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Sindicalistas são barrados em audiência pública sobre PL 4330

Os trabalhadores se mobilizaram, mas não puderam participar da audiência pública na Câmara Federal que discutiu o PL 4330 no último dia 18. As regras para entrada de visitantes foram modificadas em cima da hora e poucos militantes entraram para assistir. O que se viu na transmissão ao vivo, feita pela TV Câmara, foi muito espaço vazio, tanto nas galerias quanto no plenário. O vice-presidente da Fetraf-RJ/ES, Nilton Damião Esperança conseguiu entrar graças a uma credencial fornecida pelo deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ), que é de Três Rios. O vereador bancário Cláudio Mello (PT-Teresópolis) entrou com credencial obtida junto a Vinícius Oliveira, assessor do deputado José Mentor (PT-SP).



A audiência pública – o nome oficial do evento é Comissão Geral – tinha apenas o objetivo de ouvir argumentos, sem apontar encaminhamentos. Para os representantes das Centrais Sindicais presentes, a grande vantagem foi colocar suas posições – através de parlamentares favoráveis aos trabalhadores e dos próprios sindicalistas convidados a falar. Outros convidados também tiveram oportunidade de colocar seus pontos de vista, alguns contra, outros a favor do projeto. Do lado contrário ficaram, entre outros, a Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – Anamatra e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho. Falaram a favor do projeto, como esperado, as confederações patronais e as entidades sindicais dos trabalhadores terceirizados.



Os defensores do projeto tentaram, o tempo todo, destacar que o PL 4330 apenas regulamenta o que já existe e oferece proteção para milhares de trabalhadores. Alegaram, ainda, que as centrais sindicais têm uma postura discriminatória, já que desvalorizariam os trabalhadores terceirizados. “Isso é uma falácia. Nós não temos absolutamente nenhum preconceito contra o terceirizado, pelo contrário. Queremos que todos os trabalhadores tenham os mesmos direitos e garantias. Mas queremos que todos sejam nivelados por cima, e não por baixo, escancarando a terceirização, como querem os empresários”, argumenta Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES.



Mas as falas dos partidários do projeto não se sustentavam. “O projeto é tão ruim que não tem como defender, não dá para fazê-lo parecer bom. E ficou claro que os que são a favor não têm preparo para argumentar. Do nosso lado, há muito mais debate, mais aprofundamento, estamos muito mais preparados. Acredito até que tenha sido também por isto, e não só pela pressão, que tenham impedido os sindicalistas de participar da audiência”, avalia Nilton.



Pressão e xingamento



Mesmo do lado de fora, os sindicalistas fizeram muita pressão. Tanto que alguns deputados se sentiram intimidados pela multidão que ocupou desde cedo a entrada da casa. Na passagem para o prédio principal, onde fica o plenário, alguns deputados teriam sido – segundo disseram – hostilizados pelos manifestantes.



O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) foi um dos que alegaram ter sido agredidos e, dirigindo-se ao colega Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, disse: “Vai acalmar os bandidos que você financia”. A frase gerou mal estar e tanto Paulinho quanto o deputado Glauber Braga (PSB-RJ) responderam à provocação.



A repercussão na mídia, como esperado, foi nula. O último voto na decisão do STF sobre os embargos infringentes na Ação Penal 470, proferido na mesma hora, ajudou a desviar a atenção.



Peregrinação



Na véspera da audiência, no dia 17, os sindicalistas bancários fizeram, mais uma vez, visitas aos gabinetes dos deputados para conversar e expor os riscos que o PL 4330 representa para os trabalhadores. Diretores da Fetraf-RJ/ES levaram cartazes para os deputados colarem nas portas de seus gabinetes informando que são contra o projeto.



As bancadas do PT, PCdoB, PSB e PSOL já declararam que votam contra o PL 4330. Somente pelos votos de bancada, já podem ser contabilizados 128 votos. Entre os parlamentares do Rio de Janeiro, a deputada Lilian Sá (PR-RJ) e os deputados Adrian Mussi Ramos (PMDB-RJ) e Celso Jacob (PMDB) também já se manifestaram contrários ao projeto – e colaram os cartazes nas portas de seus gabinetes.



