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COE Itaú apresenta denúncias de falhas no GERA

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na tarde desta quarta-feira (17), para debater o GERA, programa de remuneração variável do banco que substitui o Agir.

O Itaú iniciou a reunião com uma apresentação do programa, que está em fase de testes em agências de Guarulhos (SP) e do Rio de Janeiro. O GERA aborda os pilares de autonomia, reconhecimento, simplificação e colaboração. O pagamento é mensal e semestral. No mensal são consideradas a produção do funcionário e a satisfação do cliente e no semestral é variável, considerando a questão financeira e a satisfação do cliente.

Para o Itaú, o GERAé um Programa melhor que o Agir, porém os representantes dos trabalhadores avaliam que as metas pioraram, tornando-se inatingíveis, e – com elas – vem o aumento do assédio moral, de demissões e de afastamentos médicos. “O piloto está acontecendo de maneira precária, em agências com falta de funcionários, o que ao meu ver impossibilita uma análise correta do projeto”, afirmou Márcia Basqueira, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Ela relatou que os funcionários estão apavorados com a mudança de função, pois têm de aprender, executar, bater meta, atender cliente e tudo durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). “Nas agências pequenas, na ausência do GA ou do líder de negócio, o GGA vai operacionalizar a agência, temporizar os cofres, abastecer os caixas eletrônicos, contar o numerário oriundo dos diversos caixas eletrônicos da agência, além de entregar a meta do VAI (vendas atendimento Itaú) e ainda entregar a grade do GERA? Sozinho?”, questionou Márcia.

Para piorar, uma das técnicas de treinamento é o conceito carrapato, no qual um trabalhador tem de ficar o tempo todo acompanhando o trabalho do colega, sem o distanciamento adequado. “Em muitos locais os gerentes estão sendo orientados a não relatarem casos de Covid-19 para manterem as agências abertas e conseguirem bater as metas e, assim, não serem demitidos. Eles chegam a fechar as agências para os clientes e mantêm os trabalhadores no local”, completou Valeska Pincovai, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Outro problema apresentado pelos bancários são as senhas que os clientes têm que pegar para serem atendidos, que são por segmento e quando não há ninguém para ser atendido, os bancários da Área Operacional precisam levantar e ir até o senheiro retirar a papeleta para dar baixa e não se prejudicar na meta. “Estamos recebendo denúncias de que aumentaram as metas de abertura de contas e de renegociação, dobraram as de empréstimo e as de Giro passaram de 300 mil para 1 milhão, um verdadeiro absurdo, se tornaram inalcançáveis”, avalia Maria Izabel, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Os membros da COE apontaram ainda que, com as mudanças nos cargos, os atendentes estão tendo que abrir caixas e não estão recebendo treinamento adequado, o que gera diferenças e outros problemas técnicos.

Por fim, foi ressaltado pelo movimento sindical que, na Pandemia, não deveria se estar discutindo programas de metas e nem estar sendo realizadas as mudanças de estrutura que o banco vem fazendo. “Deveríamos estar sim discutindo a prioridade do momento, que é a vida. Os bancários são essenciais e devem ser tratados como Tal”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

O banco se comprometeu a marcar uma nova reunião para responder as demandas apresentadas nesta quarta.

Fonte: Contraf-CUT

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Distribuição de absorvente tem de ser política pública

Um quarto das jovens brasileiras não tem acesso a absorventes e muitas chegam a faltar às aulas todos os meses. É a chamada “pobreza menstrual”, mais um indicador de que as mulheres são as maiores vítimas da conjunção de crises que abala o Brasil. Os dados da falta de absorvente para as mulheres estão no relatório Livre para Menstruar, produzido pelo movimento Girl Up, divulgado nesta quarta-feira (17) pela Folha de S. Paulo (leia clicando aqui).

A miséria que provoca a falta de absorventes para as jovens faz com que uma em cada dez adolescentes em todo o mundo se ausente da escola durante a menstruação. Para Elaine Cutis, o absorvente tem se constar na cesta básica da família. “É uma questão de dignidade da mulher e de saúde pública. A distribuição de absorventes e produtos de higiene para mulheres em situação de vulnerabilidade tem de ser questão de política pública. Existem projetos sobre isso que tramitam no congresso”, informou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis.

