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Banco Inter tem trimestre histórico, mas demite funcionários

O Banco Inter reverteu um prejuízo de R$ 13,3 milhões no primeiro semestre de 2022 e registrou lucro líquido de R$ 88,4 milhões, no mesmo período deste ano. Só no segundo trimestre de 2023, o lucro líquido foi de R$ 64 milhões, 165% maior que o trimestre anterior.

Mesmo com todo esse desempenho, o Inter fechou 400 postos de trabalho nos últimos três meses. Por outro lado, o número de clientes chegou a 20,7 milhões, com crescimento de 12% no trimestre e de 73% em um ano. Para Liliam Diniz, funcionária da entidade e diretora do Sindicato dos Bancário de Belo Horizonte, os números provam a sobrecarga de trabalho a que os funcionários e funcionárias do banco estão sendo expostas. “Infelizmente ainda nos deparamos com o excesso de demandas, prazos curtos e outras questões que contribuem para a pressão enorme sobre os trabalhadores. Cobramos que o Banco Inter valorize os funcionários e entenda a importância dos esforços e comprometimento de todos para crescimento da Instituição”.

Para Marco Aurélio, diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte que participa das negociações com o banco, representando os trabalhadores, os sindicatos sempre tiveram um papel importante a fim de diminuir as desigualdades no Banco Inter e garantir direitos. “Se não fossem os sindicatos para defender os empregos e melhores condições de trabalho, a situação estaria mais grave. Por isso, é fundamental que mais funcionários se filiem à sua representação sindical”, completou.

Veja aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

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Saúde Caixa: empregados exigem aprofundamento do debate

ntabilidade do plano.

“O banco tem divulgado uma revisão no estatuto. A gente quer saber qual parte do estatuto é analisada e esperamos que a retirada deste limitador esteja contemplada. Esta é uma demanda dos empregados e da representante dos trabalhadores no Conselho de Administração desde 2017”, disse Fabiana. “Se a Caixa não aprofundar o debate, entraremos num impasse”, enfatizou.

Os representantes dos empregados continuam críticos às divergências dos números apresentados pelo banco. Entre os pontos, destaque para a diferença de R$ 82 milhões nas contribuições dos usuários que não estão inseridas nas reservas do plano, conforme apresentação do relatório do banco. A Caixa buscou justificar os números e, diante das contestações dos representantes dos empregados, a empresa se comprometeu a enviar um documento justificando os números, inclusive a diferença no valor dos fundos de reservas desde a constituição do plano até 2022.

Durante a reunião, a Caixa informou que aquele seria o último encontro do grupo e que os assuntos debatidos seriam encaminhados à mesa permanente. A decisão foi imediatamente questionada pela representação dos trabalhadores.

“O debate ainda está inconclusivo. Até o momento a Caixa não trouxe respostas suficientes, ainda não temos pleno acesso a dados que são base para construirmos em conjunto um modelo eficiente e custeio justo a todos os empregados”, avaliou Fabiana Proscholdt. “Se os números solicitados desde o início das discussões no GT fossem apresentados, já teríamos avançado muito. Depois de tantas reuniões a gente não ter, de fato, uma resposta para dar aos usuários é muito frustrante”, apontou.

Leonardo Quadros, representante dos trabalhadores no GT, reforçou que a decisão fere o Acordo Coletivo, que prevê a manutenção do grupo para tratar do Saúde Caixa, sua sustentabilidade e qualidade. “A Caixa precisa fornecer acesso às bases primárias do plano, com dados certificados, para que a consultoria contratada pela representação dos empregados faça as avaliações necessárias a fim de aprofundarmos os debates do custeio do plano”, reforçou.

Maria Lúcia Dejavitte, também representante dos empregados, reforçou o posicionamento. “O sentimento que fica é que o GT não cumpriu seu objetivo e as reuniões são apenas informes e não uma discussão aprofundada dos apontamentos que fizemos aqui. Esse GT é visto como oportunidade de criar algo que é muito valioso para os empregados, especialmente os aposentados. Quando saímos de uma reunião sem uma notícia, desperta uma ansiedade muito grande neles”, destacou.

