Nota dos Diretores de Unidades em Defesa da UERJ

Rio de Janeiro, 10 de Abril de 2006


Nós, diretores de unidades, reunidos em 07/04/2006, vimos a público manifestar nossa
tristeza e indignação em relação ao tratamento que a UERJ vem recebendo do Governo
Estadual.
Após inúmeras e infrutíferas tentativas de negociação com o governo do Estado para
estabelecer uma agenda de recomposição de salários e por melhores condições de trabalho, a comunidade da UERJ foi compelida à greve como alternativa legítima de reivindicação.
Cumpre esclarecer que a luta por melhores condições de trabalho se acirrou com o corte
nas fontes de financiamento de manutenção e atividades finalísticas anunciado, através do Decreto Nº 38.795, pela Governadora do Estado do Rio de Janeiro, no diário Oficial de 30 de março de 2006. Com a promulgação deste decreto o orçamento da UERJ sofrerá um corte linear drástico de 25% na verba de custeio mensal, esta verba que era R$2.938.696,00, em abril de 2006, passará a ser de R$2.204.022,00, a partir de maio.
É preciso deixar claro que não somos contra uma política austera de regularização das
contas do Estado. Mas somos contra uma política de renuncia fiscal eminentemente eleitoreira que traz prejuízos à população e agrava ainda mais a manutenção de atividades finalísticas de inúmeros órgãos da administração direta e indireta do Estado.
Todos nós sabemos que um orçamento de uma Instituição como a UERJ deveria ser
atualizado, corrigido e deflacionado, pois as despesas de custeio como luz, telefone, água e gás são corrigidas pelas concessionárias de serviços de utilidade pública de acordo com a variação dos índices inflacionários. A não correção do orçamento antes da promulgação do decreto acarretou um déficit de R$ 668.293,00, nos pagamentos dos serviços de utilidade pública e na prestação de serviços entre órgãos.
Neste contexto de incertezas, nossas preocupações estão centradas nos impactos previstos que a política de corte linear na verba de custeio mensal acarretará nas atividades finalísticas já precarizadas da UERJ, tais como:



  • Agravamento do déficit orçamentário no pagamento dos serviços de utilidade pública (CEG, Light, Telemar, EBCT, Embratel, etc.);

  • Redução na verba de auxilio a Estudantes, com implicações generalizadas, desde à não realização de trabalhos de campos à não concessão de bolsas (Estágio Interno, etc.);

  • Previsão de contingenciamento dos contratos administrativos para Professores Visitantes e Substitutos e apoio Técnico-administrativo;

  • Agravamento das dificuldades já antepostas ao desenvolvimento das atividades de ENSINO, PESQUISA e EXTENSÃO pela insuficência orçamentária existente, tanto nos Cursos de Graduação quanto nos de Pós-Graduação;

  • Precarização e redução dos contratos com segurança, mão-de-obra terceirizada, manutenção predial e manutenção de elevadores.

O limite do desinvestimento sistemático que a UERJ vem passando se revela através do sucateamento de suas instalações e mais recentemente no desabamento da marquise superior da passarela do 12º andar que liga os blocos A e B, na terça-feira do dia 31 de Janeiro. A precariedade das condições de infra-estrutura, em todas unidades acadêmicas da UERJ, passou a ser a marca principal do abandono impetrado pela atual gestão de governo.
Pelos motivos enunciados acima, conclamamos a comunidade acadêmica e toda a sociedade fluminense a se mobilizar e a se posicionar em defesa da UERJ.