Enviaram representantes a Brasília os sindicatos de Angra dos Reis, Campos, Espírito Santo, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Sul Fluminense, Teresópolis e Três Rios. A Fetraf-RJ/ES enviou Leonice Pereira, Paulo de Tarso, Paulo Garcez e Sérgio Farias.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Justiça garante plano de saúde vitalício a bancária aposentada do Santander

A 1ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho deu ganho de causa à bancária Maria Flávia Manzi de Araújo no recurso contra o Santander referente ao plano de saúde na aposentadoria. Bancária do Real, ela se aposentou e teve a vitaliciedade do benefício negada pelo banco em função da interrupção dos pagamentos, já que o banco parou de descontar. Mas os desembargadores entenderam que a situação era uma exceção e deram ganho de causa à bancária aposentada.

A confusão começou quando o ABN comprou o Banco Real. Cada banco tinha seu plano de saúde, com operadora, preços e modelos diferentes. A empresa resolveu unificar tudo, contratando uma terceira prestadora de serviço, mas houve reclamações gerais em função do aumento expressivo no preço cobrado aos funcionários e o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro entrou com uma ação na Justiça reivindicando direitos dos trabalhadores. Entre muitas idas e vindas do processo – liminar cassada, recursos – o banco nunca cumpriu corretamente as determinações da Justiça. Neste período, o banco deixou de descontar dos funcionários o valor da mensalidade do plano. Durante quatro anos, não houve pagamento de contribuições por parte dos empregados.

Este foi o argumento usado pelo banco para não dar a vitaliciedade à bancária. A legislação garante que o aposentado que tenha contribuído para o plano de saúde por, no mínimo, dez anos, tenha direito a continuar com o benefício enquanto viver, desde que pague integralmente – a sua parte e a que a empresa pagava, quando estava na ativa. Como houve interrupção do desconto o banco não considerou este período, prejudicando o cálculo do tempo de contribuição de Maria Flávia e limitando seu direito ao plano.

Mas os desembargadores entenderam +que não havia justificativa para que houvesse limite de usufruto do plano de saúde. “O banco esvaziou esta ação de todas as formas e nunca cumpriu corretamente a determinação da Justiça. Tínhamos um plano excelente, com inclusão de familiares, a um preço baixo e hoje temos um serviço muito inferior. Já são 13 anos e nenhuma solução foi dada. Ainda por cima, o banco parou de descontar por conta própria e, quando Flávia se aposentou, quis impedir seu direito. E não foi só com ela, outros trabalhadores passaram por situações semelhantes. Isso não tem nenhum sentido.”, critica Luiza Mendes, diretora da Fetraf-RJ/ES.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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NOTA DA ANAPAR: A justa homenagem a Luiz Gushiken

Na última sexta-feira 13 faleceu Luiz Gushiken e cessou sua grande contribuição à seguridade social brasileira e ao nosso sistema de previdência complementar. Gushiken foi grande estrategista político e sindical e integrou primeiro Governo Lula, como Ministro da Secretaria da Comunicação. Sempre atuou em defesa das causas dos trabalhadores, foi decisivo na construção da Central Única dos Trabalhadores e, como deputado federal, nos debates da Assembleia Nacional que escreveu a Constituição Federal de 1988. A chamada constituição cidadã garantiu direitos sociais e trabalhistas e fortaleceu a seguridade social.



O pesar pela sua morte recupera, na memória de quem se dedica à militância previdenciária, algumas de suas contribuições marcantes. Sua atuação como parlamentar foi decisiva para reconhecer, na Constituição de 1988, o direito dos trabalhadores rurais se aposentarem com benefício de um salário mínimo. Até então, esta população que hoje soma 8 milhões de idosos, precisava trabalhar até morrer. A Constituição de 1988 garantiu, também, receitas específicas para o financiamento da seguridade social, além das contribuições de empregadores e empregados.