Após os apontamentos dos representantes dos empregados, a Caixa recuou e informou que vai dar continuidade ao GT. O calendário dos encontros ainda será definido.

A representação dos empregados reforçou a necessidade de aprofundar o debate em diversos pontos, inclusive sobre prevenção de doenças e promoção da saúde – ações que reduziriam os custos do plano.

“Isso vai refletir na melhoria da saúde ocupacional e da qualidade de vida dos empregados da ativa, aposentados e seus dependentes. Além de reduzir os custos, o plano deixará de tratar doenças e passará a tratar as pessoas”, ressaltou Fabiana.

Empresa de auditoria

A representação criticou novamente a mudança nos contratos de auditoria. Além da preocupação com a equipe de empregados da Cesad, que hoje realiza os serviços, os representantes criticam o escopo da contratação da nova empresa, que extrapola o papel de auditoria e tem atribuições como rotinas de credenciamento, por exemplo. “Isto demonstra um claro problema de gestão”, apontou Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT

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Projeto que libera abertura de bancos aos finais de semana volta a tramitar

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) se reuniram na segunda-feira (15) com o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT/AL), para tratar sobre o PL 1043/2019, que obriga os bancos a abrir as agências aos sábados, das 9h às 14h, e aos domingos, das 9h às 13h. O deputado Paulão é o novo relator do projeto.

“Trouxemos nossas preocupações e posicionamentos ao deputado e mostramos porque defendemos o arquivamento deste projeto”, disse o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável da Confederação pelo acompanhamento das pautas de interesse dos trabalhadores em tramitação no Congresso Nacional. “Trata-se de um projeto pernicioso, que pode aumentar ainda mais a pressão por metas e o assédio sobre a categoria bancária, e, consequentemente, gerar ainda mais adoecimento de trabalhadores, que já sofre demais com as cobranças abusivas”, completou, ao lembrar que para a abertura em casos excepcionais, como feiras e eventos de negócios, ou situações emergenciais, são realizados acordos específicos para que bancários possam trabalhar em dias não úteis, sem que haja alteração na jornada de toda a categoria.

Jefão explicou ainda que a jornada da categoria é reduzida para que haja tempo de relaxamento para os trabalhadores, que desempenham suas tarefas em constante pressão, seja devido a cobrança abusiva de metas pelos gestores, seja porque manipulam grandes quantidades de recursos financeiros, o que gera sensação de insegurança e medo de assaltos. “A categoria é a que tem maior índice de afastamentos para tratamento de saúde, sendo os transtornos mentais o mal de maior incidência”, disse.

Segundo o autor da proposta, deputado David Soares (DEM/SP), o horário de funcionamento das agências, hoje, se sobrepõe à jornada de trabalho da maioria da população, sendo necessária a abertura das agências nos finais de semana.
O diretor de Administração e Finanças da Fenae, Marcos Saraiva, o Marcão, contesta a argumentação do autor do projeto e explica que a digitalização do setor bancário e o aumento das transações digitais é uma realidade que contempla a necessidade da população. E ressalta os prejuízos aos trabalhadores.

“Se o objetivo é melhorar o atendimento à população, deveria aumentar as contratações, colocar mais bancários nas agências. Na nossa opinião, a intenção da proposta é atender o interesse do mercado financeiro e aumentar ainda mais o lucro dos bancos em detrimento da saúde dos trabalhadores”, enfatizou Marcão.

Luta antiga

Desde 2019, quando o autor do projeto, apresentou a proposta, o movimento sindical bancário vem lutando contra sua aprovação, o que levou à retirada de pauta diversas vezes. “Queremos mais do que a retirada de pauta, queremos o arquivamento definitivo”, disse Jefão.

