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Comando Nacional e Fenaban instalam GT que investigará adoecimentos

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pelo Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador, instalou junto com a Fenaban, nesta quinta-feira 7, o grupo de trabalho bipartite que investigará as causas de adoecimento da categoria.

A criação da mesa de negociações específica foi conquista na campanha de 2013 e é resultado da preocupação dos bancários com o crescente número de trabalhadores afastados por motivo de saúde. Em 2012, 21.144 bancários foram oficialmente afastados de suas funções pelo INSS, mas estima-se que grande parte dos pedidos de afastamentos esteja sendo negada e que o número de bancários que adoecem possa chegar a 60 mil por ano em todo o Brasil.

“A instalação do GT sobre adoecimento é uma conquista histórica, fruto da ousadia, da unidade e da mobilização dos bancários. Queremos identificar as raízes do problema para acabar com a verdadeira epidemia de adoecimentos que atinge os trabalhadores do sistema financeiro nacional”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Nessa primeira reunião o Comando Nacional reivindicou amplo acesso a dados sobre afastamentos para que possa ser feito o diagnóstico mais abrangente possível. “Reivindicamos acesso a dados gerais de afastamento, não só por acidente de trabalho, mas também por problemas de saúde, pois acreditamos que só assim poderemos ter um quadro mais realista do que vem acontecendo com a categoria”, afirma Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhor da Contraf-CUT.

A próxima reunião acontecerá no 28 de novembro, quando será discutida uma metodologia a ser adotada para a continuidade do trabalho do GT e contará com a participação de médicos do trabalho, psicólogos e advogados especialistas na área de saúde do trabalhador de ambas as partes. “Nossa perspectiva é que o resultado dessas negociações e os diagnósticos nos possibilitem ir além e propor políticas de prevenção dentro de uma perspectiva de promoção à saúde”, conclui Walcir.

Fonte: Contraf-CUT

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Eleição para Conselho de Administração da Caixa começa na segunda-feira

O processo eleitoral para escolha do Representante dos Funcionários no Conselho de Administração na Caixa está em andamento e a votação acontece entre os dias 11 e 18 de novembro. Os bancários da ativa podem votar em chapas compostas por candidatos a titular e suplente, através do SISRH. O representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/Caixa,
Luiz Ricardo Maggi, recomenda o voto na Chapa 130, composta por Fernando Neiva e Rita Serrano.

Fernando Neiva é funcionário da Caixa desde 1989 e economista. Sua carreira como sindicalista começou em 1996, quando entrou para a diretoria do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte. Ele presidiu a entidade entre 1999 e 2008 e hoje é diretor do Departamento Jurídico. “Neiva é um candidato preparado, dirigente sindical experiente e, principalmente, um bancário comprometido com a defesa dos interesses dos colegas e da Caixa. Ele tem 24 anos de casa e conhece muito bem não só a estrutura, mas também a história da empresa e das lutas do funcionalismo”, avalia Maggi.

A candidata à suplência, Rita Serrano, entrou para a Caixa no mesmo ano. Sua atuação no movimento sindical é marcada por passagens na Fetec/SP, na Funcef, na CEE/Caixa e pelo Seeb-ABC, onde ocupou a presidência entre 2006 e 2012. Rita ainda é diretora do sindicato e também faz parte dos quadros da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC. “Rita Serrano, também é altamente competente, sendo perfeitamente capaz de substituir Neiva à altura e sem nenhum prejuízo, caso seja necessário”, avalia o representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/Caixa.

Facultativo, mas fundamental

A eleição é baseada na lei Lei nº 12.353/2010, que entrou em vigor com a publicação da portaria 026, datada de março de 2011. A legislação garante o espaço para a representação dos funcionários no conselho de administração de qualquer empresa pública – caso da Caixa – ou de economia mista com mais de 200 empregados.