O mandato parlamentar de Gushiken, de 1986 a 1997, se especializou em previdência complementar. Na década de 1990, o Congresso Nacional instalou uma CPI dos fundos de pensão, provocando intensos debates, nos quais Gushiken sempre pautou as teses de interesse dos participantes. Ao final, o relatório da CPI recomendou que a lei fosse alterada para obrigar os fundos de pensão a contemplar, em seus estatutos, a representação dos participantes nos órgãos de deliberação e fiscalização. Como consequência, as leis complementares 108 e 109 garantiram a presença dos trabalhadores nos conselhos dos fundos para acompanhar a gestão de seus recursos.



Fora da Câmara dos Deputados, Gushiken montou curso de previdência complementar, em convênio com a CUT e o Ministério do Trabalho, para aprofundar os conhecimentos em previdência complementar de sindicalistas e militantes em associações de aposentados e entidades de participantes. Centenas destas pessoas se elegeram como dirigentes de fundos de pensão, melhorando substancialmente a gestão destas entidades e levando para dentro delas a perspectiva dos participantes e a defesa de seus interesses.



A partir de 2003, o Ministro Gushiken foi nome central do governo para elaborar políticas de previdência complementar. Foi decisivo na criação da lei que isenta de Imposto de Renda os ganhos com investimentos dos planos de previdência, reduzindo o custo dos planos, e na criação da tabela regressiva de Imposto de Renda para incentivar os participantes a construir sua poupança previdenciária de longo prazo. Foi importante, também, nos debates sobre a regulamentação das leis complementares 108 e 109 e no incentivo à previdência associativa, instituída por entidades de classe. Com sua saída do Ministério a previdência complementar perdeu grande incentivador.



Sua partida levou o corpo, mas deixou as suas contribuições para os trabalhadores. A Diretoria da ANAPAR lamenta o seu falecimento, reconhecendo o seu papel fundamental no fortalecimento da previdência no Brasil.

Fonte: ANAPAR

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Arapongagem

Frei Betto *


A araponga é uma ave que não perde a oportunidade de meter o bico em todo fruto que encontra pela frente. E possui uma propriedade especial: as sementes engolidas não perdem o poder germinativo, que inclusive é maximizado.



Sob a ditadura, os espiões do SNI ganharam o apelido de arapongas. Metiam o bico na vida de todo mundo, até mesmo de quem apoiava o regime militar.



Agora, graças ao jovem Snowden, sabemos que a maior arapongagem praticada na história da humanidade é “made in USA”. Os EUA, que consideram a segurança mais importante que a liberdade, e o capital, que os direitos humanos, metem o nariz na vida de pessoas, governos, empresas e instituições. Aprenderam com Clausewitz que a surpresa é o trunfo do inimigo.



O governo estadunidense, através de sua Agência Nacional de Segurança (ANS), espionou (ou ainda espiona?) a presidente Dilma e a Petrobrás. Com certeza, fez e fará muito mais.



Para mim, a notícia não constitui nenhuma novidade. Sei, por documentos oficiais obtidos no Arquivo Nacional (Habeas Data), que fui monitorado pelos arapongas do regime militar de junho de 1964, quando me prenderam pela primeira vez, a 1992 – sete anos apos o fim da ditadura!



Em agosto de 2003, quando eu trabalhava no Planalto, aparelhos de escuta foram descobertos na sala do presidente Lula. Meses depois, deparei-me com uma equipe do Exército fazendo uma varredura no gabinete presidencial. Indaguei de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete, o que era aquilo. Disse que, periodicamente, os militares conferiam se havia ali algum sistema de escuta. Frente à resposta, retruquei: “E quem garante que eles não ‘plantam’ na sala novo sistema de escuta?”



Uma informação governamental vale fortunas. Se acionistas e correntistas sabem, de antemão, que o Banco Central decretará a falência de um banco, isso não tem preço. Quem soube que o presidente Collor confiscaria toda a poupança dos brasileiros, deve estar rindo até hoje da multidão que foi apanhada de surpresa.



A Guerra Fria só não esquentou porque a União Soviética espionava os EUA, assim como os EUA a União Soviética. Com frequência o espião de um lado era trocado por outro que servia à potência inimiga. Não é à toa que a Rússia decidiu conceder asilo a Snowden. Ele sabe demais a respeito da arapongagem ianque.



