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Escolha de Bolsonaro para comando do BB desagrada conselheiros

Bolsonaro está prestes a abrir uma crise no Conselho de Administração do Banco do Brasil. O mal-estar teve início, no começo de março, com a saída de André Brandão da presidência da instituição. Agora, deve se aprofundar caso o presidente da República siga em frente na decisão de nomear Fausto Ribeiro para o cargo.

A informação é do Valor Econômico. O jornal apurou que três conselheiros do BB, que entrevistaram Ribeiro, o consideraram “inadequado para o cargo”. São eles Hélio Magalhães, presidente do colegiado, e José Guimarães Monforte – os dois membros independentes indicados pelo Ministério da Economia – e Luiz Serafim Spinola Santos, coordenador do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, este último conselheiro independente indicado pelos acionistas minoritários.

A indicação de Fausto Ribeiro pegou os conselheiros de surpresa. Nos corredores do BB a avaliação é que o nome foi escolhido por eliminação. Ribeiro é simpatizante das ideias bolsonaristas e nunca ocupou cargos relevantes no banco durante os governos do PT.

Vale destacar que a aprovação de um presidente para o banco, por parte dos conselheiros independentes, não assegura a permanência do Banco do Brasil público e seu papel positivo como investidor da indústria e do agronegócio. O Conselho de Administração é formado por oito membros, cinco indicados pelo Ministério da Economia, um eleito pelos empregados do Banco do Brasil e dois eleitos pelos acionistas minoritários.

“Apesar de serem chamados de ‘conselheiros independentes’, os indicados pelo Ministério da Economia e acionistas minoritários estão atuando em favor da reestruturação, corte de funcionários e fechamento de agências, com o objetivo máximo de resultado no curto prazo, colocando em perigo a sustentabilidade do Banco do Brasil. Por outro lado, o governo Bolsonaro não esconde, desde o início da sua gestão, o objetivo de desmontar e vender o Banco do Brasil”, explica o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.

“A exemplo da Petrobras, eles estão mirando no lucro em detrimento da instituição, que vem perdendo terreno em várias áreas de atuação no setor bancário. Tanto acionistas quanto o governo Bolsonaro só querem maximizar seus ganhos”, pondera Fukunaga.

No início de março, o conselho de administração do banco defendeu a permanência de Brandão. Um dos conselheiros independentes do colegiado, Paulo Roberto Evangelista de Lima, chegou a falar da possibilidade de renunciar, dependendo de quem substituísse o então presidente do BB.

Brandão já havia manifestado desconforto com as decisões do governo, afirmando que seguiria no cargo se tivesse liberdade. Seu anúncio de desligamento aconteceu logo após a interferência de Bolsonaro na Petrobras e a manifestação de que faria o mesmo em outras estatais.

A nomeação do presidente de bancos estatais é exclusiva do presidente da República. O Ministério da Economia anunciou a indicação de Ribeiro logo após André Brandão confirmar sua saída, na semana passada.

Fonte: Contraf-CUT

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Empresariado e mercado cobram ações de Bolsonaro diante da pandemia

Mais um alerta à paralisia do governo Bolsonaro diante das crises sanitária e econômica que empurram o país para o caos. Agora, mais de 500 economistas, banqueiros e empresários assinaram carta que alerta o presidente Jair Bolsonaro para os riscos que a pandemia traz para o país.

A carta enuncia uma afirmação que Bolsonaro e sua equipe negam até agora: “Essa recessão […] não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza e utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”.

O documento cobra quatro medidas do governo: aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso de máscaras; implementação de medidas de distanciamento social e criação de um mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional, orientado por uma comissão de cientistas e especialistas.

Lockdown

“Até mesmo setores que antes apoiavam o governo agora estão preocupados com a paralisia de Bolsonaro diante da combinação das crises econômica e sanitária. É mais uma prova que o presidente é incapaz de apontar saídas para o Brasil. Aumenta a cada dia o setor que quer soluções urgentes diante da morte e da miséria. Com esse governo, essas soluções não virão. É por isso que as centrais sindicais estão chamando um lockdown nacional para esta quarta-feira (24). É a união dos trabalhadores contra a pandemia e suas graves consequências”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que participa da mobilização nacional desta quarta-feira.

Diante do agravamento da pandemia e na falta de iniciativa do governo para coordenar ações para defender a população, a CUT e demais centrais sindicais preparam para a quarta-feira (24) um “lockdown da classe trabalhadora”. A ideia é cruzar os braços por 24h em defesa da vida, por vacinas, auxílio emergencial de R$ 600, empregos e contra as privatizações do governo Bolsonaro.

