Menino fica 17 horas nas mãos de assaltantes de banco

O filho do tesoureiro da agência Porto Real do Bradesco foi mantido refém pelos bandidos enquanto o pai se dirigia até a unidade para retirar o dinheiro. Os assaltantes entraram na casa da família por volta das 21h do dia último dia 03 e tomaram como reféns a esposa e os três filhos do bancário, que não havia ainda chegado à casa e só foi aprisionado mais tarde. Os cinco ficaram sob a mira de revólveres, recebendo ameaças de morte, até por volta das 04h do dia 04, sexta-feira. Os bandidos deram orientações à família sobre como pegar o dinheiro e levaram o menino de 12 anos e o celular da mãe, prometendo soltar a criança quando o pai pagasse o resgate. O bancário e sua esposa foram envolvidos na operação de pegar e entregar o dinheiro. O adolescente só foi libertado na tarde do dia 04.

 

A ação foi motivada pela informação de que uma indústria da região, cliente do banco, depositaria R$ 1 milhão para cobrir os salários dos empregados, que seriam pagos no dia seguinte. Mas o montante foi dividido em dois e o tesoureiro só conseguiu tirar uma parte deste valor, cerca de R$ 450 mil, fruto do primeiro depósito. Como não havia mais dinheiro na agência os assaltantes decidiram encerrar a ação e libertar o refém após a entrega do dinheiro.

 

Mas a solução não foi rápida. O bancário pegou o resgate por volta do meio-dia e deveria deixar o dinheiro num local definido pelos bandidos, que ficava na cidade vizinha de Barra Mansa. Os malotes foram entregues e a mãe do menino foi orientada a buscá-lo num posto de gasolina, mas, ao chegar lá, não encontrou o filho e se descontrolou. O choro da mulher chamou a atenção das pessoas e a polícia acabou sendo envolvida, passando a acompanhar o sequestro. Os policiais foram avisados de que havia um garoto com a descrição dos seqüestrado num outro posto de gasolina e a mãe reencontrou o filho, que recebeu dos bandidos um cartão telefônico e R$ 100 no bolso.

 

Quatro assaltantes tiveram contato com a família, mas a polícia suspeita de que o número de criminosos envolvidos na ação seja maior.

 

Na manhã de segunda-feira diretores do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, que abrange Porto Real, estiveram na agência. Os sindicalistas Jones Rachid Dias e João Batista Eugênio Jardim exigiram do gestor da unidade que o banco providencie tratamento psicológico para o bancário e sua família e a emissão da CAT. O gerente se comprometeu a emitir o documento.

Fonte: Da Redação – FEEB RJ/ES

Bancos fechados em Campos por falta de ar condicionado

 



“O inferno é aqui” foi a frase escrita que marcou as manifestações realizadas em três agências bancárias de Campos na manhã desta terça-feira, dia 08. As unidades do BB 13 de Maio, CEF Centro e Santander Boulevard estão sem ar condicionado e o ambiente nas três é péssimo. “As altas temperaturas em nossa região, que nesta época do ano chegam perto dos 40 graus, tornam o atendimento dentro das agências impraticável, causando desconforto físico e mental, já que constantemente funcionários e clientes passam mal”, informou o Presidente do Sindicato dos Bancários de Campos, Rafanele Pereira. A entidade retardou a abertura das três agências, que só foram abertas após o reparo dos aparelhos de refrigeração. O apoio dos funcionários, clientes e usuários foi total.


O sindicato informa que continuará fazendo visitas às agências bancárias da base para verificar as condições de trabalho e atendimento. A operação deverá durar mais algumas semanas, enquanto durar a época de altas temperaturas. “Caso seja constatada alguma irregularidade, estas agências serão interditadas e não funcionarão”, adianta Rafanele.


Fonte: Da redação – Feeb RJ/ES

::DIÁRIO DO FSM 2011:: Dia Um: 08/02

Bonjour, bom dia,


 


Chegamos bem, embora a viagem tenha sido muito cansativa, mas tivemos uma infeliz surpresa na chegada ao hotel: nossa reserva tinha sido cancelada. Depois de muita discussão, conseguimos um quarto, usando o cartão do Niltinho como garantia. Mas, durante o dia, conseguimos resolver o problema.


