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Mesa específica da Caixa: Mobilização traz avanços ainda insuficientes

Proposta de retirada de direitos do banco é inaceitável pelos empregados

A rejeição das propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e da Caixa nas assembleias, realizadas pelos sindicatos de todo o Brasil no dia 8 de agosto – que contaram com presença maciça dos empregados –, foi repassada à direção do banco, na sexta rodada de negociação específica, na tarde desta sexta-feira (17), em São Paulo.

“Os empregados da Caixa vêm organizando um movimento em defesa da Caixa 100% Pública, em defesa do Saúde Caixa, em defesa da Funcef, em defesa da saúde e de melhores condições de trabalho e em defesa por Nenhum Direito a Menos”, exaltou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

Na sequência, os empregados cobraram uma mudança de postura na mesa por parte do banco. Diante disso, a Caixa apresentou uma nova complementação da proposta das cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas ainda existem pendencias. O Banco também reafirmou que vai seguir os índices da Fenaban nas cláusulas econômicas.

Na última negociação, o banco havia apresentado uma proposta de renovação do ACT que ignorava diversas cláusulas conquistadas. O debate foi intenso e itens que não tinham sido garantidos anteriormente foram apresentados, mas com propostas de mudanças.

Um avanço importante na reunião foi a PLR. “A Caixa revelou que conseguiu vencer o limitador da PLR e que seguirá as regras da Fenaban. É uma conquista da luta, da nossa mobilização. Por isso, os empregados devem lotar, novamente, as próximas assembleias”, comemorou o coordenador

Dionísio Reis cobrou ainda que é preciso fazer um debate sério sobre o Saúde Caixa. “O banco colocou uma proposta de assistência saúde que não é o Saúde Caixa. Ela disse que garante Saúde Caixa na ativa para quem esta na ativa e para quem está aposentado atualmente, com o modelo atual, até 2021, mas não deixa claro como vai se dar o custeio e a as demais garantias do Saúde Caixa. Por isso, os empregados precisam continuar mobilizados para defender nossos direitos. Nós precisamos de unidade e que os empregados estejam mobilizados juntos com os sindicatos.”

A próxima reunião foi marcada para terça-feira (21). “O momento é de reforçar a conscientização. Esperamos que a Caixa traga propostas que garantam os nossos direitos e valorizem o corpo funcional. Juntos somos mais. Vamos permanecer mobilizados”, declarou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações.

Fonte: Contraf-CUT

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Notícias da Federação

Banqueiros não apresentam proposta e oitava rodada acontece dia 21

Foto: Jailton Garcia

A sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban aconteceu nesta sexta-feira, dia 17. Os banqueiros fizeram sindicalistas de todo o país se deslocarem para São Paulo para nada, já que sequer apresentaram proposta. Mesmo depois das assembleias do dia 08 terem rejeitado a proposta anterior, de aumento real zero, a federação patronal não levou nenhuma novidade para a mesa.

O Comando Nacional aceitou marcar uma nova reunião para terça-feira, dia 21, às 14h, mas protestou contra a reunião sem proposta e a demora nas negociações. A minuta de reivindicações dos bancários foi entregue à Fenaban em 13 de junho e a atual Convenção Coletiva Nacional só vale até 31 de agosto.

Diante da possibilidade de perda dos direitos, caso a Fanaban não apresente proposta decente, o Comando Nacional orienta os bancários de todo o país a realizarem atividades na próxima semana. “Quem faz greve são os banqueiros e não os bancários, pois eles têm todas as condições de atender às reivindicações dos trabalhadores. Mas preferem provocar a greve, que sempre é prejudicial para população e para os funcionários”, critica Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES.

A reunião de terça-feira será a oitava rodada deste processo, que tem sido marcado por uma postura negativa da Fenaban. “Os representantes dos bancos sempre disseram que respeitam e valorizam o processo negocial, mas só o que vimos foi desrespeito e falta de responsabilidade social. A negociação de terça-feira começa às 14h e só termina quando os bancos apresentarem uma proposta aceitável. Se isso não acontecer, teremos um impasse”, adianta Nilton. “Faremos assembleias em todos os sindicatos para definir os próximos passos da Campanha Nacional dos Bancários. Se a Fenaban não mudar sua atitude, teremos que partir para a greve”, anuncia o sindicalista.

A proposta

Na reunião do dia 07 a Fenaban apresentou uma proposta econômica insuficiente, com reposição da inflação e aumento real zero para todas as verbas. Os bancos se recusaram a incluir na convenção garantias de emprego e veto às formas precárias de contratação. Não houve discussão de nenhuma cláusula sobre saúde e condições de trabalho. E, ainda por cima, a federação patronal propôs que a próxima Convenção Coletiva tenha validade de quatro anos, para todas as cláusulas.

