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COE se reúne com o Bradesco nesta quinta-feira (25)

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúne na tarde desta quinta-feira (25) com a direção do banco para debater teletrabalho, fechamento de agências e garantias de emprego e violência contra a mulher.

Emprego

No mesmo dia em que o Bradesco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 19,458 bilhões, o presidente do banco, Octavio de Lazari, disse em entrevista que deve reduzir em mais de um terço a sua rede de agências. O corte faz parte de um plano de reestruturação de despesas que o banco já vem implementando desde o ano passado, quando fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências em 2020. A estimativa para este ano é encerrar as atividades de mais 450 agências. Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.

“Queremos saber como fica o emprego nesta nova reestruturação. Pois, mesmo durante a pandemia e com um acordo para não demitir, o banco reduziu seu quadro de funcionários”, questionou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.

Teletrabalho

A COE irá cobrar dos bancos os dados de trabalhadores que estão em home-office. Em dezembro, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a interrupção do retorno da categoria ao trabalho presencial, que estava acontecendo naquele momento. A fiscalização ficou por conta das comissões por banco.

Canal de violência

A COE Bradesco vai pedir transparência sobre o Canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Esse acordo foi incorporado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro de 2020.

Na CCT assinada em setembro, está estabelecido um programa de combate à violência. Além da criação do canal, a cláusula trata de ações de caráter preventivo para lidar com a questão como, por exemplo, o treinamento de gestores para lidar com a situação e identificar sinais de que uma bancária possa estar sendo vítima de violência.

“Queremos saber os que o banco vem fazendo, não só na implementação do canal, como também outras ações que estão fazendo. Onde a gente pode construir e avançar ainda mais ferramentas contra a violência”, disse Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

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Centrais cobram auxílio emergencial já

Seis das principais centrais sindicais voltaram a reivindicar a aprovação urgente, no Congresso, do retorno do auxílio emergencial. No valor de R$ 600, não uma quantia menor, como cogita o governo, que também pretenderia mexer em gastos sociais a título de “compensação”. Algo que as entidades e a oposição, por sua vez, entendem como chantagem.

“O auxílio emergencial foi fundamental, em 2020, para garantir renda e proteção a mais de 67 milhões de pessoas. Foi responsável pela sustentação da atividade econômica pelo consumo das famílias, evitando que a queda estimada do PIB de 4,5% não viesse a ser duas a três vezes maior”, afirmam os sindicalistas. “Neste momento, a triste realidade do Brasil é a da permanência da gravidade da pandemia, do atraso na vacinação e da ausência de qualquer auxílio.”

Nível alarmante

No ano passado, o auxílio foi pago durante nove meses. Até agosto, o benefício valia R$ 600. Foi uma vitória da oposição no parlamento, já que o governo Bolsonaro queria que fosse de R$ 200. De setembro a dezembro, caiu para R$ 300. Desde então, afirmam as centrais, a situação financeira dos trabalhadores se agravou, “tendo alcançado um nível alarmante após seu corte abrupto, e sem sinais de arrefecimento da crise sanitária, em dezembro”.

Assim, os dirigentes observam também que não se trata de medida permanente, mas uma proteção que deve durar até o final da pandemia. “Repudiamos a chantagem do governo Bolsonaro, que propõe, em troca de um auxílio com um valor reduzido a 40%, para menos da metade dos beneficiários e por poucos meses, aprovar mudanças constitucionais que destroem as políticas sociais de saúde e educação, que promovem brutal desmonte do financiamento do orçamento público e um violento arrocho salarial sobre os servidores públicos e aposentados.”

Além do auxílio emergencial, vacinação

Além disso, a manutenção do auxílio deve estar associada a uma “política geral de vacinação universal” coordenada pelo SUS. “Auxílio emergencial e vacinas são políticas essenciais que devem estar conectadas às políticas econômicas e sociais. Políticas que, para o bem do Brasil, devem promover e sustentar a retomada do crescimento econômico, a geração de emprego e renda, condições que permitirão, aí sim, progressivamente, o fim do auxílio emergencial”, concluem os sindicalistas.

A nota divulgada hoje (23) é assinada por seis presidentes: Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), José Reginaldo Inácio (Nova Central) e Antonio Neto (CSB).

