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Santander promove mais um ataque contra seus empregados

O Santander anunciou mais uma mudança na rotina de trabalho que pode prejudicar seus funcionários. Desta vez, os afetados fazem parte do segmento de gerentes de contas empresariais, chamadas contas PJ. O banco pretende abolir a marcação de ponto por esses funcionários, alegando que isso dará maior flexibilidade, onde cada um gerencie sua rotina, horários de trabalho e para atender as demandas dos clientes.

“É mais um ataque que o banco promove aos seus funcionários, sem qualquer negociação ou comunicação prévia às entidades de representação dos trabalhadores. O movimento sindical não compactua com esse absurdo, que pode trazer perdas financeiras, uma vez que as horas-extras, que ultrapassarem as oito horas da jornada estabelecida não serão pagas, e impactar também na saúde mental e física dos trabalhadores”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz.

Para a coordenadora da COE/Santander, é fundamental que os trabalhadores tenham sua jornada respeitada, mesmo em casos de visitas externas para atendimento aos clientes.

“Vamos pedir para que o banco agende uma reunião para tratarmos sobre esta questão, que está deixando muitos funcionários apreensivos, e continuar cobrando o respeito à Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária e ao nosso Acordo Coletivo de Trabalho específico, para evitar prejuízos aos trabalhadores e o respeito às entidades de representação sindical, que devem negociar antecipadamente todas as mudanças de gestão do banco que interfiram na rotina de trabalho e na vida dos trabalhadores”, disse, ao informar que tão logo a reunião seja agendada a Contraf-CUT informará aos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

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Negociações com o Itaú são retomadas em reunião nesta quinta (28)

Nesta quinta-feira, 28 de novembro, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Itaú se reuniu com o banco para retomar as negociações sobre a pauta de reivindicações específicas de funcionárias e funcionários.

José Renato Riscado, representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) na COE Itaú, participou da reunião, em São Paulo.

“Em continuidade às negociações específicas, reiteramos o nosso compromisso com a categoria em sempre trazer melhorias nas condições de trabalho e reconhecimento aos enormes esforços para cumprir as metas e, consequentemente, os lucros recorrentes.”, comentou José Renato.

Em ofício enviado ao banco, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), apresentou uma pauta de reivindicações dos empregados do banco relacionadas a cinco temas centrais (emprego e condições de trabalho; benefícios e remunerações; saúde e condições de trabalho; diversidade; e segurança bancária) para serem debatidas nas reuniões de negociação e passarem a integrar o acordo coletivo específico do banco a ser celebrado entre as entidades sindicais e a instituição financeira.

Em resposta ao ofício enviado pela Contraf-CUT, o banco afirmou que “considerando a estrutura organizada da categoria sindical, com uma convenção coletiva de trabalho de abrangência nacional e benefícios aplicados de forma equitativa a todos os colaboradores, entendemos que nossos acordos coletivos devem refletir essa universalidade e atender às especificidades de nosso quadro funcional.”

“O banco tem como atender a todas as reivindicações dos trabalhadores. A alta do lucro divulgada no último balanço vem se repetindo trimestre após trimestre, ano após ano. O que mostra que é possível valorizar quem trabalha para que estes resultados sejam possíveis, sem precarizar as condições de trabalho, sem terceirizações, sem fechar agências e ampliando o quadro de pessoal, para não haver sobrecarga e pressão abusiva pelo cumprimento de metas”, disse a coordenadora da COE/Itaú, Valeska Pincovai.

Leia a íntegra da pauta de reivindicações apresentada ao banco.

*com informações da Contraf-CUT

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Proposta do governo para isentar quem ganha até R$ 5 mil é pauta dos movimentos sindicais

O governo Lula preparou uma proposta para que pessoas físicas que ganham até R$ 5 mil tenham a isenção de Imposto de Renda. A notícia será divulgada oficialmente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quarta-feira (27) em rede nacional, às 20h30.

Para a isenção valer precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta será enviada para o legislativo junto com um pacote de cortes de gastos, que a equipe econômica de Haddad elabora desde o fim das eleições municipais.