A Contraf-CUT aderiu à essa iniciativa e convoca a categoria bancária para a mobilização. Para isso, os sindicatos da categoria organizam a partir desta segunda-feira (22) plenárias de base para preparar a mobilização.

Fonte: Contraf-CUT

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Após cobrança, BB antecipa pagamentos de vale alimentação e 13º

O Banco do Brasil antecipa para hoje, segunda-feira (22), o pagamento de auxílios alimentação e refeição, referentes ao mês de abril e, para o dia 1º, o pagamento da primeira parcela do 13º salário.

É a segunda vez que, diante da pandemia, o BB adianta o pagamento desses benefícios aos funcionários, após a cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Tradicionalmente, a primeira parcela do 13º é depositada junto ao pagamento dos proventos de abril (20/4) e o pagamento dos auxílios alimentação e refeição sempre no último dia útil do mês.

“É importante a direção do banco se sensibilizar com a situação do país e dos funcionários, apesar de querer impor o programa de reestruturação e rebaixamento de salários”, avalia o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), João Fukunaga.

“Ficamos felizes que o Banco do Brasil seja o primeiro a fazer o adiantamento de benefícios, mesmo após a confusão recente, no extrato do aplicativo da Alelo, informando que o crédito só cairia no dia 22 na conta dos trabalhadores. Detectamos e reportamos o problema ao banco, na última sexta-feira (19)”, destaca.

Fukunaga lembra ainda que, em janeiro, a alta administração do banco revisou para 40% o percentual do lucro de 2021 a ser distribuído para os acionistas. O percentual, aprovado pelo conselho de administração do BB, representa um aumento frente ao payout de 35,29% aprovado em 2020.

O BB também anunciou, em dezembro, um programa de reestruturação, sob o argumento de economizar R$ 300 milhões, mas às custas da demissão de 5 mil funcionários e fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências.

Fonte: Contraf-CUT

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Depois de cobrança dos empregados, Caixa amplia Projeto Remoto

Depois da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) cobrarem a ampliação do Projeto Remoto, a Caixa Econômica Federal autorizou, nesta sexta-feira (19), o teletrabalho até o dia 30 de junho.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, lembrou que o anúncio atende a uma reivindicação da categoria, feita na mesa de negociação permanente com o banco público na terça-feira (16) e na reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos, na semana passada. “Estamos vivendo a pior fase da pandemia no Brasil, o país enfrenta o maior colapso sanitário de sua história, já superou a média de 2 mil mortes diárias por Covid-19 nesta semana, nós precisamos proteger os empregados. Por isso, quanto mais pessoas puderem ficar em casa, melhor”, disse a dirigente da Contraf-CUT.

Os empregados do grupo de risco e de prevenção Ampliada da Caixa devem permanecer remotamente. Já os demais empregados, cabe a cada Vice-Presidência/Diretoria de vinculação definir o percentual a ser direcionado ao Projeto Remoto Excepcional, observada a especificidade das atividades realizadas pelas unidades vinculadas, assim como a prestação de serviços essenciais à sociedade.

Para Fabiana, falta ainda uma centralidade nesta tomada de decisão. “É errado cada vice-presidência definir um percentual de colegas em home office. Nós entendemos que deve haver uma centralidade na empresa, com a mesma orientação para todos. Quantos mais colegas puderem ficar em casa, é melhor não só para os empregados, como também para a sociedade como um todo.”

A CEE/Caixa reitera ainda outras reivindicações feitas em mesa de negociação permanente, como o compartilhamento com a Comissão dos comunicados enviados aos empregados por meios internos; o reforço no cumprimento dos protocolos de saúde e segurança contra a Covid-19; e a retoma do rodízio nas agências. “O rodízio entre os empregados precisa começar já, independente do pagamento do auxílio emergencial. Todos estão exaustos e merecem descanso”, finalizou Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa creditou parte da segunda parcela da PLR na quinta (18)

Depois da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) cobrarem a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), a direção do banco anunciou que os valores foram creditados a partir de quinta-feira (18).

De acordo com o ofício enviado ao banco, o pagamento da PLR é uma forma de reconhecimento do esforço redobrado dos trabalhadores com o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios. Mais da metade da população brasileira, cerca de 100 milhões de pessoas, passaram pela Caixa em busca dos auxílios.