Para Elaine, a falta de absorventes é mais um indício da miséria que abala a maior parte da população brasileira. “Defendemos o ‘Fora Bolsonaro’ em nossa campanha neste mês de março pelo fato de que o desgoverno do atual presidente piorou, e muito, a vida das mulheres. Atualmente, de acordo com dados do IBGE, 48% das mulheres são chefes de família no país. Esse percentual é ainda maior nas periferias”, destacou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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CEE/Caixa faz nova cobrança sobre pagamento da 2ª parcela da PLR

O pagamento da 2ª parcela da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) dos empregados da Caixa foi mais uma vez foco do ofício da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa). No documento, os empregados destacam que a divulgação do balanço do 4º trimestre de 2020 da Caixa acontecerá na próxima quinta-feira (18) e os trabalhadores ainda não tiveram uma posição sobre quando acontecerá o pagamento desta conquista dos trabalhadores.

De acordo com o ofício enviado ao banco, o pagamento da PLR é uma forma de reconhecimento do esforço redobrado dos trabalhadores com o pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios. Mais da metade da população brasileira, cerca de 100 milhões de pessoas, passaram pela Caixa em busca dos auxílios.

“É um reconhecimento importante aos colegas. Mas não é o suficiente. Os empregados precisam ser valorizados pelo trabalho essencial que fazem. Nós, do movimento sindical e entidades representativas, sempre reivindicamos a ampliação no número de empregados, melhores condições de trabalho e de atendimento à população”, defendeu a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Com a volta do pagamento do auxílio emergencial, Fabiana destaca a urgência na vacinação dos empregados da Caixa, e de toda a população.

Pedido de antecipação

No final de fevereiro, a CEE enviou ofício à Caixa pedindo a antecipação do pagamento da PLR. A Caixa informou que o pagamento será até 31 de março, sem mais definições. Conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o banco público tem até 31 de março para efetuar o pagamento.

Fonte: Contraf-CUT

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Depois de cobrança das entidades, Caixa anuncia contratações, mas número não supre déficit

Depois de muita pressão e cobrança dos empregados e das entidades sindicais e associativas, a Caixa anunciou a contratação de 7,7 mil trabalhadores para o banco. Destes, segundo o anúncio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, serão 2.766 empregados – já incluídas as 566 contratações em andamento, 1.162 estagiários, 2.320 vigilantes e 1.456 recepcionistas. Ou seja, até o final do ano existe compromisso da Caixa de contratar 2.113 novos trabalhadores.

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, destaca que as contratações são resultado de muita mobilização e cobrança dos empregados e das entidades em defesa da categoria. No entanto, reforça que o número anunciado não supre o déficit de empregados, que chega a quase 20 mil trabalhadores. “É uma conquista, mas o número de contratações não é suficiente. Desde 2016 a Caixa vem diminuindo o quadro de empregados. Ao mesmo tempo aumentou o número de clientes, de operações e vai aumentar o número de agências. A chegada de novos trabalhadores é urgente, já que os empregados estão sobrecarregados pelo excesso de trabalho durante o pagamento do auxílio emergencial. Para continuar prestando um bom serviço à população, é preciso contratar muito mais. E tem uma fila de concursados aguardando convocação”, avaliou.

A Caixa chegou a ter 101,5 mil trabalhadores em 2014. Atualmente, conta com cerca de 82 mil empregados, mas o quadro de pessoas deve ser ainda menor. Em dezembro de 2020 o banco anunciou a reabertura do Programa de Desligamento Voluntário (PDV), mas não divulgou o número de adesões. Diante da redução de quase 20 mil empregados, as 2.766 contratações anunciadas não representam 15% do déficit.

A coordenadora da Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, reforça que a reivindicação de mais contratações é item referendado nos CONECEFs e pautado nas Campanhas Nacionais. “Vemos o esgotamento diários dos colegas, especialmente os que trabalham nas agências. Não existe mágica a ser feita. Para melhorar as condições de trabalho na empresa, e a rede atender melhor a população, a solução é termos mais empregados”, disse. “Claro que o anúncio é um avanço e lembramos que essa pauta é colocada em todas as mesas de negociações permanente. Mas apesar de atender nosso pleito, essas contratações ainda são insuficientes. Mas dado o anúncio da Caixa, vamos cobrar a efetivação da contratação desses outros 2113 trabalhadores”, afirma.

