PROGRAMAÇÃO DOS SEMINÁRIOS DE NEGOCIAÇÃO DA CNB

1º Dia
9h00 – Abertura
9h15 – Dinâmica de Apresentação
9h50 – Levantamento de Repertório
10h50 – Café
11h05 – Painel: A estrutura organizativa dos bancários e o papel das COEs.
12h00 – Debate
12h30 – Almoço
14h00 – Exposição dialogada: Conceitos e elementos de uma negociação
15h00 – Café
15h15 – Painel: “A busca de resultados”.
16h15 – Filme: “Onze homens e uma sentença”.
18h30 – Comentários sobre o filme.


2º Dia
9h00 – Revisão e consolidação dos debates anteriores
9h15 – Resgate da última pauta entregue ao banco.
9h45 – Simulações de mesa.
10h45 – Café
13h00 – Almoço
14h30 – Encaminhamentos necessários

Fonte: CNB

TARIFAS DE UM BANCO REPRESENTAM UMA DÉCADA DE ARRECADAÇÃO DE RORAIMA

Claudia Motta e Ricardo Negrão


São Paulo – Diariamente, os brasileiros pagam uma centena de impostos, alguns diretamente, como IPTU, IPVA e Imposto de Renda, outros sem perceber, como o ICMS, Cofins, IPI e PIS, por exemplo.


Todo esse dinheiro acaba revertido para a União, estados e municípios, que devem pagar seus funcionários, asfaltar as ruas, construir creches, prestar serviços de saúde, educação, transporte, saneamento, entre tantas outras tarefas. Isso afeta a vida de milhares de pessoas.


O estado de Roraima, por exemplo, teve no seu orçamento de 2004, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), pouco mais de R$ 700 mi para gastar e melhorar a vida de mais de 324 mil pessoas. Em Goiás, a arrecadação em 2004 foi de R$ 7,282 bi.


O que o estado de Goiás dispõe para gastar na sua manutenção durante um ano inteiro, no Itaú corresponde somente ao arrecadado com a cobrança de tarifas: R$ 7,737 bi em 2005. Se pensarmos em Roraima, os R$ 7,7 bi representam mais de dez anos do disponível para as despesas estaduais, que somam pouco mais de R$ 711mi.


O Bradesco vem logo atrás do Itaú na ganância pelas tarifas: arrecadou em 2005 R$ 7,348 bi, com 26,17% de aumento, o maior percentual entre todos os bancos.


“Os banqueiros que lucram horrores poderiam financiar a produção, gerar empregos, melhorar as condições de trabalho de seus funcionários. Lucros como o do Itaú e do Bradesco mostram que há sempre mais espaço para os bancos melhorarem a PLR, salários e as condições de trabalho”, lembra o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Fonte: Site do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região

SUÍTETELECENTRO DO BANCO DO BRASIL SERÁ UTLIZADA PARA INCLUSÃO DIGITAL

A SuíteTelecentro foi desenvolvida em parceria com a OTUN*, entidade sem fins lucrativos que reúne empresas e grupos de todo o mundo em torno de iniciativas de desenvolvimento de software livre para uso corporativo, e é composta pelos programas Debian 3.1, Ocara e LTSP, utilizados respectivamente na configuração de redes, gerenciamento de telecentros e mapeamento de estações.


Com a benção do BB (Banco do Brasil), essa suíte de programas baseada em softwares livres, que será utilizada em salas de informática e telecentros, faz parte do projeto Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil.


Algumas soluções, como o software Debian 3.0, tiveram suas versões adaptadas pelo BB para melhor atender a necessidade dos cerca de 1,5 mil telecentros criados pelo programa beneficiam atualmente a mais de 4 milhões de pessoas em todo o País.

*Open Technology Users Network, a Rede de Usuários de Tecnologia Aberta

Fonte: 1/2 bit.com

CASA BRANCA CALA OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Thaís Tibiriçá


O escândalo de espionagem protagonizado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados


Unidos (em inglês, National Security Agency – NSA) fez com que se descobrisse que o


país do Tio Sam está há anos construindo prisões secretas na Europa. A questão


complica-se quando os meios de comunicação estão a par desta situação, mas preferem se


manter em silêncio.


Esse dois acontecimentos refletem o poder do Estado sobre os veículos de comunicação,


podendo silenciá-los quando lhes convêm e, principalmente, a tranqüilidade como se


viola atualmente a Constituição dos Estados Unidos. O presidente George W. Bush está


retomando uma velha prática de Richard Nixon, cuja lógica diz que toda e qualquer


atitude do presidente sempre será constitucional.