Em comunicado interno, o banco informou que “os valores que serão creditados correspondem a 50% do complemento da PLR para os empregados que possuem desconto de Pensão Alimentícia e 70% para os demais empregados, em virtude, também, da dedução de Imposto de Renda e das Contribuições Negociais. Os acertos devidos ocorrerão na folha de março 2021.”

“Estranho é o presidente da Caixa não falar nada na live que falou do balanço. Só soltaram uma matéria na intranet no decorrer da tarde. E já recebemos denúncias de contestação dos valores, mas até para nos posicionarmos sobre isso, estamos aguardando a divulgação dos contracheques”, falou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fonte: Contraf-CUT

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Reportagem de TV evidencia esgotamento dos empregados Caixa na pandemia

O esgotamento dos empregados da Caixa Econômica Federal durante a pandemia foi tema de reportagem veiculada pelo jornal RJTV nesta quarta-feira (17). Além do pagamento do auxílio emergencial e de outros programas do governo para ajudar a população a enfrentar a crise, a cobrança por metas e resultados tem provocado adoecimento dos trabalhadores.

A matéria de TV divulgou pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com gestores e assistentes da Caixa do Rio de Janeiro que confirma o esgotamento dos empregados. O levantamento mostra que 68% dos profissionais relataram ansiedade, depressão, angústia e pânico. 46% relacionaram estes sintomas à Covid-19. 37% dos profissionais consultados declararam problemas de saúde mental. Destes, 98% atribuem o adoecimento ao trabalho na Caixa. Cerca de 73,9% dos pesquisados que atuam nas agências responderam que, durante a pandemia, trabalharam mais do que a jornada contratual.

É importante lembrar que a Caixa não divulga o número oficial de contaminações e mortes entre os trabalhadores do banco, apesar da cobrança das entidades sindicais e associativas. “Se era difícil para quem ficava horas esperando [nas filas], lá dentro os funcionários também sentiram, e muito, os efeitos da carga extra de trabalho”, informou o jornal. O volume de trabalho provocou o afastamento de muitos trabalhadores do serviço presencial, mas a direção do banco não repôs os funcionários, aumentando a jornada de quem ficou nas agências. O jornal mostrou depoimentos de empregados relatando que as cobranças por metas e resultados continuaram, mesmo diante do trabalho extenuante durante a pandemia.

A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, informou que a pesquisa foi entregue na mesa de negociação com a empresa, realizada na terça-feira (16). “A pesquisa foi realizada entre os gestores do Rio de Janeiro, mas reflete o que está sendo vivenciado por todos os empregados da Caixa no país inteiro. Com a retomada do auxílio emergencial, a situação volta a piorar”, avaliou Fabiana. “Por isso temos debatido com o banco a necessidade de ampliação dos protocolos de segurança para proteger a saúde dos empregados e da população contra o coronavírus, mais contratações para melhorar as condições de trabalho e, claro, que o foco dos colegas que estão nas agências seja o atendimento e não cobrança de metas”, ressaltou.

Durante a entrevista ao jornal, o presidente da Associação de Gestores da Caixa (Agecef) no Rio de Janeiro e integrante da CEE/Caixa, Rogério Campanate, falou sobre o déficit de empregados do banco. “Nos últimos 5 anos, a gente teve uma baixa de quase 20 mil vagas. Foram sucessivos planos de demissão voluntária que a empresa não fez reposição. Já fomos mais de 100 mil empregados e agora somos pouco mais de 80 mil”, disse Campanate.

Fonte: Contraf-CUT

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Funcionários cobram negociação sobre Limaca e coparticipação na Cassi

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação dos funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil (AAFBB, ANABB e FAABB) se reúnem no próximo dia 25 de março com a diretoria da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) para debater sobre a redução dos valores de coparticipação e a revisão da Lista de Materiais e Medicamentos Abonáveis da Cassi (Limaca).

Para as entidades de representação dos trabalhadores este é um debate prioritário, uma vez que já cobraram várias vezes da Cassi sobre estes assuntos. Inclusive na posse do novo diretor, neste ano, foi enviado um ofício cobrando que o diretor Flesch cumpra com o que se comprometeu em sua campanha eleitoral: reduzir a coparticipação.

A realização das reuniões com as entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados do BB é um compromisso assumido desde a negociação da proposta de sustentabilidade da Cassi. Também é uma oportunidade para o acompanhamento da evolução financeira da Cassi e para o esclarecimento de dúvidas dos associados sobre temas como coparticipação, assistência farmacêutica, atenção integral à saúde e a situação dos funcionários dos bancos incorporados.