Fonte:

Portador de deficiência: só 30% das empresas cumprem a lei

Fiscalização força ocupação de vagas no Rio. Em SP, taxa é de 29%


Apenas um terço das empresas dos estados do Rio e de São Paulo respeita a lei que estabelece cotas para a contratação de portadores de deficiência. Promulgada há 15 anos, a lei 8.213 determina um número determinado de vagas para estes profissionais, de acordo com o tamanho do quadro de pessoal das companhias, sob pena de aplicação de multa. Só nos últimos cinco anos, com a maior fiscalização das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), as empresas intensificaram a procura por estes trabalhadores. E iniciativas públicas e particulares têm contribuído para diminuir a distância entre o mercado de trabalho e os profissionais, tenham eles nível fundamental ou superior.
No Rio, a estimativa é de que apenas 30% das empresas estejam cumprindo a lei. O dado é da Fundação municipal Lar Francisco de Paula (Funlar), que coordena, em parceria com a DRT-RJ, um programa de empregabilidade para a população de baixa renda portadora de deficiência. Em São Paulo, a quantidade de empresas que cumprem a lei é quase igual (29%), segundo dados da DRT-SP. A multa aplicada nas empresas varia de mil reais a R$103 mil por trabalhador não-contratado, de acordo com o porte da organização e fatores como reincidência.
Companhias com cem empregados têm cota
A presidente da Funlar, Leda de Azevedo, diz que a situação vem melhorando aos poucos:
— Temos trabalhado para desmistificar preconceitos no trabalho. E as organizações já descobriram que os portadores de deficiência são funcionários mais motivados. A rotatividade também é baixa — acentua ela, que só em 2005 ajudou 310 profissionais, a maioria com nível escolar fundamental ou médio, a encontrarem emprego em 28 lugares diferentes.
Hoje em dia, uma organização com mais de cem funcionários precisa preencher cota de 2% de empregados. As de 200, necessitam de 3% em seus quadros e as de 300, um total de 4%. As que têm um quadro de pessoal acima de 500 pessoas precisam preencher 5% de vagas com trabalhadores portadores de deficiências físicas ou mentais.
O problema que Leda ajuda a resolver entre a população com pouca escolaridade — inclusive implementando programas para que estudem — se repete nas empresas que precisam preencher cargos com nível superior. Na avaliação de Rodrigo Rosso, organizador da Reatech, feira voltada para o mercado de reabilitação e deficiência que terminou domingo passado em São Paulo, a questão é mais complicada nos cargos que exigem formação universitária:
— Às vezes, o profissional com nível superior que sofreu um acidente consegue uma pensão de R$700 a R$1,5 mil da Previdência Social. Só que para preencher a vaga na empresa, ele precisaria abdicar do benefício e fica em dúvida se quer abrir mão dessa segurança.
Para tentar desatar estes nós, 10% das 120 empresas que montaram estandes na feira tentavam recrutar potenciais funcionários entre o público de 30 mil pessoas. Eram cerca de três mil postos de trabalho disponíveis. Até as montadoras que vendiam produtos aproveitaram para procurar candidatos. Em setembro, a iniciativa vai se repetir no Rio de Janeiro: entre os dias 21 e 23, no Riocentro, será realizada uma versão reduzida da feira, a Reacess.
Rosso cita dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que indicam que há 24 milhões de pessoas portadoras de deficiência no Brasil. Destas, 46% estariam na faixa de renda A ou B. O organizador da feira diz que esta população movimenta um mercado de R$1 bilhão no país. Na Reatech, por exemplo, foram negociados 68 carros com alterações de fábrica e cerca de 40 adaptações de veículos.

Fonte: Fonte: Jornal O Globo – 16/04/2006

Comissão ouve presidente da Nossa Caixa na próxima terça sobre publicidade

O presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro, e a gerente de Marketing do Banco, Marli Martins, serão ouvidos na próxima terça-feira, 25, às 14h15, pela Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa. Os dois foram convocados para esclarecer as denúncias de irregularidades e de favorecimento político com publicidade da Nossa Caixa. A convocação de Monteiro e de Martins foi proposta pelo deputado estadual Renato Simões (PT).


Na reunião também estarão na pauta o requerimento de auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado nos contratos de publicidade da Nossa Caixa, a convocação do presidente da Comissão de Sindicância do banco, José Luiz Flório Buzo, e o convite para que também prestem esclarecimentos o filho do ex-governador Geraldo Alckmin, Thomaz Rodrigues, sua sócia Suellen Jou e o pai dela e responsável pela Associação de Medicina Tradicional Chinesa do Brasil, Jou Eel Jia.


A reunião da Comissão de Finanças e Orçamento será realizada no Plenário Tiradentes da Assembléia Legislativa, na próxima terça-feira, às 14h15.