Infelizmente esta não é a primeira vez que a Casa Branca silencia a imprensa e impede


que notícias cheguem à população. A idéia é que o presidente tenha seus poderes cada


vez mais expandidos, só que descumprindo e desconsiderando que há uma Constituição. O


que se nota durante a história dos Estados Unidos é que, sendo o presidente


republicano ou democrata, invariavelmente ele deseja espionar sua população, violando


sua privacidade, interceptando ligações telefônicas e chegando ao extremo de invadir


domicílios. Tudo praticado pelo FBI, internamente, e pela CIA, externamente, que


passam a ser as polícias presidenciais – que gravam, espionam e interceptam aquilo que


seu patrão deseja.


Esta denúncia sobre o poder do presidente da terra do Tio Sam se encontra no livro “We


want freedom”, escrito pelo jornalista Múmia Abu-Jamal (www.mumia.org/freedom.now/). O


povo estadunidense foi criado sobre o dogma da primeira emenda constitucional, que dá


a garantia, entre outros direitos, da liberdade de imprensa. A questão está em quantas


vezes a imprensa resolveu-se calar em nome da boa relação, que julga necessário ter,


com a Casa Branca, o FBI, a CIA e tantas outras entidades governamentais.


Exemplos históricos
A crise na Baía dos Porcos, ocorrida em Cuba, em 17 de abril de 1961, foi uma invasão


organizada pela CIA para derrotar os exilados cubanos, mas que acabou sendo derrotada


pelo exército cubano. O New York Times sabia desta invasão do governo dos Estados


Unidos e, na época, pretendia denunciá-lo em seu editorial. Mas o presidente Kennedy


persuadiu o jornal para que não publicasse o texto. Alegava motivos de segurança


nacional. O jornal calou-se.


A própria CIA comandou, secretamente, agências de notícias, empregando muitos


jornalistas que não sabiam, ou não desejavam saber para quem realmente trabalhavam.


Usou os serviços de cerca de 50 jornalistas, dentro e fora dos Estados Unidos. Entre


estes profissionais os da Newsweek, Time, New York Times, United Press International,


CBS e muitas outras publicações em inglês espalhadas por todo o mundo. O livro


“Declarações de Independência: reexaminando a ideologia norte-americana”, do


historiador Howard Zinn, relata vários casos do governo dos Estados Unidos impedindo a


publicação de histórias, mudando os empregos de jornalistas e principalmente


modificando as verdadeiras histórias.


Atualmente, a descoberta das espionagens de milhares de norte-americanos pela NSA


provocou entre a elite política dos EUA um ataque severo sobre os jornalistas,


acusando-os de não exercerem seu trabalho. Mas esqueceram de apontar os reais


culpados, ou seja, os responsáveis pela espionagem.


Omissão e descrença pública
Talvez a diminuição da circulação dos jornais na terra do Tio Sam seja em razão da


falta de confiança dos leitores na imprensa, que cada vez mais se envolve em novos


escândalos que comprovam sua omissão informativa. Podemos até arriscar e acreditar que


essa falta de confiança na mídia esteja ocorrendo em relação a todos os leitores de


todos os jornais do mundo, incluindo o Brasil.


Para se comprovar isso, devemos nos recordar da massiva campanha da imprensa sobre a


Guerra do Iraque, protegendo o poder imperial de Bush. O que se noticia é o mundo dos


poderosos e não o do povo. Cada vez mais jornalistas são convidados para participar de


festas de empresários e políticos famosos e poderosos. Não por acaso seus interesses


são transformando-as em ‘belas’ reportagens.


Por fim, é interessante ressaltar que as grandes emissoras de televisão cada vez mais


se orgulham pelo fato de que seus apresentadores são confundidos com celebridades.


Muitos repórteres vestem esse perfil de famosos e deixam de atuar nas ruas, passam


apenas a produzir reportagens com conteúdos limitados e contratam assessores de


imprensa. Algo que a Casa Branca adora que ocorra, mas que infelizmente não se


restringe aos Estados Unidos. Precisamos que nossos jornalistas não se deixem calar


diante do Estado e dos poderosos, pois a liberdade de imprensa é um direito que deve


ser cumprido.

Fonte: Fazendo Media www.fazendomedia.com

BANCOS LIDERAM RANKING DE AÇÕES TRABALHISTAS

Fábio Jammal Makhoul


Ser empregado do setor mais lucrativo da economia brasileira deveria ser uma boa


pedida, mas como este setor é formado pelos bancos os trabalhadores sofrem. E muito!