Essa é uma pauta dos movimentos sindicais, e que o presidente Lula se comprometeu em realizar na campanha eleitoral. O Brasil carrega uma distorção tributária muito grave, em que os pobres são tributados para aliviar os mais ricos. É claro que a maior parcela dos impostos pagos vem do consumo, mas essa proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil é um importante passo para a justiça econômica ao trabalhador e trabalhadora”, avalia Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Em entrevista sobre esse compromisso, feita no mês passado à rádio O Povo/CNB de Fortaleza, o presidente Lula destacou que o governo espera conseguir ampliar, no futuro, a margem de isenção. “O povo trabalhador, proporcionalmente, paga mais imposto do que o rico. Então, o que queremos é isentar as pessoas que ganham até R$ 5 mil e no futuro isentar mais. Na minha cabeça, salário não é renda. Renda é o cara que vive de especulação. Esse, sim, deveria pagar Imposto de Renda”, pontuou.

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale, explica que, de forma geral, os tributos, importantes para custear os serviços públicos, como educação, saúde e segurança, incidem sobre três bases: renda, consumo e patrimônio dos cidadãos e empresas. “As distorções tributárias estão presentes em todos esses eixos, de forma a beneficiar os ricos e onerar mais aos pobres. Portanto, com essa proposta, do ministro Haddad, e que esperamos que seja aprovada pelo Congresso Nacional, vamos conseguir dar um passo importante para reduzir parte das distorções e beneficiar a população”.

Atualmente, quem ganha até R$ 2.259,20 de salário não sofre tributação. Desse valor, até R$ 2.826,65, cobra-se 7,5%. Em março deste ano o governo federal editou uma medida provisória que cria um modelo simplificado para declaração e que passou a permitir que quem recebe até dois salários-mínimos (R$ 2.824) não pague mais imposto de renda.

Walcir alerta, porém, que o movimento sindical ficará atento sobre os demais elementos que poderão passar por ajustes e que serão discutidos no governo e no Congresso. “Nós seguimos defendendo a taxação dos super-ricos, temos que tributar os dividendos. Também avaliamos como positiva a proposta do governo de cortes nas altíssimas verbas previdenciárias dos militares”, pontuou.

Fonte: Contraf-CUT

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Inscrições encerradas para o 2º Torneio de Game da Contraf-CUT

As inscrições para o segundo torneio de videogame voltado aos trabalhadores do ramo financeiro filiados aos sindicatos filiados à Contraf-CUT e seus dependentes se encerrou na segunda-feira (25). Os 64 participantes, divididos proporcionalmente entre as federações, disputarão, no dia 30 de novembro (sábado), das 10h às 16h, as premiações que serão concedidas aos três primeiros colocados.

“A premiação é um incentivo aos melhores na disputa, mas o objetivo é promover a integração entre os trabalhadores e a descontração da categoria e seus dependentes. Esperamos contar com uma grande audiência nos canais de transmissão da Contraf-CUT para torcer pelos seus representantes e se divertir com seus familiares, amigos e amigas”, afirmou o secretário de Cultura da Contraf-CUT, Carlos Damarindo.

As orientações já estão sendo passadas diretamente aos inscritos pela empresa contratada para organizar os jogos, que serão realizados em plataformas como PlayStation 5, Xbox Series X e S, e computadores que possuam uma conexão de, no mínimo, 50MB para garantir uma transmissão fluida durante as partidas, e o jogo EA SPORTS™ FC 25 instalado.

Representação feminina

A novidade desta edição é a participação de uma mulher, representante da base do Sindicato dos Bancários de Niterói (RJ), que vai disputar com os demais participantes. “Mas queremos ampliar a representação feminina. Vamos pensar em outras atividades para permitir que isso aconteça e aceitamos sugestões”, disse o secretário de Cultura da Contraf-CUT, orientando para que as sugestões sejam enviadas aos sindicatos de suas respectivas bases, com o pedido de repasse para a Contraf-CUT.

Acompanhe os jogos

As emoções do torneio poderão ser acompanhadas, ao vivo, a partir das semifinais, nos canais oficiais da Contraf-CUT.

Premiação

Os melhores colocados receberão prêmios em vouchers de R$ 3.000 para o primeiro lugar, R$ 1.500 para o segundo e R$ 500 para o terceiro.

Fonte: Contraf-CUT

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Bradesco antecipa vales refeição e alimentação

Nesta quarta-feira, 27 de novembro, o Banco Bradesco anunciou a antecipação do crédito dos vales alimentação e refeição (VA/VR), que aconteceria no dia 27 de dezembro, para o dia 20 de dezembro.

“A lógica é antecipar os valores para antes da celebração do Natal”, explica a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica Oliveira.

No dia 20 de dezembro, o banco também creditará na conta dos funcionários e funcionárias a segunda parcela do 13º salário.