Fonte: Rede Brasil Atual

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Movimento sindical cobra da Caixa previsão da publicação do balanço e solicita antecipação da PLR

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou dois ofícios para a direção do banco público na noite desta segunda-feira (22). No primeiro, reivindicou esclarecimentos sobre a previsão da publicação do balanço e solicitou a antecipação do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como forma de valorizar o trabalho feito pelos empregados durante o ano de 2020.

“A pandemia exigiu um esforço redobrado dos colegas para atender a população num momento tão difícil, no qual a Caixa exerceu um papel social importantíssimo junto aos mais necessitados”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

No segundo ofício, a Contraf-CUT pediu esclarecimentos sobre a reestruturação da Vice Presidência de Logística e Operações (VILOP). “As atividades de várias áreas estão sendo migradas, inclusive empregados. Recebemos denúncias que isso tem impactado no andamento das atividades executadas nas áreas anteriores, gerando descontinuação, desordem e ausências”, explicou Fabiana. “Além disso, também tem gerado muita apreensão entre os empregados, pois não existe qualquer transparência no processo de realocação”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

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Taxar os super ricos é a solução para custear a previdência, o SUS e reativar a economia

O governo conservador, economistas neoliberais, financistas, a elite econômica, milionários e a mídia corporativa fazem um carnaval fora de época com o pretenso déficit da previdência. Com sangue nos olhos, defendem reformas da previdência para cortar benefícios, dificultar aposentadorias, privatizar a previdência e condenar idosos à miséria. Para eles, a culpa pelo desequilíbrio das contas é dos velhinhos, que teimam em aposentar, sobreviver um pouco mais e deixar pensão para seus dependentes.

A seguridade social engloba previdência social (INSS), assistência social e assistência à saúde (SUS). De acordo com a Constituição Federal, estas despesas devem ser custeadas pela arrecadação previdenciária, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Na tabela abaixo, comparei as receitas destas três fontes e as despesas com benefícios previdenciários e assistenciais, e os gastos do Governo Federal com o SUS em 2020 e 2014. Em números de dezembro de 2020, as receitas caíram quase 30% de 2014 para 2020, enquanto as despesas subiram somente 4%.

O problema, portanto, não foi o aumento excessivo das despesas, mas a redução descomunal das receitas. Neste período, o número de benefícios da previdência aumentou 12%, de 32,1 milhões para 36,1 milhões. Mesmo com 2020 sob pandemia, os gastos com o SUS aumentaram pouco mais de 6% no período. Até 2014 a economia brasileira crescia continuamente. Naquele ano tivemos a menor taxa de desemprego da História recente do Brasil. A arrecadação de tributos federais acompanhava esta trajetória. A partir de 2016 a economia mergulhou em recessão, o desemprego bate um recorde atrás do outro, milhões de pessoas desistem de procurar emprego simplesmente porque não encontram, explodiu o número de pessoas fazendo bico, trabalhando sem carteira assinada ou atendendo por aplicativos sem relação formal de trabalho. O que significa que milhões de pessoas deixaram de contribuir para a previdência social.

Tabela com valores de arrecadação e despesa compara os números de 2014, atualizados para 2020, com os números efetivamente realizados no ano passado / Fonte: INSS

Previdência e reformas

A reforma trabalhista aprovada no governo Temer contribuiu decisivamente para aprofundar esta situação. A destruição do aparato fiscalizatório do Estado facilitou a informalidade. A reforma trabalhista e a recessão incentivaram a redução de salários e encargos sociais, deteriorando ainda mais as receitas da seguridade social e o equilíbrio das contas. A sociedade brasileira tem um grave problema a resolver.

A solução de Bolsonaro e Paulo Guedes foi a mais cruel possível – fazer o ajuste em cima dos trabalhadores, para reduzir o fluxo de aposentadorias e fazer com que as pessoas recebam benefícios por menos tempo, retardando a entrada em benefício.

Mais receitas

A solução necessária, aquela que interessa aos trabalhadores, é outra. Primeiro é preciso reativar a economia para gerar empregos com carteira assinada, aumentar a massa salarial e, portanto, a arrecadação dos tributos que sustentam a seguridade social. Isto depende de políticas públicas voltadas para investimentos, por exemplo, em infraestrutura, construção civil e áreas que geram muitos empregos. Esperar isto do atual governo, que só pensa em cortar, é ilusório.