A representação dos funcionários já existiu, mas foi extinta por uma canetada durante o governo FHC. Sua transformação em lei foi resultado de uma longa luta do movimento sindical brasileiro e esta oportunidade não pode ser desperdiçada. “O voto é facultativo. Mas é importante que nós todos votemos para, depois de tantos anos, eleger um representante nosso no Conselho de Administração. O Conselho é o órgão máximo da direção da Caixa, onde as decisões mais importantes são tomadas”, esclarece Maggi. “Ter um representante dos trabalhadores que realmente expresse a vontade do funcionalismo é uma forma de garantir não só a transparência da administração, mas também que nossas demandas serão consideradas. Por isso, é muito importante que todos os funcionários participem do processo eleitoral”, acrescenta o sindicalista.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Bancários cariocas vão revisitar as memórias da ditadura militar

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Algumas impressões pós-leilão de libra e as questões apontadas pelo movimento sindical

O Brasil vivenciou, na semana passada, sua primeira rodada de licitação de blocos para exploração de petróleo e gás no Modelo de Partilha da Produção. Para esta primeira rodada na “Partilha” somente foi licitado o prospecto de Libra(1), cujas reservas estão estimadas entre 8 e 12 bilhões de barris de óleo recuperáveis. A principal característica deste novo modelo está na possibilidade de a União aumentar sua participação na riqueza gerada com o petróleo, ficando com uma porcentagem do volume produzido (chamado óleo-lucro) e aumentando sua participação nos royalties gerados (antes 10 % e agora 15 % )(2).



Apenas um consórcio apresentou oferta para explorar o petróleo e o gás natural de Libra, formado pela Petrobrás, cuja participação era compulsória de acordo com as regras estipuladas no contrato de partilha, e por mais quatro empresas: a anglo-holandesa Shell Royal Dutch, a francesa Total Elf e as chinesas CNPC (China National Petroleum Corporation) e CNOOC (China National Offshore Oil Corporation). A Petrobrás – detentora de 30 % do campo por obrigação contratual (Lei 12.351/2010) – ampliou sua participação na licitação em mais 10 % e, com isso, garantiu o direito a 40 % dos recursos existentes em Libra. Por sua vez, cada empresa europeia ficou com 20 % e cada uma das chinesas ficou com 10 % . Por ser o único consórcio participante da licitação, as empresas ofereceram os percentuais mínimos de bônus de assinatura (R$ 15 bilhões) e de lucro-óleo (41,65 % ) para o governo.



Segundo a Petrobrás, o início da produção de Libra deve ocorrer em 2020 e seu pico, cuja estimativa é de 1,4 milhão de barris por dia, está programado para meados da próxima década (entre 2024 e 2025)(3). Ainda de acordo com a companhia brasileira, a maior parte dos grandes investimentos na região (estimados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social em mais de R$ 400 bilhões) deve acontecer a partir de 2017.



A grandiosidade envolvida, seja em termos de produção e investimentos, seja em relação à renda gerada por essas atividades, na exploração do campo Libra provoca uma série de debates sobre o desenvolvimento do país e a relação público-privada. Em primeiro lugar, destaca-se a janela de oportunidade criada para uma forte alavancagem da economia brasileira, por um lado, pela expansão da capacidade produtiva ligada ao complexo do petróleo (indústria petroquímica, naval, metalúrgica etc.) e, por outro, pela geração de uma “nova” renda do petróleo para o governo (parte do petróleo de lucro, royalties etc.). Desse modo, os recursos oriundos de Libra abrem espaço para mudanças estruturais no setor industrial e no mercado de trabalho, bem como para ampliação de um conjunto importante de políticas públicas, principalmente porque há uma vinculação da renda dos royalties com as áreas de saúde e educação. Em segundo lugar, ganha espaço uma discussão sobre a distribuição tanto do petróleo e do gás natural extraído de Libra, como da renda gerada. Isso porque, depois do leilão, embora a maior parte dessa renda fique com a PPSA e a Petrobras, uma porção significativa, embora minoritária, desses recursos está sob a tutela das empresas estrangeiras participantes do consórcio (Shell, Total, CNPC e CNOOC). Essas questões têm sido intensamente debatidas pelo movimento sindical, particularmente o petroleiro.



Sobre o primeiro ponto, considera-se crucial que a produção e os investimentos do pré-sal apóiem a geração de emprego e o desenvolvimento da indústria brasileira. Nesse sentido, o conteúdo nacional e os incentivos à realização de investimentos no país nas atividades da cadeia do petróleo são de extrema importância. Sobre o segundo ponto, há uma forte oposição do movimento sindical em relação à apropriação de empresas estrangeiras de parte dos recursos existente em Libra. O objetivo perseguido pelos trabalhadores defende que a exploração e produção da região sejam realizadas exclusivamente pela Petrobrás e que 100 % da renda do petróleo fique sob a tutela do governo brasileiro. Com isso, todo o petróleo gerado em Libra deveria ser utilizado de acordo com os interesses nacionais (soberania energética, geopolíticos entre outros) e os recursos financeiros obtidos pela sua exploração devem ser exclusivamente dirigidos para a melhora das condições sociais e econômicas da população brasileira. Tal posicionamento se apoia no entendimento de que a descoberta pré-sal tem origem num esforço financeiro e de inovação nacional promovido exclusivamente pela Petrobras e, por isso, não faz sentido a divisão de suas riquezas com o capital privado, seja ele nacional ou estrangeiro.


