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Angra: descaso com a segurança é comum a vários bancos

Mesmo depois do assalto ao PAB do Santander na Eletronuclear, em que um bancário e uma vigilante foram mortos, os bancos não tomaram medidas para melhorar as condições de segurança nas agências da região da Costa Verde. No mesmo dia, dirigentes do Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis flagraram problemas graves que ameaçam a vida de trabalhadores e clientes dos estabelecimentos durante visitas à base.

O primeiro problema foi encontrado quando os diretores Nilton Carlos da Silva Pereira e Ayres Carlos Alves de Oliveira percorriam as agências do centro de Itaguaí para convocar os bancários para a assembleia de deflagração da greve. Ao entrarem na unidade do HSBC, os sindicalistas perceberam que a porta giratória não estava funcionando corretamente, já que não travou na presença de objetos de metal. Imediatamente os dirigentes interditaram a agência. A unidade ficará fechada até que o banco providencie o conserto da porta.

Outra irregularidade foi verificada no PAB do Bradesco no bairro do Frade, entre Angra dos Reis e Paraty. O posto fica às margens da rodovia Rio-Santos e foi inaugurado esta semana. O banco classifica o local como escritório de negócios, já que não ha guichês de caixa, somente máquinas de autoatendimento. Mas o banco designou um bancário para trabalhar no local, sem o acompanhamento de vigilante. “O Bradesco está tentando burlar a norma do PAB com um posto sem guichês. Mas, como há caixas eletrônicos, há movimentação de numerário. Ainda por cima, o posto fica à beira da rodovia, que é uma rota de fuga para os bandidos. E, nesta situação, o bancário que trabalha no local fica vulnerável à ação de assaltantes”, pondera Jorge Valverde, diretor do sindicato.

Reunião

O Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis se reúne nesta quinta-feira com a prefeita Maria da Conceição Caldas Rabha. Além do sindicato, participam da reunião a Fetraf-RJ/ES, representada por Paulo Garcez,  a Comissão de Segurança Bancária (Contraf-CUT/CNTV), por Ademir Wiederkehr e José Boaventura Santos, a Comissão de Segurança da Câmara Municipal e o Sindicato dos Vigilantes. O objetivo é discutir a criação de uma lei de segurança bancária que torne obrigatória a instalação de porta de segurança, biombos e outros itens, a exemplo do que já acontece em outros municípios país afora.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Sequestros se multiplicam na região de Niterói

A onda de violência que assola Niterói e municípios vizinhos atinge também os bancários. Os sequestros são frequentes e, somente neste ano, foram cinco, sendo quatro no Itaú e um no Bradesco, segundo informações do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região.

Em quatro dos casos a suspeita é de que a mesma quadrilha tenha praticado os crimes. O grupo foi preso quando ainda mantinha em cativeiro os reféns do penúltimo sequestro. A polícia já supeitava de que a tesoureira de uma agência do Itaú no centro de Niterói seria a próxima vítima. A bancária foi rendida e seus pais foram levados a um cativeiro em local ignorado. Quando a trabalhadora chegou à agência pela manhã, o superintendente e os policiais já a aguardavam. O roubo não se consumou e a quadrilha acabou presa naquele mesmo dia. Os reféns foram liberados mais tarde. A bancária e seus pais estão muito abalados, mas o banco não emitiu CAT. “O médico do ambulatório do Itaú que atendeu a tesoureira alegou que não houve agressão e, portanto, não há motivo para emissão do documento. Ele queria que ela tivesse levado uma coronhada, um tiro, para, então, emitir a CAT?”, questiona Simone Torres, diretora do Seeb-Niterói. O banco registrou o Boletim de Ocorrência da tentativa de assalto junto à Delegacia de Roubos e Furtos, mas não fez o registro do sequestro.


 


O tesoureiro de outra agência do Itaú, também no centro de Niterói – que já havia sido sequestrado em outra ocasião – chegava a casa com a esposa, mas percebeu a presença dos bandidos e os dois escaparam. Mas seus familiares – todos moravam em residências construídas no mesmo terreno – sofreram nas mãos dos sequestradores. “Além do terror psicológico imposto a toda a família, os assaltantes saquearam a casa do cunhado do bancário. O banco ignorou os prejuízos financeiros sofridos pela família e o Sindicato dos Bancários já está acionando judicialmente o Itaú para obter ressarcimento dos prejuízos. Toda a família está muito abalada”, relata a sindicalista Simone Torres. Novamente, o banco não emitiu CAT, embora as sequelas psicológicas sejam visíveis.