A segunda medida é taxar os rentistas e milionários. Impostos sobre grandes fortunas, tributar dividendos e o lucro sobre aplicações financeiras, aumentar a alíquota máximo de Imposto de Renda sobre as rendas mais altas e reduzir para a base da pirâmide, aumentar a tributação das heranças milionárias. Enfim, aumentar tributos sobre o capital financeiro e as grandes propriedades e reduzir impostos sobre os salários e o consumo. Com isto dá para aumentar as receitas para a seguridade social.

Está na hora dos super ricos pagarem a conta, eles que pagam um nada de impostos, sonegam e sempre foram favorecidos neste país que construiu, ao longo de 500 anos, uma das sociedades mais desiguais e de maior concentração de renda do mundo atual.

*José Ricardo Sasseron foi presidente da Anapar, diretor de Seguridade da Previ e diretor do SEEB São Paulo.

Fonte: Rede Brasil Atual

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Banco Itaú paga PLR no dia 1º de março

O Banco Itaú informou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que irá efetuar o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 1º de março.

O coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves, lembra que a PLR é mais um dos direitos conquistados pelo movimento sindical depois de muitos anos de luta. “É resultado da mobilização da categoria e dos sindicatos na busca por seus direitos. É a prova de que, quando nos unimos, somos fortes. Na atual conjuntura, temos que ter a história de nossas conquistas como exemplo. É momento de nos unirmos para lutar pela manutenção de nossos direitos e continuar nosso histórico de conquistas.”

Devido à queda no lucro, o Itaú não pagará 2,2 salários para todos, com teto de R$ 20.528,66. Neste ano, o banco adotou a regra de 5% do lucro para pagar, que corresponde a regra básica de 90% do salário de dezembro de 2020 + valor fixo de R$ 2.529,54, limitado a R$ 13.568, 74, que deverá ser multiplicado por 1,512826. Com isso, vai haver majoração no pagamento, conforme a tabela abaixo. O valor da parcela adicional é de R$ 5.059,08, que será paga no mesmo dia.

PCR

Em setembro o banco Itaú pagou a Participação Complementar dos Resultados (PCR) no valor de R$ 2.943,50. Como a ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido) do Itaú em 2020 não ultrapassou 23%, não haverá diferença a ser paga agora. assim como a Participação Complementar dos Resultados (PCR) no valor de R$ 2943,50.

Fonte: Contraf-CUT

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Deputado quer incluir BB no pacote de privatizações do governo

O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) apresentou na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (17), um Projeto de Lei (PL 461/2021) que altera a Lei 9.491 de 1997 e inclui o Banco do Brasil no Programa Nacional de Desestatização.

“Kataguiri é e sempre foi um instrumento da política privatista dentro do Congresso Nacional e fora dele. Um simples executor e apoiador dos projetos nefastos do governo Bolsonaro e do (ministro da Economia) Paulo Guedes. Um serviçal do mercado. O deputado justifica o projeto alegando que é muito ‘simples’ privatizar o Banco do Brasil, desconhecendo totalmente sua função pública e os lucros astronômicos produzidos por seus funcionários, que refletem em recursos para a União”, observou o secretário de Relações do Trabalho e responsável por acompanhar os projetos de interesse da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

O dirigente da Contraf-CUT observa, porém, que, mesmo se aprovada, a proposta de Kataguiri terá que ser alterada por uma Lei Complementar, que deve ter origem no Executivo.

“Mas, temos que lutar com todas as nossas forças para que o projeto do Kataguiri não seja aprovado. Pois sabemos dos interesses do governo Bolsonaro na privatização das empresas públicas, dentre elas o Banco do Brasil. Já sentimos na pele a privatização disfarçada que ele vem promovendo no banco, com reestruturações e a venda de subsidiárias altamente lucrativas e, sabemos, se o banco ainda não foi privatizado foi devido à resistência das entidades sindicais e do apelo popular contra a pauta de privatizações”, ressaltou o dirigente.

Caixa Econômica Federal

Apesar de em sua justificativa o deputado dizer que existem peculiaridades que dificultam a privatização da Caixa Econômica Federal, por ela fazer parte do sistema nacional de habitação e por controlar as loterias, Jefão diz que também existe risco para a Caixa.