Em março de 2012 conheci, no México, um professor universitário que, durante 20 anos, atuou nos EUA como espião da Inteligência Militar soviética. Sua tarefa era localizar bases de mísseis nucleares. Graças à autobiografia de um ex-agente do FBI, ele soube, anos após ter sido expulso dos EUA, que o seguiram durante sete anos. Queriam saber quem era o seu mentor, o que nunca descobriram.



No tempo da máquina de escrever era impossível o araponga conhecer o conteúdo da mensagem, a menos que obtivesse cópia do texto ou pudesse fotografá-lo. Agora, todos os meios eletrônicos, de computadores a celulares, podem ser “radiografados” pelos serviços de segurança dos EUA. O “Big Brother” sabe tudo que se passa em nossa casa.



Ainda que a Casa Branca apresente desculpas à presidente Dilma, isso não significa que a ANS deixará de rastrear os computadores do Planalto e saber o que, quando e com quem a presidente conversou. Informação é poder – de nos submeter aos interesses do mais poderoso império já existente na história da humanidade.



Apenas uma nação tem conseguido driblar a arapongagem estadunidense: Cuba. Isso tanto irrita a Casa Branca que, contrariando todos os princípios do Direito, mantém presos nos EUA os cinco heróis cubanos que tinham por missão evitar atos terroristas preparados sob as barbas de Tio Sam.



Encerro com uma pergunta que não quer calar: por que, em vez de atacar o povo sírio, os EUA não bombardeiam fábricas de armas químicas, como a Combined Systems, localizada na Pensilvânia? Que o digam os vietnamitas atingidos, mortos e deformados pelo “agente laranja” espalhado pelas Forças Armadas dos EUA durante a guerra do Vietnam.


 


* Frei Betto é escritor, autor de “Hotel Brasil – o mistério das cabeças degoladas” (Rocco), entre outros livros.
www.freibetto.org twitter: @freibetto.


 





Copyright 2013 – FREI BETTO – Não é permitida a reprodução deste artigo em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do autor. Se desejar divulgá-los, propomos assinar todos os artigos do escritor. Contato – MHGPAL – Agência Literária (
[email protected])

Fonte: Frei Betto

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Proposta do BB frustra expectativas e bancários devem aderir à greve

Em negociação ocorrida nesta segunda-feira (16) com o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a direção do Banco do Brasil frustrou as expectativas. Apesar de trazer avanços sociais importantes, o banco não apresentou respostas para as principais questões específicas do funcionalismo, que foram debatidas e aprovadas no 24º Congresso Nacional dos Funcionários do BB.

A avaliação do Comando Nacional é que mais uma vez o banco ficou devendo soluções para os grandes problemas debatidos e reivindicados na Campanha Nacional 2013, como plano de funções, piso, saúde, violência das metas, assédio moral e contratações.

“O sentimento é de frustração. Os bancários do BB esperavam que o banco apresentasse propostas efetivas para os principais problemas apresentados durante as três rodadas de negociação específicas e concomitantes à mesa geral dos bancários com a Fenaban, ocorridas durante o mês de agosto, e isso não aconteceu” afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf- CUT e coordenador da Comissão de Empresa.

Desta forma, a orientação do Comando Nacional aos funcionários do BB é aderir à greve da categoria que inicia nesta quinta-feira (19) e lutar com muita unidade e mobilização para arrancar propostas que atendam as reivindicações econômicas e sociais, como aumento real, piso do Dieese, fim do assédio moral e das metas abusivas, emprego, melhores condições de saúde e trabalho, previdência e segurança bancária. “Claro que as propostas colocadas na mesa são importantes e contemplam reivindicações antigas da Comissão de Empresa, mas pontos fundamentais ficaram sem resposta. A oferta do banco não foi suficiente para nos demover do indicativo de greve para o dia 19”, avalia Sérgio Farias, representante da Fetraf-RJ/ES na CEE/BB.