As entidades de representação dos funcionários esperam que o debate seja realizado com seriedade, uma vez que, tanto a não revisão da Limaca, quanto a não redução dos valores de coparticipação, afetam muito os associados da Cassi, que estão entre os representados das entidades. Além disso, lembram que a coparticipação é um ponto que onera apenas os associados e isenta o banco.

Coparticipação

Na última reunião, os representantes dos funcionários questionaram o fato da diretoria da Cassi não ter se manifestado objetivamente sobre a coparticipação e cobraram uma definição sobre o compromisso, assumido em Mesa de Negociação, para a retomada dos índices de coparticipação aos patamares de 2018.

Após a cobrança, a diretoria da Cassi se comprometeu em fazer um levantamento de dados sobre a coparticipação, que será apresentado na reunião do dia 25.

Assistência farmacêutica

As entidades também aguardam posicionamento sobre a revisão da Limaca, já que muitas patologias severas e recorrentes foram excluídas do programa e a lista de materiais e medicamentos abonáveis teve redução da ordem de 70%.

A decisão de reduzir o fornecimento de medicamentos aconteceu no início de 2020, logo após as negociações com as entidades sobre a proposta de sustentabilidade.

A Cassi se comprometeu a apresentar uma proposta de revisão da Limaca até maio.

Fonte: Contraf-CUT

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Trabalhadores de todo o mundo se unem contra práticas antissindicais da Amazon

Os quase 6.000 trabalhadores do depósito Amazon em Bessemer, Alabama (EUA) lutam para formar o primeiro sindicato da empresa na América. A empresa, que tem 25 anos e cerca de 1,3 milhão de funcionários em todo o mundo, não permite que seus empregados se sindicalizem.

A campanha recebeu atenção mundial e sindicalistas do mundo inteiro estão postando vídeos em apoio aos trabalhadores da unidade da Amazon no Alabama. Eles vão realizar, no sábado (20), um Dia Mundial da Solidariedade ao Sindicato da Amazon.

“O caso tem relevância mundial devido à importância para os trabalhadores da Amazon em todo o mundo, mas também para o conjunto dos trabalhadores nos Estados Unidos, um país onde as práticas antissindicais são comuns”, explicou o secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten.

Problema mundial

“Para além da Amazon e também dos Estados Unidos, o caso tem relevância para todos os que defendem a democracia e o direito de organização e luta dos trabalhadores por seus direitos. Apesar de serem mais expostas nos Estados Unidos, as práticas antissindicais ocorrem no mundo todo. A luta contra esta conduta das empresas é uma luta dos trabalhadores em todo o mundo”, ressaltou o dirigente da Contraf-CUT.

Por fim, von der Osten conclama: “Trabalhadores do mundo todo, uni-vos! Vamos juntos, no próximo sábado, promover um Dia Mundial da Solidariedade ao Sindicato da Amazon, para mostrar aos nossos colegas do Alabama e aos trabalhadores do mundo todo que juntos somos fortes e que a luta por justiça também é a nossa, de todos os trabalhadores do mundo”, concluiu.

De hoje até o dia 20, compartilhe sua solidariedade nas redes sociais com as hashtags #BamazonUnion e #UnionSim

Para saber mais, acesse: https://t.co/1yvz2Y0XDm

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa lucra R$ 13,2 bilhões em 2020

O lucro líquido da Caixa foi de R$ 13,2 bilhões em 2020, 37,5% menor em relação a 2019. O resultado de R$ 5,7 bilhões do 4º trimestre representou um aumento de 200,0% em relação ao do 3º trimestre de 2020 (R$ 1,9 bilhão). “Como é que é que um presidente que diz em todas as lives ou comunicados para os empregados que a Caixa é o banco da matemática afirma que o lucro vai ser o maior da história e isso não acontece? Apenas gerou ansiedade e expectativa nos colegas, que não foi cumprida”, criticou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), referindo-se à declaração do presidente do banco público, Pedro Guimarães, no início do ano.

A coordenadora da CEE/Caixa lembrou que, apesar do lucro ter reduzido no comparativo com 2019, é um valor muito bom. “É importante lembrar que naquele ano houve vendas de diversos ativos, o que é muito ruim para a empresa, mas alavancou os números anuais”. Por isso, segundo Fabiana, os números reforçam que os empregados da Caixa são compromissados com o banco e com a população. “Mesmo num ano tão difícil, em meio a uma pandemia, eles fizeram a empresa lucrar tanto. O bom resultado é graças aos empregados, mas – infelizmente – foi feito em cima de muitos adoecimentos, de muitos colegas afastados. Nós precisamos que a Caixa dê condições efetivas de trabalho e de segurança. Que o sistema funcione adequadamente para que os empregados não fiquem esgotados de trabalhar.”