Leonardo Quadros, presidente da Apcef/SP, lembra que o assunto foi pautado na mesa de negociação realizada nesta terça-feira (16) “As contratações anunciadas são importantes e precisam ser distribuídas entre todas as regiões do país, mas não resolvem o problema, pois não representam o acréscimo nem de um novo empregado por unidade”, enfatizou.

Segundo Leonardo Quadros, o reforço de vigilantes e recepcionistas também foi cobrado pelos representantes dos empregados. Será extremamente necessário para melhorar as condições de trabalho das unidades para o novo ciclo de pagamento do auxílio emergencial. A prioridade deve ser preservar a saúde de empregados, prestadores e clientes”, ressaltou o presidente da Apcef/SP.

Reportagem confirma esgotamento dos empregados

Reportagem do jornal RJTV divulgou pesquisa que confirma a sobrecarga de trabalho dos empregados da Caixa durante o pagamento do auxílio emergencial. “Se era difícil para quem ficava horas esperando [nas filas], lá dentro os funcionários também sentiram, e muito, os efeitos da carga extra de trabalho”, informou a reportagem que também destacou a falta de contratações pelo banco. Além disso, as cobranças por metas e resultados continuaram, mesmo diante do trabalho extenuante durante a pandemia.

Na pesquisa feita com gestores, quase 98% dos profissionais consultados que declararam problemas de saúde mental, atribuíram o adoecimento ao trabalho na Caixa.  “Nos últimos cinco anos a gente teve uma baixa de quase 20 mil vagas. Foram sucessivos planos de demissão voluntária que a empresa não fez reposição. Já fomos mais de 100 mil empregados e agora somos pouco mais de 80 mil”, disse à reportagem o presidente da Associação de Gestores da Caixa no Rio de Janeiro e integrante da CEE/Caixa, Rogério Campanate.

Fonte: Contraf-CUT

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Provável elevação da taxa de juros deve agravar a crise econômica

O preço dos combustíveis já sofreu, apenas esse ano, seis reajustes pela Petrobras. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio do litro de gasolina subiu 14,6% de janeiro a março, enquanto o de etanol foi reajustado em 21,1%. Por outro lado, o indicador oficial de inflação acumula alta de 1,11% de janeiro para cá e chega a 5,20% em 12 meses.

Na “vida real”, os preços cobrados pelos combustíveis estão cada vez mais altos, como indica levantamento feito por dirigentes sindicais para a CUT, a Central Única dos Trabalhadores. No Acre, na cidade de Marechal Taumaturgo, próximo à fronteira do país com o Peru, há postos vendendo o litro da gasolina a espantosos R$ 8,20. Também no Acre, foi registrado o combustível a R$ 6,70, na cidade de Cruzeiro do Sul.

Os sucessivos aumentos da gasolina, assim como do álcool combustível, praticamente quinzenais, têm causado impacto importante na renda dos brasileiros. Em especial os que moram longe dos grandes centros. “Onde os preços dos combustíveis geralmente são mais caros, o PIB também é menor. São locais onde há poucas atividades produtivas, por isso os salários são menores. No fim das contas, pagando mais caro pelos combustíveis e pelos outros produtos que ficam também mais caros, o custo de vida fica maior”, diz Valnísio Hoffman, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES), ao portal da CUT Nacional, em reportagem de Andre Accarini.

Gasolina impacta em tudo

Segundo a técnica do Dieese Adriana Marcolino, a alta nos combustíveis tem impacto em toda a renda das pessoas, mesmo as que não utilizam automóveis particulares. “O transporte é item presente em toda cadeia de produção. Tem impacto nos alimentos, nos remédios, vestuário, enfim, em tudo que compõe o orçamento familiar”, explica.