Um funcionário do Itaú Personalité e sua família também viveram drama semelhante. A esposa e os dois filhos do bancário foram levados a um local desconhecido e o trabalhador teve que ir ao local de trabalho. O assalto foi frustrado e os reféns foram soltos numa rodovia, a muitos quilômetros de distância. Não houve emissão de CAT.

Mas com dois funcionários do Bradesco em São Gonçalo a situação foi ainda pior, porque houve outras consequências. O tesoureiro da agência costumava dar carona diariamente à gerente operacional, que já tinha 30 anos de banco. Os dois foram sequestrados e os bandidos acabaram levando R$ 600 mil da agência. Algum tempo depois do sequestro, os dois foram demitidos, uma pratica comum no banco.

A última ocorrência foi em Cabo Frio, na chamada Região dos Lagos na última sexta-feira. O marido e o filho da gerente comercial de uma agência do Itaú foram mantidos em poder dos bandidos.

Vítimas em silêncio

Os dirigentes sindicais sabem que os sequestros são provocados pelas falhas na segurança bancária e pela prática amplamente difundida do tesoureiro ter a senha do cofre e levar para casa a chave da agência. Os sindicalistas reivindicam há muitos anos que toda esta operação de abertura de unidades e cofres seja feita por funcionários de empresas de segurança, mas os bancos nunca concordaram. Os assaltantes só precisam observar o movimento das agências e a rotina dos funcionários para identificar quem devem sequestrar. “E quando acontece um assalto e o sindicato vai até o local dar assistência aos bancários, o banco ainda reclama, diz que não precisamos fazer nada, que eles já estão fazendo tudo que é preciso”, relata Waldemiro Baptista da Silva, diretor do Seeb-Niterói.

Embora o número de sequestros – e crimes contra bancos em geral – esteja aumentando na região, o Sindicato dos Bancários de Niterói tem encontrado dificuldades em monitorar os problemas de segurança bancária em sua base. Os bancos – principalmente o Itaú – têm orientado os funcionários a não informarem à entidade sobre os assaltos e arrombamentos, consumados ou não, saidinhas, sequestros e demais ocorrências envolvendo agências e PABs. “Muitas vezes ficamos sabendo através de bancários de outras agências que nos ligam para informar, ou até pela imprensa. O banco não quer que o sindicato se meta, porque exigimos que todos os procedimentos sejam cumpridos e isso eles não querem fazer”, relata Waldemiro.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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CUT-RJ convoca plenária, orienta ida a Brasília e envia carta aos parlamentares

Ganhamos uma batalha, mas (ainda) não a guerra. O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), assumiu o compromisso de só colocar o PL 4330/04 em pauta novamente após a realização de uma audiência pública no Plenária da Câmara, marcada para o dia 18 de setembro (quarta-feira da próxima semana), às 10h.

Com isso, a CUT-RJ intensificará a mobilização contra o PL 4330/04 com três ações prioritárias, a partir de orientações da CUT Nacional:

Plenária com os sindicatos – a CUT-RJ realizará uma plenária com os dirigentes dos sindicatos filiados na próxima segunda-feira (16/9), às 15h, em seu auditório (Av. Presidente Vargas, 502, 15º andar, Centro do Rio). O objetivo é estabelecer um espaço de troca de informações e discussão coletiva sobre ações locais de combate ao PL 4330/04.

Caravanas a Brasília – a CUT-RJ orienta os sindicatos a enviar dirigentes a Brasília na semana do dia 18 de setembro para pressionar os parlamentares a votarem contra o PL 4330/04, com recepção no aeroporto, visita aos gabinetes e ocupação do plenário.

Carta aos parlamentares do Rio – a CUT-RJ também está providenciando o envio de uma carta aberta aos 46 deputados/as federais e 3 senadores do Rio de Janeiro com os pontos do PL 4330/04 que significam grave retrocesso para a legislação trabalhista e para as conquistas históricas dos trabalhadores. Exigindo, portanto, o posicionamento contrário dos parlamentares ao projeto. Em breve, a CUT-RJ disponibilizará na página www.cutrj.org.br a carta e os e-mails dos parlamentares para que toda a militância cutista também envie mensagens pedindo a derrubada do PL 4330/04.

