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MAIOR BANCO DO MUNDO COMEÇA A FUNCIONAR

SÃO PAULO, 3 de janeiro de 2006 – O Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ Ltd., maior banco do mundo em ativos, iniciará suas operações amanhã [hoje], após a fusão entre o Bank of Tokyo Mitsubishi e UFJ Bank no dia de Ano Novo. O acordo para a união entre as duas entidades foi fechado em agosto de 2004 e levou o valor em ativos do gigante bancário aos 190 trilhões de ienes (US$ 1,7 trilhão). Com 40 milhões de contas, o banco ultrapassou a posição do rival, o Japan´s Mizuho Bank, que foi criado em 2003 a partir da fusão de três bancos.


Após a fusão, a Fitch Ratings anunciou ontem [segunda-feira] que elevou para “positiva” a classificação de investimento do novo banco. Segundo comunicado da agência, a classificação reflete “a boa qualidade dos ativos e capitalização adequada” do banco. A Fitch tinha classificação “estável” para os dois bancos antes da fusão. A Fitch ainda classificou o novo banco em “A-“, a sétima nota mais alta em sua escala de ratings e a mesma atribuída aos dois bancos anteriormente.


No dia 30 de dezembro, a Moody´s classificou o Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ em estável.


(Fonte: InvestNews)

 

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COMEÇA NOVA BATALHA CONTRA ASSÉDIO MORAL


São Paulo, 3 de janeiro – O Sindicato se prepara para aplicar uma extensa e detalhada pesquisa sobre o assédio moral nos locais de trabalho em sua base (São Paulo, Osasco e região). A data da aplicação do trabalho ainda será agenda.


A prática do assédio moral – que pode ser exercida de inúmeras formas –, associada à pressão abusiva pelo cumprimentos de metas, é causadora de grande parte dos males físicos (LER/Dorts) e mentais dos bancários, ao lado das condições físicas impróprias nos locais de trabalho.


O questionário sobre incidência do assédio na categoria bancária contém questões sobre as formas como ele é exercido e suas conseqüências. O objetivo é reunir dados para a elaboração de uma legislação específica sobre o tema, que beneficie a classe trabalhadora de maneira geral, além da inclusão de cláusulas específicas sobre o tema na convenção coletiva nacional da categoria bancária.


“O projeto foi iniciado com uma série de seminários voltados a dirigentes sindicais de todo o País, ainda em 2004. Essa pesquisa de agora é fundamental para colhermos dados que dêem a base para um futuro projeto de lei que proteja os trabalhadores do assédio moral e os males que provoca à saúde”, frisa o diretor da secretaria de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale Bruno,convocando a todos a responder ao questionário, caso o recebam. O Sindicato, segundo Walcir pretende colher depoimentos de cerca de 3 mil bancários. 


(Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo)


 

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BANCO DO BRASIL GARANTE R$ 27 BILHÕES EM CRÉDITO PARA A SAFRA

O agricultor terá mais crédito a juros menores para esta safra 2005/2006. Essa é a promessa da direção do Banco do Brasil que pretende aplicar no setor agrícola mais de R$ 27 bilhões até julho, R$ 1,5 bilhão a mais que na safra passada. A maior parte desses recursos, cerca de 70%, devem chegar ao produtor rural com taxas de juros controladas, ou seja, 8,75% para o agricultor empresarial e de 4% para o produtor familiar.

Otimista, o vice-presidente da carteira de Agronegócios do Banco do Brasil, Ricardo Alves da Conceição, acredita que esse será um ano de recuperação para o setor. Mas, apesar da confiança, a direção do banco também contabiliza os prejuízos provocados pela estiagem, apreciação do real e pela queda nos preços da soja, algodão, arroz, entre outros produtos em 2005.

A crise no setor, praticamente fez dobrar a quantidade de pagamentos atrasados no banco, o que na prática pode reduzir a oferta de recursos a juros controlados esse ano, contrariando todo o otimismo demonstrado pela direção da instituição. Até 2005, a média histórica de pagamentos em atraso no banco variava entre 1,5% e 2,5%. No ano passado, devido a crise, esse percentual chegou a 5%. Na prática, R$ 900 milhões deixaram de ser pagos na data correta. Mais da metade desses créditos em aberto é de produtores do Centro-Oeste, que sofreram, principalmente, com a redução nos preços internacionais da soja e com a valorização do real que encareceu os insumos. “Esses não são créditos perdidos, vamos receber”, diz ele.

