Nesta quarta-feira, 27 de agosto, Sindicatos da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), e de todo o país, realizaram atos nacionais em defesa do Banco do Brasil (BB).
Além das manifestações presenciais, a categoria convocou todos os brasileiros a se engajarem nas redes sociais, usando a hashtag #OBBédosBrasileiros, para reforçar a defesa do banco.
“Estes atos reforçam a defesa do Banco do Brasil como patrimônio público e instrumento de desenvolvimento econômico. Precisamos estar atentos aos ataques que colocam em risco, não só a estabilidade da economia, como a nossa soberania” comentou Nilton Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES.
Os atos têm como objetivo repudiar ataques coordenados contra o Banco do Brasil, que têm circulado em redes sociais e ameaçam a credibilidade da instituição e a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Segundo o próprio BB, foram identificadas publicações inverídicas e maliciosas que buscam gerar pânico e induzir a população a decisões que podem prejudicar sua saúde financeira. Entre os autores dessas postagens estão o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), o advogado Jeffrey Chiquini e um vídeo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) alertando sobre suposta falência do banco.
“Fui contemporâneo de Direito na mesma faculdade do foragido que está agora nos Estados Unidos [Eduardo Bolsonaro], que chegou a dizer que o Banco do Brasil pode falir a depender das forças dele. Só no BB somos 87 mil trabalhadoras e trabalhadores, além de tantos outros nos demais bancos públicos. Precisamos ser agentes politizadores, disputar a consciência dos colegas e fortalecer a luta de classe. É fundamental que este congresso resulte em propostas efetivas para cobrar dos bancos públicos a valorização e a garantia de saúde dos trabalhadores. Que daqui saiam soluções concretas para manter empregos e fazer política para que o Brasil siga no caminho certo”, comentou Danilo Funke, Diretor de Bancos Federais da Fetraf RJ/ES.
A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, alerta que tais ataques configuram crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, previstos na Lei 7.492/1986, que prevê pena de 2 a 6 anos de reclusão e multa para quem divulga informações falsas ou incompletas sobre instituições financeiras.
Ela reforçou a importância da mobilização. “Hoje teremos atos nacionais em defesa do Banco do Brasil. Em São Paulo e em Brasília, os atos ocorrem nos Centros Administrativos do BB e são uma resposta aos ataques de bolsonaristas à instituição, que fazem parte de um ataque maior à nossa soberania. Eles atacam nossa economia, impõem taxas abusivas aos produtos brasileiros e ameaçam a democracia, tentando envolver atores internacionais para proteger crimes cometidos contra a Constituição. Agora querem atingir uma das instituições mais longevas do país: o BB, com mais de 200 anos, que investe no agro, na agricultura familiar e é referência em crédito consignado. Este banco é do Brasil e dos brasileiros, e não podemos aceitar ataques ao nosso patrimônio e à nossa economia. Atacar um banco é um crime contra o Sistema Financeiro Nacional, tipificado na Lei 6.392/76 e na Lei 7.492/1986, art. 3º.”
A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, acrescentou. “Divulgar informação falsa ou prejudicialmente incompleta sobre uma instituição financeira, como fizeram esses bolsonaristas, atinge diretamente a credibilidade do Banco do Brasil. Isso se enquadra no artigo 3º da Lei 7.492/86, porque a informação é falsa ou manipulada, causa risco ao funcionamento do banco, gera alarme social e pode provocar corrida bancária, prejudicando a economia. Esses ataques configuram crime contra o Sistema Financeiro Nacional e podem acumular com outros crimes, como incitação ao crime e crime contra a economia popular, previstos na Lei 1.521/51.”
ANGRA DOS REIS
ESPÍRITO SANTO
*fotos de Sérgio Cardoso
ITAPERUNA
MACAÉ
NOVA FRIBURGO
TRÊS RIOS
*com informações da Contraf-CUT