 





(1) O prospecto (feição estrutural e/ou estratigráfica, existente numa bacia sedimentar, que pode ser mapeada e perfurada, contendo reservas de petróleo e gás natural) de Libra corresponde aproximadamente 1.500 km2 e fica ao norte da Bacia de Santos, em frente ao litoral da Região dos Lagos fluminense . As perfurações realizadas nesse prospecto devem atingir até 7 mil metros de profundidade.
(2) Para mais informações sobre os modelos de exploração de petróleo e gás adotados pelo Brasil e sobre o prospecto de Libra, consultar Nota Técnica do DIEESE nº 129, disponível em
http://www.dieese.org.br/notatecnica/2013/notaTec129LeilaoCampoLibra.pdf
(3) Atualmente a produção brasileira é de pouco mais de 2 milhões de barris por dia.

Fonte: Dieese-RJ

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ÚLTIMOS DIAS: Inscreva-se para o II Fórum Nacional sobre Visibilidade Negra

Serão encerradas no próximo dia 11 as inscrições para o II Fórum Nacional: Pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. O evento acontece no Rio de Janeiro nos dias 12 e 14 de novembro e é voltado para dirigentes sindicais bancários titulares das secretarias de Políticas Públicas ou encarregados do tema da igualdade de oportunidades. As atividades serão realizadas no Hotel São Francisco (Rua Visconde de Inhaúma, 95 – Centro).

Além de debater questões gerais sobre inclusão racial e combate ao racismo, o evento tem como um de seus objetivos discutir e buscar soluções para a baixa inserção de trabalhadores afrodescendentes nos bancos e financeiras. “Os poucos negros e negras que vemos nos bancos estão em funções onde não se relacionam diretamente com os clientes ou usuários. A única exceção é o serviço de telemarketing, já que o contato é feito por telefone e a aparência não é relevante. Só vemos mais afrodescendentes como vigilantes e nos serviços de manutenção e limpeza, que, além de não serem funções bancárias, são tarefas de menor remuneração”, ressalta Iraciny da Veiga, diretora da Fetraf-RJ/ES. Mesmo onde as oportunidades são mais amplas, as possibilidades de carreira são restritas. “Somente nos bancos públicos temos negros e negras lidando diretamente com o público, já que o acesso é por concurso. Mesmo assim, poucos são os que atingem cargos mais elevados na hierarquia das empresas”, acrescenta a sindicalista.

A tarifa para os participantes que ficarão hospedados no hotel é de R$ 650. Os que não necessitarem ou optarem por outra forma de hospedagem pagam um valor menor, de R$ 200. As duas tarifas incluem despesas com alimentação e estrutura do evento. A ficha de inscrição (baixe aqui) deve ser preenchida e enviada para o e-mail [email protected] até o próximo dia 11. Não há distribuição de vagas por entidade, mas o número de participantes é limitado à capacidade do local.

Programação

Quarta-feira, dia 13 de novembro

• Conferência de abertura: As desigualdades sociorraciais no mercado de trabalho: Provocações, limites e tendências


• Mesa 1 – Panorama racial, direitos humanos e a violência contra a população negra no Brasil

Quinta-feira, dia 14 de novembro

• Mesa 2 – Aspectos conceituais e políticos das ações afirmativas no Brasil: Avanços e Lacunas


• Roda de conversa (Contraf-CUT, Dieese, CUT Nacional, Unegro-RJ e Fenaban): Os desafios das políticas antirracistas no Sistema Financeiro, a transversalidade e as negociações coletivas


• Repactuação da Carta de Compromisso das Entidades

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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O Acre de Chico Mendes

Frei Betto *


 


Há 25 anos assassinaram Chico Mendes (1944-1988). Pagou com a vida a defesa da Amazônia, a integração entre o homem e a natureza, a criação de reservas extrativistas que, hoje, evitam que a floresta reine como santuário intocável ou sofra derrubadas vítima da ambição do capital.



