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Caixa vai distribuir R$ 716 milhões de adiantamento da PLR

Em reunião ocorrida nesta terça-feira (19) com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa Econômica Federal informou que os valores a serem pagos nesta quarta-feira (20) a título de adiantamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) serão maiores do que os estabelecidos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados da Caixa. O valor médio a ser pago nesta parcela de antecipação será de R$ 8.327,00 (veja abaixo a tabela com os valores por cargo). No total, 85.901 empregados serão contemplados.

A Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), Lizandre Souza Borges, participou da reunião.

Isso foi possível porque a Secretaria de Coordenação das Estatais (Sest) autorizou o aumento do limite de dividendos a serem distribuídos de 25% para 75% e também o limite da parcela do lucro a ser distribuída, que está estabelecida no ACT, em 50%. A Sest permitiu que a Caixa distribua 54% do limite do lucro autorizado.

Com relação à PLR Social, 70% dos indicadores levam em conta o trabalho social. Em 2022, apenas 30% dos indicadores eram baseados no trabalho social.

“Continuamos com nossa reivindicação para que sejam considerados apenas o trabalho social para o estabelecimento do valor a ser pago a título de PLR Social, mas entendemos que houve uma melhora significativa e que a Caixa se comprometeu em buscar melhorar isso no pagamento final da PLR”, afirmou a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.

A Caixa disse que, levando em conta os pleitos da representação sindical dos trabalhadores, permanece estreitando o relacionamento com a Sest e os ministérios para que seja possível uma melhoria dos parâmetros no pagamento da parcela final.

A coordenadora da CEE também ressaltou a importância da Caixa ter passado as informações para a representação dos empregados de forma antecipada. “Seria bom se esta reunião tivesse ocorrido antes, para que pudéssemos resolver o problema caso houvesse alguma divergência. Mas já é um grande avanço o banco nos ter passado as informações antes, para que a gente consiga responder aos questionamentos dos trabalhadores, que sempre existem”, disse.

Redutor

Mesmo o valor sendo maior do que o estabelecido no ACT, o banco informou que aplicou um redutor para se adequar aos limites de dividendos estabelecidos pela Sest e evitar que, em caso de lucro menor do que o esperado do segundo semestre, não haja a necessidade de devolução de valores no pagamento da segunda parcela da PLR, como ocorrido em março deste ano, quando foi paga a parcela do lucro de 2022.

Imposto de renda

Desde 2015 não havia correção da tabela do IR. Neste ano, o governo Lula reajustou a tabela, tanto em relação ao rendimento mensal, quanto em relação aos valores recebidos a título de PLR (são tabelas distintas). A faixa de isenção da tabela da PLR passou dos R$ 6.677,55 para os atuais R$ 7.407,11, um reajuste de 10,93%. Como os valores recebidos pela categoria a título de PLR são maiores do que a faixa de isenção, há o desconto na fonte de acordo com a tabela abaixo.

Para o cálculo, em razão de o período de apuração fiscal ser anual, o bancário deve somar os valores recebido da segunda parcela da PLR de 2022, com os valores da antecipação (primeira parcela) que serão pagos nesta quarta-feira (20).

*com informações da Contraf-CUT

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Funcionários cobram do BB entrega da revisão da tabela PIP

Já se passou um ano desde que o Banco do Brasil (BB) apresentou, em mesa de negociação, proposta de melhorias no critério da Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usado na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) que permite aos trabalhadores do BB, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria. Entretanto, até o momento, o banco não tirou da gaveta a nova tabela, para que a medida seja implementada.

“A mudança de cálculo da PIP significa uma melhora substancial no benefício dos aposentados do plano Previ Futuro. Isso significa, portanto que, cada mês sem a entrega da revisão da PIP é um mês em que os associados estão sendo prejudicados”, pontuou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “O movimento sindical está cobrando uma mesa com o banco para debater o tema e uma data efetiva para a implementação do novo modelo de cálculo”, completou.

Entenda

•             A revisão da tabela PIP é uma antiga reivindicação dos trabalhadores, que impacta na contribuição adicional, conhecida como 2B, que pode variar de 1% a 10% do salário de participação dos associados do Previ Futuro, com o BB contribuindo com o mesmo percentual que o participante.
•             A 2B aumenta à medida que o funcionário evolui em sua carreira.
•             Desde que o plano Previ Futuro foi criado, em 1998, não houve alteração da metodologia de cálculo da PIP, mesmo após várias alterações nos planos de cargos e salários.
•             Isso explica por que, até o momento, apenas executivos com altos salários têm conseguido obter 10% na parte 2B.
•             O que o movimento sindical bancário propõe com a proposta de revisão é mudar isso, para que mais associados da Previ tenham oportunidade de realizar contribuições adicionais superiores e, desta forma, aumentar suas chances de engordar a aposentadoria no futuro.