Além dos pagamentos que não foram feitos, existe também o risco, caso o cenário positivo traçado pela direção do banco não se concretiza e as parcelas do custeio prorrogadas para março, abril e maio desse ano também não possam ser quitadas. “A inadimplência não nos preocupa. Existem sinais de recuperação nos preços, o que garante mais renda ao produtor”, diz. Além do aumento da inadimplência, os repasses do banco para investimento também foram afetados. Na safra 2004/2005, o BB liberou cerca de R$ 3,9 bilhões, enquanto nessa safra o repasse para investimentos alcançou R$ 4,1 bilhões. O pouco crescimento é resultado direto da falta de estímulos para a produção. Com relação as taxas de juros, Ricardo Alves diz que se forem mantidos todos os prognósticos a tendência é de redução da taxa básica.


(Fonte: Diário Comércio Indústria & Serviços)

 

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MAIS DE 80% DAS EMPRESAS PRIVADAS EXPLORAM OS TRABALHADORES NA CHINA

Mais de 80% das empresas privadas da China violam os direitos fundamentais dos trabalhadores, de acordo com relatório elaborado pelo governo chinês e publicado dia 29/12 pelo jornal oficial China Daily.


O documento destaca que as companhias se negam a firmar um contrato com os empregados, e as empresas que o fazem nem sempre respeitam os direitos dos trabalhadores.


“Os direitos legais dos funcionários são freqüentemente violados em mais de 80% das empresas privadas, em particular no setor imobiliário, na indústria leve, de roupa e de restauração”, declarou He Luli, vice-presidente do comitê permanente da Assembléia Nacional Popular (ANP).


Outro dado revelado é que 13% dos assalariados recebem menos do que o salário mínimo estabelecido pelo governo, e 8% dos trabalhadores jamais recebe seu salário ou o recebe fora do prazo previsto.


A ANP pesquisou mais de 2.000 companhias durante os últimos meses. O comitê permanente se reúne a cada dois meses para debater e adotar leis.


“As empresas se recusam a assinar contratos de longa duração para evitar as obrigações legais”, acrescentou. Alguns contratos são tão precários que nem sequer contemplam a responsabilidade da empresa ante possíveis lesões ou doenças de funcionários.


Uma lei aprovada em 1995 na China faz necessária a existência de um contrato entre o empregado e a empresa, mas na maioria das vezes as companhias ignoram a legislação para obter mais benefícios econômicos e escapar dos impostos.


 


Mão-de-obra abundante


Por sua vez, os trabalhadores têm poucas opções de resistir, já que a mão-de-obra na China é tão abundante que as empresas têm milhares de candidatos para qualquer vaga.


O número de desempregados nas zonas urbanas da China deve aumentar para 17 milhões no próximo ano, enquanto se calcula que há cerca de 150 milhões de pessoas paradas nas áreas rurais, de acordo com o China Daily, que cita números oficiais.O gigante asiático conta com o maior índice populacional do mundo: mais de 1,3 bilhão de pessoas.


O relatório da ANP não especifica se o número de companhias que exploram o trabalho é maior entre as empresas nacionais ou estrangeiras que atuam no país.


(Fonte: Cut Ceará)

 

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PF prende estelionatário que instalava Rádio Pirata

O estelionatário Fábio Muniz Fernandes, 47 anos, foi preso pela Polícia Federal na tarde de ontem em Armazém, no Sul do Estado. Com documentos falsos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), ele se apresentava como despachante e cobrava R$ 6 mil para regularizar uma emissora. Se fosse preciso comprar equipamentos para montar uma rádio, cobrava R$ 70 mil.

De acordo com o delegado Ildo Rosa, da Polícia Federal, Fábio argumentava que tinha planos de montar uma rede virtual de comunicação com 500 rádios comunitárias.

Até a prisão, havia conseguido aplicar o golpe em 47 rádios de cidades catarinenses e gaúchas. Uma delas, em Florianópolis, chamada Associação Comunitária de Radiodifusão dos Ingleses. A polícia não informou as outras cidades em que o acusado agiu.

– Ele percebeu que há uma procura muito grande para conseguir autorização para emissora de rádio. E esta procura cresce em período eleitoral por políticos – disse Rosa.