“Na justificativa ele diz que existem ‘peculiaridades que dificultam a privatização da Caixa Econômica Federal’, mas no texto que dá à nova redação ao artigo 3º da Lei 9.491, de 1997, ele também exclui a Caixa dos dispositivos da lei que vedam participações acionárias na empresa. Ou seja, existem dificuldades, mas a colocação de ações da Caixa na Bolsa também não estará mais vedada”, observou.

Mostrar contrariedade

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, também se mostrou contrário ao projeto. “Dizer que o Banco do Brasil pode ser privatizado por já ter ações na Bolsa é, no mínimo, falta de conhecimento da importância do banco para a economia do país. Mas, também pode ser que haja interesses diferentes do que o de desenvolvimento social e econômico do Brasil, o que contraria o dever que deveria ter um deputado federal”, criticou.

“Por isso, vamos alertar aos funcionários e também toda a sociedade quanto aos riscos que existem caso o projeto seja aprovado. Vamos instruir a todos que se manifeste contra a aprovação”, concluiu Fukunaga.

Quem quiser mostrar sua contrariedade ao projeto, além de participar de outras atividades propostas pelos sindicatos e entidades sociais que lutam contra a privatização do Banco do Brasil, também pode acessar o site e mostrar sua discordância na enquete promovida pela da Câmara dos Deputados.

Fonte: Contraf-CUT

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CEE/Caixa desenvolve calendário de lutas contra reestruturação e metas desumanas

A reestruturação de áreas da Caixa tem preocupado a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa). A mudança acontece em todo o país, sem justificativa e planejamento, deixando os empregados inseguros e em pânico. Esse foi um dos temas debatidos na reunião da última sexta-feira (12) da Comissão, que aconteceu por meio de videoconferência. No encontro, os representantes dos empregados abordaram ainda a Campanha de Valorização dos bancários da Caixa, que tem como temas as metas desumanas e o desrespeito do banco.  O Saúde Caixa também foi tema da reunião.

Para intensificar as cobranças, a CEE está desenvolvendo um calendário de lutas fortalecendo a Campanha de Valorização dos empregados, contra a reestruturação, metas desumanas, o assédio e as medidas abusivas do presidente da Caixa, Pedro Guimaraes. As atividades começam na próxima sexta-feira (19), com um tuitaço em defesa da Caixa 100% pública e dos direitos dos empregados.

“O objetivo é mobilizar todos os empregados e mostrar para a Caixa a nossa união. A Caixa precisa respeitar os empregados, as metas desumanas têm deixados todos sobrecarregados e adoecidos e isso não pode acontecer”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Reestruturação

A Comissão recebeu mais denúncias de áreas que estão sendo extintas ou realocadas para centralizadoras. Além disso, os empregados têm relatado incertezas quanto ao trabalho, sem saber o que acontecerá com a sua área. Outro ponto descartado pela CEE/Caixa foi a falta de comunicados oficiais pelo banco, que insiste em dizer que não há reestruturação.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizaram, na segunda-feira (08), a primeira audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre a perseguição aos empregados que está acontecendo na Caixa devido à reestruturação imposta pela gestão do banco.

O procurador do trabalho deu um prazo de 30 dias par que a Caixa apresente as informações solicitadas para então definir os desdobramentos.

Metas desumanas O crescimento da cobrança de metas também foi tema da reunião. Em tempos de pandemia, a Caixa tem cobrado metas desumanas, adoecendo os empregados. Diante desse cenário que surgiu a Campanha de Valorização dos bancários da Caixa.

A reivindicação para reduzir a meta vem sendo feita pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) desde o início da pandemia. Diversos ofícios já foram enviados cobrando a direção do banco, mas sem respostas.

Durante a Campanha Nacional 2020, o assunto também foi tratado. O pedido foi para que a Caixa deixasse de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

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Com ‘autonomia’ do BC e contas em dólar, Lira passa ‘boiada’ do mercado financeiro

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não perdeu tempo para mostrar serviço ao mercado financeiro. Na semana passada, poucos dias após ser eleito, ele comandou a aprovação de dois projetos que terão consequências importantes para o funcionamento da economia brasileira: a autonomia do Banco Central (BC) e o novo Marco Legal do Mercado de Câmbio.

Mas essas medidas não serão capazes de dar resposta ao avanço do desemprego. Nem solucionar a equação orçamentária que permita a extensão do auxílio emergencial para milhões de brasileiros que sofrem com a segunda onda da pandemia, por exemplo. Pelo contrário.