A análise do balanço do banco público, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que a Caixa encerrou o ano de 2020 com 81.945 empregados, com fechamento de 2.611 postos de trabalho em doze meses, influenciado pelo Programa de Desligamento Voluntário (PDV) lançado em novembro, que teve adesão de 2.113 empregados. Foi fechada 1 agência e abertos 41 postos de atendimentos, 620 unidades Caixa Aqui e 88 lotéricos. Em contrapartida, o banco registrou incremento de aproximadamente 42,6 milhões de novos clientes.

“Isso reforça nossa reivindicação de mais contratações. Precisamos de muito mais gente do que o anunciado desta semana. De que adianta contratar pouco mais e 2 mil pessoas, se temos 42 milhões de novos clientes? É muita coisa!”, finalizou a secretária da Cultura da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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Ações em todo país cobram auxílio emergencial de R$ 600 para viabilizar isolamento

O movimento ‘Renda Básica Que Queremos’, formado por cerca de 300 entidades e responsável pela campanha #AuxílioAtéoFimdaPandemia, promove nesta quinta-feira (18) um dia nacional de luta pela volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. Estão previstas manifestações em todo o país, como tuitaço e publicações nas redes sociais, colagem de cartazes, projeções em prédios e atos simbólicos. Entre as ações, serão instaladas panelas vazias e velas diante de espaços como sedes de prefeituras, câmaras de vereadores, igrejas e símbolos turísticos das cidades.

De acordo com a assistente social Paola Carvalho, diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, o dia de protestos é uma forma de mobilizar as pessoas para a urgência do tema. “Essa PEC Emergencial colocou um teto de gasto de 44 bilhões para o auxílio emergencial em 2021. Isso num momento onde as mortes estão cada vez maiores e a vacinação e condições de hospitalização cada vez mais frágeis”. Os movimentos alertam que as principais regiões do país precisam de um lockdown, e sem auxílio emergencial essa forma de isolamento social não se viabiliza.

Paola explica que com o teto definido pela PEC – agora transformada em Emenda Constitucional (EC 109) –, um em cada quatro beneficiários ficarão de fora do auxílio emergencial deste ano. “Estamos falando de algo em torno de 17 milhões de brasileiros”. Ela contesta ainda o valor previsto das parcelas, que seria de R$ 250. O auxílio pode chegar a R$ 375 para mães solteiras e R$ 175 para uma pessoa sozinha.

“As pessoas me agradecem”

O ministro Paulo Guedes chegou a dizer, em uma entrevista ao portal de notícias jurídicas Jota, que é abordado e elogiado ao transitar pelas ruas. “Entro no mercado e as pessoas me agradecem”. Paola foi até um mercado para saber se há motivos para isso. Com R$ 250 no bolso, valor previsto do novo auxílio, ela tentou ver se é possível, ao menos, o básico. Comprou duas caixas de leite, cinco quilos de arroz. Dois pães para sanduíche, dois quilos de café, duas garrafas de óleo, três quilos de feijão, de farinha e açúcar. Comprou ainda um pote de margarina e dois quilos de carne moída. “Legumes, verduras e frutas ficaram de fora da lista. Para cozinhar, é necessário gás e um botijão não custa menos de R$ 90″.

Para Douglas Belchior, professor da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos, vivemos num estado de guerra, de barbárie onde pessoas morrem de fome. “A maioria do Congresso e o governo federal prefere manter políticas de morte e não de vida. Ou damos um fim no governo Bolsonaro ou ele dará fim ao Brasil”, analisa e conclui: “É desolador ver governos que não se importam com a vida dos mais pobres e não possuem políticas de combate à doença”.

Sem auxílio emergencial, “a coisa tá difícil”

Enquanto isso, famílias aguardam, em desespero, por ajuda. Não são poucas as mensagens recebidas por Paola e equipe. “A coisa tá difícil com os R$ 179 do bolsa família”, diz uma das mensagens ao pedir ajuda.

Segundo pesquisa do Datafolha, 53% dos que receberam as parcelas do auxílio emergencial no ano passado utilizou o valor para comprar alimentos. 25% pagou contas de consumo, como água e luz. 16% despesas da casa e 1% utilizou o recurso para comprar remédios.

Fonte: Rede Brasil Atual