Fonte: Contraf-CUT

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Último Sistema Diretivo da Fetraf RJ/ES de 2024 aprova previsão orçamentária

Nesta terça-feira, 26 de novembro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) realizou seu último Sistema Diretivo do ano de 2024, onde foi aprovada, por unanimidade, a previsão orçamentária de 2025.

O Sistema Diretivo foi realizado em modelo híbrido, no auditório da entidade, localizado no Centro do Rio de Janeiro, e contou com a participação de representantes dos sete Sindicatos dos Bancários filiados à Federação: Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região, Três Rios e Região.

O Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, esteve presente como convidado e falou um pouco da atual situação da categoria na luta contra o racismo e a desigualdade. Principalmente em novembro, onde o debate fica mais em evidência, devido ao mês da consciência negra.

Além de aprovar a previsão orçamentária, foram discutidos pontos de pauta, como: Avaliação da Campanha Nacional Ano 2024; Tercerizações; e Apresentação de um projeto de software de gestão integrada para Sindicatos e Federação.

“Queria fazer um agradecimento especial a Secretaria de Finanças e ao Conselho Fiscal, que vem apresentando resultados incontestáveis. E um agradecimento aos representantes de todos os Sindicatos presentes ao nosso último Sistema Diretivo do ano. 2025 será um ano de lutas, mas fico mais tranquilo quando olho pro lado e vejo quem está comigo. Obrigado.”, comentou e agradeceu Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

Para Wagner Figueiredo dos Santos, Diretor Geral de Finanças, “mais uma vez, reafirmamos a política de responsabilidade fiscal adotada pela Federação. Caminhando sempre junto aos investimentos e ajuda aos Sindicatos filiados à Federação”.

Confira as fotos:

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Caixa: Assédio sexual é crime!

Diário Oficial da União publicou, na sexta-feira (22), a demissão, por justa causa, do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Antônio Carlos Ferreira de Sousa, em decorrência de atos de assédio sexual e moral. A pena foi definida pela Controladoria Geral da União (CGU) após a confirmação de diversas práticas vexatórias de humilhação, constrangimento e insinuação às vítimas entre 2021 e 2022.

“A Contraf-CUT, como representante legal das empregadas e empregados, havia cobrado, por inúmeras vezes, a devida apuração e, em caso de confirmação das denúncias, da punição dos acusados, para evitar que, em caso de omissão, a imagem do banco fosse ainda mais prejudicada”, lembrou a diretora executiva e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Eliana Brasil.

“Precisamos garantir que haja um ambiente saudável e seguro para o trabalho em todos os departamentos do banco, desde as unidades de atendimento ao público, até os setores administrativos e de direção. E, para isso, precisamos que todos os culpados sejam devidamente punidos”, completou a coordenadora da CEE ao lembrar que as denúncias atingiam não apenas o ex-vice-presidente demitido, mas atingiam até o então presidente do banco. “Se comprovada a ação, é preciso haver punição. Mesmo se o acusado ocupar o cargo mais alto de direção. Somente assim todas as empregadas e empregados poderão trabalhar com segurança”, continuou.

Assédio sexual é crime!

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, ressalta ainda que o assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal, que prevê a pena de detenção de um a dois anos.

As denúncias vieram à tona em 2022 e levaram à queda de diversos diretores e do então presidente da Caixa. Ou seja, houve tempo para a devida defesa em processo interno, que, após constatada a veracidade das denúncias, levou à demissão por justa causa do ex-vice-presidente do banco. Mas, a demissão é apenas parte da punição, uma vez que se trata de um crime previsto no Código Penal Brasileiro”, lembrou a dirigente da Contraf-CUT. “Além da pena prevista no Código Penal, a legislação trabalhista prevê indenização para reparação do dano causado às vítimas”, completou.

Fernanda lembrou ainda que a cada dia, em média, 140 mulheres e meninas são mortas por alguém de sua própria família em todo o mundo. Cerca de três sofrem violência física ou sexual. Todos os países e comunidades são afetados por essa epidemia que envergonha a humanidade.

“O caso mostra a importância de combatermos a violência contra as mulheres todos os dias e é bastante significa esta penalização às vésperas do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher (25 de novembro), num momento em que o movimento das mulheres, no mundo todo, realiza atos para denunciar esta triste realidade constatada em todos os países”, observou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, ao lembrar dos 16 dias de ativismo realizados anualmente no mundo todo entre os dias 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher, e o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, são 21 dias de ativismo, com início em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. “Já há alguns anos, decidimos iniciar os dias de ativismo em 20 de novembro para reforçar que as mulheres negras são as maiores vítimas da violência no país”, explicou Fernanda.