De acordo com o economista Uallace Moreira, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), a suposta “blindagem” ao BC vai, na verdade, aumentar a influência dos agentes do mercado financeiro sobre as políticas monetárias, afastando a soberania popular. Por outro lado, a nova Lei do Câmbio, que permite que brasileiros tenham contas em dólar e crédito em reais para não residentes, de aumentar a vulnerabilidade externa do país.

Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual desta sexta-feira (19), o professor afirma que Lira estaria “passando a boiada” em nome do mercado financeiro. A expressão ficou conhecida após o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defender rem reunião ministerial em abril de 2020 que o governo deveria aproveitar as atenções voltadas para o combate à pandemia para aprovar medidas impopulares. Naquele caso específico, ele tratava da flexibilização da legislação ambiental em favor dos interesses do agronegócio, desmatadores e grileiros.

Independente de quem?

Com a autonomia do BC, os diretores passarão a cumprir mandatos de quatro anos. O presidente do banco também deverá comandar a autoridade monetária por igual período, mas seu mandato vai começar no terceiro ano da gestão do presidente da República. Para Moreira, esse dispositivo, na verdade, vai “blindar” as autoridades monetárias inclusive das pressões sociais. Um novo governo que queiram adotar uma política fiscal diferente da atual também vai encontrar enormes dificuldades.

“A política monetária vai tratar da crise do desemprego ou vai tratar da possível redução da rentabilidade dos ativos financeiros?”, questiona o economista. “Ou seja, o governo que elegemos não vai ter a capacidade de promover um processo de efetivação do plano de governo que a sociedade votou. Porque o presidente do BC pode estar atrelado a uma lógica rentista, que é o que vai acontecer. Ele vai ser captado, cooptado pelo rentismo. E vai impedir a implementação desse programa.”

Sobre o argumento de as autoridades monetárias estariam livres para tomar decisões “eminentemente técnicas”, Moreira lembra que quase todos os ex-diretores e ex-presidentes do BC atualmente ocupam cargos proeminentes em grandes bancos privados de investimentos.

Fonte: Rede Brasil Atual

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Empregados da Caixa fazem tuitaço contra as metas desumanas nesta sexta (19)

Empregados da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil e entidades representativas dos empregados estarão mobilizados nesta sexta-feira (19) contra as metas desumanas impostas pelo banco que estão causando o adoecimento dos trabalhadores. Às 11h, começa o tuitaço e os bancários podem usar as hashtags #MexeucomaCaixaMexeucomoBrasil #CaixaValorizeOEmpregado e #MetasDesumanasNão nos seus perfis da rede social. O objetivo também é denunciar o desrespeito do banco contra os empregados e o déficit no quadro de trabalhadores.

A ação faz parte do calendário de lutas da Campanha de Valorização da categoria, lançada em 28 de dezembro, para chamar atenção da sociedade sobre a importância do trabalho realizado pelos trabalhadores da empresa, especialmente em 2020, ano marcado pela crise sanitária da Covida-19.

As metas desumanas têm acompanhado o empregado desde o início da pandemia. Apesar da direção do banco ter assumido o compromisso de diminui-las em mesa de negociação, a medida não aconteceu. “Existe uma necessidade urgente que é dar melhores condições de trabalho para todos os empregados. Os colegas já estão sobrecarregados e a situação só piora. O cansaço é de todos e por isso a Caixa precisa contratar. A ampliação do quadro, além de aliviar a sobrecarga, também significa um atendimento melhor para a população”, avaliou coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Na pandemia, os empregados, mais uma vez, trabalharam intensamente para cumprir o papel social da Caixa. Foram nove meses de pagamento do pagamento do auxílio emergencial para mais de 67 milhões de brasileiros, medida tomada para aliviar os efeitos da crise sanitária. Também foram os trabalhadores da Caixa que atenderam outros 50 milhões de brasileiros que buscaram o banco para receber outros benefícios emergências.

“A pressão e cobrança por metas desumanas estão adoecendo os trabalhadores. Mesmo com quadro reduzido para atendimento, os bancários ainda são direcionados para outros trabalhos no objetivo de cumprir metas. A direção da Caixa é perversa. Cadê o respeito e valorização dos colegas?”, afirmou o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto.