É o que também afirma Rosângela Buzanelli, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras. “O reajuste vai gerar aumento de quase tudo, porque o custo do combustível tem influência direta na inflação, em especial nos alimentos e nas bebidas, e afeta, principalmente, o setor de transportes”.

Política de preços

Rosângela critica a política de preços adotada desde 2016, no governo Temer, pelo então presidente da estatal Pedro Parente, e continuada pelo governo Bolsonaro. “É uma estratégia que vincula o preço interno ao mercado internacional, por meio de um mecanismo chamado PPI (Paridade de Preços Internacionais), que nada mais é do que o valor cobrado lá fora, transformado em real pela taxa de câmbio, mais 5%”.

A trabalhadora petroleira lembra que o Brasil é autossuficiente na produção e refino do petróleo. Também afirma que a definição dos valores dos combustíveis pela Petrobras deveria levar em consideração vários outros fatores, em vez de somente o preço praticado no mercado internacional. “O alinhamento incondicional dos preços do mercado interno aos do mercado externo é ruim para a sociedade como um todo”.

Função social

Anda segundo reportagem da CUT, a média do preço de gasolina no país é de R$ 5,45. Porém, há cidades como Juiz de Fora (MG), Formosa (GO), Alenquer (PA) e Bagé ( RS) onde o valor médio está na casa dos R$ 6. No Rio, por exemplo, o litro chega a custar R$ 6,19. Em Barra Mansa, também no Rio de Janeiro, o consumidor paga até R$ 6,49.

“A Petrobras tem uma função social por ser uma estatal. Mas, infelizmente, os acionistas só pensam em lucros e atitudes assim não são pensadas. Eles, atualmente, rasgam o estatuto e a função social da empresa”, conclui Valnísio Hoffman.

Por sua vez, Rosângela Buzanelli cita ainda que características conjunturais e estruturais “devem entrar na balança para uma política de preços mais justos, que beneficie a todos, sociedade e acionistas”.

* Com CUT Brasil e FUP – Redação RBA: Marcelo Santos – Edição: Fábio M Michel

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CUT/Dieese: Lava Jato cortou empregos, minou a economia e foi cabo eleitoral de Bolsonaro

A Operação Lava Jato, importante por seus princípios, acabou sendo nociva ao país pelos efeitos econômicos e sociais, conforme aponta estudo elaborado pelo Dieese a pedido da CUT. O presidente da central, Sérgio Nobre, acrescenta o viés político, que também causou impacto negativo, cujas consequências são sentidas até hoje.

“A Lava Jato, a pretexto de combater a corrupção, tinha um outro lado. Tinha um claro projeto político e de poder por trás”, afirmou Sérgio Nobre, ao divulgar o estudo, na tarde desta terça-feira (16). “Não podemos esquecer nunca que a Lava Jato foi o principal cabo eleitoral do Bolsonaro.”

Investimento, emprego e PIB

Em resumo, o país perdeu investimento potencial equivalente a R$ 172,2 bilhões (a maior parte da Petrobras), que poderiam levar à criação de 4,44 milhões de empregos. Isso apenas de 2014 a 2017, o período “crucial” da Lava Jato, segundo o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. Além disso, o estudo aponta perda de 3,6% no PIB. Esse percentual superaria o resultado de 2017 a 2019, somado (no ano passado, o PIB caiu 4,1%).

Um ano atrás, os responsáveis pela Lava Jato informaram que a operação havia propiciado a recuperação de R$ 4 bilhões. Nesse caso, os R$ 172 bilhões não investidos corresponderiam a um valor 43 vezes maior. O procurador Deltan Dellagnol declarou que, no total, foram recuperados R$ 14 bilhões. Ainda assim, o investimento não feito seria 12 vezes maior.

Em grande parte, esse investimento deixou de ser feito pela Petrobras (R$ 104,3 bilhões). O presidente da CUT observou que isso enseja um discurso de que a empresa “quebrou”, usado para tentar “fatiar” para privatizar a estatal. Um “crime contra o Brasil e a classe trabalhadora”, afirmou.