Fonte: CUT-RJ

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Terceirizados da Prosegur-DF dizem não ao PL 4330 e repudiam manobra

Uma mostra da ousadia e das práticas ilegais da multinacional Prosegur ficou clara na quarta-feira (4) na Câmara dos Deputados, em Brasília. A empresa mobilizou gerentes, chefes, fiscais e outros empregados de sua confiança, em pleno horário comercial, e os colocou dentro do plenário da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara para pressionar pela aprovação do PL 4330/2004, projeto que regulamenta (para pior) a terceirização no Brasil.

Apresentado pelo deputado/patrão Sandro Mabel, o projeto, se aprovado, oficializa o calote, prejudicando vigilantes e outros terceirizados. Além disso, coloca fim ao emprego em todas as categorias (caixa de banco, petroleiro, etc), precariza as condições de trabalho e acaba com as categorias.

A mobilização de empregados remunerados, subordinados e em pleno horário de trabalho por uma multinacional que atua na atividade de segurança privada, atividade sob concessão do Estado, enseja, no mínimo, uma situação de lobby ilegal contra as instituições do estado brasileiro, além de crime contra organização do trabalho.

Mas a resposta dos trabalhadores livres, insubordinados e conscientes do seu papel de cidadão brasileiro, foi parar as operações de transporte de valores por duas horas, no final da manhã do mesmo dia 4.

Liderados pelo Sindicato dos Vigilantes de Transporte de Valores do Distrito Federal (Sindvalores-DF) , os vigilantes repudiaram a utilização de empregados para pressionar congressistas na defesa de projetos lesivos aos seus empregos e seus direitos.

O assunto foi denunciado ontem mesmo pelo presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a dirigentes da UNI Sindicato Global, à Confederação Sindical das Américas (CSA) e a representantes de diversas centrais sindicais brasileiras, além de sindicatos nacionais e internacionais, reunidos num seminário internacional, que acontece em São Paulo desde o dia 4.

Segundo o presidente do Sindvalores-DF, Carlos José das Neves, foi realizada uma assembleia e os trabalhadores deliberaram que, caso a situação se repita, a paralisação será por tempo indeterminado.

“Se a empresa pode usar o horário de expediente para fazer manifestação, nós, trabalhadores, também podemos. Não vamos aceitar de forma alguma que isso aconteça novamente”, assegurou Neves.

Fonte: CNTV

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PL 4330/04, o exterminador de direitos

Por Marcello Azevedo *

Primeiro aprovarão o projeto com o apoio de deputados financiados por banqueiros, empresários e latifundiários. Com a aprovação irão terceirizar tudo e demitir em massa. Os sindicatos irão começar a desaparecer, pois haverá pulverização total das categorias formais como são hoje. O adoecimento e mortes no local de trabalho se multiplicarão, pois as condições de trabalho serão precarizadas ao máximo.

Não haverá qualquer proteção social, pois será uma relação entre duas empresas sem qualquer controle do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos. A previdência pública e o INSS estarão feridos de morte, pois com a rotatividade da mão de obra e a ausência de contribuições para ambos eles se extinguirão. O concurso público irá virar peça de Museu, pois tudo será passível de terceirização. Todas as ilegalidades serão permitidas, tudo em nome da “Segurança Jurídica” dos donos da Chibata, ou melhor, da caneta que demite e contrata.

Esse roteiro de filme de terror não é uma obra de ficção, pois os riscos são reais e os interesses patronais também. Precisamos jogar todas as nossas forças para enfrentar o projeto, pois a nossa existência física e política está em jogo e não podemos deixar que esse crime, que é o projeto Sandro Mabel, seja perpetrado contra a classe trabalhadora e suas representações.

A verdade dos fatos

1) Demissão em Massa – Os terceirizados recebem em média 25 % a menos que os contratados diretamente e tem jornada de trabalho em Média 22 % maior, ficando muito mais barato terceirizar do que contratar diretamente.