A falsificação da outorga feita por Fábio estava longe de ser perfeita. O delegado Ildo Rosa definiu como grosseira a falsificação da assinatura da superintendente dos Serviços de Comunicação de Massa do Ministério das Telecomunicações, Ana Apkar Minassian.

O falsário também publicava a autorização da rádio no Diário Oficial do Estado invés de fazer a divulgação no Diário Oficial da União.

 

Site do ministério orienta sobre outorga

De acordo com a assessoria de imprensa da Anatel de Brasília, a outorga é feita pelo Ministério das Comunicações e a função da agência é definir a freqüência e fiscalizar se não há interferência em outras regiões. A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações informou que no site www.radcom.mc.gov.br há orientações para conseguir outorga.

– Ele ainda estimulava o trabalho infantil nas rádios. Era 171 clássico – disse Ildo Rosa, utilizando o número do artigo do Código Penal que define o estelionato para se referir a Fábio.


Além do golpe com as rádios, Ildo Rosa informou que o estelionatário lecionava em comunidades catarinenses utilizando o nome da ONG paulistana Mulheres Marginalizadas. Para a formação de “tecnólogos em telecomunicações”, Ildo Rosa informou que o golpista cobrava R$ 100 de cada aluno. O curso, segundo o delegado da Polícia Federal, estaria no segundo semestre.

 

Fechamento

A Polícia Federal fechou ontem duas rádios de propriedade de Fábio Muniz Fernandes: uma em Armazém, e outra no município de Morro da Fumaça. Nesses estabelecimentos foram encontrados recibos que comprovam o crime de estelionato. Dezenas de equipamentos eletrônicos e CDs também acabaram recolhidos.

Além da venda de concessões, Fábio falsificava documentos como diploma de graduação e especialização em jornalismo e registros profissionais. Dessa maneira teria se passado por professor e dava aulas a distância em Morro da Fumaça, e dizia ter convênio com universidades de São Paulo.

– Quem comprou autorização deve tirar a rádio do ar imediatamente sob o risco de ser indiciado e cumprir pena de dois a quatro anos de prisão – ressalta o delegado de Armazém, Rogério Ortiz. No início do ano o estelionatário também foi preso em Braço do Norte pelo crime de apropriação indébita contra a Companhia Itaú Leasing.

 


(Fonte: Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão – www.acaert.com.br)

 

 

 

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BICICLETAS EM SÃO PAULO

Desde abril de 2002, um grupo de ciclistas se reúne na esquina da Avenida Paulista com a Rua da Consolação, em São Paulo, toda última sexta-feira do mês. O horário escolhido coincide com o de pior trânsito possível: seis da tarde. O grupo não tem líderes e o percurso geralmente é estabelecido na hora. O objetivo do encontro, conhecido como “Bicicletada”, é reunir o maior número possível de ciclistas, lutar por mais espaço no trânsito, combater a cultura do carro e demonstrar que a bicicleta é a alternativa ideal para o transporte nas saturadas vias urbanas.

Durante o trajeto, os ciclistas distribuem panfletos aos motoristas, com a intenção de mostrar que a bicicleta também tem direito ao seu espaço no mar de carros. O slogan “Nós não atrapalhamos o trânsito – nós somos o trânsito” resume a proposta dos manifestantes.

“A própria presença do grupo de bicicletas entre os carros cria um conflito que, não sendo necessariamente agressivo, evidencia a disputa de espaço e a necessidade de melhores condições para quem usa o transporte não motorizado” , afirma o jornalista Thiago Benicchio, participante do movimento há um ano e meio e criador do blog “Apocalipse Motorizado”.


A Bicicletada é a versão nacional do movimento conhecido mundialmente como Massa Crítica (Critical Mass), que nasceu em 1992 na cidade norte-americana de São Francisco e hoje está presente em mais de 300 cidades de todos os continentes. “Importado” para São Paulo há três anos e meio, o movimento vai crescendo lentamente e já acontece também em Porto Alegre, Florianópolis, Brasília e Curitiba.

Além da Bicicletada, os ciclistas da cidade de São Paulo acabam de trazer para o Brasil uma nova arma para a luta pelo espaço no trânsito. A Coopbike, criada em novembro, foi inspirada na idéia da Bike Church, que, como a Bicicletada, nasceu na cidade norte-americana de São Francisco.