Outro problema é a redução de empregados que a Caixa tem feito nos últimos anos. O déficit atingiu mais de 19 mil postos de trabalho e o número deve aumentar, uma vez que ainda não foram divulgados os dados completos de desligamentos do último Programa de Demissão Voluntária (PDV).

Participe! Use as hashtags

  • #MexeucomaCaixaMexeucomoBrasil
  • #CaixaValorizeOEmpregado
  • #MetasDesumanasNão
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Neste fim de semana, tem protestos contra Bolsonaro e pela vacina em todo o país

A voz do povo brasileiro vai ecoar pelas ruas de várias cidades do país, mais uma vez, neste fim de semana. As mobilizações em formato de carreatas e bicicletadas vêm, cada vez mais, unindo a população em torno de dois gritos, o #ForaBolsonaro e #VacinaJá. Os atos estão sendo organizados pela CUT e demais entidades que fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Confira no final do texto as cidades que já confirmaram os atos.

A bandeira dos protestos é o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). As reivindicações são por Vacina Já e para todos e uma política eficaz de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 240 mil pessoas no país, pela volta do auxílio emergencial, contra o desemprego e contra os altos preços dos alimentos. Tudo isso é consequência da política desastrosa de Bolsonaro.

Para a CUT e os movimentos sociais, assim como para grande parcela da população, além de negar a pandemia e fazer pouco caso das mortes por Covid-19, Bolsonaro não é capaz de resolver os problemas sociais e econômicos e recolocar o país no caminho do desenvolvimento com proteção social.

Pelo contrário, mergulha o país na crise, com sua política econômica de ajuste fiscal que penaliza os trabalhadores e trabalhadoras, em especial os mais pobres, e que vem desde o início de seu mandato, como continuidade do governo de golpista Michel Temer (MDB).

E após quase um ano de pandemia, 2021 começou com a perspectiva de agravamento da crise sanitária e sem uma luz no fim do túnel para o Brasil sair desse caos econômico e social. A afirmação é da Secretária Geral da CUT, Carmen Foro.

Ela aponta a fome e a miséria de milhões de brasileiros, além das mortes provocadas pelo novo coronavírus como as consequências mais graves da postura e ações de Jair Bolsonaro e motivo principal de o povo brasileiro não suportar mais a situação do país.

“Não podemos normalizar a convivência com o vírus. Essa doença está matando muita gente por falta de uma política humanitária de enfrentamento à pandemia. Não é normal. Também não é natural que as pessoas passem fome, por continuarem desempregadas e sem um mínimo de condição para manter o mais básico em suas vidas”, diz a dirigente.

Para Carmen, as crescentes manifestações contra Bolsonaro refletem o descontentamento do povo brasileiro com o Governo Federal. A população, diz, tem acordado e se levantado cada vez mais contra Bolsonaro.

“O povo está vendo o governo gastar milhões em coisas como leite condensado, cerveja e picanha, principalmente para os militares, outros milhões para comprar o voto de deputados para eleger os aliados para a presidência do Congresso, enquanto diz que não pode pagar o auxílio emergencial de R$ 600, que é fundamental para salvar vidas durante a pandemia – para não deixar pessoas morrerem de fome”, ela diz.

Pressão no Congresso

Os atos têm como objetivo principal mostrar ao presidente da Câmara, deputado Artur Lira, que a maioria dos brasileiros está nas ruas porque não suporta mais a falta de responsabilidade de Bolsonaro para cuidar da economia, por não adotar políticas de geração de emprego e renda, além de negligenciar o enfrentamento à pandemia.

Entre os atos de Bolsonaro, Carmen Foro cita como intoleráveis o atraso do país para dar início à vacinação e o descaso com a saúde pública, que em Manaus, por exemplo, chegou ao colapso absoluto com pessoas morrendo por falta de oxigênio, sem que o governo tenha tomado qualquer providência para evitar a situação. “E poderia ter evitado mais mortes”, pontua a dirigente.

A má condução do enfrentamento à Covid-19 pelo governo Bolsonaro também inclui as campanhas em favor da utilização de medicamentos que não têm nenhuma eficácia comprovada e conforme dizem os especialistas – médicos infectologistas – podem provocar danos colaterais muito sérios. “´Uma política genocida”, diz a secretária Geral da CUT.

