Sindicatos de todo o país realizam atos pelo “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde”

Sindicatos da base da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram atos nesta quarta-feira, 24 de julho, pelo “Dia Nacional de Luta #MenosMetasMaisSaúde“.

A ação foi organizada pelo movimento sindical, com o objetivo de pressionar os bancos contra a prática de modelo de gestão que vem afetando a saúde metal dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.

O dia nacional de luta acontece um dia antes da quarta rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A pauta do encontro será saúde e condições de trabalho, com foco na política de metas praticadas pelas empresas.

“É muito importante esta mobilização, principalmente, na véspera de mais uma rodada de negociação. Os bancos precisam estar cientes que a saúde mental dos trabalhadores é pauta prioritária. Por isso, quero parabenizar, em especial, os Sindicatos da base da Federação pela demonstração de força e comprometimento com a categoria bancária.”, declarou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.

PESQUISA

Pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”, realizada pela Secretaria de Saúde da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), e divulgada no final de 2024, revela que 80% dos trabalhadores bancários tiveram ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano. Destes, quase metade estavam em acompanhamento psiquiátrico.

O principal motivo declarado para a busca de tratamento médico foi o trabalho. Entre os que estavam em acompanhamento psiquiátrico, 91,5% utilizavam medicações prescritas pelo psiquiatra, percentual que reduzia para 64,4% entre os que estavam em outros tipos de acompanhamento médico.

Entre 2013 e 2020, foram registrados 20.192 afastamentos de bancários pelo INSS, com alta de 26,2% entre 2015 e 2020, percentual 1,7 vez acima do crescimento total de afastamentos registrados no país (de 15,4% no período), considerando todas as categorias. Em relação ao total dos afastamentos acidentários por doenças mentais e comportamentais, os afastamentos de bancários correspondiam a 12% do total, em 2012, e a 25%, em 2022.

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**com informações da Contraf-CUT