O estudante de Letras Mathias Fingermann, um dos organizadores, explica que a Coopbike é uma oficina comunitária de bicicletas. “A idéia é que as oficinas sejam de todos, de uso livre. O princípio é o do ‘faça você mesmo’: quem não sabe aprende, quem sabe, ensina”, diz.


(Fonte: Reporter Social)

 

 

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A comunicação a serviço da educação

Desenvolvido em comunidades carentes de Niterói, o Projeto “Olho Vivo na Escola” mostra a força dos meios de comunicação no processo educacional. Ao dar voz aos jovens, os projetos pretendem inverter a lógica do processo de comunicação e fomentar o debate crítico, a pesquisa e o diálogo entre integrantes de diferentes comunidades ou grupos atendidos

Colocar a Comunicação a serviço da Educação. Dar vez e voz para adolescentes de comunidades carentes expressarem suas opiniões, fazer reivindicações e escreverem sua própria história. Disseminar informações de populações que dificilmente são agentes no processo de comunicação, promovendo a emissão das mensagens. Estes são objetivos do projeto “Olho Vivo”, desenvolvido desde 2003 em comunidades carentes de Niterói pela Bem TV – entidade civil sem fins lucrativos.

Lado a lado, caminha o projeto “Olho Vivo na Escola”, que mostrou em vídeo e em jornal o dia-a-dia de cinco escolas de públicas de Niterói (Escola Estadual Fernando Magalhães, Escola Estadual Duque de Caxias, Ciep Maria Defina de Freitas Gomes, Escola Estadual Maria Pereira das Neves e Escola Estadual Cizínio Soares Pinto). Produzido por adolescentes, o material ficou em exposição em novembro no Centro Cultural Pascoal Carlos Magno, em Niterói, e será trabalhado com alunos dessas mesmas escolas ao longo de 2006.

Para Márcia Correa e Castro, coordenadora executiva do Bem Tv, a comunicação é uma metodologia interessante para educação. “A idéia da Bem Tv é colocar a comunicação a serviço dos processos pedagógicos. Trabalhamos para que a comunicação seja incorporada, de preferência, pelo poder público, nos processos pedagógicos. A comunicação tem um componente estruturante. É preciso estruturar uma mensagem para emiti- la. É preciso parar, pensar e construir um discurso”, esclarece.

Ao dar voz aos jovens, os projetos pretendem inverter a lógica do processo de comunicação e fomentar o debate crítico, a pesquisa e o diálogo entre integrantes de diferentes comunidades ou grupos atendidos. “Acreditamos que quando se dá oportunidade das pessoas falarem ao invés de só escutarem, também trabalhamos dentro de uma perspectiva pedagógica. Dentro da ótica da educação, quando se coloca as pessoas para falarem, há uma possibilidade maior de aproveitar o conhecimento daquele público. É essa coisa que se fala tanto da proposta dialógica de Paulo Freire, de aproveitar o conhecimento do próprio educando. Ele aparece com mais facilidade quando você diz”: agora você vai fazer um jornal! Você vai dizer o que pensa com esse vídeo…”, explica.

A Bem Tv surgiu em 1990 como projeto e foi institucionalizada em 1992. A opção pela linha da educação aconteceu em 1996, a partir da análise das experiências desenvolvidas até então. “Chegávamos nas comunidades para trabalhar e a maior parte das pessoas que apareciam para trabalhar conosco eram jovens. Os projetos sociais oferecem várias oportunidades individuais. Mas entendemos que uma transformação da sociedade virá somente através de políticas públicas e, no caso de juventude, essa política pública deve estar principalmente na escola”, frisa.

O convívio com os jovens também mostrou a importância do trabalho em parceira com as escolas. “Havia uma coisa engraçada: as pessoas começavam a trabalhar com a gente nos projetos e tivemos muitos casos do aproveitamento na escola diminuir. As crianças diziam: ‘ah, a escola é um saco!’ depois que descobriam outro jeito de aprender. Daí, pensamos: se desenvolvemos alguma coisa, colocamos isso a serviço da escola”, acrescentou.

Co-fundador do Bem Tv, Adilson Cabral, professor do Instituto de Artes e Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador do Centro de Pesquisa de Projetos de Emergência em Comunicação, explica a importância de comunidades carentes se apropriarem das novas tecnologias nos processos de comunicação.