Fonte: Fonte: Assessoria de Imprensa do deputado estadual Renato Simões (PT-SP)

Bancos brasileiros são os maiores das Américas

Pesquisa realizada pela consultoria Economática revelou que três bancos brasileiros – Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, nessa ordem – figuram entre os primeiros dos 20 maiores das Américas. A classificação foi feita por ativos totais e rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio em 2005. De acordo com a consultoria, os índices alcançados pelos brasileiros batem de longe os maiores bancos americanos. A rentabilidade do Itaú, por exemplo, ficou em 35,6%, enquanto a do Citigroup (maior banco do mundo em ativos) ficou na casa dos 22,2%. O que deveria ser motivo de comemoração, para a categoria bancária é a tradução de muito sacrifício com baixo retorno.
Sobre o lucro dos bancos, tem peso cada vez maior a receita com prestação de serviços. Resultado das tarifas que são cobradas por produtos e serviços, essa mudança na composição do lucro vem de uma alteração no papel dos bancos na sociedade. “Agências com poucos bancários obrigam os clientes a fazer o serviço, pelo qual pagam, nos caixas-eletrônicos, telefone, internet. Fica a cargo dos trabalhadores a tarefa de vender produtos caros que engordam a já obesa lucratividade dos bancos”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Isso faz com que a receita advinda das tarifas cubra toda a folha de pagamentos dos bancos, com sobras. No caso do Itaú, o que o banco arrecada com as taxas cobradas dos clientes cobre 186% da folha de pagamento do banco.
“Por isso, é difícil para o brasileiro comemorar esse resultado. Ninguém gosta de banco: filas, altas taxas, juros abusivos. Quanto menor o saldo, pior o tratamento prestado”, diz o dirigente, lembrando o crescimento dos correspondentes bancários, responsáveis pelo atendimento à população não bancarizada ou de baixo poder aquisitivo. “Os bancos não querem abrir agências onde não há interesse financeiro. Então, contratam lojas para receber pagamentos, preencher proposta de abertura de contas, poupança etc. Assim, lucram muito, só que não geram mais empregos”, completa o dirigente.
Na década de 1980 havia 800 mil bancários no Brasil. Esse número caiu até os cerca de 400 mil atuais. Em 1994 havia em média 33 bancários por agência, dez anos depois não passam de 23. Cada um deles, responsável por 184 contas-correntes – em 1993, cada bancário era responsável por 67 contas.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Sindicato participa da 22ª Festa do Índio


Foto: Sérgio Cardoso



 


 


 


 


 


 


 


 


O Sindicato presenteou os indígenas com um álbum de fotos


O Sindicato dos Bancários participou neste dia 19 de abril, Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas, de um grande ato nas aldeias Três Palmeiras, Caieiras Velha e Pau Brasil.


Pela manhã foi feito o lançamento do CD Mborai Retxa Kã Marae’y (Cantos da Sabedoria Sagrada Infinita) com músicas cantadas em tupi-guarani pelo coral mirim da Aldeia Três Palmeiras.O disco é o primeiro produzido pelos índios capixabas e conta com o apoio do Sindicato. A diretoria da entidade aproveito a oportunidade paa presentear a comunidade indígena local com um álbum de fotos das atividades realizadas em 2005.


A 22ª Festa do Índio – Terra: Luta, Sobrevivência e Liberdade, continua até o dia 23/04, incluindo atividades como jogos tradicionais indígenas, mostra cultural, exposição de vídeos e fotos, venda de artesanatos, comidas típicas, e apresentações artísticas e culturais.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Programação do Seminário Internacional sobre Mídia e Democracia e novas formas de ativismo político

Dia 26 (quarta)


 


10h/13h – Midiocracia


Como a democracia se constitui em aliança, conflito e composição com os meios de Comunicação. Democracia pela mídia e governo dos meios de comunicação.