Fausto (Dieese) destaca o impacto sobre o futuro do Brasil. E Sérgio Nobre (CUT) aponta ‘projeto de poder’ por trás do combate à corrupção (Reprodução)

Sem contar os postos de trabalho. Os estimados 4,4 milhões de empregos perdidos equivalem a 60% das ocupações eliminadas em 2020, considerando a Pnad Contínua, do IBGE. A maior fatia das vagas, segundo o estudo do Dieese, se concentra no setor de construção civil: aproximadamente 1,1 milhão. Um segmento diretamente atingido pela Lava Jato, com centenas de obras interrompidas pelo país. Em seguida, vem o comércio (atacado e varejo), com menos 802 mil empregos.

Impostos e massa salarial

Além disso, o país deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões de impostos e R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha (recursos para a seguridade social, destacou Fausto). E também reduziu a massa salarial do país em R$ 85,8 bilhões. “Isso era dinheiro para circular na economia”, observou o diretor técnico.

“A Lava Jato teve um impacto gigantesco do ponto de vista do que vai ser o futuro do Brasil”, afirma ainda. Para ele, a partir de 2014, principalmente, foi interrompido um projeto de desenvolvimento nacional, com efeitos econômicos, sociais, políticos e jurídicos. Com mais concentração de renda e perda de soberania. E efeitos, inclusive, em relação à pandemia. Ele acredita que, em outra conjuntura, “no mínimo metade” das vidas perdidas até agora teria sido poupada.

É preciso, salientou Fausto, mostrar para a população as consequências dessa operação no seu dia a dia. “O fato de as pessoas estarem pagando quase 6 reais, ou mais, por um litro de gasolina, ou o botijão estar perto de 100 reais tem a ver com a Lava Jato”, exemplifica.

Essa divulgação será feita em vários níveis, lembrou o presidente da CUT. Cópias do estudo – feito a partir da análise de obras interrompidas, caso a caso – serão levadas aos partidos, aos presidentes da Câmara e do Senado e aos ministros do Supremo Tribunal Federal. Uma cartilha, mais didática, será distribuída nos locais de trabalho,

Uma versão mais completa da análise do Dieese/CUT sobre a Lava Jato e seus impactos será publicada em livro, que está sendo elaborado por um conjunto de pesquisadores. E pretende esmiuçar um “momento sui generis da nossa história”, como diz Fausto. Que levou ao atual “período obscuro”, na definição de Sérgio Nobre.

Confira aqui detalhes do estudo.

Fonte: Rede Brasil Atual

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CEE/Caixa cobra melhores condições de trabalho e segurança aos empregados na Pandemia

A reunião da mesa de negociação permanente entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e a direção do banco público, realizada nesta terça-feira (16) por videoconferência, debateu melhores condições de trabalho aos empregados durante a pandemia de Coronavírus (Covid-19). “É sempre importante lembrar que esta mesa permanente é uma conquista dos empregados. A ideia é que consigamos construir, juntamente com a direção do banco, ações que priorizem os trabalhadores”, explicou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Antes de iniciar o debate sobre os pontos da pauta, a coordenadora da CEE cobrou que a Caixa negocie e reforce junto ao governo a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PIN). Na semana passada a Contraf-CUT encaminhou ofício ao Ministério da Saúde solicitando essa inclusão, visto que a atividade bancária é considerada essencial e se mantém ativa e em funcionamento em todo o território brasileiro.

Além disso, foi reforçada a necessidade de mais contratações, além do que já foi divulgado pelo banco, para ajudar na melhoria das condições de trabalho e possibilitar, ainda, um melhor atendimento para a sociedade.

Também foram cobradas respostas aos ofícios enviados pela Contraf-CUT, como o que pede a flexibilização da entrega das certificações Anbima e a manutenção das funções; esclarecimentos sobre a instabilidade dos sistemas; da reestruturação (pauta pendente já da última mesa ocorrida) e do canal de apoio para casos de violência contra a mulher.

Trabalho remoto

A Caixa fez uma apresentação da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre teletrabalho e banco de horas. Entre os itens já apaziguados estão a disponibilização de equipamentos e cadeiras em comodato, atenção médica à saúde com avaliação específica, ação educacional sobre trabalho remoto para gestores e empregados, mudança do presencial para o remoto “por iniciativa do empregado”, entre outros.