Fonte: Contraf-CUT

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Trabalhadores voltam a protestar contra juros altos em todo o Brasil

Na próxima quarta-feira (20), data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve anunciar mudanças nas altas taxas de juros da economia brasileira (Selic), trabalhadores voltam às ruas para pedir juros baixos.

A economista da subseção do Dieese, na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vivian Machado, ressalta que a expectativa do mercado é de mais uma queda de 0,5%. Com isso, a Selic passaria dos atuais 13,25% para 12,75%.

“Lembrando que essa será a segunda queda consecutiva da taxa Selic depois de o Banco Central ter praticado, durante três anos, um aumento do índice que alcançou seu ponto máximo, em mais de 20 anos, em agosto do ano passado (13,75%) e se manteve assim durante um ano. Isso fez com que o país passasse a ter o maior nível do mundo de juro real (que é o resultado da Selic menos a inflação), afetando negativamente a economia e a geração de emprego”, completou.

Pressão dos trabalhadores

A Contraf-CUT faz parte das entidades que estão articulando manifestações nas redes sociais e nas ruas, no próximo encontro do Copom. “No primeiro semestre do ano, iniciamos a campanha #JurosBaixosJá, chamando a atenção da sociedade, com vídeos e cards educativos, sobre o impacto dessa política de juros extorsivos praticada pelo Banco Central e que impedem a geração de emprego e que o trabalhador tenha recursos para comprar sua casa própria, seu carro”, destacou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

“Por que uma Selic menor é tão importante para a economia brasileira e principalmente para os trabalhadores? Porque estimula o investimento produtivo e a geração de emprego e renda. Os juros definidos pelo Banco Central são repassados para os clientes de todo o sistema financeiro. Então, com a Selic alta, fica mais alto o custo do crédito para as pessoas e para as empresas, significa pagar mais caro pela casa própria, pelo carro. Logo, o inverso também acontece: a Selic mais baixa dinamiza a economia e melhora a vida da população e do setor produtivo, com mais recurso para gastar e investir”, explicou Juvandia.

Selic razoável

O economista Ladislau Dowbor, professor da PUC São Paulo, calcula que uma taxa básica de juros razoável para o país seria de 6% a 5% (menos da metade da atual), o que daria em termos de juros reais 1,5% de lucro, como é praticada em países da Europa e pelos Estados Unidos. “Os rentistas, que são uma minoria, ganham aqui no Brasil 8,5% de juros sem fazer nada, sem produzir nada. É um escândalo”, alertou.

Já o economista Marcelo Manzano, professor da Unicamp, avalia que um patamar razoável para o juro real no país seria entre 3% e 5%. “Os países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne 38 países de economias mais avançadas] trabalham com juros mais baixos, mas infelizmente temos uma moeda menos valorizada, e isso obriga o país a trabalhar com um juro maior. Se baixar demais pode ocorrer a fuga de capital financeiro, pois seria mais confortável para os investidores manterem o dinheiro no exterior. Ainda assim, a atual taxa praticada pelo BC é desproporcional”, explicou em entrevista ao site da CUT.

Entenda

  • O Copom, entidade do BC, se reúne por dois dias, a cada 45 dias, para definir a taxa básica de juros do país, chamada Selic. O próximo encontro será nos dias 19 e 20 de setembro.
  • A Selic mais alta aumenta o custo de vida do trabalhador, os empréstimos para pessoa física e empresas e também a dívida do Estado, pois impacta nos juros dos títulos públicos.
  • Os principais beneficiados com a Selic elevada são, portanto, os detentores dos títulos da dívida pública, que atualmente são as instituições financeiras.
  • Diante do quadro, movimentos sociais, incluindo o movimento sindical, realizam desde o início do ano manifestações e campanhas com o hashtag #JurosBaixosJá.
  • Em três anos, desde que Roberto Campos Neto assumiu a presidência do BC, a Selic passou de 2% ao ano, em janeiro de 2021, para 13,75% em agosto de 2022 – nível mantido até agosto deste ano quando, finalmente, o Copom reduziu em 0,50% o índice.
  • A expectativa do mercado, na próxima reunião, é de um novo corte de 0,50% e que, continuando a tendência de corte, a Selic alcance 11,75% no final do ano.
  • Economistas de tendência desenvolvimentista, entretanto, avaliam que uma taxa básica de juros razoável deveria, pelo menos, estar no patamar de um dígito.