“Emergência na Comunicação é um processo no qual se trabalha as articulações emergindo de baixo para cima e não cima para baixo. Então, ela é socialmente construída e apropriada pelas comunidades a partir dos processos comunicacionais. A Bem Tv veio sofrendo uma série de transformações e esse estágio de interação das comunidades para apropriação social e coletiva das tecnologias da informação e comunicação está exatamente na linha de emergência “, pontua.

Segundo o professor da UFF, a universidade pode participar ativamente deste processo, dando suporte institucional e acadêmico. “A universidade como instituição dialoga com esse processo na medida em que os cursos podem ter um currículo voltado para essa finalidade. Também com o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de extensão universitária voltados para essa realidade. E também a partir de uma disposição política, institucional, de voltar o conhecimento produzido na universidade para o benefício da sociedade “, corrobora o pesquisador.

Representante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), Oona Castro salienta a importância da luta para que o direito à comunicação, seja reconhecido por Governos e sociedade e assuma o mesmo patamar do direito à educação e à saúde, por exemplo. “O principal desafio do direito à comunicação ser implementado como um direito é a população reconhecer que tem o direito de se comunicar. Os direitos de educação, saúde e lazer são muito mais reconhecidos do que o direito à comunicação “, assinala.

Nesse sentido, Oona Castro faz uma diferença entre comunicação pública comunitária e comunicação governamental, tendo como ponto de partida a cobrança de políticas públicas. “O segundo passo é que o Estado reconheça esse direito e desenvolva políticas nesse sentido. É preciso ter uma política pública que se construa em conselhos públicos, com a participação da sociedade civil, das comunidades, dos governos e das entidades interessadas em construir um sistema público que garanta que as pessoas exerçam seu direito de se comunicar e não apenas de receber informação “, conclui.

 

Jovens de “Olho Vivo” na mídia

Tudo começou em 2003, quando, após uma oficina de Fotografia, adolescentes do Morro do Preventório decidiram editar um jornal que circulasse em sua comunidade defendendo o interesse de crianças e jovens. Com o patrocínio do Instituto C&A, um grupo de 60 jovens editou seu primeiro jornal mensal.

Em 2005, a iniciativa alcançou mais duas comunidades: a da Colônia de Pesca da Jurujuba e a da Grota do Surucucu. Com o patrocínio do programa Petrobrás Fome Zero, foi possível editar mais essas duas publicações e colocar no ar página “Niterói Comunidades” <niteroicomunidades.org.br>, desenvolvido por adolescentes.

No projeto “Olho Vivo”, jovens destas três comunidades, com idade entre 13 e 20 anos, têm aulas de texto, fotografia e programação visual. Eles são estimulados a desenvolverem competências para analisarem a realidade ao seu redor e expressar a voz de suas comunidades nas publicações.

No entanto, também são promovidos encontros semanais para o debate de idéias. Na disciplina “Juventude e Cidadania”, adolescentes fazem um diagnóstico da situação de vida nas comunidades onde vivem e mobilizarem suas comunidades.

Os jornais são geridos pelos adolescentes que criam grupos de “Jovens Comunicadores”. Eles são responsáveis pela redação, edição, diagramação e distribuição das publicações. Em cada comunidade há um “Conselho Comunitário de Comunicação “, que determina as diretrizes temáticas dos jornais. O sustento dos projetos vem da venda de anúncios a comerciantes locais.

Há, ainda, um grupo específico de jovens comunicadores responsável pela manutenção da página eletrônica que colocar o conteúdo dos três jornais na Internet. Em suas oficinas, este grupo também discutiu temas relacionados à inclusão digital.

 

A trajetória de um repórter comunitário – Foi através de amigos que ele ficou conhecendo o projeto “Olho Vivo”.

Mesmo sem ter um a vaga garantida e depois do curso já ter começado, Márcio dos Santos, de 16 anos, se aventurou a assistir uma oficina de texto. Seu trabalho imediatamente agradou os professores. Desde então, o jovem estudante se transformou em repórter.

Morador da Grota do Surucucu e aluno da 1ª série do ensino médio, Márcio vexplica que desde que começou a participar das oficinas e depois que passou a trabalhar no “Jornal da Grota” seu comportamento mudou bastante: aumentou seu círculo de amizades e também seu repertório cultural.

“Antes de participar do projeto, quase não gostava de ler jornal. Agora, me ligo mais nas notícias que estão acontecendo. Sempre gostei de escrever, mas agora estou escrevendo mais ainda. Também arrumei mais amigos. Antes, eu quase não falava com ninguém da comunidade”, revela o estudante.