2) Adoecimento e morte no local de trabalho – Os terceirizados respondem por 82 % das mortes e adoecimento de trabalhadores no local de trabalho. Com a terceirização escancarada os números de mortes e adoecimentos só tende a aumentar.

3) Precarização sem limites – os trabalhadores hoje tem em sua defesa o enunciado 331 da CLT que proíbe a terceirização em atividades fins. Todo serviço poderá ser terceirizado e com isso aumentará ainda mais a rotatividade de trabalho em busca do menor custo e a ameaça constante dá demissão recairá sobre todos os trabalhadores.

4) Nenhum direito trabalhista – O projeto prevê que seja uma relação entre duas empresas, buscando eximir totalmente as empresas contratantes de qualquer responsabilidade. Na prática hoje há um grande número de empresas terceirizadoras que somem do dia para a noite e os trabalhadores ficam sem receber nada. Já vimos isso com as cooperativas de trabalho.

5) Sem qualquer controle – Por ser uma relação entre duas empresas não existe qualquer possibilidade de fiscalização ou acompanhamento por parte do Ministério do Trabalho ou dos sindicatos, será uma relação simples e desigual entre o patrão e o trabalhador. Podemos ver exemplos dessa relação desigual nas sucessivas autuações do Ministério do Trabalho no tocante a trabalho análogo ao escravo que se repetem a cada dia.

6) Sem representação sindical – O projeto fragiliza a organização dos trabalhadores que terão sua representatividade pulverizada facilitando a exploração do trabalho. A importância da representação dos trabalhadores em processos de negociação é reconhecido e apoiado inclusive pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) onde estão representados Trabalhadores, Estados e Empregadores.

7) Riscos à previdência pública e às aposentadorias – O projeto incentiva a rotatividade de mão de obra e a precarização com os trabalhadores ficando por diversas vezes sem receber salários e sem que as verbas referentes ao INSS e ao FGTS sejam recolhidas e com tal prática a aposentadoria de milhões de trabalhadores e até mesmo a previdência pública ficam ameaçadas.

8) Fim do concurso público – O projeto permite a terceirização em todos os níveis (Federal, Estadual e Municipal) acabando com o concurso público. Acabam todas as formas de contratação conforme o estabelecido na Constituição e passam a valer as regras do mercado. Acabam os sonhos de milhões de brasileiros em conseguir um emprego público decente. Um exemplo disso é a Petrobrás que tem hoje cerca de 70 % de terceirizados no seu quadro.

9) Ilegalidades – O projeto contraria preceitos fundamentais da Constituição Federal, sobretudo os expressos no art. 7º, que consagra o princípio da progressividade dos direitos sociais, e preconiza a redução dos riscos inerentes à saúde do trabalhador. O citado projeto atenta contra a essência de pilares históricos do Direito do Trabalho, previstos nos artigos 2º e 3º da CLT, que estabelecem a regra geral de o tomador dos serviços ser presumido como empregador.

10) Insegurança jurídica e social – O projeto só garante alguma segurança jurídica aos empregadores e total desamparo jurídico aos milhões de trabalhadores. Defendemos a regulamentação equilibrada onde se garantam os direitos trabalhistas básicos. O que teremos com a aprovação do mesmo é uma grande insegurança social que pode ter consequências trágicas para a jovem democracia brasileira.

* Marcello Azevedo é bancário e secretário de Relações de Trabalho da CUT-RJ

Fonte: Marcello Azevedo

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Bancos privados fecham 5,8 mil empregos e baixam salário com rotatividade

Os bancos privados que operam no país fecharam 5.800 postos de trabalho nos primeiros sete meses de 2013, andando na contramão da economia brasileira, que gerou 907.214 novos empregos de janeiro a julho. Além disso, o sistema financeiro continua mantendo a política de alta rotatividade como mecanismo para reduzir custos e salários.


Esses são os principais resultados da 19ª Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), divulgada nesta sexta-feira 23 pela Contraf-CUT, que faz o estudo em parceria com o Dieese com base nos dados dos Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), do Ministério do Trabalho.


“Mesmo aumentando os lucros e mantendo a mais alta rentabilidade do sistema financeiro internacional, os bancos brasileiros, principalmente os privados, continuam fechando postos de trabalho e utilizando a rotatividade para reduzir os salários dos trabalhadores”, critica Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.