Como era de se esperar, o sistema financeiro nacional continua liderando o ranking de


reclamações dos empregados e, dos cinco primeiros da lista, quatro bancos aparecem


como os mais acionados com processos trabalhistas no TST (Tribunal Superior do


Trabalho).
O Santander é o primeiro banco a figurar na lista e fica em segundo lugar no ranking


de reclamações trabalhistas, atrás apenas do INSS. Atualmente, o banco tem 4.235


processos. Procurado pela grande imprensa, o Santander informou que não vai comentar o


estudo.
Em seguida no ranking aparecem Banco do Brasil (3.400 ações), Itaú (2.523) e Caixa


Econômica Federal (2.297).
Apesar de aparecerem entre os cinco primeiros, tanto o BB como a Caixa conseguiram


inverter a tendência. No caso do BB, o número de processos, que alcançava 8.572 em


2004, caiu para 3.400 no mês passado.
Na Caixa, o número de ações trabalhistas caiu de 6.567 no penúltimo ranking para 2.297


em fevereiro deste ano. Apenas em setembro de 2004, após a divulgação do penúltimo


ranking, a Caixa desistiu de 700 processos trabalhistas em que deveria ser derrotada.
Segundo o TST, a queda deve-se à busca de soluções para litígios trabalhistas pela via


da negociação. “Nos anos do presidente Fernando Henrique Cardoso, o BB liderava o


ranking de reclamações trabalhistas. No governo Lula, ganhamos mais espaço para


negociar e resolver os problemas dos bancários. Com isto, o número de ações caiu e


estamos numa curva descendente”, avalia Vagner Freitas, presidente da CNB/CUT.
Para o presidente do TST, ministro Vantuil Abdala, a redução do número de recursos de


BB e Caixa deve-se também à adoção do ponto eletrônico pelos bancos, reduzindo a


demanda dos bancários em relação às horas extras. O pagamento do trabalho


extraordinário ainda constitui a principal reclamação dos empregados dos bancos. “Esta


sempre foi uma reivindicação do movimento sindical e só agora conseguimos implantar os


pontos eletrônicos”, comentou Vagner.
Além dos cinco primeiros da lista, outros bancos figuram entre os líderes de ações


trabalhistas. O Unibanco aparece em 12º, com 1.014 ações, seguido do ABN Amro Real,


com 859 processos. O Banrisul é 17º (624) e o Banco Bradesco é o 19º da lista (607).


Em 32º figura o HSBC (307).
O presidente da CNB destaca que com a lucratividade excessiva do sistema financeiro,


os bancos nem poderiam aparecer na lista. “Isto mostra a mesquinhez dos bancos.


Geralmente estas ações já foram ganhas pelos trabalhadores em outras instancias, mas


os banqueiros protelam na Justiça só para não pagar imediatamente o que deve aos


bancários”, finalizou.

Fonte: CNB

MULHERES AINDA SÃO MAIORIA ENTRE DESEMPREGADOS

A cada 100 vagas abertas no mercado de trabalho da região metropolitana de São Paulo, no ano passado, 60 foram ocupadas por mulheres, segundo informa pesquisa divulgada hoje pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Com a melhoria do desempenho econômico, a taxa de desemprego para as trabalhadoras caiu, em 2005, de 21,5% para 19,7% da População Economicamente Ativa (PEA), a menor desde 1998.


Entretanto, as mulheres ainda são maioria entre a população que permanece em busca de uma colocação no mercado de trabalho. Do total de desempregados, 54% são mulheres.


A taxa de participação manteve-se estável em 55%, embora no maior nível desde 1985. Para os homens, houve queda de 73% para 72,4%. De acordo com a pesquisa, conseguiram mais êxito na disputa por um dos postos de trabalho as candidatas com idade entre 25 e 39 anos, cuja participação aumentou de 1,1%. Para as que tinham entre 40 e 49 anos, as chances aumentaram 0,4%; para a faixa de 50 a 59 anos, 0,4%; e para as jovens de 18 a 24 anos, 0,1%.


Considerando o aspecto raça, as mulheres negras ampliaram sua participação em 0,9%. O levantamento mostra que a taxa de desemprego para as mulheres negras diminuiu mais do que para as não negras, 5,5% e 10,4%, respectivamente.