Contraf-CUT cobra fim das reestruturações e terceirizações

Logo no início da negociação, a Contraf-CUT e as entidades sindicais cobraram a interrupção imediata dos processos de reestruturação com a transferência dos serviços dos bancários para empresas terceirizadas como, por exemplo, a Cobra Tecnologia. Também foi questionado o total desrespeito do banco em lançar programas de desligamento, como PDV para vítimas de reestruturações.

“Na última sexta-feira (13) ocorreu forte atividade de paralisação em São Paulo, cobrando a reversão desses processos e o fim da violência na cobrança de metas. Os funcionários de todas as bases onde há áreas meio estão aflitos com o rumo que a direção do banco tomou de reestruturar e terceirizar os serviços da atividade bancária”, criticou William Mendes.

Outra questão abordada foram os boletins da direção do BB ameaçando os bancários, como o do último dia 12, onde o banco sugere que os funcionários reflitam ao aderirem à greve, dizendo que haverá consequências indesejáveis no “pós-greve”.

“O banco alegou que a informação que ele quis dizer era de ‘consequências ao banco’, só que desde a greve em 2012 há processo investigatório no Ministério Público do Trabalho porque a Contraf-CUT teve que acionar o BB por perseguir grevistas. Se o banco faz referência a ‘pós greve’, ele está ameaçando de novo os bancários com retaliações e isso é prática antissindical condenada mundialmente pelas legislações que protegem os trabalhadores”, denunciou o dirigente sindical.

Propostas apresentadas pelo BB

I – Com cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014

– Abono das horas de ausências, durante a jornada de trabalho, para os funcionários com deficiência, para aquisição, manutenção ou reparo de ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, etc), com limite de uma jornada de trabalho por ano;


– Elevação da licença adoção para homens solteiros (família monoparental) ou com união estável homoafetiva, de 30 para 180 dias;


– Vale cultura: R$ 50,00 por mês para os funcionários que ganhem até 5 salários mínimos;


– Aumento do valor da bolsa dos estagiários, de R$ 332,97 para R$ 570,00.

II – Sem cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2014


– Vacina contra a gripe para todos os funcionários; e


– Auxílio educacional para dependentes de funcionário falecido ou que tenha ficado inválido em decorrência de assalto intentado contra o banco: R$ 800,00 por mês até 24 anos incompletos.

Prioridades apresentadas pelos funcionários do BB

Plano de Funções e PCR:


 


– Piso


– Aumento no interstício


– Crescimento horizontal nas funções


– Anuênio


– Incorporar funções após 10 anos


– Volta do valor das gratificações de função ao valor anterior (ABF+ATFC+25 % ) tanto para os AFG 6h quanto para os AFC 8h


– Garantir reajustes nas verbas do novo plano como, por exemplo, verba 226

Ascensão Profissional

– Programa de Seleção Interna com critérios claros e transparentes;


– Fim da trava para concorrências;


– fim dos descomissionamentos e inclusão dos primeiros gestores na cláusula de proteção com 3 avaliações. E maior clareza sobre o que seria satisfatório e insatisfatório nas avaliações;


– volta da substituição remunerada nas funções.

PSO/Caixas executivos e demais unidades da rede

– igualar a pontuação do Mérito dos caixas e incluir os escriturários na carreira de Mérito, retroagindo ao histórico funcional de cada um;


– aumentar as dotações nas PSO;


– nomear todos os caixas executivos;


– ter regras para a eleição de delegados sindicais nas PSO (proporcional à quantidade de agências cobertas por cada PSO);


– criar supervisor de caixa e ou criar gratificação para o “caixa líder”.

Contratações e fim das reestruturações e terceirizações

– contratar mais 5 mil bancários e chamar imediatamente os concursados;


– reposição das aposentadorias e desligamentos;

Questões de Saúde

– Cassi e Previ para todos;


– Manutenção da função e do vínculo ao local de trabalho quando houver afastamento por questões de saúde com a substituição remunerada na vaga do afastado;


– melhorar a assistência odontológica;


– melhorias nos exames periódicos

Metas individuais e diárias

– fim da violência na cobrança de metas;


– fim das metas na GDP.