Outro aspecto modificado com a publicação do “Jornal da Grota” foi a postura com relação aos jovens da comunidade de Marcio. Segundo o estudante, durante os cinco meses de oficinas, muita gente não acreditou que a idéia da publicação se concretizasse. “Logo que começou a oficina, ninguém acreditava que ia sair o jornal. Depois que saiu a primeira edição, eles pensaram: ‘poxa, o pessoal tem capacidade para fazer um jornal’. Nossa segunda edição atrasou e as pessoas perguntaram se o jornal não ia sair”.

Depois de duas edições do “Jornal da Grota” – a edição zero saiu em novembro e a de nº1 em dezembro -, o repórter revela que desfruta de respeito e credibilidade dentro da comunidade. “Moro no morro. Com chuva, o morro ficou totalmente danificado. Na semana passada, falei com a Associação de Moradores para eles consertarem a escada e eles se prontificaram a fazer uma nova assim que o período de chuvas passar. Se fosse há quatro meses, eles iam dar as costas para mim e sair andando’.

Antes eu tinha vergonha de fazer um pedido desses e hoje eu tenho esse crédito com a Associação de Moradores”, ressalta.

As mudanças também foram sentidas na escola. Com o trabalho de repórter, o interesse pela aulas de Língua Portuguesa aumentou. Mas, as redações de grandes jornais estão distantes dos sonhos que Márcio faz para o futuro. “Quero ser oficial da Marinha. Tenho uma tia que é oficial e me espelho nela. Se eu não conseguir, vou fazer Engenharia “, afirma.

 

Inclusão Digital: um desafio para a sociedade

Lançado oficialmente no último dia 16, no Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Niterói, o sítio “Niterói Comunidades” traz o conteúdo dos jornais: “Palavra do Morro”, da comunidade do Morro do Preventório; “Jornal da Grota”, da comunidade da Grota do Surucucu; e do “Mar de Histórias”, da comunidade da Colônia de Pesca de Jurujuba.

Além disso, quem acessa a página eletrônica encontra a história dessas comunidades – contada por seus moradores e escritas pelos adolescentes dos projetos -, dados estatísticos sobre a população, serviços, classificados, informações sobre os projetos sociais desenvolvidos nas comunidades, banco de currículos, agenda de eventos e fotos tiradas por alunos da oficina de fotografia.

Através da navegação da internet, brasileiros e o mundo poderão conhecer de forma mais detalhada a história e o dia-a-dia das comunidades de Niterói. Mas, quantos moradores dessas comunidades têm computador em casa? Quantos deles têm acesso à internet? Como poderão usar a rede eletrônica como meio para troca de informações, experiências e articulação social?

Para responder a estas questões, a Bem Tv promoveu o debate “Inclusão Digital, que bicho é esse?” durante o evento no MAC. Participaram das discussões Oona Castro, representante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social); Luiz Antônio Carvalho, coordenador da Rits (Rede de Informações para o Terceiro Setor) e Edson Machado, subsecretário de Modernização Administrativa de Niterói.

Segundo Luiz Carvalho, as mudanças ocorridas nos meios de comunicação são cada vez mais rápidas e mais convergentes. A vida moderna, cada vez mais, é permeada pelas mídias eletrônicas. Por isso, ele ressalta os prós e os contras desta verdadeira revolução, assinalando a necessidade da inclusão digital.

“Esses avanços tecnológicos que podem significar o incremento da desgraça de muitos. No Brasil, há enormes desigualdades sociais, regionais, de etnia e de gênero. Essas desigualdades que poderiam diminuir com a revolução digital, podem acabar aumentando”, ressalta o coordenador da Rits.

Subsecretário de Modernização Administrativa de Niterói, Edson Machado afirmou que o município é o primeiro do Estado em inclusão digital e o terceiro do Brasil. “Esse índice se deve ao fato de Niterói ter uma classe média muito forte. Mas, nosso prefeito Godofredo Pinto e o secretário de Educação, Waldeck Carneiro entenderam a importância da inclusão digital. Em um ano e meio de governo já temos 21 telecentros pela cidade “, destacou.

Os telecentros são espaços que têm de 10 a 20 computadores, abertos a população em geral e a alunos da rede municipal especificamente, onde o uso de computadores e acesso à internet são gratuitos. Nesses locais são promovidas oficinas de informática e há monitores que orientam os usuários no uso dos equipamentos. Os programas utilizados são “softwares livres”.