Por enquanto, da parte do governo federal e dos ambientalistas, não há sinal de nenhuma homenagem ou comemoração (=fazer memória) do martírio de Chico Mendes.



Para celebrar a data, retornei ao Acre na última semana de outubro. Conheci Chico Mendes no início da década de 1980, quando ainda a esquerda encarava a questão ecológica com preconceito, sem compreender sua ilimitada força política, na medida em que supera partidarismos e agrega pessoas de todas as classes sociais, inclusive crianças. Estive em seu velório em Xapuri, na véspera do Natal de 1988.



Acompanhei de perto o surgimento da luta da nova geração de acreanos, como Chico Mendes, Marina Silva e os irmãos Jorge e Tião Viana, para livrar o estado do latifúndio, dos pistoleiros, das madeireiras irresponsáveis, da caça predatória, da rota do narcotráfico. Em meados da década de 1970, ali estive com frequência, a convite do bispo Moacyr Grecchi, para assessorar as Comunidades Eclesiais de Base, sementeiras de movimentos sociais que, transformados em força política, modificaram o perfil do estado.



Nesta visita recente, conversei com o governador Tião Viana, proferi palestras na universidade federal e, no dia seguinte, para o secretariado dos governos estadual e municipal, e visitei, em Xapuri, o memorial de Chico Mendes e o Seringal Cachoeira.



Com área de 164.221 km2, o Acre abriga 4,2 % da Amazônia brasileira e conta, hoje, com quase 800 mil habitantes (350 mil na capital, Rio Branco). As terras indígenas compreendem 16 % do território, onde vivem 15 diferentes etnias com cerca de 13 mil pessoas.



São consideradas Áreas Protegidas 32 % das terras do estado, embora o desmatamento afete 13 % da área total do Acre, devido sobretudo à abertura de pasto para o gado.



O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Acre, calculado em 0,559 (2010), cresceu 218 % nos últimos 10 anos. Já não é o estado dominado por máfias, como a do ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, que mandava retalhar seus inimigos com serra elétrica, nem por pistoleiros a serviço de grileiros, como os que assassinaram Chico Mendes.



Enquanto a média nacional de crianças de 6 a 14 anos na escola é de 84,1 % (2011), no Acre chega a 92,2 % , embora falte ampliar o regime de tempo integral.



A taxa de mortalidade infantil caiu de 31.3 (2000) em cada mil nascidos vivos para 13.9 (2011), aproximando-se da média nacional (13.5).



O Acre é um estado com potencial de riquezas pouco exploradas pelo Brasil. Além de produzir o mais resistente látex (utilizado, em especial, na fabricação de preservativos), e também castanha, madeira certificada e múltiplas frutas, como o açaí, hoje consumido em larga escala pelos europeus, o estado possui ampla possibilidade de turismo ambiental, que não é devidamente incentivado, ao contrário do que faz a Costa Rica. Em nosso país, o turismo ainda engatinha atrelado ao carnaval e ao litoral.



O Acre permanece isolado do resto do Brasil. Seus produtos, para saírem por nossos portos, precisam viajar 3.500 km até o Atlântico. Cuidasse melhor o governo da BR-317, a rodovia transoceânica, também conhecida como Rodovia do Pacífico, que liga os dois oceanos que banham a América do Sul, a distância entre Rio Branco e o litoral peruano seria encurtada para 1.500 km.



Em tempos de expansão de pastos Amazônia adentro, com a derrubada de árvores seculares, e a atividade predatória de mineradoras e garimpeiros, ressaltar a vida e os ideais de Chico Mendes deveria ser um dever cívico obrigatório em todas as nossas escolas.



* Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Marcelo Barros, de “O amor fecunda o Universo – ecologia e espiritualidade” (Agir), entre outros livros.
www.freibetto.org     twitter: @freibetto


 





Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar divulgá-los, propomos assinar todos os artigos do escritor. Contato – MHGPAL – Agência Literária (
[email protected])



 

Fonte: Frei Betto

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Santander esconde funcionários para reduzir número de cipeiros

O processo eleitoral para composição da CIPA do prédio administrativo do Santander no Rio de Janeiro – conhecido como Realzão – está em andamento e o banco está informando um número de funcionários menor que o verdadeiro. O objetivo é reduzir o número de cipeiros que podem ser eleitos pelos empregados, já que há uma regra de proporcionalidade.