 


Assim que nos instalamos, seguimos para a passeata de abertura do FSM. Na manifestação destacava-se a participação de pessoas do próprio continente africano, com destaque para os jovens do Senegal. Havia também muitos marroquinos, italianos, franceses, americanos, portugueses e um grande número de brasileiros. Certamente estas são as principais e maiores delegações.


 


Infelizmente não pudemos fazer nosso credenciamento, devido a dificuldades de infraestrutura. Os computadores, todos da década de 90, obsoletos, são doados. A universidade daqui parece uma escola municipal do Brasil. Nossos nomes não foram encontrados, nem da nossa Federação. Infelizmente muitas pessoas de outras delegações também tiveram o mesmo problema.


 


Aqui não se fala Português, somente o Francês, o Inglês e muito pouco Espanhol. A língua oficial é o Francês, já que o Senegal foi colônia francesa.


 


O povo do Senegal é muito simpático e sorridente. Os senegaleses gostam muito do Brasil e dos brasileiros por causa do futebol e também por causa do nosso ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. A imagem de Lula se tornou uma marca e uma referencia muito positiva da política de abertura de mercado.


 


Saudações sindicais cutistas,


Au revoir,


Fabiano Júnior

Fonte:

FSM: Lula diz que países ricos não são sensíveis à pobreza e à fome

 

 
Sul21
Jorge Seadi

O ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva criticou os países ricos nesta segunda-feira (7) em discurso no Fórum Social Mundial. “Eu participei de reuniões do G20 e vi que eles não têm sensibilidade para o problema da fome, para a pobreza no mundo”. Lula disse ainda que os países emergentes só foram chamados a participar de reuniões porque os países ricos estão em crise “e precisavam da nossa ajuda”.

Ao falar no 11º Fórum Social Mundial, em Dacar, o ex-presidente do Brasil foi destaque ao abordar o tema “As Crises do Sistema e das Civilizações”. Essas reuniões, disse Lula, “são nossos encontros com as ideologias que diziam estar perdidas. No Fórum nos reunimos para para dizer que um outro mundo é possível e necessário. Esse é um sonho que não vamos abandonar nunca”.

Lula condenou a especulação dos preços e matéria prima e acusou os Estados Unidos de não permitir que a Rodada de Doha tivesse um fim, em 2008. Lembrou que esta não é uma briga apenas de presidentes, mas também de ativistas que participam de encontros como o Fórum Social.

O ex-presidente brasileiro fez questão de lembrar os avanços de seu governo “com o maior salário mínimo dos últimos 40 anos e a criação de 15 milhões de empregos formais, com carteira assinada”. A fala de Lula foi totalmente direcionada para África, local de realização do Fórum, Um de seus objetivos pessoais, de agora em diante, é de ajudar na implantação de programas sociais que fizeram sucesso em seus oito anos como presidente do Brasil. Lula lembrou que o mundo precisa de mais países emergentes para sair da crise e uma das medidas que devem ser tomadas é “incorporar os cidadãos da África neste processo”.

Depois de falar sobre os protestos que atingem os países árabes, Lula pediu a criação de um estado palestino independente e foi muito aplaudido. O ex-presidente do Brasil enfatizou que tem que ser um estado viável economicamente e que viva em paz com Israel.

Esta é a primeira viagem internacional de Lula depois que deixou a Presidência da República, em 1ºde janeiro. Mesmo não fazendo parte da delegação oficial do Brasil, Lula teve status privilegiado no evento. Em 2010, em Porto Alegre, o ex-presidente do Brasil anunciou que estaria em Dacar. Cumpriu a promessa. (Com informações do Estado de S.Paulo)

Fonte: Estadão

Ministro falará ao vivo sobre PNBL na Rede Brasil


Paulo Bernardo participa de entrevista pela web e vai abordar o Plano Nacional de Banda Larga e outros desafios da comunicação



Ministro das Comunicações falará ao vivo sobre PNBL na Rede Brasil Atual

Bernardo: marco regulatório das comunicações é um dos desafios de sua gestão (Foto: Wilson Dias/ABr)



O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é o convidado do Sindicato dos Bancários São Paulo, Osasco e região e da Rede Brasil Atual para debater o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e outros desafios da comunicação.


O evento será realizado no próximo dia 15, terça-feira, das 19h às 21h, no auditório amarelo do sindicato (Rua São Bento, 413, próximo à estação São Bento do metrô). Haverá transmissão ao vivo pelos sites e via twitcam.