Manifestações

Os atos do dia 20 estão sendo convocados, na maioria dos locais, a partir das 10h (de Brasília), com concentração em frente dos prédios do Banco Central, nas cidades onde a entidade possui sede. Nas cidades onde o Banco Central não tem sede, os sindicatos devem chamar a concentração para locais de grande circulação.

Já as ações de rede sociais serão concentradas das 11h às 12h, com a hashtag #JurosBaixosJá, e sempre marcando o Banco Central (@BancoCentralBR) nas postagens.

Confira os endereços para manifestações em frente às sedes do Banco Central:

– Brasília (DF): Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3 Bloco B – Ed. Sede. Brasília;
– Belém (PA): Boulevard Castilhos França, 708 – Campina;
– Belo Horizonte (MG): Av. Álvares Cabral, 1.605 – Santo Agostinho;
– Curitiba (PR): Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico;
– Fortaleza (CE): Av. Heráclito Graça, 273 – Centro;
– Porto Alegre (RS): Rua 7 de Setembro, 586 – Centro;
– Rio de Janeiro (RJ): Av. Presidente Vargas, 730 – Centro;
– Salvador (BA): 1ª Avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB);
– São Paulo (SP): Av. Paulista, 1.804 – Bela Vista.

Em Recife (PE) as manifestações ocorrerão à partir das 6h20, na Estação Central de Metrô do Recife.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco paga PLR dia 22 de setembro e 13ª cesta no dia 10 de outubro

O Bradesco informou na manhã desta segunda-feira (18) que realizará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 22 de setembro, próxima sexta-feira. A 13ª cesta alimentação também será antecipada, com pagamento agendado para 10 de outubro.

A coordenadora Comissão de Organização dos Empregados (COE), Magaly Fagundes, explica que o banco atendeu uma reivindicação do movimento sindical, que pediu a antecipação dos pagamentos. “A PLR é uma conquista muito importante da organização e luta da nossa categoria, assim como a 13ª cesta alimentação, outra importante conquista, assegurada no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos bancários”.

Dinheiro no bolso

De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho da Categoria (CCT), o valor da antecipação da PLR é composto por uma parcela correspondente à “Regra Básica” e uma “Parcela Adicional”. Pela “Regra Básica”, será pago o valor correspondente a 54% do salário-base mais verbas fixas de natureza salarial, vigentes no dia 1º de setembro de 2022, além do valor fixo, tudo corrigido pelo INPC de setembro de 2022 a agosto de 2023, mais aumento real de 0,5%. O valor tem um teto, que também será corrigido segundo o mesmo índice.

Pela “Parcela Adicional”, o valor será determinado pela divisão em partes iguais entre os funcionários elegíveis, de acordo com as regras da CCT, do equivalente a 2,2% do lucro líquido do banco apurado no 1º semestre de 2023. Na parcela adicional também existe um limite que deve ser corrigido.

Fonte: Contraf-CUT

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Lula sanciona lei que concede auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quinta-feira (14) a lei que garante o pagamento, por até seis meses, de auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que precisam ser afastadas do lar. O texto inclui o benefício entre as medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha. “É um importante apoio para a proteção das mulheres e para romper o ciclo de abusos. O Governo Federal está comprometido com a vida das mulheres”, escreveu o presidente em seu perfil na rede social X.

A medida possibilita que as vítimas encontrem moradia e guarida adequadas quando se depararem com situações de ameaça, hostilidade e violência que tornem necessária a saída de seus lares. “É mais um instrumento dentro da Lei Maria da Penha que vem garantir mais direitos para as mulheres”, resumiu a ministra das Mulheres em exercício, Maria Helena Guarezi.

“Muitas vezes, as mulheres não têm para onde ir. Às vezes, elas vão para a casa de um parente, mas não têm espaço ou não podem ficar na casa de um parente. E essa lei veio para beneficiar todas essas mulheres. É bem importante porque a maioria das mulheres está nessa situação”, completou a ministra em exercício.

O pagamento do auxílio-aluguel será concedido por um juiz e financiado por estados, municípios e o Distrito Federal, por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Fundo de Assistência Social. O valor da assistência a ser concedida vai depender das condições de vulnerabilidade em que cada vítima se encontra e do município em que ela vive.

Basta!