A constatação foi do dirigente sindical Marcos Vicente, que é lotado na unidade e candidato a um cargo na CIPA do prédio. “O banco apresentou uma lista com 297 nomes. Mas eu conheço pelo menos mais dez pessoas que trabalham no local e não estão listadas nesta relação. Acontece que a legislação determina que locais com 301 funcionários ou mais tenham 6 cipeiros eleitos pelos trabalhadores. Com o número abaixo disso, são somente 4 eleitos”, esclarece Marcos. Já questionamos a lista, mas o RH diz que esta é a oficial e que não há como fornecer outra”, completa o dirigente.


Durante a paralisação feita no prédio em função do fechamento do ambulatório, os sindicalistas cobraram da direção do banco a correção do número de empregados lotados. Até o fechamento desta matéria o banco não havia dado nenhuma resposta. A eleição para a CIPA do Realzão está marcada para os dias 06 e 07 de novembro.


O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro já está avaliando qual a melhor atitude a tomar para impedir que o banco reduza a representação dos trabalhadores na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Santander extingue ambulatório e bancários paralisam Realzão

Sem nenhum aviso prévio, o Santander informou aos funcionários lotados no prédio administrativo conhecido como Realzão que o ambulatório existente no local seria desativado. O aviso foi feito na sexta-feira, dia 1º de novembro, e na segunda-feira, dia 04, os equipamentos, documentos e mobiliário começaram a ser desmontados e empacotados. Em resposta, o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro fez uma paralisação parcial de todo o setor administrativo e das agências que funcionam no edifício, na manhã desta terça-feira, dia 05.

O banco alegou baixa utilização – em torno de 12 % – para extinguir o ambulatório. A primeira providência já havia sido tomada depois da incorporação do Real, com redução da carga horária do médico. “Antes, o médico ficava o dia todo. Nos últimos tempos, ficava só na parte da tarde. Pela manhã, ficavam só as duas enfermeiras”, relata Marcos Vicente, diretor do Seeb-Rio e funcionário do Santander lotado no prédio.

Além de prejudicar os trabalhadores do prédio – não só do Santander, mas também os terceirizados, menores aprendizes e estagiários – os bancários da região também ficam sem uma opção de atendimento. “O ambulatório podia ser usado por todos, mas isso nem era divulgado. Mesmo assim, os bancários que trabalham no Centro costumavam recorrer a ele quando necessário. E agora, como vão ficar?”, pondera Luiza Mendes, diretora da Fetraf-RJ/ES.

Mesmo com reclamações dos funcionários enviadas por e-mail no dia do comunicado – inclusive superintendentes – o banco se manteve firme na decisão. “Esta atitude do Santander é de extremo desrespeito para com os funcionários. Não se pode definir a necessidade de um serviço só pela utilização. Seria como, por exemplo, deixar de pagar a taxa de incêndio porque o prédio nunca pegou fogo. O Santander está fazendo economia porca. O banco reduziu o número de seguranças noturnos e o prédio foi invadido e roubado mais de uma vez desde então. E agora, vai ser preciso que um funcionário morra lá dentro para que o ambulatório seja reativado?”, questiona Marcos Vicente.

Em função da revolta de todos os trabalhadores com a extinção do ambulatório, a adesão dos funcionários foi massiva. A direção do banco respondeu à pressão e marcou uma reunião para discutir o assunto no próximo dia 08.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Bancária brasileira conhece experiências sindicais da Índia

Sindicalistas de todo o mundo se unem à campanha contra o PL 4330
durante Conferência Internacional da Universidade Global do Trabalho




A bancária Jô Portilho, funcionária do Itaú e diretora da Contraf-CUT, esteve em Mumbai, na Índia, participando da Conferência Internacional TISS/ICDD (International Center for Development and Decent Work – www.icdd.uni-kassel.de). O evento é parte da formação continuada que recebem os ex-alunos do curso da GLU – Universidade Global do Trabalho, onde Jô cursou mestrado.

A Global Labour University (www.global-labour-university.org) é um programa de formação acadêmica para sindicalistas e militantes das causas do trabalho. Esse programa, que iniciou em 2004 na Universidade de Kassel/Escola de Economia de Berlim, já conta hoje com 4 campi (Índia, África do Sul e Brasil além da Alemanha) e, a partir de 2014, passará a funcionar também em uma universidade dos Estados Unidos da América.