O ministro


Paulo Bernardo Silva é paulistano e foi dirigente sindical bancário. Três vezes deputado federal pelo PT do Paraná, atuou também como secretário da Fazenda em Mato Grosso do Sul e em Londrina. Em 2005 foi nomeado ministro do Planejamento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cargo em que permaneceu até ser nomeado ministro da Comunicações pela presidenta Dilma Rousseff.


Banda larga


O PNBL, lançado em maio de 2010, tem como objetivo universalizar a internet rápida no país, ampliando o acesso e reduzindo o custo. Outros desafios de Paulo Bernardo à frente do Ministério das Comunicações estão na reformulação dos Correios e os projetos de regulamentação da mídia e democratização do acesso à informação.


Participe, envie a sua pergunta ou sugestões. Quem quiser participar do evento deve se cadastrar solicitando inscrição pelo e-mail [email protected] .

Fonte: Rede Brasil Atual

FSM começa neste domingo

 


 

Tatiana Farah, Enviada especial

DACAR – O Fórum Social Mundial (FSM) começa neste domingo em Dacar (Senegal) reunindo 50 mil ativistas de mais de 120 países. Pela 2ª vez em terras africanas desde que foi criado, em 2001, o FSM quer chamar atenção para problemas do continente e traçar uma agenda de consenso para enfrentar a crise econômica mundial. O convidado mais esperado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa na segunda-feira da programação do “Dia da África e Diáspora”. A presidente Dilma Rousseff, assim como não foi ao Fórum Econômico Mundial em janeiro, em Davos, também não participará do FSM de Dacar. ( Veja em fotos o cotidiano de Dacar, no Senegal )


Velho conhecido do FSM, Lula é reconhecido no Senegal. Moradores de Dacar ouvidos pelo GLOBO disseram conhecê-lo. A participação de Lula no fórum marca seu retorno à política desde que deixou o governo. Lula estava de férias e teve poucas aparições públicas, como o jogo de futebol entre Corinthians e São Bernardo, em São Bernardo do Campo.


No primeiro FSM, em Porto Alegre, o petista lançou sua campanha à Presidência. Em 2005, auge do escândalo do mensalão, chegou a ser vaiado. No ano passado, último de seu governo, foi ovacionado pelos ativistas em Porto Alegre. Desta vez, sua participação no fórum coincide com a pauta política internacional que o ex-presidente quer defender desde que deixou o cargo: o combate à fome e à desigualdade na África. Ele deve chegar acompanhado do ex-ministro Luiz Dulci e de Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e um de seus principais assessores.


Lula participará, como o presidente do Senegal, Abdou Layewade, da mesa “A África na geopolítica mundial”. Outro presidente esperado é o boliviano Evo Morales. Mais de 1,2 mil entidades se inscreveram e haverá em torno de mil eventos paralelos à agenda oficial do FSM.


Longe do clima de revolta do Egito e, recentemente, da Nigéria, Dacar deverá discutir a situação dos povos africanos, representados no FSM por 45 países, além de questões como gastos militares, crise alimentar, subdesenvolvimento e políticas públicas. O FSM começa neste domingo com a tradicional marcha dos ativistas pelas ruas da cidade até a sede do evento, na universidade Cheik Anta Diop.


O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, representa a presidente Dilma Rousseff e participa na segunda-feira de um debate sobre as relações Sul-Sul, um ponto bastante defendido pelo governo do ex-presidente Lula.


São esperadas duas ministras, Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, e Luiza Bairros, da Seppir (Igualdade Racial), para discutir temas como fome, igualdade social e racial e migração. Contudo, mais que falar sobre o Brasil, os movimentos sociais do país divulgaram um documento de solidariedade aos povos africanos em conflito, como os de Egito, Jordânia e Tunísia, que estão em crise contra seus ditadores. A “carta ao Fórum Social” é assinada pela Coordenação de Movimentos Sociais, que reúne CUT, MST, UNE, as pastorais sociais da CNBB, o Grito dos Excluídos entre outras entidades.