Segundo o Caged, os bancos brasileiros desligaram 25.996 bancários de janeiro a julho e contrataram apenas 23.579. Os bancos múltiplos, setor que abrange os bancos privados e o Banco do Brasil, cortaram 5.800 postos de trabalho. Como o BB manteve o quadro de funcionários estável, fica evidente que a eliminação de emprego se concentrou nas instituições privadas. A Caixa Econômica Federal apresentou saldo positivo de 3.156 empregos nos primeiros sete meses.


Veja abaixo quadro com os admitidos e contratados por setor e as respectivas remunerações médias.


















































































Admitidos, desligados e diferença da remuneração média, por setor atividade econômica (*)


Brasil – Janeiro a Julho de 2013


Setor de atividade econômica


Admitidos


Desligados


Saldo


Diferença da Rem. Média ( % )


Nº de trab.


Part. ( % )


Rem. Média
(em R$)


Nº de trab.


Part. ( % )


Rem. Média
(em R$)


Bancos comerciais


405


1,7 %


3.738,18


367


1,4 %


4.573,58


38


-18,3 %


Bancos múltiplos, com carteira comercial


17.717


75,1 %


3.043,73


23.517


90,5 %


4.495,83


-5.800


-32,3 %


Caixas econômicas


4.829


20,5 %


2.079,95


1.673


6,4 %


4.078,90


3.156


-49,0 %


Bancos múltiplos, sem carteira comercial


540


2,3 %


3.664,26


332


1,3 %


6.653,77


208


-44,9 %


Bancos de investimento


88


0,4 %


7.397,28


107


0,4 %


11.829,67


-19


-37,5 %


Total


23.579


100,0 %


2.888,74


25.996


100,0 %


4.527,84


-2.417


-36,2 %


Fonte: MTE/Caged. Elaboração: Dieese-Rede Bancários.
(*) Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE)


Rotatividade reduz salário e concentra renda


A pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que o salário médio dos admitidos pelos bancos no primeiro semestre foi de R$ 2.888,74, contra salário médio de R$ 4.527,84 dos desligados. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 37,5 % inferior à dos que saem.


“Isso explica por que, embora com muita mobilização os bancários tenham conquistado 16,2 % de aumento real no salário e 35,6 % de ganho real no piso salarial desde 2004, a média salarial da categoria diminuiu neste período. Esse é o mais perverso mecanismo de concentração de renda, num país que faz um grande esforço para se tornar menos injusto”, denuncia Carlos Cordeiro.


Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho e Emprego, o salário médio dos bancários em 2001, deflacionado pelo INPC, era de R$ 5.016,72. Em 2011 (último ano disponível pela Rais), o valor médio salarial do bancário caiu para R$ 4.743,59 – uma redução de 5,44 % no poder de compra do salário.


Em contraste brutal com a perda salarial, o lucro líquido conjunto dos seis maiores bancos que atuam no país (BB, Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Federal e HSBC) pulou de R$ 4,2 bilhões em 2001 para R$ 52,2 bilhões em 2011 – salto de 520,6 % .


A evolução do PIB, do lucro líquido e da remuneração dos bancários


Houve nesta década uma grande concentração de renda no sistema financeiro.


Os 10 % mais ricos no país, segundo estudo do Dieese com base no Censo de 2010, têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10 % mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.


No sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior. No Banco Itaú, por exemplo, os executivos da Diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 234,27 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 145,64 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 129,57 vezes.


Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o Caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.


“A sociedade brasileira mostrou nas recentes manifestações de rua que quer mudança e certamente está de olho na prática dos bancos, de juros e tarifas escorchantes. Queremos transformar o crescimento em desenvolvimento econômico e social. Isso passa por melhoria de salário e mais emprego, o contrário do que os bancos estão fazendo”, comenta Carlos Cordeiro.


Veja abaixo o gráfico comparativo entre a evolução do PIB, do lucro líquido dos cinco maiores bancos e da remuneração média dos bancários. É a chamada “boca do jacaré”.




Mulheres ganham menos na entrada e na saída

Apesar de constituírem hoje praticamente a metade da categoria bancária e de terem nível de escolaridade superior ao dos homens, a pesquisa Contraf-CUT/Dieese mostra que as mulheres continuam sendo discriminadas no sistema financeiro.