O dirigente da Contraf-CUT lembra, no entanto, que antes mesmo do PL 1043/2019, já houve diversas tentativas de aprovação de leis que autorizam a abertura dos bancos aos finais de semana.

“A pauta já surgiu no Congresso de diversas formas, por projetos de lei ou por medidas provisórias. Até mesmo colocadas como ‘jabutis’ em propostas sem qualquer ligação com o tema. Seja por sua ilegalidade, seja pela pressão exercida pelos trabalhadores, conseguimos derrubá-las. Mas o assunto, vira e mexe volta à pauta. Com certeza existem interesses escusos nisto”, ressaltou Jefão.

“Temos que nos manter mobilizados e continuar acompanhando este projeto e todos os outros que são interesse dos trabalhadores, para lutar contra aqueles que nos prejudicam e apoiar aqueles que nos trazem novas conquistas”, concluiu Jefão.

Fonte: Contraf-CUT, com Fenae

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Santander reabre período para alteração ou adesão ao plano odontológico

O Santander informou que reabriu, nesta terça-feira (15), o período para alterações e novas adesões, por funcionários da ativa e afastados, ao plano odontológico (Interodonto). O prazo encerra-se em 22 de setembro.

Os funcionários do Santander possuem três opções de plano odontológico:

  • Básico (sem custo ao funcionário e seus dependentes)
  • Intermediário 1 (R$ 16,59 por pessoa)
  • Intermediário 2 (R$ 31,75 por pessoa)

Para realizar a adesão ou alteração no plano odontológico, os funcionários ativos devem acessar o Portal RH ou App Santander Pessoas. Já os afastados devem acessar o Portal RH Externo.

Após a adesão ou alteração, a vigência do plano terá início em 1º de outubro, tanto para utilização dos serviços quanto para a cobrança da mensalidade do plano escolhido. “A reabertura do período de novas adesões e alterações no plano odontológico é muito importante. Esta é uma conquista garantida aos funcionários brasileiros do Santander na ACT Santander vigente até 31 de agosto de 2024. É fundamental que o banco faça uma ampla divulgação para que todos os interessados possam fazer a adesão ou alteração no prazo estipulado”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa de Queiroz.

Fonte: Contraf-CUT

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Novas plataformas devem gerar movimentação de 500 funcionários no BB

O Banco do Brasil confirmou a criação de novas plataformas de Centrais de Relacionamento (CRBBs) e de Centros de Apoio aos Negócios e Operações de Logística (CENOPs). As informações foram apresentadas à Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), nesta última terça-feira, 15 de agosto.

Danilo Funke Leme, Diretor de Bancos Federais e representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) na CEBB, participou e representou a entidade na reunião.

“Apesar da justificativa de que houve uma redução de número de autenticações por parte dos caixas pela direção do banco, segundo eles baseados em dados da Febraban, em cerca de 60% desde a pandemia, essa iniciativa não resolverá o problema pelo contingente de Caiex, que temos ao todo no país, envolvidos em litígio judicial que se mantém na função por força de liminar (cerca de 8.000), além de serem uma redução geral no valor de remuneração para aqueles que aceitarem. Considero um tentativa de solução ineficaz, visto que como o movimento sindical defende, cidades do interior, em especial, sabem da importância dessa função e são quase o símbolo do papel social do Banco do Brasil que esperamos pros dias atuais nesse novo governo.”, comentou Danilo Funke.

Ao todo, serão 14 novas unidades (12 CENOPs e 2 CRBBs), localizadas em médias e pequenas cidades. “A criação dessas plataformas vão gerar uma dinâmica de movimentação de cargos dentro da empresa. Então, conversamos com o banco sobre qual será o impacto disso e quais são as soluções para demandas que já vínhamos colocando há anos nas mesas de negociação, que são a alta quantidade de claros [termo para vagas não ocupadas] nos prefixos e a proteção dos funcionários que são caixas”, disse a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Segundo o banco, a criação das 14 plataformas, até novembro, irá gerar cerca de 300 vagas de assistentes e atendentes, nas CENOPs e nos CRRBs, e outras 200 vagas para assessor III, nas unidades estratégicas em Brasília.

