 2014, conforme foi conquistado na Campanha Nacional dos Bancários de 2012.


“Conseguimos garantir a participação do movimento sindical em todo o processo de construção do 2º Censo, desde a elaboração dos questionários, acompanhamento e divulgação dos resultados. Essa era uma reivindicação antiga para garantir transparência em todo processo”, destaca Andrea.


Para ela, “o levantamento será um importante diagnóstico sobre a cara da desigualdade no sistema financeiro, estimulando novas ações de inclusão contra todas as formas de discriminação, racismo e preconceito que contrastam com a alta rentabilidade e os lucros abundantes do sistema financeiro no Brasil”, conclui a dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Da Redação – FEEB-RJ/ES

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Comando aprova consulta aos bancários e encaminha Campanha Nacional

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reuniu-se nesta quinta-feira 9, em São Paulo, para discutir os próximos passos da Campanha 2013, incluindo a consulta que será feita à categoria e os preparativos da 15ª Conferência Nacional. Dentre outros temas, debateu também a mobilização no Banco do Brasil contra as práticas antissindicais do BB.


O Comando, que na reunião do dia 26 de abril havia decidido fazer uma consulta nacional em todas as bases sindicais, aprovou o questionário unificado que será submetido aos bancários para conhecer suas reivindicações e preocupações.


“Queremos ouvir novamente a opinião de cada bancário e bancária no seu local de trabalho, reafirmando o processo democrático e participativo, a fim de subsidiar os debates nas conferências estaduais e regionais e a própria 15ª Conferência Nacional, que está marcada para os dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.


O resultado da consulta servirá de subsídio para as conferências regionais e para a Conferência Nacional.


Cinco grandes temas prioritários foram definidos pelo Comando para a Campanha 2013:
1) emprego;
2) reestruturação produtiva dos bancos;
3) remuneração
4) condições de trabalho e
5) estratégia de campanha, de negociação e de mobilização.


Banco do Brasil


O Comando Nacional fez ainda uma avaliação do dia nacional de luta no BB no dia 30 de abril, com paralisações em todo o país, contra a implementação unilateral do plano de funções comissionadas e a política antissindical da direção do Banco do Brasil.


“O BB é hoje o banco que tem a mais clara estratégia antissindical de todo o sistema financeiro nacional. Precisamos intensificar a mobilização para defender os direitos do funcionalismo”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.


O Comando orientou os sindicatos a aprofundarem a discussão sobre a mobilização no Banco do Brasil e levarem propostas para o 14º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que será realizado de 17 a 19 de maio, em São Paulo.


Caixa Econômica Federal


O Comando Nacional decidiu orientar os sindicatos a convocarem assembleias em todas as bases e defenderem a aprovação da proposta apresentada pela Caixa Econômica Federal para a carreira de seus profissionais advogados, engenheiros, arquitetos e médicos.


“A proposta apresentada para carreira profissional contempla diversos itens pendentes desde 2006 e ajuda na unificação a partir de agora, além de incorporar em sua tabela item importante de Adicional por Tempo de Serviço”, afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.


Mídia da campanha


A Contraf-CUT já agendou a reunião para a construção da mídia nacional da Campanha 2013 para o próximo dia 21, às 14h, na sede da Confederação, em São Paulo.


O encontro, a exemplo dos últimos anos, será aberto à participação do Comando, sindicatos e federações, especialmente diretores de comunicação e profissionais de imprensa das entidades. Quem já tiver sugestões pode trazê-las para apresentar na reunião.

Fonte: Contraf-CUT

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Com crescimento de 43 % , Caixa passa Itaú na carteira de crédito

A Caixa Econômica Federal já tem a segunda maior carteira de crédito do país, posto ocupado até o ano passado pelo Itaú, ficando atrás apenas do também estatal Banco do Brasil.


Pressionado pela presidente Dilma Rousseff a cortar juros e tarifas, o banco estatal segue com ritmo de crescimento anual forte, de 43 % no volume de financiamentos, As demais instituições privadas crescem perto de 10 % .