Quando são contratadas, as mulheres recebem salário médio de R$ 2.471,39, ou 25 % a menos que os homens (R$ 3.287,43). E quando são desligadas, o salário médio das bancárias é 30 % inferior ao dos bancários homens (R$ 3.703,62 contra R$ 5.325,12).


Veja abaixo a evolução do emprego por gênero.


Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf-RJ/ES e sindicatos filiados enviam moção de apoio ao Programa Mais Médicos

Moção de Apoio ao Programa Mais Médicos


 


A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que representa os mais de 40 mil trabalhadores desses dois estados, vem, pela presente, manifestar seu pleno apoio ao Programa Mais Médicos, do governo federal, e a todos/as os/as profissionais que aderiram ao programa, sejam eles/as brasileiros ou estrangeiros, de qualquer nacionalidade.


 


Diante do quadro de carência histórica de médicos/as brasileiros que se disponham a trabalhar fora dos grandes centros urbanos do Sul/Sudeste, o programa implementado pelo governo federal visa a tentar diminuir o abandono a que são submetidas as populações desses municípios brasileiros, desassistidas desde sempre de qualquer profissional da área médica e obrigadas a cumprir verdadeira via crucis em busca de atendimento nas cidades grandes mais próximas de suas moradias, que já estão com seu atendimento médico saturado e não contam com estrutura física suficiente para atender a mais demanda.


 


Qualquer iniciativa de política pública que vise a salvar vidas e a melhorar a qualidade de vida da população brasileira terá sempre o nosso apoio irrestrito. Isso não significa que não manteremos nossa crítica construtiva a todas as deficiências que o setor de saúde pública enfrenta no Brasil. A implementação do SUS significou um avanço considerável nas condições de assistência à população, mas reconhecemos que há diversas deficiências que precisam ser sanadas, com vistas a aprimorar o atendimento aos usuários. Continuaremos vigilantes quanto ao uso correto das verbas públicas destinadas à área, cobrando sempre as melhorias que se fazem necessárias para o perfeito atendimento à população. Defendemos não só mais médicos, mas também mais e melhor saúde para todos.


 


Por isso, não aceitamos o posicionamento das entidades médicas brasileiras, que vêm se manifestando publicamente contra a participação dos médicos estrangeiros no programa, tentando impedir que sejam preenchidas as vagas não ocupadas pelo desinteresse dos médicos brasileiros em exercer sua profissão no interior de diversos estados, principalmente das regiões norte e nordeste.


 


E registramos o nosso veemente repúdio às preconceituosas manifestações de racismo contra os médicos cubanos levadas a cabo por diversas entidades e profissionais da área médica, desconsiderando o sentido humanista e humanitário da formação que esses profissionais recebem em seu país.


 


Abaixo o corporativismo individualista e, por consequência, nocivo à população pobre. Viva a vida!


 


Todo apoio ao Programa Mais Médicos!


 


Assinam essa moção as seguintes entidades:


  • Federação dos trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo

  • Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Baixada Fluminense

  • Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Campos dos Goytacazes e Região

  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro de Itaperuna e Região

  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo  Financeiro de Niterói e Região

  • Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Nova Friburgo

  • Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e no Ramo Financeiro dos Municípios de Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto

  • Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro

  • Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Sul Fluminense

  • Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Teresópolis

  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro de Três Rios e Região

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Fetraf-RJ/ES envia ao Senado moção de apoio às APAEs

Por decisão do Sistema Diretivo, a Fetraf-RJ/ES enviou a cada um dos 81 senadores uma moção de apoio à reivindicação do movimento de usuários e familiares das APAEs. O texto reivindica que seja mantido o texto original da chamada Meta 4 do Plano Nacional de Educação, que garante a existência e o funcionamento das escolas de educação especial.


Confira, abaixo, o texto enviado aos senadores:


 



Apoio à permanência do texto original da Meta 4


 


A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, que representa os mais de 40 mil trabalhadores do ramo financeiro desses dois estados, vem, pelo presente, manifestar o seu irrestrito apoio às diversas APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais), e, em nome da defesa dos direitos do significativo número de cidadãos que são beneficiados pelo atendimento educacional prestado aos alunos e suas respectivas famílias em todo o Brasil, vem pedir a Vossa Excelência que considere as reivindicações do movimento apaeano, no sentido de que por ocasião da votação do Plano Nacional de Educação – PNE permaneça o texto original da Meta 4, conforme segue:

Sugestão ao Senado sobre redação da Meta 4 e Estratégias do PNE. Para alteração no substitutivo do senador José Pimentel



Meta 4: universalizar, para a população de 04 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos (às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente na rede escolar de ensino e garantir atendimento educacional especializado nas formas complementar e suplementar, em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, púbicos ou conveniados.