Palestrantes:


·      Wanderley Guilherme dos Santos – Cientista Político e Professor da UFRJ e da Universidade Cândido Mendes


·      José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil


·      Paulo Henrique Amorin – Jornalista da TV Record


·      Ricardo Kotscho – Jornalista e representante da Rede Globo  do Projeto Globo/ Universidade


·      Giuseppe Cocco – Professor da UFRJ e representante da Rede Universidade Nômade


Mediador: Sérgio Sá Leitão – Secretário de Políticas Públcias do MinC


 


13h – Intervalo


 


14h – Apresentação de Projetos de Midiativismo:


Teatro do Oprimido, Apresentação de filmes e vídeos curtos sobre Mídia, Apresentação de Projetos de Comunicação


 


15h/18h – Midiativismo


Os novos intelectuais e atores políticos que utilizam a mídia e suas linguagens como forma de ativismo político e estético. A política do simbólico.


Palestrantes:


·  Franco Berardi – Professor da Universidade de Bolonha (Itália)


·  Raul Sanchez – Professor da Universidad Nomada de Madrid (Espanha)


·  Wallace Hermann – representante das Rádios Comunitárias e PontoComSaúde


·  Geo Brito – representante do Centro de Teatro do Oprimido e da Universidade Nômade


·  Giuliano Bonorandi –  representante da Ação Cultura Digital e Rádio Interferência


Mediadora: Tatiana Roque – representante da Rede Universidade Nômade e professora da UFRJ


 


Dia 27 (quinta)


 


10h/13h – A Mídia da Midia


Como a mídia vem cobrindo temas que afetam seu próprio negócio: a TV Digital, Ancinav, a Lei Geral de Comunicações, Softwares  Livres, etc.


Palestrantes:


·      Gabriel Priolli – Jornalista, Professor da PUC/ SP, Presidente da ABTU e Presidente da Televisão América Latina (TAL)


·      Diogo Moyses – representante da Rede Intervozes


·      Sérgio Amadeu-  Professor da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero (SP)


·      Manoel Rangel – Diretor da Ancine


Mediador: Esther Hanburguer – Professora da USP e Jornalista da Folha de São Paulo


 


13h Intervalo


 


14h – Apresentação de Dossiês, materiais na internet, capas de revista, sobre a cobertura e imagens da mídia dos temas debatidos, emissões de Rádio


 


15h/18h – NegroAtivismo


Como a mídia vem cobrindo temas polêmicos como as cotas, a bolsa  família e as políticas de discriminação afirmativa. Mídia Negra


Palestrantes:


·      Alexandre Nascimento – representante do Pré-Vestibular para Negros e Carentes e da Rede Universidade Nômade


·      Júlio César Tavares – Professor da UFF


·      Marcio Alexandre – Jornalista da Revista Afirma


·      Jeferson De – Cineasta e representante do Movimento Dogma Feijoada


·      Edson Cardoso – Jornalista da Revista IROHÍN


Mediador: Márcio André -representante da Rede Universidade Nômade


 


Dia 28 (sexta)


 


10h/13h – Mídias de Resistência


Como os movimentos sociais, Ongs, terceiro setor e sociedade civil fazem mídia


Palestrantes:


·      Dojival Vieira – representante da Afropress


·      Joaquim Palhares – representante da Agência Carta Maior


·      Celso Hort – representante da CUT


·      Claudia Cardoso – representante do Movimento Midi@ética


·      Romano – representante da RadioAberta e da Rádio Madame Satã


·      Ericson Pires – representante da Hapax e da Rede Universidade Nômade


Mediador: Giuseppe Cocco – Professor da UFRJ e representante da Rede Universidade Nômade e da Revista Global


 


13h- Intervalo


 


14h – Intervenções estéticos-midiáticas, emissões de Rádio,video, etc.