Entenda o caso

Pedro Guimarães foi acusado de assédio sexual por várias empregadas da Caixa. A informação foi divulgada no dia 28 de junho de 2022 pelo site Metrópoles. Em poucos minutos a notícia ganhou repercussão nacional, em especial na Câmara dos Deputados, onde vários parlamentares pediram em plenário a demissão do executivo.

Segundo a reportagem, no fim de 2021, um grupo de empregadas, ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, rompeu o silêncio com uma denúncia, ao Ministério Público Federal (MPF), de assédios sexuais que vinham sofrendo. Desde então, o MPF toca as investigações em sigilo. Cinco das vítimas falaram à reportagem citada sob anonimato.

Nos testemunhos, elas contam que foram abusadas com toques em partes íntimas sem consentimento, falas e abordagens inconvenientes e convites desrespeitosos, por parte do então presidente da entidade. A maior parte dos relatos está ligada a atividades do programa Caixa Mais Brasil, realizadas em todo o país. Pelo programa, desde 2019, já ocorreram mais de 140 viagens, em que estavam Pedro Guimarães e equipe. Nesses eventos profissionais, todos ficavam no mesmo hotel, onde ocorriam os assédios.

No dia 29 de junho de 2022, Pedro Guimarães entregou ao então presidente da República, Jair Bolsonaro, seu pedido de demissão da presidência da Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa adia negociação sobre caixas e tesoureiros

A Caixa Econômica Federal cancelou a reunião que estava agendada para esta segunda-feira (25), a partir das 16h, para dar continuidade às negociações sobre questões específicas sobre caixas e tesoureiros.
Em sua mensagem, o banco justificou o cancelamento afirmando que “considerando situação extraordinária, se fará necessário o reagendamento da reunião de mesa de negociação”, sem definir uma nova data, afirmando apenas que “tão logo tenhamos a definição de nova data, encaminharemos o agendamento.”
Na mensagem, a Caixa reafirmou seu “compromisso e empenho para a continuidade das negociações do tema.”

Manutenção dos direitos

Na última negociação específica, ocorrida na terça-feira (19), a representação dos empregados enfatizou que as propostas apresentadas pelo banco não contemplam os interesses dos trabalhadores, que preferem manter o que está definido no acordo em vigência para não haver risco de perda de direitos e, após uma pausa na reunião, apresentou uma proposta sem perda de direitos (leia a proposta na íntegra na matéria sobre a reunião passada).

“Também estamos à disposição para dar continuidade às negociações, desde que sejam mantidos os direitos das empregadas e empregados”, ressaltou a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Eliana Brasil. “Esperamos que a Caixa reagende a nova data e traga uma resposta favorável à proposta que apresentamos com a manutenção dos direitos das colegas e dos colegas”, concluiu.

A Contraf-CUT informará a nova data, tão logo seja reagendada a reunião negociação.

Fonte: Contraf-CUT

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Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social

O Brasil sediou um G20 histórico e vitorioso. Pela primeira vez, a reunião realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, entre os líderes de países responsáveis pelas 20 maiores economias do mundo, foi precedida pelo G20 Social. Essa novidade da participação popular foi anunciada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião do G20 na Índia, em 2023. E teve tamanha importância que a ampliação das vozes cidadãs terá continuidade no ano que vem, na África do Sul, próximo país a sediar o encontro.

“O que deu tom ao G20 foi toda essa pauta da sustentabilidade, da alternância da governança global, das questões da emergência climática, da taxação das grandes fortunas no combate à desigualdade, na importância de criar empregos de qualidade e promover o trabalho digno para todos a fim de alcançar a inclusão social. O documento final dos líderes destaca tudo isso que está na nossa Declaração do Rio de Janeiro”, afirma a secretária de Políticas Social da Contraf-CUT, Elaine Cutis, que participou do G20 Social.

Ela reforça que tudo que foi debatido no G20 Social está no documento final do G20 (veja abaixo). “Nos debates, em que pese a resistência da Argentina, o G20 conseguiu fazer um documento que contempla essas importantes pautas, o compromisso das maiores potências com essas temáticas debatidas por cidadãos do mundo inteiro no G20 Social.”