Fonte: Fetraf-RJ/ES com Contraf-CUT

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Terceirizados do Bob’s no Rock in Rio são lesados por intermediária

José Raphael Berrêdo Do G1 Rio

Cerca de 100 ambulantes estavam na entrada da Cidade do Rock por volta das 20h, à espera de uma solução para um impasse. Segundo eles, uma mulher, identificada como Deise de Oliveira, teria cobrado entre R$ 150 e R$ 200 para que eles pudessem trabalhar como vendedores do Bob’s dentro do evento. Ao chegarem, no entanto, foram impedidos por haver gente demais em relação ao número de vagas. Segundo o chefe da seguranca do evento e policiais civis, Deise seria levada para a 16ª Delegacia para esclarecimentos.

A assessoria do Bobs’ informou que a “rede trabalha com empresas de recrutamento terceirizadas e não cobra nenhum valor dos ambulantes para trabalhar no evento”.

Deise é conhecida entre os ambulantes por reunir gente para trabalhar em grandes eventos, como jogos de futebol e shows.

“Ela cobra de nós para trabalhar, isso já é errado”, reclamou o ambulante que se identificou como Roberto.

Para lucrar nos shows, os trabalhadores ganham comissões por produto vendido. No caso do Rock in Rio, segundo eles, a comissão seria de R$ 0,40 ou R$ 0,50 por cada unidade. Pagando R$ 150 e ganhando participação de R$ 0,50, cada ambulante precisaria vender a partir de 300 unidades para começar a lucrar.

“Quero saber quem vai pagar nosso prejuízo. Alugamos uma casa aqui perto para poder trabalhar. E teve gente que veio de fora do Rio e ainda pagou mais caro, R$ 200”, disse Magno, que também se diz lesado.

Fonte: G1

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Contraf-CUT lamenta morte do bancário, deputado e ministro Luiz Gushiken

Seeb São Paulo A Contraf-CUT está de luto. Faleceu nesta sexta-feira (13) o amigo e companheiro de muitas lutas Luiz Gushiken, aos 63 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado em estado grave por causa de um câncer. Ele deixa a mulher Elizabeth e os filhos Guilherme, Artur e Helena.

De acordo com nota divulgada pelo Cemitério do Redentor, o corpo será sepultado às 16h deste sábado (14). O velório será no mesmo local, no Sumaré, zona oeste de São Paulo.

A Contraf-CUT manifesta os sentimentos de dor e solidariedade aos seus familiares, amigos e companheiros de luta de São Paulo e de todo Brasil.

Trajetória

Funcionário do antigo Banespa, adquirido pelo Santander no processo de privatizações do governo HHC, ele sucedeu Augusto Campos e presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, atuando de forma ativa contra a ditadura militar, pela redemocratização do país e em defesa da categoria bancária.

“Para bem exercer o poder é preciso ao mesmo tempo gostar de exercê-lo e igualmente ter desprendimento em relação a ele”, dizia Gushiken. E poucos exerceram com tanto talento e humildade.

Ele esteve à frente da maior greve nacional dos bancários, em 1985, defendendo os trabalhadores por salários dignos e por melhores condições de trabalho, conquistando vitórias importantes para a categoria, como o tíquete-refeição e o auxílio-creche/babá, até hoje direitos assegurados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

O nosso japonês também ajudou a organizar o Departamento Nacional dos Bancários da CUT, que deu origem à Confederação Nacional dos Bancários (CNB-CUT) e mais tarde à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Gushiken também participou da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).

Ele presidiu o PT e foi eleito deputado federal por três vezes, tendo sido deputado constituinte e ajudou a construir a Constituição Cidadã de 1988, atualmente em vigência no país.

Foi também coordenador da campanha vitoriosa de Lula em 2002, tendo sido ministro-chefe da Secretaria de Comunicação no primeiro mandato, onde foi autor de uma campanha de resgate da autoestima do brasileiro, cujo slogan era “Sou brasileiro, não desisto nunca”.