Impactos no encarreiramento

Os funcionários que hoje exercem ou recebem a remuneração de caixa executivo e que forem do mesmo município onde serão criadas as plataformas, terão, no período de 30 dias, exclusividade para concorrer às vagas nos novos CENOPs e CRBBs.

O banco declarou ainda que a movimentação não causará impacto na vida do trabalhador que não se candidatar ao certame interno, tampouco haverá transferências compulsórias para preenchimento das vagas.

Em paralelo, o banco anunciou também que, ainda no mês de agosto, ocorrerá a abertura do Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) e o início da convocação das pessoas que passaram no último concurso, realizado pelo banco em abril.

Com o SACR, funcionários que querem mudar de prefixo, terão a oportunidade de se movimentar para outras cidades ou regiões do país. Além disso, no prazo de 30 dias, os trabalhadores de três cargos – caixas executivos, assistentes e atendentes -, terão prioridade para concorrer às vagas de assessor III nas unidades estratégicas em Brasília.

“Nós ressaltamos para o banco que ainda precisamos de abertura de muitas vagas para atender a demanda de trabalho dos departamentos e unidades de negócio com claros. O último concurso não foi suficiente para suprir as vagas abertas. Hoje o BB tem o menor número de funcionários nos últimos 18 anos, e a sobrecarga de trabalho ainda é muito grande. Por isso, reiteramos a abertura de novos concursos para ingresso e mais funcionários no banco”, disse o representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na CEBB, Getúlio Maciel.

“Deve haver novas rodadas de nomeação e ascensão, principalmente para cobrir as vagas de atendente e assistentes que possam ser promovidos para direção geral como assessor III. O movimento sindical irá acompanhar esse processo. Isso resolve paliativamente a sobrecarga de tarefas nas CRBBs e nos CENOPs, necessitando, portanto, de aumento de dotação e de funcionários pra atendimento das demandas que dizem respeito a esses departamentos”, completou.

A empresa ainda destacou que acontecerão ajustes pontuais nas dotações de escriturários das agências, pela impostação de concorrência do SACR. E, com o objetivo de priorizar a participação dos escriturários que adentraram na empresa no último concurso, o BB irá flexibilizar o tempo de carência de 18 para 12 meses na função, bem como para as dependências que têm até 10% de vagas faltantes.

Entenda:

•             Até novembro, 14 novas plataformas especializadas serão criadas: 12 CENOPs e 2 CRBBs;
•             As plataformas serão implantadas em pequenas e médias cidades, de três regiões do país (Sudeste, Centro-Oeste e Norte);
•             Funcionários que hoje exercem ou recebem a remuneração de caixa executivo e que forem do mesmo município terão, durante 30 dias, prioridade na concorrência das vagas nas novas CENOPs e CRBBs;
•             Além disso, durante 30 dias, caixas executivos, assistentes e atendentes terão prioridade para concorrer às vagas de assessor III nas unidades estratégicas;
•             Também foi anunciado que, ainda em agosto, ocorrerá a abertura do SACR, por meio do qual funcionários poderão se inscrever para vagas em outros prefixos;
•             O banco também promete convocar pessoas que passaram no último concurso, realizado em abril.
•             O movimento sindical irá acompanhar toda essa movimentação para que não haja prejuízo às funcionárias e aos funcionários.

Fonte: Contraf-CUT

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Mercantil lucra R$ 168,4 milhões no 1º semestre de 2023

O Lucro Líquido Contábil do Banco Mercantil do Brasil (BMB) foi de R$ 168,4 milhões, no 1º semestre de 2023. O número é 76,7% maior do que o alcançado no mesmo período de 2022, quando o banco obteve o lucro líquido no montante de R$ 95,3 milhões. Só no segundo trimestre de 2023, o lucro líquido foi de R$ 100,2 milhões, o que significou um incremento de 47,1% em comparação ao primeiro trimestre do ano.