ESTRATÉGIAS:


4.1) Contabilizar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, as matrículas dos(as) estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007.


4.2) Implantar salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de comunidades quilombolas.


4.3) Garantir a oferta do atendimento educacional especializado complementar e suplementar a todos(as) os(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de diagnóstico e ouvida a família.


4.4) Estimular a criação de centros multidisciplinares de apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o trabalho dos professores da educação básica com os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.


4.5) manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas escolas públicas para garantir o acesso e a permanência na escola dos(as) alunos(as) com deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível, da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva.


4.6) Garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua de Sinais Brasileira – LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos(às) alunos(as) surdos e deficiente auditivos de zero a dezessete anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto 5626/2005 e dos artigos 24 e 30 da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema BRAILE de leitura para cegos e surdo-cegos.


4.7) Formentar a educação inclusiva, promovendo a articulação pedagógica entre o ensino regular e o atendimento educacional especializado.


4.8) Fortalecer o acompanhamento e monitoramento do acesso à escola, bem como da permanência e do desenvolvimento escolares, dos(as) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação beneficiários de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude.


4.9) Formentar pesquisas voltadas para o desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva com vistas à promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das condições de acessibilidade, dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.


4.10) Estimular a continuidade da escolarização dos(as) alunos(as) com deficiência na escola de jovens e adultos, de forma a assegurar a educação ao longo da vida, observadas suas necessidades e especificidades.


4.11) Apoiar a ampliação das equipes de profissionais da educação para atender à demanda do processo de escolarização dos estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado, de profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intérpretes de LIBRAS, guias-intérpretes para surdo-cegos, professores de LIBRAS, prioritariamente surdos e professores bilíngues.


4.12) Definir, no segundo ano de vigência deste PNE, indicadores de qualidade para o funcionamento de instituições públicas e privadas que prestam atendimento aos(às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.


 


META 20 – Ampliar proguessivamente o investimento púbico em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7 % (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do país no 5º (quinto) ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a 10 % (dez por cento) do PIB ao final do decênio.


 


Certos de sua atenção ao atendimento de importante reivindicação de parcela tão expressiva da população brasileira, e no aguardo de sua breve manifestação, despedimo-nos apresentando nossas cordiais


 


Saudações Sindicais Cutistas


 










Fabiano Júnior Nilton Esperança
Presidente

Vice-Presidente

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Contrapoder popular

Frei Betto *


 


Reduzidas as manifestações de rua, cujo auge se atingiu em junho, temos agora, em vários pontos do país, ocupações de espaços públicos: câmaras municipais, assembleias legislativas, calçadas da casa de políticos etc.



Nossas autoridades estão surpresas e assustadas. Antes, contavam com o concurso da grande mídia, que não dava importância a manifestações pontuais ou criminalizava-as, e a polícia agia contra elas com ação preventiva e repressiva.



Agora, novos atores, difíceis de serem controlados, entraram em cena. É o caso das mobilizações convocadas através de redes sociais. Fura-se o bloqueio da grande mídia por meio de iniciativas como a rede Ninja (Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação).



O que há de novo é a inversão do poder político. O contrapoder popular. Até junho, autoridades e partidos ditavam a pauta política na qual a população devia ser enquadrada. A classe política, do alto de seu elitismo, acreditava que só devia dar atenção ao povo de dois em dois anos, nos períodos eleitorais. Considerava a política uma roda gigante movida pelo mecanismo de alianças e pactos partidários e cujos ocupantes miravam de cima a plebe ignara.