Exibição de vídeos da CUFA, Afroreggae, Cia Etnica de Dança, clips-favelas


 


15h/18h – Comunicando as Favelas


As Imagens das favelas na mídia e a produção cultural, audiovisual, midiática dos movimentos saídos das favelas e periferias


Palestrantes:


·      Jailson de Souza – representante da Escola Crítica de Comunicação Popular da Maré


·      Carmem Luz – representante da Companhia Étnica de Dança


·      Nega Gizza – representante da Central Única das Favelas (CUFA) e do Movimento Hip Hop


·      Écio Salles – representante do grupo Afroreggae


·      Ivana Bentes – Diretora e Professora da ECO/UFRJ


·      Paulo Vaz – Professor e Coordenador da Pós-graduação da ECO/UFRJ


Mediadora: Ilana Strozenberg – Professora da ECO/UFRJ


 


18h – ENCERRAMENTO – Festa e Manifestos


 


Local:


Auditório do CFCH da UFRJ


Campus da Praia Vermelha


Av. Pasteur, 250 Rio de Janeiro


Informações: Tel. 021 38735067 e 021 22959449


[email protected]


Realização:


Escola de Comunicação da UFRJ e Rede Universidade Nômade


Organização:


Profa Ivana Bentes – Diretora da ECO/UFRJ


 


Apoio: MinC


Informação:


Elizabete de Cerqueira


Assessoria de Imprensa da ECO/UFRJ


[email protected]


[email protected]


[email protected]

Fonte:

Fórum de Conselheiros dos Fundos de Pensão do Itaú se reuniu ontem

(São Paulo) Foi realizada ontem, 19 de abril,uma reunião do Fórum de Conselheiros e Participantes dos Fundos de Pensão dos Bancos da Holding Itaú. Na reunião foi reafirmado o compromisso dos conselheiros assumidos durante a campanha eleitoral de lutar: pela inclusão do benefício da pensão no(s) plano(s) que ainda não a tenham; pela implantação do benefício mínimo; pela reabertura do PAC – Plano de Aposentadoria Complementar dos funcionários do Itaú; pela eleição de membro da diretoria executiva nas fundações enquanto representantes dos funcionários; pelo empréstimo para os participantes; pela revisão do índice de correção dos benefícios de aposentadoria dos funcionários que entraram no PAC após 1980.


Outras propostas discutidas no fórum são as seguintes: solicitar que os conselheiros juntos com uma assessoria especializada no assunto participem dos grupos de trabalho constituídos pelas fundações (Itaubanco e Funbep); buscar a uniformização de uma data mínima de envio das informações aos conselheiros eleitos, em pelo menos 10 dias úteis antes das reuniões; organização de seminários sobre previdência complementar para os dirigentes sindicais; retomar a confecção de materiais específicos para os participantes – em breve estará saindo um Itaunido Nacional; solicitar o detalhamento da política de investimentos para todos os participantes; realizar reuniões períodicas entre os conselheiros para discutir uma ação coordenada dos mesmos nas fundações.


A reunião do fórum foi importante no sentido de organização e retomada dos pontos que foram plataforma das eleições que elegeram representantes dos funcionários nos planos da Fundação Itaubanco e no Funbep. Além disso, o trabalho integrado entre todos os conselheiros permite que se tenha uma luta uniforme em todo o país na busca por melhorias dos benefícios dos planos de previdência complementar do Itaú. Também ficou como data indicativa para uma próxima reunião, o dia 13 de junho de 2006.


 


Plano de saúde


Na reunião foi levantado o problema do plano de saúde dos aposentados, onde ressaltou-se que este foi muito mal negociado pelas associações de aposentados, que admitiram a implantação de um plano individual para os aposentados. Tal questão, tem tornado muito dispendioso o plano de saúde dos aposentados e em breve a COE-ITAÚ estará pautando a discussão para buscar uma solução para o problema.

Fonte: CNB

Nota do presidente da CUT/SP, Edílson de Paula sobre a apreensão do jornal especial com balanço do governo do PSDB

“Respeitamos a decisão da Justiça, mas já recorremos informando ao Ministro do TSE que o nosso jornal especial sobre o balanço dos 12 anos do governo do PSDB não teve nenhum caráter eleitoral e nem partidário, pois não mencionamos “propaganda de ninguém”, apenas fizemos nosso balanço, que foi baseado em notícias e estatísticas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação de massa.


Tudo o que foi divulgado não é novidade, até porque foi publicado pela grande imprensa. Apenas cumprimos o nosso papel que é zelar pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pela transparência dos fatos – compromisso que assumimos há 23 anos, quando fundamos a nossa Central.