Em comparação ao primeiro semestre do ano passado, neste semestre houve aumento das despesas com captação no mercado (53,8%) e com provisionamento para crédito de liquidação duvidosa (64,3%). Ainda assim, o incremento no lucro do primeiro semestre foi impulsionado pelo crescimento de 47,1% nas receitas das operações de crédito, as quais totalizaram R$ 2,2 bilhões. A Rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido do Banco ficou em 29,8%, com alta de 13,6 p.p. em doze meses.

Em seu relatório, o BMB informou que finalizou o 1º semestre de 2023 com 2.895 funcionários, com abertura de 77 postos de trabalho em doze meses. Em relação às unidades de atendimento, foram fechadas 31 agências e o número de postos de atendimento permaneceu estável (294 postos de atendimento).

“Os bons resultados do Banco Mercantil são fruto do esforço das funcionárias e funcionários, que muitas vezes adoecem tentando cumprir as metas altíssimas impostas. É preciso oferecer condições dignas de trabalho, pois o lucro não pode estar acima da saúde física e mental dos trabalhadores”, afirmou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Mercantil (COE/BMB), Marco Aurélio Alves.

Para Vanderci Antônio, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, a direção do banco tem que entender que uma empresa é feita das pessoas que fazem parte da sua história. “A alta rotatividade traz insegurança e angústia entre funcionárias e funcionários. Não basta desenvolver talentos, é preciso uma boa política para retê-los”, destacou.

Leia aqui os destaques completos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

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Pesquisa mostra nova redução no emprego bancário

A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de agosto mostra que o movimento de redução de vagas continua no setor. Segundo o levantamento, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), no primeiro semestre de 2023, foram fechados mais de 5 mil postos de trabalho. No acumulado em 12 meses, de julho de 2022 a junho de 2023, o resultado foi de 4,6 mil vagas a menos.

As áreas mais afetadas foram a bancária/financeira (redução de 3.385 vagas no semestre e de 2.629 em 12 meses), a administrativa (1.329 e 2.124) e atendimento ao público (199 e 299). A tecnologia da informação (TI), embora tenha fechado 273 postos de janeiro a junho de 2023, no período de um ano, apresentou saldo positivo de 312 contratações.

Para o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, “os números mostram uma tendência já conhecida, que é um sinal de alerta para a categoria, pois a eliminação de postos de trabalho tem ocorrido de maneira generalizada, em todas as áreas”. O dirigente acrescenta que “os principais bancos caminham no sentido contrário da geração de emprego e renda, com políticas de fechamento de agências, terceirização e demissão de trabalhadores, ao mesmo tempo em que apresentam balanços bilionários, com alta lucratividade, drenando para os seus cofres boa parte da riqueza socialmente produzida”. Walcir ainda questiona: “Essa situação é inadmissível e precisa ser mudada, afinal qual é o papel do sistema financeiro em nossa sociedade?”

O resultado do primeiro semestre do ano também mostra que as posições de gerenciamento foram as mais afetadas. Consideradas apenas as ocupações gerentes de contas de pessoa física e jurídica, administrativo, de agência e de clientes especiais, foram eliminadas 3.072 vagas. No mesmo período, ocorreu, ainda, o fechamento de 542 postos de escriturário. Por outro lado, os maiores saldos positivos foram para caixa de banco (mais 858 vagas), programador de sistemas de informação (193) e técnico de manutenção de sistemas e instrumentos (167).

Movimentação

Em junho de 2023, último mês incluído no estudo do Dieese, o saldo negativo foi de 899 postos, resultado decorrente de 2.718 admissões contra 3.617 desligamentos. Os números revelam que, nesse mês, 57,8% dos desligamentos ocorreram por demissão sem justa causa, 35,9% por pedido do trabalhador e 2,9% por justa causa.