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira, ressalta esse protagonismo do G20 Social, que reuniu no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de novembro, cerca de 50 mil participantes com 300 temas em debate. “O G20 Social levou pela primeira vez aos líderes do bloco temas discutidos com a sociedade. Então, nossa Declaração do Rio de Janeiro está de certa forma ali no documento final. E tudo isso reflete essa democratização do processo construída pelo presidente Lula.”

Vitória da construção

O professor de Relações Internacionais, Leonardo Trevisan, destacou (em entrevista ao Hora News) o papel do Brasil para a reunião do G20 e sua importância como negociador. “Foi uma vitória da construção, como disse o presidente Lula. Durante todo o último ano o Brasil fez um esforço na direção do consenso, conseguir que a declaração do G20 fosse consensual. E isso foi alcançado.”

Trevisan lembrou que nas ultimas quatro reuniões do G20, desde Osaka (em 2019, no Japão), não se consegue um consenso do grupo. “Mesmo na reunião passada, na poderosa Índia, não se conseguiu estabelecer para ter um documento final.” E, mais que ter um consenso, o professor salienta a importância dos rumos desse acordo. “Foi em direção de enfrentar problemas bem reais. Como é que alguém pode negar, quando se constata que este ano 733 milhões de pessoas estão em insegurança alimentar absoluta? O sujeito vai dormir sem saber se terá comida no dia seguinte. E o mundo tem como alimentar todos eles. É dessa vitória tanto do consenso quanto do tema: a desigualdade.”

O Brasil mudou, também, a operacionalidade do G20. “E na reunião final não se falou só do que queremos, mas como vamos pagar isso”, diz Trevisan. “O caminho da taxação dos super-ricos (são somente 3 mil bilionários em todo o planeta) vinha sendo desenhado há tempos. A taxação de 2% anual no patrimônio desses 3 mil vai ajudar principalmente nas mudanças climáticas. Algo em torno de 200 a 250 bilhões de dólares anuais. E a maioria dos países ricos aceitaram porque têm muito claro o custo desse problema.”

Consensos pela vida

A taxação de grandes fortunas como uma das formas de financiar as mudanças necessárias no cenário internacional, é um dos 85 pontos consensuados e expressos na declaração final da Cúpula do G20. O documento inclui prioridades da presidência do Brasil à frente do grupo. E reconhece que a desigualdade dentro dos países e entre eles está na raiz da maioria dos desafios globais. Daí a importância da construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza como consenso e que já tem em caixa 145 bilhões de reais. O objetivo inicial da aliança é alcançar, até 2030, 500 milhões de pessoas, com transferência de renda; 150 milhões de crianças, com alimentação escolar; 200 milhões de mulheres e crianças de até 6 anos, com saúde e acompanhamento da gestação e primeira infância; além de 100 milhões de pessoas, com emprego e empreendedorismo.

O documento final reafirma também o papel do G20 como fórum de cooperação com vocação para apoiar países em desenvolvimento e atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Dá ênfase à transição energética e à premência de ações ambientais. E ressalta a necessidade de reforma na governança de instituições multilaterais para dar eficiência aos esforços de paz e garantia de preservação dos direitos humanos.

“Nós nos reunimos no berço da Agenda de Desenvolvimento Sustentável para reafirmar o nosso compromisso de construir um mundo justo e um planeta sustentável, sem deixar ninguém para trás”, afirma o documento.

>> Confira a íntegra do texto

*Com informações da Agência Brasil

Fonte: Contraf-CUT

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Juvandia participa do primeiro episódio do “Bancário Pod+”, o PodCast da Fetraf RJ/ES

Para a estreia do “Bancário Pod+”, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) recebeu e entrevistou a Presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Vice-Presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

Junto com Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, e com Lorhana Amaral apresentando, o primeiro episódio do PodCast falou sobre a Campanha Nacional deste ano, como funcionam as negociações e seus desdobramentos.

A Presidenta da Contraf-CUT também falou sobre os próximos passos após este ano de lutas e, também, sobre o assunto que não sai da boca dos brasileiros: o fim da escala 6×1.

O “Bancário Pod+” irá trazer, a cada episódio novo, convidados especiais para uma conversa descontraída e com muita informação sobre temas de interesse da categoria bancária.

Para assistir o episódio na íntegra, acesse o YouTube da Fetraf RJ/ES, através do link: https://youtu.be/vjyuXoqVTbA?si=-EElaMp-6GSZmz_l

Até o próximo episódio!