A sanção da lei é uma das ações do Governo Federal que busca mudar o cenário de crescimento da violência contra a mulher no país. Em 2022, as agressões em contexto de violência doméstica aumentaram 2,9%, totalizando 245,7 mil casos, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

As ameaças cresceram 7,2%, resultando em 613,5 mil casos; e os acionamentos ao 190, número de emergência da Polícia Militar, chegaram a 899,4 mil ligações, o que significa uma média de 102 acionamentos por hora. Já os feminicídios cresceram 6,1%, resultando em 1.437 mulheres mortas em 2022.

“A criação desse novo benefício é de extrema importância. Porque muitas mulheres continuam sob a mira de seus agressores justamente pela dependência financeira ou, quando o agressor não está mais sob o mesmo teto, pela falta de condições para se mudar para um endereço desconhecido de seu agressor”, destaca a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes. “Como representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, categoria que tem histórico de avanços importantes na luta por igualdade de gênero no mundo laboral, nós avaliamos a medida como fundamental”, completou.

Contribuição da categoria bancária

Em agosto de 2021, a Contraf-CUT lançou nacionalmente o projeto “Basta! Não Irão Nos Calar!”, de assessoria jurídica para mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A iniciativa começou dois anos antes, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A advogada e assessora jurídica da Contraf-CUT, Phamela Godoy, explicou que o papel da Contraf-CUT é apoiar a implementação do Basta nas federações e sindicatos da categoria bancária, onde são estabelecidos os canais para mulheres, em situação de violência doméstica, contatarem a assessoria jurídica especializada, que inclui dede orientações para a procura dos canais e serviços públicos, até questões relacionadas à guarda de filhos.

“Atualmente, as bancárias contam com 12 canais para acolhimento e assistência jurídica especializada. São 298 cidades atendidas, nas cinco regiões do país”, destacou Phamela Godoy.

Até julho deste ano, os canais do Basta! haviam atendido 383 mulheres e dois homens, parentes de mulheres em situação de violência doméstica ou familiar. Do total de atendimentos, foram geradas 343 ações judiciais, sendo 199 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com base na Lei Maria da Penha.

Fonte: Contraf-CUT

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BB: mesa sobre Performa e Planos de Cargos e Salários segue sem avanços

Em mesa de negociação sobre o programa Performa e o Plano de Cargos e Salários (PCS), realizada na quarta-feira (13), os membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) criticaram a morosidade do banco em apresentar respostas às questões que foram aprovadas pelos trabalhadores e entregues ao banco, na minuta de reivindicações.

O Performa foi criado pelo BB em 2020, com a promessa de que a reestruturação não impactaria no desenvolvimento da carreira de mérito, portanto na diminuição das verbas salariais dos funcionários. Entretanto, não foi isso o que aconteceu. E, desde aquele ano, o movimento sindical vem denunciando os impactos negativos do programa.

Na reunião dessa quarta, o banco também não apresentou nenhuma resposta em relação ao PCS. “A única manifestação que o banco fez na mesa foi um pedido para que nós compartilhássemos estudos e reivindicações nossas sobre a questão”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Nossa avaliação de tudo isso é muito negativa, porque estamos a praticamente três meses do final do ano com poucos avanços”, completou.

Temos trabalhadores que estão adoecendo por conta da sobrecarga, como é o caso dos gerentes de serviços, que estão com acúmulo de funções. A solução não pode mais ser adiada”, destacou ainda Fernanda Lopes.

Em resposta às manifestações dos trabalhadores na mesa, o banco admitiu que não tinha “algo concreto para apresentar”, tanto em relação ao Performa, quanto em relação ao PCS, e ainda que não há “perspectiva de trazer uma proposta de planos e salários até o final do ano”.

Os membros da CEBB rebateram, reforçando a exigência pela revogação do Performa, o fim da Verba Temporária Vinculada a Função (VTVF ou, como ficou conhecida entre os trabalhadores, a verba come-come). Além disso, o movimento sindical cobrou a volta das funções de gerente básico e avançado e concordou em auxiliar o banco com subsídios às discussões do PCS, contanto que a CEBB participe do grupo de trabalho que está estudando a questão no banco e, ainda, que esse grupo tenha resolutividade e que sejam apresentados os prazos definidos.

“Infelizmente tivemos uma reunião mais tensa, porque o banco não está tratando a mesa de negociação como um espaço em que tem que chegar com avanços. Em julho nós já havíamos discutido a questão do Performa, problema já reconhecido publicamente pelo banco, mas estamos no final do ano e seguimos sem proposta concreta para solução dessa situação que tanto prejudica os trabalhadores”, pontuou a coordenadora da CEBB.