Impasse, até então, no debate sobre o Teletrabalho, a Caixa atendeu a reivindicação dos trabalhadores e será possível a marcação do ponto. Na nova proposta há a previsão de duas modalidades para o trabalho remoto, mediante negociação entre o empregador e o gestor: sem controle da jornada de trabalho ou com controle da jornada de trabalho e banco de horas para compensação em até 12 meses.

A Comissão também reiterou a reivindicação feita na última mesa de negociação de uma ajuda de custo, pois as despesas do teletrabalho não devem ser arcados pelos trabalhadores e sim custeados pela empresa.

Sobre o banco de horas, a CEE/Caixa fez a crítica, pois, dependendo da forma que for escrito, pode impossibilitar o pagamento de horas extras aos empregados. Outro ponto importante foi a reivindicação que durante a pandemia não seja feita destituição de função e/ou rebaixamento.

O banco ficou de avaliar os apontamentos e irá disponibilizar a minuta do ACT para ser avaliada pelos representantes dos trabalhadores na próxima semana.

MFA

A Caixa fez uma apresentação sobre as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. E a importância do sistema da proteção do empregado.

O movimento sindical ressaltou que os empregados foram pegos de surpresa, o que gerou muitas dúvidas. O principal problema está no uso dos celulares próprios dos empregados, que compromete o funcionamento do aparelho, além dos gastos com internet, todos pagos pelos empregados.

“O movimento sindical não é contra as medidas de segurança para os clientes e empregados, mas essas mudanças não podem gerar custos aos trabalhadores”, explicou Fabiana. “O que será feito com os empregados que não conseguirem fazer a autenticação? Eles não podem ser penalizados por conta de mudanças no sistema”, questionou a coordenadora da CEE.

A Caixa respondeu que está avaliando a possibilidade de aplicar este reembolso aos empregados dentro do acordo de teletrabalho. Disse que a previsão é que seja, de fato, imprescindível para a realização do teletrabalho.

Os representantes dos trabalhadores salientaram o fato de que o empregado, na prática, já utiliza o aparelho celular pessoal em benefício da empresa. “A própria empresa, institucionalmente, produz comunicação para distribuição para os empregados pelo WhatsApp, que é usado como ferramenta de cobrança de metas e  meio de comunicação. Se a empresa pretende obrigar o uso do aparelho, deve fornecê-lo aos empregados, assumir os custos e regrar o uso, para que se dê dentro da jornada de trabalho e preservando o direito à desconexão.”, completou Leonardo Quadros, membro da CEE/ Caixa. “Além disso, lembramos que a cobrança de metas por mensagens eletrônicas nos telefones celulares dos empregados é pratica proibida pela CCT, e situações como o MFA acabam por encorajar esta prática”, conclui.

Sistemas

O movimento sindical cobrou a regularização dos sistemas, que apresentam instabilidades constantemente, e a não responsabilização dos empregados pelos problemas decorrentes das falhas tecnológicas.

Foram dados exemplos como: quedas e travamentos durante o dia, operações que são ou não estornadas, transações que não aparecem na fita de caixa, inúmeros problemas causando diferenças de caixa.

Essa instabilidade não só tem prejudicado o desenvolvimento das atividades dos empregados, como também tem refletido nos clientes. O IBC tem tido problemas de lentidão e dificuldades de acesso até o momento.

Protocolos de prevenção da Covid-19

A CEE cobrou que a Caixa avance nos protocolos. Mesmo nos protocolos já existentes há denúncias de que não são cumpridos, como a higienização, que não está sendo realizada de forma tempestiva, constante ou de forma correta. Itens da pauta que tiveram avanço foram a questão de instalação de protetores de acrílico nas agências e a contratação de vigilantes externos e recepcionistas para o período de pagamento do auxílio emergencial. Segundo o banco isso já está em andamento.

Os representantes dos trabalhadores ainda cobraram a limitação da quantidade de clientes por vez nas agências, aferição de temperatura para entrada na agência, o retorno do rodízio, testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado, orientação de compra pelo pronto pagamento do tipo de máscaras eficazes (M 95, Pff 2, Tripla cirúrgica), manutenção e ampliação de empregados no Projeto Remoto e revisão da lista de “serviços essenciais”.