Para a CUT e demais entidades que fazem parte das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, não será possível o Brasil sair da crise com Bolsonaro no governo. Carmen Foro explica que análises feitas por especialistas em economia e política apontam para única perspectiva: “É uma necessidade este homem sair do governo para o que país seja reconduzido a um caminho de geração de emprego e renda, e de cuidados com as pessoas, de superação da fome”, ela diz.

Veja alguns locais onde carreatas já estão confirmadas:

Brasília:
Carreatas partirão de diversos pontos do DF, a partir das 8h, em direção ao Palácio do Buriti, onde ocorre a concentração. O início da carreta oficial, que seguirá pela Esplanada dos Ministérios é às 10h30.

Ceará
Fortaleza: carreata e bicicletada no sábado, dia 20, a partir das 15h, com concentração em frente à estátua de Iracema. O ato inclui como bandeira de protesto a defesa da aposentadoria dos servidores de Fortaleza e contra a flexibilização do porte de armas.

Mato Grosso
Cuiabá: carreata no sábado, dia 20, às 8h com concentração em frente à Casa da Democracia na avenida do CPA.

Mato Grosso do Sul
Campo Grande: ‘Carreata pela vida, pelo emprego, pelo auxílio emergencial e #ForaBolsonaro. Concentração às 10h na Avenida Gury Marques, próximo ao terminal rodoviário.

Pará
Belém: carreata #ForaBolsonaro e #nãoàReformaAdministrativa, no sábado, dia 20, às 9h com concentração na Aldeia Cabana

Pernambuco
Recife: tem concentração a partir das 09h, na antiga fábrica da Macaxeira, Av.Norte.

Rio Grande do Norte
Natal: carreata com concentração no Acesso à Mãe Luiza, na Via Costeira, às 8h30, domingo (21).

Rio Grande do Sul
Porto Alegre: concentração às 10h na Rótula das Cuias (Parque Harmonia). A carreata seguirá pelas ruas da cidade a partir ds 11h.

Santa Catarina
No estado, as manifestações serão realizadas do domingo, 21/02

Florianópolis: carreata e bicicletada com concentração às 9h30 em frente à ALESC (para quem mora na ilha) e no estacionamento da Beira Mar de São José (para quem mora no continente)

Joinville: carreata com concentração a partir das 9h30, na Arena Joinville

Blumenau: carreata com saída às 9h30 da Prefeitura de Blumenau

Rio do Sul: carreata com concentração no Parque Municipal, às 13:30

Lages: ato unificado na Praça João Costa, no Centro, às 15h

São Paulo
DIA 20 – Carreata Itinerante do Alto Tietê

Arujá: 8h – Rua Serra dos Canudos – Mirante (ao lado da Escola Estadual Geraldo Barbosa de Almeida)

Itaquaquecetuba: 8h30 – Rodovia Alberto Hinoto (altura da Marfinite)

Ferraz de Vasconcelos: 9h – Avenida Gov. Jânio Quadros, 2191 (altura do Ethernety Motel)

Mogi das Cruzes: 9h – Concentração na Avenida Cívica

Poá: 9h30 – Avenida Vital Brasil (divisa com Itaquaquecetuba)

Suzano: 10h30 – Avenida Brasil (altura do Parque Max Feffer)

Piracicaba: 9h – Concentração no Bolsão do Estacionamento da Estação Paulista

Jacareí (Vale do Paraíba): 9h30 – Concentração em frente ao Parque da Cidade

Campinas: 10h – Concentração no Largo do Pará

Sorocaba: 10h – Concentração em frente à Prefeitura (Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 3041 – Alto da Boa Vista)

Capital: Saídas de diferentes pontos, às 14h, com destino à Avenida Paulista
-Praça Charles Miller (Estacionamento do Pacaembu)
-Avenida Vitor Manzini (Largo do Socorro)
-Em frente ao Itaquerão (estacionamento)
-Estrada do Sabão, 800 (em frente ao Sacolão Municipal) – Brasilândia

DIA 21
Ribeirão Preto: 9h – Concentração em frente à Câmara Municipal (Avenida Jerônimo Gonçalves, 1200 – Centro)

Itapevi: 9h – Concentração em frente à Apeoesp (Rua Ezequiel Dias Siqueira, 178 – Jardim Rainha)

Araçatuba: 9h30 – Concentração na Avenida Odorindo Perenha (ao lado do supermercado Rondon, loja 4)

Santos: 15h – Concentração na Avenida Mário Covas, em frente ao OGMO

Com informações da CUT