No recorte geográfico, em apenas cinco estados observa-se saldo ligeiramente positivo. A redução de vagas se deu em 21 estados, com destaque para São Paulo (424 postos), Rio de Janeiro (167) e Minas Gerais (84).

Idade e sexo

Uma vez mais, o resultado negativo foi mais acentuado entre as mulheres, que representaram 45,9% das admissões e 50,4% dos desligamentos. Na questão das faixas etárias, é possível observar saldo positivo entre as faixas até 29 anos, com ampliação de 502 vagas, com movimento contrário entre as faixas etárias superiores, com fechamento de 1.401 vagas.

Remuneração

O salário mensal médio do bancário admitido em junho alcançou o valor de R$ 6.308,16, enquanto o do desligado era de R$ 7.496,81, ou seja, o admitido passou a ganhar 84,14% do desligado. “Esse é um mecanismo adotado pelos bancos, que usam a movimentação da massa de mão de obra para reduzir a folha salarial”, critica Walcir. “Claro que os mais jovens têm que ter sua oportunidade no mercado de trabalho, mas isso não pode ser usado pelos bancos para afastar o contratado com mais experiência, da mesma forma a representação de gênero deve ser igualitária, e não estamos vendo isso”, completa.

Ramo financeiro

No ramo financeiro, excluída a categoria bancária, o saldo foi positivo em junho, com a abertura de 1.714 postos de trabalho. Em 12 meses, foram criadas 16,2 mil vagas, média de 1,3 mil por mês, com destaque para crédito cooperativo (mais 1.015 postos), planos de saúde (229) e administração de cartões de crédito (176).

Emprego formal

Conforme o Novo Caged, o emprego com carteira assinada no Brasil apresentou expansão de 157.198 postos em junho, com 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos. Os saldos foram positivos em todos os Grandes Grupamentos de Atividades Econômicas: Serviços (76.420), Agropecuária (27.159), Construção (20.953), Comércio (20.554) e Indústria (12.117).

Os resultados gerais, que incluem o emprego formal e informal, no trimestre móvel de abril a junho, mostram desocupação de 8% (8,6 milhões de desempregados). A subutilização da força de trabalho foi estimada em 17,8% (20,4 milhões de pessoas que queriam e precisavam trabalhar mais horas) e os desalentados (aqueles que não têm mais estímulo para procurar trabalho) chegaram a 3,6 milhões.

Veja aqui a Pesquisa do Emprego Bancário de agosto de 2023, feita pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

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Saúde Caixa: Terceirização à vista

Um processo de licitação dos serviços de auditoria do Saúde Caixa, que vem sendo estudado há dois anos pelo banco, amplia a atuação de trabalhadores terceirizados no plano de saúde das empregadas e empregados do banco e pode colocar em risco os empregos de concursados que atuam na Centralizadora Nacional Saúde Caixa (Cesad).

A informação de que, há dois anos, a ampliação dos serviços de empresas de auditoria do Saúde Caixa está sendo estudada foi passada após questionamentos da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), durante a última reunião do GT Saúde Caixa, ocorrida no dia 11 de agosto.

“Ficamos preocupados com a informação de que faz dois anos que há um estudo sendo realizado para a contratação de serviços de auditoria médica, com novo escopo. Como o assunto não havia sido anteriormente tratado em qualquer um dos nossos fóruns com a Caixa, como o GT, Conselho de Usuários ou mesa permanente, fomos buscar os documentos, e o que encontramos é preocupante”, disse a coordenadora da CEE da Caixa Econômica Federal, Fabiana Uehara Proscholdt.

O representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Leonardo Quadros lembra que existe um setor interno da Caixa, a Cesad, com 124 empregados, que hoje realiza tais serviços e questiona: “Se serão firmados três contratos para que empresas terceirizadas realizem o serviço, o que vai acontecer com esse pessoal? Vai ser mandado para o atendimento na rede de agências? A contratação de empregados terceirizados para a realização de serviços, que hoje são realizados por concursados, viola a lei de concursos?”, questionou. “Existem muitas questões que precisam ser respondidas”, completou.