Entenda

•           Prevista inicialmente para o dia 11 de setembro, a mesa de negociação temática sobre PCS e Performa ocorreu nessa quarta-feira, 13 de setembro.
•           O banco não apresentou propostas e nem avanços concretos sobre o Performa e o PCS e admitiu que não há perspectiva de trazê-las nos próximos meses.
•           Sobre o Performa, os trabalhadores reivindicam a revogação do programa que, criado no início de 2017, impactou negativamente na carreira de mérito, portanto ocasionou a diminuição de verbas salariais de funcionários.
•           Em relação ao PCS, que estabelece os critérios de remuneração, os bancários exigem participação ativa no grupo de trabalho do banco que estuda o plano de carreiras e, ainda, que o grupo tenha resolutividade e que sejam apresentados os prazos definidos.
•           Os trabalhadores pontuaram que a mesa de negociação seja um espaço para avanços concretos em relação à minuta de reivindicações da categoria, entregue ao banco ainda no ano passado.

Fonte: Contraf-CUT

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Compromisso socioambiental de bancos não passa do discurso

O secretário de Formação da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR), Pablo Diaz, em apresentação na última reunião do Coletivo Nacional de Formação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ocorrida dia 5 de setembro, desenvolveu análise do Febraban Tech, em que mostra que o discurso do setor financeiro, de compromisso ambiental e social, não coincide com suas ações.

A apresentação faz parte do debate do eixo conjuntural da reunião do Coletivo, que também destacou outros temas, como o cadastramento de educadores para a rede nacional de formadores da Contraf-CUT, a abertura de três novas turmas para o curso de análise de conjuntura, a definição das datas das quatro novas turmas do curso para novos dirigentes (a primeira será dias 15 e 16 de setembro para a base da Fetraf-RJ/ES), a continuidade da construção da política de formação sindical da Contraf-CUT e o lançamento do Clube do Livro pelo Sindicato do Bancários de Londrina – uma iniciativa surgida a partir de debates anteriores do próprio Coletivo de Formação sobre a criação de grupos de estudos nas entidades sindicais.

O Febraban Tech é um megaevento anual de tecnologia e inovação do setor financeiro, considerado o maior do gênero da América Latina, que reúne lideranças dos setores financeiro, de tecnologia e de áreas ligadas à inovação, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Na edição deste ano, realizada em junho passado, a Febraban afirmou enfaticamente que a agenda ESG, sigla em inglês para “Environmental, Social and Governance” (Ambiental, Social e Governança, em tradução literal) é uma marca dos bancos, como representação do compromisso do setor com a transição para a economia verde e para a monetização dos ativos ambientais, com responsabilidade climática. A entidade também se autodeclarou como o grande pilar de sustentação social, em especial pelo protagonismo em sua atuação na chamada economia digital.

Para Pablo, porém, “o que vemos na prática interna é a contradição do aumento da exploração dos trabalhadores por metas nunca satisfatórias, sempre requerendo mais quando o tema é ‘acionistas’. A tecnologia, portanto, ao contrário de libertar, tem sido usada para acorrentar o trabalhador a um ritmo de trabalho virtual que aos poucos extingue a fronteira entre a jornada de trabalho e a vida privada”.

A análise de Pablo, que também é mestre em Tecnologia e Trabalho pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e coordenador regional Dieese Paraná, buscou, em linhas gerais, em suas palavras, “a captura ideológica e instrumental do capital financeirizado da agenda da esquerda, omitindo a lógica de acumulação”.

Para o secretário da Fetec-CUT/PR, “a novilíngua corporativa é uma peça de propaganda que parece inclusiva, mas, na verdade, exclui o trabalhador da sua própria existência e personalidade, impondo um ritmo existencial cujo polo é unicamente a meta”.

Ele usou como referência Brett King, cofundador do Moven, um dos primeiros bancos virtuais do mundo, e autor dos livros de Banco 2.0 e Banco 3.0. Conforme dados do australiano citados por Pablo, “80% dos bancarizados no Quênia são clientes pelo celular, eles não conhecem agências”.

Outro exemplo de descaso dos bancos com a sociedade é confirmado pela presença “das cooperativas de crédito, que têm crescido exatamente neste momento em que os bancos acentuam seu movimento pela redução de agências bancárias, porque o atendimento físico é necessário”, complementou Pablo.