Ex-alunos da GLU também participaram de painéis paralelos que discutiram os Desafios do Movimento Sindical em seus países. Jô Portilho fez uma apresentação sobre o PL 4330, mostrando que, por trás da diminuição dos custos fixos, os empresários pretendem acabar com as garantias trabalhistas existentes no país e agravar o quadro de precarização das relações do trabalho no país. A partir do debate que se seguiu ao painel, a classe trabalhadora brasileira recebeu a solidariedade internacional através de fotos onde cada sindicalista segura um cartaz improvisado com o nome de seu país seguido da expressão “diz não ao PL 4330”.

Fotos da campanha de solidariedade no Facebook de Jô Portilho aqui e aqui.

Troca de experiências

A convite da sindicalista indiana Vijialaskmi, Jô Portilho participou de uma assembléia no Sindicato dos Bancários de Mumbai na qual um grupo de trabalhadores recém-promovidos de função iriam decidir por se filiarem à entidade. Isso porque na Índia há sindicatos diferentes de acordo com a função do bancário, havendo, por exemplo, uma entidade para os escriturários e outra dos gerentes. Diferente do que ocorre no Brasil, onde toda a categoria é representada por um só sindicato. Na oportunidade, a sindicalista brasileira falou sobre a Campanha Nacional, a greve e o acordo nacional da categoria.

Vijialaskmi também é ex-aluna da GLU e fez intercâmbio no Brasil em 2010 junto aos bancários da base da Fetraf-RJ/ES. Ela participou da Campanha Salarial e visitou vários sindicatos do interior do Rio de Janeiro fazendo palestras.

Veja fotos das visitas aos sindicatos indianos aqui.

Na programação internacional do evento da GLU houve espaço para uma série de visitas de intercâmbio com o movimento sindical indiano. Os integrantes da rede GLU visitaram o All Mumbai Sanghatinkamgar Union, (Sindicato de Trabalhadores Informais de Mumbai), cuja sede não é mais que uma tenda no meio de uma enorme favela que recebe imigrantes de diversos países asiáticos. “O grupo foi recebido com um respeito e reverência como se fossem Chefes de Estado, tamanha a carência daquela população humilde por solidariedade”, relata Jô Portilho. A bancária conta que o Secretário Geral narrou a experiência difícil porém gratificante de organizar trabalhadores domésticos, vendedores de rua, trabalhadores informais da limpeza urbana, entre outros. Moradores locais deram seus depoimentos sobre como a organização sindical estava contribuindo para mitigar as condições sub-humanas em que vivem. “No final do encontro emocionante, já era noite e toda a população ali presente acompanhou em cortejo festivo o grupo da GLU pelas ruelas estreitas até o ônibus. Foi um momento de muita emoção e aprendizado”, lembra a bancária brasileira.

Outra visita de intercâmbio realizada pelo grupo da GLU foi ao Sindicato dos Portuários de Mumbai. Segundo relata Jô Portilho, trata-se de um sindicato de organização mais tradicional que não agrega os terceirizados nem os informais, mas que tem uma convenção coletiva com muitos direitos garantidos, inclusive sociais, como creche, licença maternidade de 6 meses, programas de formação, etc.

Os ex-alunos também conheceram uma experiência sindical recente que organiza os trabalhadores informais ligados


 


à coleta de lixo de Mumbai. Cada trabalhador informal paga cerca de R$ 2,00 por mês diretamente no sindicato onde o Secretário Geral trabalha como voluntário, sem qualquer remuneração.

Jô destaca que, mais alarmantes que as do Brasil, as estatísticas indianas apontam que cerca de 90 % da população está ligada ao setor informal. “Falar em organização sindical sem falar em como os indianos organizam seus trabalhadores informais é praticamente impossível”, avalia. Segundo a bancária ouviu de dirigentes sindicais indianos, este índice de informalização se elevou especialmente a partir da implantação de politicas neoliberais. “Apesar de muitos trabalhadores terceirizados brasileiros terem carteira assinada, as condições de trabalho são péssimas e não há garantias de que os direitos trabalhistas serão respeitados, já que as empresas não são idôneas. A aprovação do PL 4330 poderá levar o Brasil pelo mesmo caminho e fazer nosso mercado de trabalho ficar muito parecido com o indiano”, acredita Jô.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Para Itaú, eficiência é reduzir postos de trabalho

O lucro líquido recorrente do Itaú atingiu R$ 11,156 bilhões nos nove primeiros meses de 2013, crescimento de 5,8 % em relação ao mesmo período do ano passado. No material institucional de divulgação dos resultados, o destaque negativo é o que o banco chama de Projeto Eficiência, por meio do qual reduziu o número de trabalhadores de 104.022 em março de 2011 para 87.440 em setembro de 2013 – corte de 16.582 postos de trabalho no período. Ou seja, a extinção de mais de 522 vagas por mês nos 30 meses anteriores.