Terceirização à vista

Os contratos atuais (Pregão Eletrônico 093/7073-2017 – GILOG/RE) preveem que as empresas de auditoria devem realizar os serviços técnicos de auditoria, avaliações técnicas, perícias e assessoria em saúde, inclusive a digitalização dos documentos de cobrança em sistema próprio, emissão de pareceres e relatórios, inclusões e atualizações no sistema de processamento de dados.

A ampliação dos serviços podem ser constatadas ao se analisar os editais para contratação de serviços de auditoria (Pregão Eletrônico Nº 281/5688-2023 – CECOT), que definem que as empresas que vencerem a disputa prestarão serviços de regulação, processamento de contas e credenciamento em saúde suplementar para operacionalização dos benefícios de assistência e programas relacionados à saúde referente a atendimentos, processos, solicitações de beneficiários, empregados e conveniados, e prestadores da rede credenciada no âmbito dos municípios de abrangência do contrato.

“Não se trata de contratação de serviços de auditoria, mas sim da terceirização de toda a operação. Muito do que está previsto no edital está ligado a serviços tipicamente executados por operadoras. Terceirizar o credenciamento é terceirizar o coração do plano de assistência médica”, explicou o médico e assessor de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Albucacis de Castro Pereira.

Fonte: Contraf-CUT

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Congresso Estadual da CUT-Rio elege nova diretoria da entidade

Terminou neste sábado, 12 de agosto, o 17° Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (CUT-Rio).

O Congresso, que começou na quinta-feira, 10 de agosto, além de reunir sindicatos de todo o estado, onde debateram propostas que interferem no dia a dia das trabalhadoras e dos trabalhadores, elegeu a nova diretoria que ficará à frente da CUT-Rio no período de 2023-2027.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) tem as diretoras Renata Soeiro e Elizabeth Paradela na chapa eleita.

Foram aprovadas resoluções políticas que serão submetidas ao 14° Congresso Nacional da CUT, que ocorrerá entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo.

A delegação que irá representar o Rio de Janeiro no evento nacional, também foi eleita.

RESOLUÇÕES

O fortalecimento do movimento sindical, no ano em que a CUT completa 40 anos, é a principal pauta definida. Assim como sua organização interna.

A valorização das negociações coletivas, a atualização da organização sindical e a defesa da democracia e na reconstrução do desenvolvimento econômico sustentável e no combate à desigualdade, também são resoluções definidas no Congresso.


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Caixa: Negociação sobre metas está confirmada

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício para a Caixa Econômica Federal, na última terça-feira (8), reforçando a necessidade da reunião pré-agendada para o dia 16 de agosto (quarta-feira) para tratar sobre o tema metas e as formas de seu acompanhamento pelo banco.

A Caixa entrou em contato com a representação das empregadas e empregados nesta quarta-feira (9) e solicitou que, ao invés do 16, a reunião ocorra no dia 17.

“A reunião se faz urgente, pois entidades de todo o país estão recebendo reclamações de que existem metas estabelecidas que são impossíveis de serem cumpridas, como as que estabelecem volume de financiamento a ser concedido, sem que haja dotação orçamentária”, diz um trecho do ofício. “Existem muitos produtos atrelados aos contratos de financiamento. Com isso, o cumprimento das metas estabelecidas para o estabelecimento de contratos destes produtos também fica prejudicado”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Mas existem diversas pendências que aguardam solução. Por isso, é urgente a reunião”, reforçou a coordenadora da CEE.

O ofício ainda reforça que “o referido tema já foi cobrado em outras oportunidades e conforme a Convenção Coletiva de Trabalho 2022/2024, cláusula 87, existe o compromisso da Caixa em fazer o debate.”

Fonte: Contraf-CUT