Fonte: O Globo Online

Quem são os parlamentares com mais de R$ 1 milhaõ

 


Veja a relação dos 220 deputados e senadores empossados esta semana que informaram à Justiça ter patrimônio acima desse valor. Grupo representa 38% do novo Congresso, mas concentra 90% dos bens declarados pelos 567 parlamentares










Cada um deles tem, em média, R$ 6,6 milhões em bens

Edson Sardinha, Mário Coelho e Rudolfo Lago*

Eles representam 39% do novo Congresso. Mas concentram 90% de todo o patrimônio declarado pelos 567 deputados e senadores que tomaram posse anteontem (1º). São os 220 deputados e senadores recém-empossados que informaram à Justiça eleitoral ter patrimônio acima de R$ 1 milhão.


Veja a lista dos parlamentares com mais de R$ 1 milhão


Cada um deles tem, em média, R$ 6,6 milhões em bens, como imóveis, fazendas, empresas, veículos, aplicações financeiras e obras de arte, entre outros. Quase um terço desse grupo integra dois partidos, o governista PMDB e o oposicionista DEM. Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco com base em informações disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Veja a lista dos dez parlamentares mais ricos

Como mostrou este site, a elevada concentração de renda no Brasil também se reflete no novo Congresso. Metade de todo o patrimônio declarado pelos 567 congressistas recém-empossados está nas mãos de apenas dez parlamentares, ou seja, de menos de 2% dos eleitos em outubro na Câmara e no Senado. Do montante de R$ 1,6 bilhão em bens declarados pelos 513 deputados e 54 senadores, R$ 792 milhões estão em nome desse pequeno grupo de multimilionários.


O parlamentar com maior patrimônio declarado vem do estado com pior índices de desenvolvimento humano (IDH) e uma das menores rendas per capita do país, Alagoas. De volta à Câmara após quatro anos, o deputado João Lyra (PTB-AL) tem uma fortuna declarada de R$ 240,39 milhões.

Dez mais ricos têm metade da riqueza no Congresso


*Colaborou Eduardo Militão

Fonte: Congresso em Foco

Liminares suspendem efeitos da farsa eleitoral

 

 
O juiz Ricardo Felício Scaff, da 8ª Vara Cível Central de São Paulo, deferiu nesta sexta-feira, 4, pedido de liminar suspendendo os efeitos do processo eleitoral do SantanderPrevi. A decisão, em resposta à ação judicial movida pela participante do fundo de pensão e diretora da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Luiza Maria Mendes de Almeida, é a segunda vitória dos bancários no campo judicial contra a falta de democracia nas eleições, cujo prazo de votação foi encerrado nesta sexta-feira.

Em sua decisão, o juiz avaliou que houve “violação ao princípio da publicidade ao processo eleitoral da ré, a fim de que os associados possam exercer o direito de votar e ser votado.” Dessa forma, continua, existem riscos “na medida em que a posse dos representantes do Conselho Deliberativo e Fiscal eleitos em procedimento irregular poderia gerar efeitos indesejáveis”.

A primeira vitória judicial ocorrem na quinta-feira, 3. O participante do fundo de pensão e diretor do Sindicato dos Bancários do ABC, Orlando Puccetti Júnior, conseguiu liminar semelhante, proferida pelo juiz Sérgio da Costa, da 33ª Vara Cível de São Paulo (veja mais aqui).

“Essas liminares reforçam a luta das entidades sindicais para democratizar a gestão do SantanderPrevi, buscando garantir eleições democráticas e transparentes, a fim de propiciar a escolha de representantes comprometidos com os interesses dos participantes”, comemora o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

Luta por democracia e transparência na gestão

Os funcionários do banco e as entidades sindicais estão mobilizados na luta contra a falta de democracia nas eleições do SantanderPrevi, o fundo de pensão com cerca de 40 mil participantes em todo Brasil. O processo eleitoral viola compromissos assumidos pelo banco com as entidades sindicais em reuniões no Comitê de Relações Trabalhistas e na Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social.

Não foi divulgado o edital de convocação e os participantes não puderam se candidatar. Os dez nomes que concorreram foram inscritos pelo Santander, sendo que a legislação vigente destina um terço das vagas nos conselhos para os participantes. A patrocinadora não pode escolher candidatos para 40 mil participantes, como foi feito pelo banco.

“Os trabalhadores reivindicam uma negociação com o banco para construir um processo democrático e transparente, que garanta aos participantes exercerem o seu direito de votar e ser votado, na escolha dos seus representantes nos conselhos do SantanderPrevi”, ressalta o diretor da Contraf-CUT.