A CEE apontou ainda que as metas e o assédio moral tem adoecido sobremaneira os bancários, além de sobrecarregar a jornada já estafante dos trabalhadores. “Na pandemia o foco não pode ser metas e sim o atendimento digno da população. Além disso, estamos cobrando o compromisso que a Caixa fez durante a Campanha Nacional, de negociar com o governo a não abertura aos sábados. Se durante a semana o foco for o atendimento, agregado com o funcionamento dos sistemas, em especial do app Caixa Tem, não existe necessidade dos colegas trabalharem aos sábados” disse Fabiana.

Mobilidade dos Empregados

A CEE cobrou que a Caixa atenda as reivindicações dos trabalhadores de mobilidade entre as agências antes das contratações dos novos empregados. Também pediu que revise o Deu Match e Equaliza, uma vez que os sistemas não tem funcionado.

A reunião foi suspensa, devido ao adiantar da hora, por conta da reunião entre o Comando e a Fenaban, marcada para o início da tarde desta terça. Um novo encontro será agendado em breve.

Entretanto, a Comissão reforçou a cobrança para que a Caixa dê respostas sobre os pontos que ficaram pendentes como:

  • Reestruturação;
  • Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
  • Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória);
  • CR444 (PQV);
  • Lives durante horário de atendimento;
  • PSIs (transparência).
  • Fim dos objetivos SMART da VIRED;
  • PSIs (transparência).

Fonte: Contraf-CUT

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COE Itaú e banco debatem implantação do GERA

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne com a direção do banco na tarde desta quarta-feira (17), por videoconferência, para debater a substituição do Agir (programa de remuneração variável dos bancários da rede de agências) pelo GERA.

Jair Alves, coordenador da COE, explicou que a reunião foi marcada porque o assunto está levando muitas denúncias aos sindicatos de todo o país. “Na visão do banco, o novo programa traria ‘benefícios coletivos’ maiores e melhor resultado para o cliente, mas não é isso que dizem os bancários. O banco se comprometeu a explicar os motivos da mudança e como o trabalhador será afetado.”

Fonte: Contraf-CUT

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CEE/Caixa se reúne com o banco nesta terça-feira (16)

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reúne com a direção do banco nesta terça-feira (16), às 10h. A reunião da mesa permanente de negociação vai discutir as medidas anunciadas para a utilização dos sistemas do banco em acesso remoto e fatores de autenticação próprios e o fortalecimento dos protocolos de saúde contra a Covid-19, para proteger os empregados e a população.

Em um comunicado interno, o banco elencou as medidas necessárias à conexão remota em “Virtual Private Network – VPN” da Caixa e as ações necessárias à segurança dos acessos para realização do trabalho através do “Múltiplo Fator de Autenticação – MFA”. Segundo a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Contraf-CUT, Fabiana Uehara Proscholdt, a Caixa desconsiderou a ocorrência de dispêndios gerados aos empregados, particularmente, com custeio de conexão própria à internet, utilização de aparelho celular ou smartphones próprios e outros custos intrínsecos.

“Manifestamos nossa inconformidade com medidas que repassam os custos do trabalho remoto para empregados e exigiremos na negociação a retificação da medida. É pleito nosso que a Caixa custeie eventuais gastos que os trabalhadores tenham para o desenvolvimento de suas atividades no teletrabalho”, afirmou Fabiana.

A reunião da mesa permanente de negociação será realizada por videoconferência. A proposta da Caixa é tratar de assuntos relacionados ao trabalho remoto, banco de horas e demais decorrências, mas a coordenadora da CEE/Caixa adiantou que solicitou a inclusão de outras questões relacionadas ao trabalho durante a pandemia.

“Defendemos que os bancários sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação; queremos debater formas de melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso como os ocorridos nos últimos dias e que os empregados não sejam responsabilizados por problemas decorrentes de falhas tecnológicas; além do aprimoramento dos protocolos de prevenção, debater o aumento do número de pessoas em projeto remoto e retorno do rodízio, diante do aumento no número de casos”, salientou a coordenadora.