Súbito, movimentos sociais decidiram recorrer à democracia direta e ocupar espaços que, de direito, são “casas do povo”, frequentemente usurpados por aqueles que deveriam nos representar, como no caso da CPI das empresas de ônibus no Rio, na qual a maioria dos vereadores que a integram foi contra a sua instalação. É a raposa investigando quem ataca o galinheiro…



Eis o incômodo: o movimento social escapa do controle governamental. O poder público o ignorava ou, quando muito, o cooptava. Os raros representantes desses movimentos nas esferas legislativas e executivas não tinham vez nem voz. Basta conferir a paralisação dos projetos de reforma agrária no Congresso Nacional e no governo federal.



Os movimentos sociais buscaram, então, uma alternativa: a pacífica insurreição popular. Por vezes violada por vândalos que são policiais infiltrados ou fazem o jogo da direita, e cujas máscaras deveriam ser arrancadas por quem prefere a não violência ativa. Minha geração foi para as ruas, de cara limpa, se manifestar contra a ditadura.



O risco político desse processo (e protesto) popular é confundir o saudável suprapartidarismo com o nefasto antipartidarismo. Partidos políticos são, como o Estado, um mal necessário. Se é fato que muitos traem suas origens e discursos, chafurdam na corrupção, estabelecem alianças promíscuas, fazem na vida pública o que fazem na privada… a saída não é virar-lhes as costas e torcer o nariz, erguendo a bandeira do voto nulo.



Quem tem nojo de política é governado por quem não tem. E tudo que desejam os maus políticos é que haja bastante nojo, para que eles fiquem à vontade com a rapadura nas mãos… O que temem é a interferência de novos atores na esfera política e, nas eleições, a dança das cadeiras.



A alternativa é a reforma política. Eis uma demanda urgente. Não apenas para decidir se o voto será distrital ou misto e se as campanhas poderão ou não ser financiadas por recursos privados. A reforma precisa abranger também exigências, como o fim do voto secreto no legislativo, do sigilo dos cartões de crédito dos poderes da República, das parcerias público-privadas, dos empréstimos de recursos públicos na boca do caixa e na calada da noite, da privatização de bens estatais e públicos etc.



A reforma política, se não for profunda, permitirá que continuemos a ter eleições viciadas pelo poder econômico, pelo “toma lá, dá cá”, pelos conchavos de cúpula, pelo percentual de votos dados ao candidato honesto que acabam contabilizados para eleger o corrupto.



A reforma política terá ainda que incluir mecanismos de transparência no exercício da atividade política, de modo que a soberania popular possa exercer controle sobre o desempenho dos políticos e das instituições públicas.



Pior do que aquele presidente-ditador que não gostava do cheiro de povo é o político que se diz democrata e detesta a proximidade do povo, preferindo que ele seja mantido à distância pelas forças policiais.


 


* Frei Betto é escritor, autor de “Calendário do Poder” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org     twitter: @freibetto






Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar, faça uma assinatura de todos os artigos do escritor. Contato – MHPAL – Agência Literária (
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Fonte: Frei Betto

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Comando critica postura de BB e Caixa por não apresentarem propostas

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, condena a postura do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal por não terem apresentado propostas para as reivindicações específicas nesta quinta-feira 5, frustrando seus trabalhadores.

Além disso, o BB publicou matéria em seu site de negociação coletiva com uma informação divergente daquela informada pela Fenaban na mesa da negociação desta quinta-feira durante a apresentação da proposta global e final como foi afirmado por Magnus Apostólico.

O banco informa que, “agora, tanto o índice quanto as demais cláusulas serão avaliadas pelas confederações sindicais. Após essa análise, uma nova reunião entre representantes dos bancos públicos e privados e dos funcionários deverá ser agendada. O mais provável é que esse encontro aconteça já na semana que vem”.

Mas isso não é verdade. “Além de frustrar os funcionários e não apresentar proposta específica que atenda e resolva os problemas apresentados nas três rodadas de negociação no mês de agosto, o BB ainda divulga uma informação equivocada para confundir os bancários”, critica William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

William critica ainda o BB por ter aproveitado o período de renovação de direitos coletivos para anunciar planos de desligamento voluntário em áreas com reestruturação, fazendo o inverso daquilo que a categoria está reivindicando – mais contratações. “É um total desrespeito aos bancários e suas entidades sindicais. A resposta deve ser mostrada com a participação massiva de todos nas assembleias e nas mobilizações”, afirma William Mendes.

Fonte: Contraf-CUT