Quanto ao nível de escolaridade, a pesquisa indica que as maiores oportunidades foram dadas para as mulheres com curso fundamental completo. Para as candidatas analfabetas e com curso fundamental incompleto, houve redução de 7,7% na taxa de desemprego, enquanto o percentual atingiu queda de 8,7% entre as que apresentavam certificado de conclusão do curso fundamental; de 7,7% para concorrentes com ensino médio completo; e de 6,3% para superior completo. Por setor, quem mais ampliou o número de vagas foi a indústria (+8,8%), seguido pelo comércio (+4,8%), serviços (+4%) e serviços domésticos (+2,1%).


A pesquisa também mostra que, pelo tipo de emprego ofertado, houve redução no rendimento médio de 2,1%. Para os homens, ocorreu o contrário, uma ligeira recuperação de 0,7%. O valor médio por hora trabalhada ficou em torno de R$ 4,87, o equivalente a 75,6% do obtido pelos homens, que passaram a ganhar R$ 6,44.

Fonte: Agência Brasil

BB TROCA OFFICE POR SOFTWARE LIVRE ATÉ O FINAL DE 2006

O Banco do Brasil pretende substituir completamente o uso do pacote de programas Office, da Microsoft, por softwares livres até o final deste ano.


A informação foi dada em nota da instituição, divulgada nesta segunda-feira (06/03). O banco planeja economizar R$ 13 milhões de reais com a migração para o conjunto de programas para escritório OpenOffice, da Sun Microsystems, que não exige pagamento de licença de uso.


Atualmente, o Banco do Brasil tem 20% de sua rede migrada e a suíte OpenOffice (que possui editor de texto e planilha eletrônica, entre outros aplicativos) já é executada em 23 mil computadores do banco.


Além disso, a instituição tem como meta instalar softwares livres nos servidores de suas 5,5 mil dependências no país até metade do ano.


Em comunicado separado, a instituição anunciou ainda o lançamento de um conjunto de programas baseado em software livre que será usado em salas de informáticas do Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil. O projeto tem 1,5 mil telecentros e atende mais de 4 milhões de pessoas.

Fonte: Reuters

EXECUTIVO DIZ QUE BANCO O DEMITIU POR SER GAY

LONDRES – Um ex-executivo de primeiro escalão do HSBC acusou na terça-feira o banco, o terceiro maior do mundo, de tê-lo demitido por ser homossexual. Outro empregado havia processado o executivo por assédio sexual.


Peter Lewis, que foi diretor global do HSBC para o mercado de títulos, disse a um tribunal trabalhista de Londres que não fez nada para merecer a demissão, ocorrida em dezembro de 2004.
O HSBC negou qualquer discriminação por orientação sexual ou outros fatores.


Lewis, 45, foi demitido sob a alegação de conduta pessoal incompatível, devido a um incidente ocorrido em uma academia de ginástica, onde teria se masturbado no chuveiro, ao lado de outro funcionário do HSBC, e olhado o colega de forma que este considerou “desconfortável”.


Este é um dos primeiros casos trabalhistas envolvendo orientação sexual contra uma empresa da City, o bairro financeiro de Londres. Lewis quer indenização por demissão sem justa causa– 5 milhões de libras (8,69 milhões de dólares), segundo a imprensa local.


Lewis nega ter cometido o ato libidinoso de que é acusado. Ele afirma que, ao sair do banho na academia, foi abordado por um estranho que disse lhe conhecer e perguntou seu nome. “Como homossexual, estou ciente de que minha sexualidade pode provocar reações hostis das pessoas e, portanto, dei a ele um nome que não era o meu”, disse Lewis ao tribunal. Segundo Lewis, o homem no vestiário nunca foi identificado por ele, mas foi o mesmo que mais tarde fez as acusações.


O HSBC disse em nota que os argumentos de Lewis “carecem totalmente de fundamento factual” e devem ser desconsiderados. O banco acrescentou que o executivo recebia salários e bônus de mais de 1 milhão de libras. “O reclamante não foi tratado de forma menos favorável em qualquer aspecto material, e sua orientação sexual não teve qualquer influência sobre essas decisões”, disse a empresa.


Lewis, que trabalhava no HSBC havia apenas três meses, mas que atua há 23 anos no setor bancário, disse que a empresa o tratou de forma preconceituosa e tendenciosa. “Eu sabia no fundo do coração que seria demitido por ser gay”, afirmou ele ao tribunal.


O executivo disse que, cerca de um mês depois de começar no HSBC, passou a receber telefonemas ameaçadores. “Em mais de uma ocasião, fui chamado de ‘faggot’ (‘viado’)”, afirmou, acrescentando que os telefonemas devem ter sido feitos por algum outro funcionário do HSBC.