Em março, o volume total de financiamentos da Caixa atingiu R$ 390,6 bilhões –maior do que os R$ 371,4 bilhões do Itaú e os R$ R$ 298 bilhões do Bradesco, mas ainda atrás dos R$ 490 bilhões do Banco do Brasil em dezembro (o BB divulga seu balanço na semana que vem).


O banco estatal teve lucro líquido de R$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre, resultado 12,5 % acima do mesmo período de 2012.


Para quem esperava alta da inadimplência, o banco entregou um balanço com os calotes praticamente estáveis –saltou de 2,1 % para 2,3 % de março de 2012 para o março de 2013. O índice médio do mercado é de 3,6 % .


E isso apesar da concentração menor de crédito imobiliário, que desceu de 60 % do total de empréstimos para 56 % no período. Historicamente, a inadimplência é menor no crédito imobiliário.


As despesas com provisões para calotes cresceu 23,7 % em relação a 2012, mesmo patamar dos bancos privados, mas bastante abaixo da expansão de 43 % do crédito.


Expansão acelerada


Sozinha, a Caixa emprestou R$ 88 bilhões no primeiro trimestre, o equivalente a 31 % dos financiamentos feitos por todo o sistema financeiro nacional.


Segundo Márcio Percival, vice-presidente da Caixa, o banco concede cerca de R$ 1 bilhão de empréstimos por dia –há um ano, a média era de R$ 550 milhões.


“Estamos comemorando um ano do nosso programa Melhor Crédito’. Mudamos de patamar de concessão de crédito. O resultado mostra que a estratégia de reduzir as taxas de juros e crescer o volume de negócios deu certo”, disse Percival.


Neste primeiro ano do programa, a Caixa “captou” cerca de 6 milhões de novos clientes –1,3 milhão no primeiro trimestre deste ano. O banco tem 66 milhões de clientes.


O investimento na expansão da rede somou R$ 688 milhões, sendo R$ 522 milhões em infraestrutura de tecnologia e back-office.


Em 2013, a Caixa abriu 108 agências e postos e somou mais 200 lotéricas em sua rede de atendimento.


Habitação


O carro-chefe do banco continua sendo os empréstimos para habitação, que somaram R$ 220,2 bilhões _33,8 % maior do que em março de 2012. A Caixa tem 70 % do crédito imobiliário do país.


As receitas totais da Caixa atingiram R$ 21,5 bilhões no primeiro trimestre, com evolução de 13,6 % na comparação anual, enquanto as receitas com operações de crédito alcançaram R$ 9,9 bilhões, crescimento de 21,1 % .


O total de recursos administrados em março era de R$ 1,3 trilhão, 30,9 % maior que um ano antes.

Fonte: Folha de São Paulo

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CAIXA: Comando orienta aprovação da proposta da Caixa para carreira profissional

O Comando Nacional dos Bancários, coordenada pela Contraf-CUT, em reunião realizada na quinta-feira, dia 9, em São Paulo, decidiu orientar os sindicatos a convocarem assembleias em todas as bases e defenderem a aprovação da proposta apresentada pela Caixa Econômica Federal para a carreira de seus profissionais advogados, engenheiros, arquitetos e médicos.


“A proposta apresentada para carreira profissional contempla diversos itens pendentes desde 2006 e ajuda na unificação a partir de agora, além de incorporar em sua tabela item importante de Adicional por Tempo de Serviço”, afirma Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

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Após demissões em massa, Santander retoma rotatividade e corta empregos

Depois que o Santander Brasil praticou demissões em massa em dezembro do ano passado, quando desligou sem justa causa 1.153 funcionários em todo país, conforme os dados do Caged de 2012 fornecidos pelo banco espanhol ao Ministério Público do Trabalho, a instituição financeira fechou o primeiro quadrimestre com 878 dispensas, segundo informações dos sindicatos para a Contraf-CUT e organizados pelo Dieese.