Confira a pauta da CEE para a reunião:

  • Aprimoramento dos Protocolos de Prevenção ao Covid (implementação de anteparo de acrílico em todas as mesas de atendimento;
  • limitação da quantidade de clientes por vez nas agências; retorno de vigilante e recepcionistas para triagem de filas; revisão da lista de “serviços essenciais”;
  • testagem para todos os empregados da unidade onde houver caso suspeito/confirmado;
  • Aumento do número de pessoas em Projeto Remoto e retorno do rodízio (o decreto de Brasília prevê isso, por exemplo);
  • Não exposição de “Nome e Sobrenome” de funcionário em SMS de avaliação de atendimento;
  • Revogação da determinação de 20/01, que previa a ampliação do número de pessoas trabalhando presencialmente nas unidades, inclusive áreas meio;
  • CR444 (PQV);
  • Objetivos Smart – VIRED;
  • Exclusão de metas de produtos durante a Pandemia;
  • Uso de celular/equipamento pessoal;
  • Revisão/Suspensão de destituições de função e rebaixamentos durante a pandemia;
  • Mobilidade dos empregados antes das novas contratações;
  • Prorrogação do prazo para fruição dos dez dias de compensação dos GGRs;
  • Ampliação do prazo para certificações e manutenção das funções;
  • Lives durante horário de atendimento;
  • PSIs (transparência);
  • Inclusão dos bancários nos grupos prioritários da vacinação;
  • Melhorias nos sistemas, para evitar problemas de lentidão e dificuldades de acesso, como os ocorridos nos últimos dias;
  • Não responsabilização dos empregados em problemas decorrentes das falhas tecnológicas;
  • Reestruturação nas áreas meio;
  • Inibir que empregados atuem fora da agência (após a porta giratória).

Fonte: Contraf-CUT

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Contraf-CUT pede inclusão dos bancários no Plano Nacional de Imunização (PNI)

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) solicitou ao Ministério da Saúde a inclusão da categoria bancária no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19.

Esta é uma das ações definidas no planejamento do Coletivo de Saúde Contraf-CUT e ganhou apoio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última reunião, realizada na semana passada, que se comprometeu a reforçar o pedido.

“A atividade bancária é considerada essencial desde o início da pandemia. Ou seja, este tempo todo a categoria bancária correu risco à saúde para atender toda a sociedade. Eles merecem ter essa prioridade. Mas, é fundamental lembrar, que nossa luta é pela vacina para todos”, declarou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT. “Cabe destacar que a execução das políticas públicas de caráter social passa, invariavelmente, pelo atendimento bancário. Desta forma, considerando o cenário, a categoria bancária tem passado por momentos de forte apreensão ao prestar o serviço de atendimento a toda a população, porém, receosos pela preservação de sua saúde e de seus entes familiares próximos”, completou

O texto do ofício explica que a tipificação da categoria bancária dentre aquelas listas no escopo das consideradas essenciais e prioritárias deve se estender ao Plano Nacional de Imunização – PNI contra a COVID-19. “Não raras são as situações em que contingentes de clientes, usuários dos serviços bancários e beneficiários das políticas públicas buscam atendimento nas agências bancárias e propiciam aglomerações, como demonstrado nas imagens anexas a este ofício”, diz um trecho do documento.

A reivindicação pede ainda que, além da inclusão da categoria bancária no PNI contra a COVID-19, devem considerar o escalonamento de horários de atendimento ao público, o que levará à redução das aglomerações nas agências bancárias, levando em conta, ainda, a necessidade de regramento do atendimento com distanciamento social e disponibilização de equipamentos de proteção individual aos trabalhadores. “As proposições foram levadas ao conhecimento da presidência do Banco Central do Brasil (BCB) e aos representantes das instituições financeiras na Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)”, aponta o texto.

Mauro Salles lembra ainda que cotidianamente são relatados casos de fechamento de agências bancárias para realização de processos de sanitização, quando constatada a contaminação pelo novo coronavírus naquele ambiente. “O número de bancários contaminados, internados em unidades hospitalares e falecidos é crescente”, lamenta.

Fonte: Contraf-CUT