Por isso, como pontuou o palestrante, “King, que já assessorou a Febraban, mas sempre alertou sobre esses riscos, fala de um ‘tecnossocialismo’, porque a tecnologia sobre o capital é excludente e pode causar revoluções. King também cita como melhor exemplo a China, porque o país faz avanços e recuos à medida que isso afeta o equilíbrio social”.

O secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, avaliou que “a participação de Pablo Diaz, foi destacada, pois trouxe uma análise abrangente do discurso corporativo do setor bancário, que em vez de assumir e honrar compromissos, é usado tanto para a exploração de seus trabalhadores, quanto para justificar o fato de não cumprir suas responsabilidades sociais”. Para Zanon, “debates com essa qualidade, sobre particularidades do setor financeiro, são importantes para a formação global dos dirigentes sindicais”.

Confira aqui a apresentação completa de Pablo Diaz.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa: Empregados cobram PLR Social correta

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) mandou, nesta quinta-feira (14), um novo ofício à Caixa Econômica Federal ratificando o pedido para que o banco reconheça o trabalho social realizado pelos trabalhadores. No ofício a Contraf-CUT também pede que o pagamento seja adiantado para o dia 15/09. O banco havia anunciado o pagamento para o dia 20.

“Os empregados se esforçam e cumprem todas as tarefas para atender as demandas sociais da Caixa e, mesmo sobrecarregados e tendo que superar os inúmeros problemas de sistemas, fizeram com que o banco obtivesse lucro no primeiro semestre. É justo que sejam reconhecidos no pagamento da PLR Social por todo trabalho social que realizam”, defendeu a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “A Caixa é um banco público. É a principal responsável pela execução das políticas sociais do Governo Federal. Pode não trazer lucro para o banco, mas é o trabalho da Caixa. Os trabalhadores precisam ser reconhecidos por isso”, completou.

No ofício enviado nesta quinta-feira, a Contraf-CUT ratifica o pedido do ofício anterior, enviado no dia 22 de agosto. O texto diz que “A Contraf-CUT vem substanciar o pedido feito para que a PLR Caixa – Social seja vinculada a desempenho exclusivamente de indicadores sociais e paga em sua integralidade.”

A Contraf-CUT também pede mesa de negociação para esclarecimentos e disponibilização da memória de cálculo da PLR e a discriminação dos valores que serão pagos, que permita a aferição do cumprimento da cláusula 12ª, parágrafo sexto, do Acordo Coletivo de Trabalho, que estabelece o percentual de adiantamento de até 50% do valor devido a cada empregado, considerando o lucro do 1º Semestre de 2023.

Fonte: Contraf-CUT

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Live esclarece dúvidas sobre incorporação de função na Caixa

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal, e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) realizarão uma live, nesta quinta-feira (14), a partir das 19h, para esclarecer dúvidas das empregadas e empregados sobre a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), que determina que o banco incorpore ao contrato de trabalho dos empregados o direito à incorporação conforme o RH 151 (normativo interno que regulava a incorporação de função).

A coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, e a advogada Meilliane Vilar, do LBS Advogadas e Advogados Associados, responsável pela ação, farão um bate-papo sobre a decisão e esclarecerão dúvidas dos participantes. A live será transmitida ao vivo pelo Facebook e canal da Contraf-CUT no Youtube.

Leia matéria no site da Contraf-CUT sobre a decisão e participe da live.

Incorporação de função na Caixa
Live nesta quinta-feira (14), a partir das 19h
Transmissão pelo Facebook e Youtube da Contraf

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Santander: Assembleias avaliarão acordo de compensação de horas

Sindicatos da categoria bancária de todo o país realizarão assembleias na próxima sexta-feira, 15 de setembro, das 8 horas às 20 horas, para deliberar sobre o Acordo Coletivo de Trabalho sobre Regime Especial de Compensação de Horas do Banco Santander, com vigência de 01 de setembro de 2023 a 31 de março de 2024.

PARA VOTAR

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) disponibiliza um sistema eletrônico para que os sindicatos possam realizar as assembleias, com votação eletrônica pela internet.

Para isso, basta que os bancários acessem o link: https://bancarios.votabem.com.br/ e o próprio sistema irá direcionar o votante para o sindicato da base de cada um, após o preenchimento dos dados.

Alguns sindicatos não utilizam este sistema. Então, caso o direcionamento não ocorra automaticamente, o interessado deve acessar o site, ou entrar em contato com seu sindicato, para verificar como votar.

PARTICIPEM!