Confira os números dos sindicatos:


– janeiro/2013: 465
– fevereiro/2013: 142
– março/2013: 150
– abril/2013: 121
– total: 878


“Embora nem todos os sindicatos enviaram os dados de suas homologações, sendo que várias entidades remeteram os números de abril antes do final do mês, esse indicador já é por si só muito preocupante, na medida em que supera o total de 765 demissões sem justa nos primeiros quatro meses de 2012, conforme os dados do Caged”, alerta o funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.


Veja os dados do Caged:


– janeiro/2012: 198
– fevereiro/2012: 170
– março/2012: 218
– abril/2012: 179
– total: 765


Clique aqui para ver a análise do Dieese a partir do Caged de 2012.


Os sindicatos devem continuar enviando no início de cada mês os dados das homologações para a Contraf-CUT. Além disso, a confederação seguirá reivindicando o acesso mensal aos dados do Caged, conforme reivindicação feita na última reunião do Comitê de Relações Trabalhistas, realizada no dia 27 de março.


Corte de empregos e rotatividade


As demissões informadas pelos sindicatos confirmam a redução dos postos de trabalho em 2013, conforme apontou o balanço do primeiro trimestre do Santander. “Apesar do lucro líquido gerencial de R$ 1,519 bilhão, o banco eliminou 508 empregos nos primeiros três meses do ano, andando na contramão da geração de empregos da economia brasileira”, critica Ademir.


“Isso mostra que o Santander retomou a famigerada política da rotatividade, dispensando funcionários que ganham mais e contratando outros que recebem menos, como forma de reduzir custos para aumentar ainda mais os lucros. Além disso, fecha postos de trabalho, o que não tem justificativa diante dos resultados do banco no Brasil, que representam 26 % do lucro mundial do Santander”, ressalta o diretor da Contraf-CUT.


Na Espanha, apesar da grave crise financeira, a situação é bem diferente para os bancários do Santander. Na terça-feira (7), durante a 7ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, ocorrida em Assunção, o secretário de relações internacionais da Comfia-Comisiones Obreras, Francisco Garcia Utrilla (Pepe), disse que lá quase não há demissões no Santander e que um acordo assinado com os sindicatos espanhóis garante que não haverá medidas traumáticas nas relações de trabalho.


Descaso com emprego


“Esse novo descaso do Santander com o emprego no Brasil, a exemplo de outros bancos privados, está motivando protestos e manifestações dos bancários em todo país, que vão crescer se o banco insistir em mandar trabalhadores para o olho da rua”, avisa o dirigente sindical. O problema também está sendo debatido nos encontros regionais preparatórios ao Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, a ser realizado nos dia 4 e 5 de junho, em São Paulo.


“Ou o Santander respeita o Brasil e os brasileiros, começando com os funcionários e aposentados do banco, ou haverá um processo de intensas mobilizações porque os sindicatos estão indignados com as demissões, os ganhos milionários dos diretores e as precárias condições de trabalho na rede de agências, onde faltam contratações e vários funcionários tomam medicamentos tarja preta e adoecem estressados com o assédio moral e a pressão das metas abusivas”, frisa Ademir.


“O movimento sindical não vai se intimidar diante das injustiças e das práticas antissindicais do banco no Brasil e vai seguir tomando as medidas cabíveis para que acabem as enrolações nas mesas de negociações e grupos de trabalho e os trabalhadores sejam tratados com respeito, dignidade e valorização”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT com Dieese

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Após maior fusão bancária no país, encurta distância entre Itaú e Bradesco

Por Felipe Marques e Carolina Mandl
 
Dia 31 de março de 2009. Foi nesta data, quando foram unificadas as ações de Itaú e Unibanco, que a bolsa de valores marcou uma distância que parecia quase intransponível entre o recém-criado Itaú Unibanco e o Bradesco. Enquanto o valor de mercado do primeiro chegou a R$ 99,577 bilhões, o do segundo era 67,5 % dessa cifra, ou R$ 65,1 bilhões.