Problemas de saúde

Os problemas de saúde remontam à década de 70, quando passou por pesado tratamento radioterápico após a retirada de um câncer no testículo. Sofreu um ataque cardíaco em 2001. Em 2002, extraiu o estômago, sofreu septicemia após a cirurgia e perdeu 20 quilos em sete dias.

Em 2008 teve novo princípio de infarto e, em 2010, passou por grande cirurgia para retirar várias partes de órgãos internos acometidos pelo câncer, operação que se repetiu em maio deste ano.

Injustiça

Em 2005, foi acusado de participação no suposto esquema do mensalão. Sete anos depois, foi inocentado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de todas as acusações. O senador Eduardo Suplicy, durante emocionado discurso na tribuna do Senado na última terça-feira (10), lamentou a ausência de qualquer reparação, pela mídia, das acusações veiculadas.

O senador lembrou o “depoimento exemplar” de Gushiken à CPI que investigou o caso. Lembrou que o Ministério Público escondeu documento que provava a inocência de Gushiken. “Foram 3.285 dias em que sua honra foi pisoteada, com requintes de crueldade”, afirmou o senador.

Legado

Sua força, ética, coragem e competência serão sempre lembrados pelo movimento sindical e pela militância política e social.

Com a morte de Gushiken, o Brasil e toda uma geração de militantes sindicais e lutadores políticos e sociais perdem uma referência intelectual e um símbolo de dignidade.

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Gushiken, por Joel Bueno

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo e UOL

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Estão abertas as inscrições para o 19º Curso Anual do NPC

Evento voltado para dirigentes e jornalistas sindicais tem como
tema geral “Mídia e poder no Brasil e no mundo hoje”



 


Jornalistas, dirigentes sindicais e demais interessados já podem se inscrever no 19º Curso Anual de Comunicação do NPC. Este ano o curso acontece de 20 a 24 de novembro, no Centro do Rio, com o tema “MÍDIA E PODER NO BRASIL E NO MUNDO HOJE”. A mesa de abertura, na tarde do dia 20, será com o Joel Rufino dos Santos e Ignacio Ramonet, que debaterão “A Comunicação e a Resistência das classes populares no século XXI”. Também serão debatidos temas como “comunicação, educação, cultura e ideologia”, “regulamentação das comunicações no Brasil, na América Latina e na Europa”, “o discurso do medo na mídia”, “internet, juventude e mobilizações sociais”, “o jornalismo no Norte e no Sul do Brasil”, “experiências em comunicação sindical”, e outros. Os jornalistas Gilberto Maringoni (Carta Maior), Breno Altman (Opera Mundi), Altamiro Borges (Barão de Itararé), Bia Barbosa (Intervozes), Lúcio Flávio Pinto (PA), Renato Rovai (Revista Fórum) e Nilton Viana (Brasil de Fato) são alguns dos debatedores dessa edição. Os professores Gaudêncio Frigotto (UFF-RJ), Mário Maestri (UPF), Andrelino Campos (UERJ) e Beatriz Bíssio (UFRJ) também já confirmaram  presença.

Além das intensas atividades de formação, o curso também possibilita o contato entre trabalhadores de diversas categorias e diversos Estados do Brasil. Na programação também constam, além dos debates, oficinas práticas de “transmissão ao vivo via rádio, TV e Internet”, “linguagem”, “aplicações das mídias digitais na comunicação sindical”, “cinema e saúde do trabalhador” e “audiovisual”. Há ainda oficinas mais teóricas, como “mulher e mídia”, “a atualidade do pensamento de Gramsci” e “Estados Unidos: origens e desdobramentos da crise econômica”. No domingo, dia de encerramento, será exibido o documentário 1964: um golpe contra o Brasil, e depois haverá debate com Alípio Freire (diretor do filme), Mauro Iasi e Vito Giannotti (NPC).

As inscrições custam R$ 1220,00 (com estadia) e R$ 670,00 (sem estadia). Os primeiros 20 estudantes de Comunicação inscritos sem estadia pagam R$ 469,00 (30 % de desconto).

Para conferir a programação completa e saber mais sobre inscrições, basta acessar a página do 19º Curso Anual do NPC: http://nucleopiratininga.org.br/curso2013/


Outras informações pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (21) 2220-4895 e 2220-5618.