Questionado sobre o destino do Telecentro de Jurujuba, fechado no meio do ano, Edson Machado informou que a unidade passa por reformas e será reaberta em breve.


(Fonte: Folha Dirigida –  27 de dezembro)

 

 

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OPINIÃO DOS LEITORES

à Parabéns pelo site, que começou bem informando os
nomes dos parlamentares que votam a favor dos interesses
dos trabalhadores. Quando estive nas lides sindicais sempre
combati os “outdoor” que evidenciavam os deputados que
votavam contra os trabalhadores. – Isaac Domingos.
 

à Aos funcionários e dirigentes desta federação, agradeço a

atenção e o carinho que sempre me dispensaram. Parabéns

pelo novo sítio e que 2006 seja um ano de muitas realizações

(boas) para vocês. Abração do Renato Lima.

 

à Ficou muito bom o boletim do dia 30! O verde pra final de

ano combina com esperança de novas conquistas, ficou bem

legal! Parabéns a tod@s @s companheir@s da federação!

Que 2006 seja repleto de novas realizações. Do companheiro,

Victor De Wolf.

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BANCÁRIOS PARAM BANRISUL

Os banrisulenses mostraram a sua indignação, paralisando até as 11h do dia 29 de dezembro, o edifício-sede do banco, no centro de Porto Alegre. O protesto foi contra a discriminação praticada pela diretoria do Banrisul na madrugada do dia 24, quando creditou um prêmio de dois salários para 253 funcionários da área de informática na Direção Geral, totalizando R$ 1.357.068,05. Munidos de carro de som, apitos e usando o adesivo “Papai Noel para todos”, os bancários se manifestaram, reclamando que a diretoria do banco deixou mais de 8.250 funcionários, que também atingiram as metas, sem tal premiação e com a carteira vazia.

Em assembléia durante a manifestação, os funcionários do Banrisul decidiram por unanimidade pela ampliação da mobilização em 2006. As propostas aprovadas foram: realização de um dia nacional de mobilização no próximo dia 10 de janeiro (terça-feira), com atividades em toda a rede de agências; publicação de um “a pedido” na imprensa, denunciando a discriminação para a sociedade gaúcha; envio de denúncias para a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Ministério Público do Trabalho e Assembléia Legislativa do RS; pedido de audiência com o governador Germano Rigotto; coleta até o dia 10 do Código de Ética (distribuído pelo banco aos funcionários), que será devolvido para a diretoria do banco.


(Fonte: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região)

 

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BB prepara ofensiva no crédito e terá financeira

Os dois grandes bancos federais de varejo perderam terreno em um dos maiores e mais lucrativos negócios do mercado em 2005 – o crédito a pessoas físicas – e reorientaram suas estratégias para 2006. O maior banco do país, o Banco do Brasil, constituirá uma financeira para disputar o público de não clientes, segmento no qual as grandes instituições do setor privado mais crescem. A Caixa Econômica Federal finaliza uma solução para enveredar pelo mesmo caminho, mas operada diretamente pela própria instituição.


“O BB pretende construir uma nova arena: o relacionamento com não correntistas, para vender crédito, cartões e seguros”, diz o vice-presidente da varejo e distribuição, Antônio Francisco de Lima Neto. Num mercado com forte expansão em 2005, o crédito de instituições públicas cresceu só 0,7 ponto percentual do Produto Interno Bruto, de 10,4% para 11,1%. Bem pouco diante dos 1,8 ponto dos bancos privados nacionais – de 10,7% para 12,5% do PIB.


Os financiamentos diretos ao consumidor são apenas um terço da carteira de pessoas físicas no BB, enquanto no mercado o quadro é inverso, com dois terços da carteira com esse tipo de crédito.


O BB usará as mesmas armas que permitiram rápido avanço dos bancos privados – a associação com varejistas. “Estamos partindo para parcerias nessa área”, conta Lima Neto. Já a CEF quer agregar operações de crédito dentro do próprio banco. “Está sendo desenvolvido um modelo para crescermos no financiamento de veículos”, adianta o diretor de crédito da Caixa, Carlos Henrique Almeida Custódio. A CEF estuda também sua estréia no CDCI, ou financiamento de consumo feito por meio dos varejistas.


(Fonte: Valor Online)


 

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