Mais de quatro anos depois, porém, os números mostram que o banco da Cidade de Deus não deixou barata a vantagem do concorrente. Na sexta-feira, por exemplo, enquanto o Itaú Unibanco valia R$ 155,9 bilhões na bolsa, o valor de mercado do Bradesco era de 90,9 % do rival, somando R$ 141,8 bilhões.


Não foi só na bolsa que o Bradesco diminuiu a liderança conquistada pelo Itaú com a fusão. Tanto em ativos totais como em operações de crédito, a distância entre os dois encurtou. Em financiamentos, logo após a fusão, o estoque do Bradesco representava 74,66 % do saldo do Itaú, com R$ 179,9 bilhões. No balanço patrimonial mais recente dos dois bancos, contudo, esse percentual avançou para 80,22 % .


Em ativos totais, o Bradesco representava 71,3 % do concorrente pós-fusão. Hoje, é 86,9 % , com seus R$ 894,4 bilhões.


Méritos do Bradesco à parte, esse encurtamento de distância reflete, pelo menos parcialmente, as dores pós-crescimento do Itaú nos anos que seguiram a maior união bancária brasileira.


Seja pela dificuldade que envolve engolir uma aquisição do porte do Unibanco, seja por alguns lances não bem-sucedidos para avançar no mercado de crédito ao consumo, os últimos anos não foram fáceis para o Itaú navegar.


“O Itaú enfrenta hoje o desafio de uma receita que não está crescendo, graças à migração para linhas de menor risco. Os benefícios dessa mudança só vão aparecer mais tarde, depois que a linha de provisões para inadimplência diminuir”, raciocina analista que acompanha a instituição. Ou seja, embora o banco tenha promovido ajustes em sua política de crédito, é lenta a recuperação dos problemas passados.


A carteira de crédito de veículos é o grande exemplo de uma aposta do banco que saiu pela culatra. Hoje, já em ritmo de recuperação, a linha chegou a dar prejuízo para o Itaú, graças às elevadas taxas de inadimplência.


Foi uma aposta em um segmento de crédito de risco menor, já que tinha garantia real do veículo, que se mostrou não tão segura assim. Tanto que, no ano passado, a carteira do banco na modalidade encolheu 14,8 % na instituição.


A arrumação da casa já está em curso. Os cortes de pessoal, por exemplo, foram severos no Itaú. De março de 2012 a março deste ano, o quadro de funcionários encolheu em 6.339 postos de trabalho, a maior redução entre os bancos privados.


“São ajustes de eficiência operacional que o banco promoveu no último ano. Outro exemplo foi a dissolução de parcerias com varejistas que não eram rentáveis”, afirma o analista Carlos Daltozo, da BB Investimentos. Desde 2010, o Itaú encerrou 300 alianças desse tipo, incluindo Lojas Americanas e C&C.


Embora tenha enfrentado seu quinhão de problemas também no campo do calote, o Bradesco se mostrou, em algumas áreas, mais adaptável a uma realidade bancária de spreads de crédito menores e busca por linhas mais seguras de financiamento. Antes de o Itaú levar o BMG, por exemplo, o Bradesco já tinha em casa uma estratégia para avançar no consignado, o crédito com desconto em folha em pagamento.


A seguradora do Bradesco, responsável por cerca de um terço do lucro ajustado de R$ 2,943 bilhões do trimestre, é outra vantagem competitiva no cenário bancário atual. A operação reforça as receitas fora do mundo do crédito.


No Itaú, o consolidado das operações mostrou lucro recorrente de R$ 3,512 bilhões no primeiro trimestre, enquanto a divisão de seguros, previdência privada e títulos de capitalização apresentou resultado líquido de R$ 546 milhões.


O que se nota é que o Itaú vem tentando semear hoje iniciativas que lhe deem vantagens sobre os rivais no futuro. Na área de cartões, por exemplo, o banco tem investido no Itaucard 2.0, que propõe nova metodologia para cobrança de juros no rotativo, mas que ainda não convenceu a concorrência a ponto de ser seguida. A credenciadora de cartões Redecard, trazida no ano passado para dentro do banco, também é outra aposta para um avanço mais saudável do crédito na instituição.

Fonte: Valor