Fonte: Contraf-CUT

Fonte: Contraf – CUT

Real/Santander paralisado por democracia no fundo de pensão

As agências do extinto Banco Real, atual Santander, no centro do Rio de Janeiro ficaram paralisadas até o meio-dia nesta terça-feira, dia 1º. A Federação e os sindicatos da capital e da Baixada Fluminense protestaram contra uma atitude antidemocrática do banco: a imposição de candidatos indicados pela empresa às vagas destinadas aos  representantes dos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal do fundo. Além de impedir a livre candidatura dos trabalhadores, o Santander não divulgou adequadamente o processo eleitoral e só adotou um regimento eleitoral – reaproveitado de uma eleição anterior – depois que o movimento sindical questionou a direção da empresa.


Entre os funcionários, a desinformação é total. A maioria só tomou conhecimento da eleição durante a paralisação realizada pelo Sindicato. “Eu entro na intranet todos os dias e não tinha informação nenhuma a respeito. Se tinha, foi sem nenhum destaque, porque eu não vi nada”, relatou uma funcionária de departamento. Num primeiro momento não  havia mesmo divulgação. Somente depois que o movimento sindical tomou conhecimento e pressionou o banco a notícia sobre o processo eleitoral foi divulgada na intranet e através de e-mail somente para os gerentes gerais. Mesmo assim, havia informações desencontradas: uma fonte informava o período de votação terminando em 28 de janeiro, noutra divulgava prazo até 04 de fevereiro.


A imposição de candidatos não foi bem recebida. Os indicados são executivos do alto escalão e a base não os conhece. “Não nos sentimos representados por eles, nem sabemos quem são. Alem disso, eles não conhecem as necessidades da maioria dos participantes”,  declarou uma funcionária da agência Candelária.”, “É uma situação complicada, a gente vai ficar sem representante”, analisa outra trabalhadora da unidade.


Os funcionários do Real acumulam perdas desde a compra do banco pelo grupo espanhol. A esperança de que a caixa-preta do HolandaPrevi fosse finalmente aberta pelo Santander não se concretizou. Os benefícios oferecidos pelo fundo do banco holandês eram bons, mas o estatuto, as informações sobre o desempenho e as contas não eram divulgadas. Com a compra da empresa e a mudança na previdência privada começou a haver alguma transparência, mas a migração dos planos antigos para os novos levou à perda de muitos benefícios. “O Santander trabalha diferente, estamos sendo prejudicados”, analisa uma funcionária.


Quebra de acordo


A eleição para os conselhos no SantanderPrev já é um avanço em relação ao Holandaprevi. O fundo anterior não dava um terço dos assentos nos conselhos aos representantes dos participantes, como determina a lei. A indicação de candidatos a estes cargos pelo Santander não tem nenhuma restrição legal, mas é um desrespeito ao movimento sindical. A situação é ainda mais delicada, já que, na última reunião em que se discutiu o assunto, em 18 de maio de 2010, ficou acordado que o processo eleitoral contaria com a participação das entidades representativas da categoria. Nada disso aconteceu e o processo eleitoral foi iniciado sem que o banco fizesse qualquer contato com os sindicalistas para discutir datas, regimento, forma e mecânica de realização das eleições.


Diante desta atitude antidemocrática, o movimento sindical reivindica que este processo seja interrompido e anulado e que outro seja aberto, com novas regras, discutidas e acordadas por ambas as partes.


Outros fundos


Além do SantanderPrevi, para os bancários do Real que participavam do HolandaPrev, o Grupo Santander patrocina outros três fundos: o Sanprev, do Santander Brasil, o Bandeprev, do Bandepe (Banco de Pernambuco, comprado pelo ABN Amro em 1998) e o Banesprev, do Banespa. De todos, este último é o mais organizado e que tem maior participação dos trabalhadores na gestão. Os representantes dos participantes nos conselhos deliberativo e fiscal são eleitos e todo funcionário que atenda às exigências previstas na legislação (Lei Complementar 109/2001) pode se candidatar às vagas existentes.


Associação se pronuncia


A Anapar – Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão publicou em seu site matéria em que analisa alguns aspectos do processo eleitoral no SantanderPrevi. Confira abaixo a íntegra do texto:


SANTANDERPREVI – Patrocinadora quer escolher representantes dos participantes 


Os funcionários do Banco Santander e participantes do plano de benefícios por ele patrocinado, o SantanderPrevi, foram surpreendidos com uma mensagem interna informando da eleição dos ditos representantes dos trabalhadores nos conselhos Deliberativo e Fiscal da entidade, marcada para 4 de fevereiro de 2011.