Se nos acusam de fazer campanha eleitoral e de induzir a população a não votar nos candidatos tucanos, então a imprensa faz o mesmo ao divulgar “Banco Estatal beneficiou aliados de Alckmin”; Assembléia investiga doações a Lu Alckmin; Ministério Público vai investigar denúncias contra Alckmin; MP investigará convênio do acupunturista do tucano entre outras notícias publicadas recentemente?

Assim como a grande imprensa tem toda a liberdade em investigar a vida pública das autoridades, nós temos o compromisso de alertar o trabalhador e mantê-lo consciente do que está acontecendo.  


Para resolver os diversos problemas enfrentados no Estado de São Paulo — como a onda de rebeliões e violência na Febem; o aumento da criminalidade; a matança de jovens nas periferias; a falta de médicos e materiais básicos nos hospitais; o analfabetismo funcional entre outros – é fundamental o diálogo e a transparência.


Há 12 anos, a CUT/SP e os sindicatos filiados do funcionalismo público estadual propõem ao ex-governador a instalação de uma mesa permanente de negociação, para se discutir e implementar políticas públicas que melhorem os serviços públicos, bem como a sua qualidade. No entanto, o governo do PSDB sequer atendeu as nossas solicitações, se fechando ao debate.


Já tomamos as medidas cabíveis e vamos aguardar a apreciação do TSE sobre a nossa defesa”.


 


Edílson de Paula é Presidente da CUT/SP

Fonte: CUT-SP

OIT discutirá combate ao desemprego e precarização do trabalho nas Américas e Caribe

A 16º Reunião Regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT) será realizada pela primeira vez no Brasil, de 2 a 5 de maio, no Centro de Convenções, em Brasília. Participarão do encontro delegações tripartites (representantes de Governo, empregadores e de trabalhadores) de 35 países das Américas e do Caribe.


Segundo a diretora-geral da OIT no Brasil, Laís Abramo, a reunião tem o objetivo de buscar caminhos para enfrentar a persistência do desemprego e a precariedade nas condições de trabalho. O tema central será a promoção do trabalho decente.


O evento abordará as políticas e ações concretas para criar uma Agenda Hemisférica para Geração de Trabalho Decente. A agenda toma por base as decisões da IV Cúpula das Américas, realizada em Mar Del Plata, Argentina, em novembro do ano passado. Nesse evento, chefes de estado e de governo dos países americanos aprovaram uma declaração política para a criação de trabalho decente, como forma de reduzir a pobreza e fortalecer a democracia.


A 16º Reunião Regional da OIT contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do diretor-geral da OIT, Juan Somavia, na cerimônia de abertura, marcada para o dia 3. O primeiro dia de evento será reservado ao credenciamento e às reuniões de grupos.


 


Ações do MTE


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) desenvolve ações e programas visando à geração de emprego e renda e a garantia do trabalho decente, tais como o Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE), o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo.


Há ainda os sistemas de gestão eletrônica no mundo do trabalho, como o Sistema Nacional de Emprego (Sine), o Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados (Caged) e a Relação Anual de Informações Sociais (Rais); além da criação do Fórum Nacional do Trabalho e a integração do Sistema Público de Emprego.


Para compartilhar essas experiências com os Ministérios do Trabalho da região, o MTE está organizando a Mostra do Trabalho Decente, a ser realizada paralelamente à XVI Reunião Regional Americana da OIT. Durante o evento, técnicos do Ministério estarão à disposição das delegações para prestar informações e orientações.


 


Desemprego


De acordo com o último Panorama Laboral Latino-Americano divulgado pela OIT no final do ano passado, 18,3 milhões de trabalhadores urbanos não têm emprego na América Latina, e seis em cada dez novos empregos são criados em condições de precariedade na economia informal na região.


No mundo, há aproximadamente 192 milhões de pessoas desempregadas, o que equivale a 6% de toda a força de trabalho. Quase metade – 86 milhões – é formada por jovens entre 15 e 24 anos. Isso sem contar que metade de todos os trabalhadores no mundo (cerca de 1,4 bilhão) vive com menos de US$ 2 por dia.