Fonte: NPC

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Prefeita de Angra dos Reis vai encaminhar projeto de lei de segurança bancária


A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, se reuniu na tarde da última quinta-feira com representantes dos bancários e vigilantes para tratar de segurança bancária. A administradora municipal se comprometeu a preparar um Projeto de Lei do Executivo para encaminhar à Câmara dos Vereadores, baseada nos modelos apresentados pelos trabalhadores.

Mãe de um bancário – e ex-professora do presidente do Seeb-Angra, Rogério Salvador – Conceição ficou muito sensibilizada com a situação da segurança bancária no município. Ela foi informada das falhas cometidas pelo Santander que permitiram o assalto no PAB da Eletronuclear, no qual morreram um bancário e uma vigilante. “Durante a reunião, os diretores do Sindicato dos Vigilantes de Angra contaram que é comum pessoas, principalmente idosos, saírem das agências após fazerem um saque e, minutos depois, voltarem assustadas, ou até chorando, por terem sofrido “saidinhas”. A situação na região está preocupante”, relata Paulo Garcez, diretor que representou a Fetraf-RJ/ES na reunião.

Os dois coordenadores da Comissão de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, da Contraf-CUT, e José Boaventura Santos, da CNTV, apresentaram vasto material. “A prefeita recebeu muitos estudos, projetos, propostas. Ademir entregou a ela um levantamento das leis sobre segurança bancária que há pelo país, Boaventura mostrou dados estatísticos, o Sindicato dos Bancários de Angra mostrou as leis que já foram aprovadas nos municípios vizinhos. Material não falta”, relata Garcez. Mesmo assim, a prefeita disse que vai precisar da nossa ajuda, não só técnica, para elaboração do projeto de lei, mas também para pressionar os vereadores a aprová-lo”, acrescenta o sindicalista.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES

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Terceirização: Vigilantes do BB sem salário pararam em Petrópolis

A terceirização de serviços de vigilância, mesmo permitida pela legislação atual, é uma constante fonte de problemas nos bancos. Desta vez, os vigilantes da empresa CJF Vigilância que atuam nas agências do BB em Petrópolis decidiram cruzar os braços na última quarta-feira, em protesto contra o atraso no pagamento dos salários. A empresa vinha pagando com até cinco dias de atraso há quatro meses.

A empresa também atua na Caixa e costuma atrasar salários, mas não todos os meses. “O Itaú foi cliente da CJF, mas desfez o contrato e substituiu a terceirizadora justamente por causa da irregularidade nos pagamentos”, relata Marcos Alvarenga, diretor do Sindicato dos Bancários de Petrópolis. No fim da tarde a empresa fez o depósito dos salários e os vigilantes voltaram ao trabalho no dia seguinte.

Problemas semelhantes vêm ocorrendo em outros estados, já que a firma tem filiais em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória. O Sindicato dos Vigilantes do Estado de Minas Gerais denunciou a empresa à SRTE por atraso nos salários e repasses de tíquetes e vale-transporte em junho deste ano.

Pra que dinheiro

A CJF afirma que os atrasos nos pagamentos são decorrentes de problemas financeiros que vem enfrentando. O curioso é que a sede da empresa, em Juiz de Fora, fica num palacete histórico construído no final do século XIX e restaurado pelo dono da firma em 1985. “Estas empresas sempre operam na corda-bamba, os contratos novos pagam os empregados dos contratos antigos. O que eles fazem com o dinheiro, ninguém sabe. E, muitas vezes, as empresas simplesmente desaparecem, deixando os funcionários sem salários, sem verbas rescisórias, sem nada. Os trabalhadores terceirizados sempre estão em desvantagem não só porque ganham menos, mas porque não têm garantias, já que as firmas são instáveis, algumas até desonestas. E ainda querem ampliar a terceirização. Se isso acontecer, não haverá mais nenhuma garantia trabalhista no Brasil”, pondera Paulo de Tarso, diretor da Fetraf-RJ/ES.

Fonte: Da Redação – Fetraf-RJ/ES