“Isso é injustificável. Com todos esses cortes o índice de eficiência do Itaú piorou e passou de 47,4 % em 2011 para 48 % em 2013”, ressalta o diretor executivo do Sindicato Carlos Damarindo. O índice, quanto maior, representa pior eficiência. “Isso demonstra que para melhorar a eficiência o banco precisa aumentar empréstimos, atender melhor seus clientes, e isso tudo significa mais contratações, o que o Itaú não coloca em prática”, completa o dirigente.

Somente no último ano, de setembro de 2012 a setembro de 2013, a redução foi de quase 3 mil postos de trabalho.

“Diante dos números alarmantes apresentados pelo próprio banco, fica fácil imaginar a realidade dos trabalhadores do Itaú, com sobrecarga de trabalho e pressão cada vez mais abusiva para o cumprimento de metas em agências, no caso do Agir, e também nos departamentos, a exemplo do Prad, denunciada frequentemente”, destaca o dirigente.

A prova da sobrecarga também está nos números apresentados pelo Projeto Eficiência, que mostra o aumento da produtividade dos trabalhadores que permaneceram na instituição financeira. “O crescimento dos resultados do banco não pode ficar atrelado, principalmente, ao aumento substancial da intensidade do trabalho vinculada às metas”, ressalta Carlos Damarindo.

Um exemplo é que entre junho de 2011 e setembro de 2013, os ativos por funcionário cresceram 55,6 % , de R$ 7 milhões para R$ 11 milhões, respectivamente. A carteira de crédito por funcionário também foi elevada de forma significativa: passou de R$ 3 milhões para R$ 4,8 milhões por funcionário, variação de 44,6 % no período.

Contratar é investimento

Mesmo se contratasse mais trabalhadores, o Itaú teria lucro maior. As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 17,5 bilhões, com alta de 16 % . Assim, somente com estas receitas o banco cobre 156 % do total de suas despesas de pessoal. No mesmo período do ano passado a cobertura foi de R$ 147 % . “Eficiência de verdade é contratar mais bancários. Enquanto o Brasil diminui o desemprego, um dos setores que mais lucra não dá sua contrapartida e corta postos de trabalho, o que significa menos funcionários para atender clientes que pagam tarifas altíssimas, mais trabalho para o bancário, mais adoecimento para quem fica. Eficiência pra quem?”, questiona o dirigente sindical.

Muitos cifrões


 


No 3º trimestre, o lucro líquido recorrente do Itaú foi de R$ 4 bilhões, com alta de 17,9 % com relação ao 3º trimestre 2012. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco foi de 19,8 % em 2013, ante 19,4 % no mesmo período do ano passado. No 3º trimestre de 2013 a rentabilidade ficou em 20,9 % . O ativo total do banco atingiu R$ 1,1 trilhão em 30 de setembro de 2013, com aumento de 2,4 % em relação ao final do trimestre anterior e evolução de 12,8 % sobre o ano anterior.

“A demonstração de que o trabalho do bancário do Itaú aumenta a cada dia sem mais contratações também está na carteira de crédito do banco, que cresceu 7,5 % , atingindo R$ 387,040 bilhões em setembro de 2013”, ressalta Damarindo. Os destaques de crescimento de pessoa física foram crédito imobiliário, com 34,9 % , e consignado, que subiu 64 % . No crédito pessoa jurídica o destaque ficou com as grandes empresas, com aumento de 16,9 % .

O índice de inadimplência caiu: passou de 5,1 % há um ano para 3,9 % no 3º trimestre de 2013, queda de 1,2 pontos percentual. Com isso as despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) caíram 20 % , passando de R$ 17,959 bilhões para R$ 14,384 bilhões entre os nove primeiros meses de 2012 e os nove primeiros meses de 2013.

Fonte: Seeb-SP