 


Trabalho decente


No dia 3 será apresentado um relatório global elaborado pela OIT sobre o trabalho decente. O documento apresentará números relativos ao mercado de trabalho, fará uma análise das taxas de crescimentos dos países e apresentará propostas para que o crescimento seja contínuo.


Laís Abramo adianta que o Brasil aparece neste relatório, em destaque em vários aspectos. Um dos exemplos é a postura do governo brasileiro diante do trabalho escravo e com relação à discriminação racial e étnica no mercado de trabalho.


Além dos países americanos, participam do evento representantes da França, Holanda, Reino Unido, Portugal e Espanha.


 


Agenda mundial


A promoção de uma agenda de Trabalho Decente baseia-se, internacionalmente, no seguinte pilar: a geração de emprego com proteção social, com respeito aos princípios fundamentais e direitos no trabalho e com diálogo social. Uma das metas é promover oportunidades para que mulheres e homens possam obter trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, igualdade, segurança e dignidade humana.


A última Reunião Regional Americana da OIT foi realizada em Lima, Peru, em dezembro de 2002. Durante quatro dias de debate, mais de 160 delegados, inclusive ministros do Trabalho, líderes sindicais e dirigentes de empresas, representando 35 países americanos, examinaram a realidade social e econômica da América Latina e do Caribe. Globalização e Trabalho Decente foram os temas que pautaram a dinâmica dos debates.


 


Aids


Em seguida à realização da reunião, acontece o encontro “Aids e o mundo do trabalho na América Latina e Caribe”, também no Centro de Convenções. O objetivo da reunião é partilhar informações sobre o que está sendo feito para combater a Aids no local de trabalho e para avançar no diálogo e na parceria entre governos, organizações de trabalhadores e empregadores, sociedade civil e de pessoas convivendo com Aids.


 


Informações do MTE.

Fonte: Agência DIAP

População da Noruega é contra Aracruz, diz ativista

“A maioria é contra a Aracruz. Poderiamos ficar orgulhosos porque é um norueguês que tem êxito no exterior e ganha muito dinheiro. Mas não. Não estamos orgulhosos”, afirma Ingeborg Tangeraas, ativista norueguesa da organização NBS (Norwegian Farmers and Smallholders Union).
A Aracruz é uma empresa de capital aberto. A empresa da Noruega Lorentzen controla 28% das ações da empresa de eucaliptos.


Leia abaixo a entrevista com Ingeborg Tangeraas.


O povo noruega conhece a empresa Aracruz, produtora de celulose em larga escala no Brasil?
Sim, porque um dos responsáveis da Aracruz é um norueguês que mora no Brasil, Erling Lorentzen. A esposa dele é irmã do rei de Noruega, o que se pode chamar uma relação um pouco conflituosa. Tem capital norueguês dentro da Aracruz.
Como a sociedade norueguesa se posicina diante da atuação da Aracruz?
A Aracruz foi atacada muito forte por parte da União dos Camponeses, por parte da FIAN e por parte de organizações ambientais. Os ataques já vêm de vários anos. Sabe-se dos conflitos que a Aracruz criou com o povo indígena, e que a empresa está prejudicando o meio ambiente. O monocultivo não é sustentável.
E a população?
A maioria é contra a Aracruz. Poderiamos ficar orgulhosos porque é um norueguês que tem êxito no exterior e ganha muito dinheiro. Mas não. Não estamos orgulhosos. O fato do que a Aracruz está roubando ou ocupando território de indígenas criou uma reação forte no nosso povo. Tem muita floresta na Noruega, como também na Suécia e Finlândia, que formam a Escandinávia, no norte da Europa, onde foi fundida a empresa Stora Enso, que também produz celulose no Brasil. Porque não produzem a celulose lá na Europa? Para poder usar a madeira das árvores nativas da Escandinávia é preciso deixar crescer entre 10 e 30 anos. Em vez disso, o eucalipto já pode ser usado depois de 7 anos. E é muito mais barato produzir no Brasil, a mão-de-obra sendo mais barata.

Fonte: Boletim da Via Campesina