O banco transformou o que deveria ser um indicador de transparência e um mecanismo democrático de participação em uma decisão autoritária, tomada à revelia dos participantes. A “eleição” está sendo conduzida pela empresa sem a publicação de qualquer edital ou comunicação prévia aos interessados, impedindo na prática o livre exercício da candidatura. Os candidatos disponíveis para votação foram escolhidos pelo RH do Banco Santander, num processo direto de interferência nas decisões autônomas dos trabalhadores.


Não houve nenhuma publicidade no processo. Tanto que as entidades de classe – sindicatos, confederação dos bancários (Contraf-CUT) e associação dos bancários (Afubesp) – ficaram sabendo da eleição somente quando avisados por funcionários que receberam o comunicado interno do banco informando a data da eleição, com poucos dias de antecedência à sua realização. O Banco Santander havia assumido compromisso junto às entidades de informá-las antes da realização de qualquer processo eleitoral, mas não cumpriu o avençado.


As entidades de classe solicitaram a suspensão do processo e a convocação de novas eleições, com todas as garantias necessárias para que haja democracia e seja contemplada a participação de todos os interessados na gestão do plano de previdência.


Falta de transparência – Para comprovar a total falta de transparência reinante na entidade, basta entrar no site www.sandanterprevi.com.br e verá que está alocado e administrado por uma consultoria. Observará também que não existem órgãos de gestão constituídos – não se sabe quem são os diretores e conselheiros, levando qualquer cidadão a acreditar que o patrimônio dos participantes é administrado pela consultoria.

Fonte:

Número de vítimas poderia ter sido 80% menor

 



O presidente do Crea-RJ (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro), Agostinho Guerreiro, afirmou nesta quarta-feira (26) que, se tivesse sido preservada a Mata Atlântica e as prefeituras não tivessem permitido a ocupação desordenada das encostas, o número de vítimas na região serrana por conta do temporal do dia 11 teria sido 80% menor. A tragédia já deixou mais de 830 mortos e 500 desaparecidos.


– O Estado foi praticamente todo coberto por Mata Atlântica e hoje tem em torno de 5% a 10% da área inicial. Neste território desprotegido, uma chuva que antes encontrava uma proteção natural não encontra mais, o escoamento não acontece e por isso ocorrem deslizamentos. Antes descia só água. Agora desce água com lama e com maior velocidade. Se a Mata Atlântica tivesse sido mantida, mais de 80% das vítimas teriam sido salvas.


O relatório preliminar sobre os efeitos das enchentes ocorridas na região serrana foi elaborado pelos profissionais do conselho, após vistoria dos principais locais atingidos nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo. O documento aponta as possíveis causas da tragédia e as soluções imediatas, de médio e longo prazo para evitar novos acidentes.


Os principais motivos para o deslizamento, de acordo com o Crea, foram o desmatamento e a ocupação desordenada da área. Segundo o órgão, sem a cobertura original, a Mata Atlântica absorve água de forma lenta, o que aumenta a velocidade da água e, consequentemente, forma-se a tromba d´água.


Se as medidas que eles sugeriram não forem tomadas, o presidente da entidade afirma que o risco de acontecer um novo desastre é muito grande.


– Se não forem tomadas as medidas que foram sugeridas, ano que vem tem grande risco de acontecer tudo de novo. Por isso, as coisas precisam ser feitas antes do próximo verão.


Entre as soluções sugeridas está a construção de barragens ao longo das encostas, começando próximas às nascentes dos rios. Além disso, também foram recomendadas obras de contenção de encostas e pequenas ondulações no curso dos rios para diminuir a velocidade das águas.


Falta de estrutura


Guerreiro disse ainda que a culpa pela tragédia passa diretamente pelas prefeituras. Ele deixou claro que os municípios atingidos não têm estrutura para evitar novos problemas. Por isso, pede união com os governos Estadual e Federal.


– A tragédia ocorreu porque as prefeituras não agiram. Não digo nem as atuais, mas sobretudo as de 35, 30, 25 anos atrás. Além disso, as prefeituras não têm os equipamentos necessários e nem técnicos para que isso seja evitado no futuro. É preciso união com Estado e com o Governo Federal também.


 Fonte: R7

Fonte: Portal do Crea