O banco disse ter investigado a queixa e aberto procedimentos disciplinares a respeito. “A cada estágio da investigação e do processo disciplinar, o empregado recebeu a oportunidade de apresentar seu lado da história”, disse o banco em nota anterior.
O HSBC afirmou que, após o exame de todas as evidências, a queixa foi arquivada e o funcionário foi demitido. “O HSBC não discrimina qualquer funcionário com base em raça, religião, deficiência, gênero ou orientação sexual”, disse o banco.


O processo trabalhista ainda deve durar várias semanas.

Fonte: Reuters

HSBC CANCELA AS CONTAS DE APOIO ÀS VÍTIMAS DE FURACÃO

Numa clara demonstração de racismo e preconceito, a filial mexicana do HSBC cancelou as contas da organização não governamental Enlace Civil, que recebiam contribuições nacionais e internacionais às comunidades zapatistas. Estas contas atendiam às necessidades das comunidades afetadas pelo Furacão Stan.


Para Marcos, subcomandante insurgente, “O HSBC segue o caminho racista e etnocida. O cancelamento dessas contas agravará a já difícil situação das comunidades indígenas que perderam tudo com o Furacão Stan”.


A decisão unilateral do banco demonstra o posicionamento contrário ao desenvolvimento das comunidades indígenas zapatistas. A notificação do cancelamento foi realizada por meio de uma carta em que dizia que o HSBC se reserva a faculdade de cancelar a conta quando o mesmo achar conveniente.


Em 2005 o banco Bancomer(BBVA) também cancelou as contas do Enlace Civil e como protesto houve cancelamentos por parte de organizações e indivíduos de todo mundo que mantinham contas naquele banco.

Fonte: CNB/CUT

ARTIGO: A OUTRA CAMPANHA É TÃO IMPORTANTE QUANTO

Por Renato Rovai
 
No México desses dias vive-se uma das mais intensas disputas eleitorais. País que elege presidente em turno único, conta nesta eleição com três candidatos que praticamente dividem o eleitorado. Ainda é cedo para cantar vitória, mas o favoritismo é da centro-esquerda, representada por Lopez Obrador, do Partido da Revolução Democrática (PRD), que nunca esteve tão próximo da vitória desde que foi criado.
Os adversários do Partido da Revolução Institucional (PRI), que por 70 anos repetiu presidentes, e do Partido da Aliança Nacional (PAN), de Vicente Fox, o atual good boy dos americanos, estão sem discurso. Mas há uma outra campanha ainda mais interessante que acontece no México
O movimento zapatista, liderado pelo Subcomandante Marcos, que neste momento se autodenomina Delegado Zero, varre o país organizando debates com a população mais carente e os movimentos sociais. A Outra Campanha, como vem sendo chamada, tem por objetivo construir um Plano Nacional de Lutas, para ser implementado independentemente de quem vier a ser eleito presidente da República.
Marcos não prega o voto nulo e também não defende nenhuma das candidaturas. Há gente próxima ao movimento que está com Obrador, mas isso não lhe garante o apoio oficial do zapatismo.
Parece contraditório, mas não é. Como ainda poderia ser algo muito interessante para, com outros contornos, vir a ser adotado pelos principais movimentos sociais brasileiros. Imagine, por exemplo, um movimento como o MST ou uma central como a CUT, organizando enormes conferências e assembléias públicas e abertas, semelhantes às que Marcos tem feito, com gente de todos os cantos e origens para debater os caminhos de luta para sair da armadilha neoliberal e avançar para um outro modelo. Seria interessante, por exemplo, ver os movimentos sociais colocarem como pauta de reivindicação que o orçamento do Estado seja fruto de debate e tenha caráter participativo, não se limitando à tecnocracia de meia dúzia de babacas do Banco Central e aos congressistas que acabam negociando interesses mais privados do que públicos para aprová-lo.
A Outra Campanha de Marcos não deve ser encarada com uma nova panacéia para as esquerdas e tampouco como algo antagônico às disputas oficiais. Caso venha a se tornar isso, terá pouco efeito prático. Mas tem potencial para dar um salto de qualidade na organização dos movimentos daqui, oxigenando-os e fazendo-os se aproximar e construir bandeiras gerais. Foi assim na Bolívia em dois momentos históricos. Na luta contra a privatização da água em Cochabamba. E na defesa do gás como patrimônio do povo.

Fonte: Revista Fórum