O Comando Nacional rejeitou a proposta na mesa, mas a levou às bases, em assembleias que aconteceram em todo o país na dia 08. Em todos os sindicatos, houve rejeição integral. Na sexta-feira, dia 10, bancários fizeram manifestações, atos e paralisações parciais para pressionar os banqueiros a apresentarem nova proposta. A expectativa de toda a categoria era de que na reunião desta sexta-feira houvesse pelo menos alguma mudança, mas nada foi apresentado.

Os bancários já disseram não à proposta apresentada e só voltarão a realizar assembleias se a Fenaban avançar nas negociações.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES

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Notícias dos Sindicatos

NITERÓI: Eleições sindicais começam nesta quarta-feira

Acontecem nos dias 15, 16 e 17 de agosto as eleições para nova direção do Sindicato dos Bancários de Niterói e Região. Haverá coleta de votos das 09h às 17h, em 15 urnas, sendo uma fixa, na sede do sindicato, e 14 itinerantes, cobrindo toda a base territorial da entidade. A apuração será feita no dia 17, após o retorno de todas as urnas. O mandato é de 4 anos.

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Bancários vão a Brasília em defesa dos bancos públicos

Ato em frente ao Ministério da Fazenda, na manhã desta quarta-feira, pedirá revogação das resoluções 22 e 23 da CGPAR

Bancários de todo o país vão realizar um Ato em Defesa dos Bancos Públicos nesta quarta-feira (15), às 10h, em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. Os trabalhadores também protestarão contra as resoluções 22 e 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). Elas determinam a redução das despesas das empresas estatais com a assistência à saúde dos trabalhadores e limitam a 6,5% da folha de pagamento a participação no custeio dos planos de saúde dos funcionários pelas empresas públicas. As medidas também proíbem a inclusão de novos funcionários nos planos de saúde das empresas públicas.

A Confederação Nacional do Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Comando Nacional do Bancários orientou que os sindicatos que não puderem participar do protesto em Brasília realizem atos em suas bases denunciando os excessos das medidas da CGPAR.

Trabalhadores de outras categorias, organizados no Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, também aderiram às manifestações e vão participar do ato em Brasília e daqueles que forem realizados em outros locais do país.

“Todos os trabalhadores devem participar dessa luta! Essas determinações da CGPAR enfraquecem os planos de saúde de autogestão e são mais uma medida que visa empurrar as pessoas para os planos privados”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Todos os trabalhadores, e não só os funcionários públicos, estão sofrendo com os ataques do governo Temer e seus aliados no golpe contra a saúde. Temos de nos unir para barrar esses ataques”, completou a dirigente.

Juvandia lembrou ainda que o governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados no Congresso Nacional determinaram o congelamento de investimentos públicos em saúde e educação por 20 anos. Além do corte de recursos na área, o governo golpista autorizou a isenção de multas aplicadas às operadoras dos planos de saúde e o reajuste acima da inflação dos valores cobrados dos usuários, além de ter tentado estipular o aumento do percentual da franquia a ser paga pelos pacientes para determinados plano e serviços utilizados.

Revogação das resoluções da CGPAR

Além dos atos desta quarta-feira, os trabalhadores buscam a revogação das resoluções da CGPAR pela via legislativa com o Projeto de Decreto Legislativo (PDC 956/2018), de autoria da deputada federal Erika Kokay (PT-DF). Por meio de uma enquete da Câmara dos Deputados, todo cidadão pode dizer se concorda ou não com o projeto da deputada, que visa sustar as resoluções da CGPAR. Participe!

 

Fonte: Contraf-CUT

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Sindicatos da base fizeram atividades no Dia do Basta

Bancários e bancárias fizeram manifestações pelo Dia do Basta na base da Fetraf-RJ/ES. Houve retardamento da abertura das agências em algumas cidades e muitos sindicatos participaram dos atos conjuntos realizados por outras categorias.

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Lucro do Banestes cresce 13,2% no primeiro semestre

Apesar do aumento nos lucros, banco continua demitindo e fechando agências

O Lucro Líquido Ajustado do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) chegou a R$ 86 milhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 13,2% na comparação com o primeiro semestre de 2017, segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese). A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio – ROE) do banco foi de 12,4%, queda de 0,2 pontos percentuais.

A receita com prestação de serviços e a renda das tarifas bancárias cresceram 10,4% no período, totalizando R$ 159 milhões. Por sua vez, as despesas de pessoal caíram 2,8%, atingindo cerca de R$ 176 milhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 89,32%.

O banco encerrou o 1º semestre de 2018 com 2.383 empregados, fechando 99 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2017. O número de agências se reduziu em 6 unidades, mas, 65 outros postos de atendimento foram abertos no período, perfazendo um total de 125 agências e uma rede de atendimento com 849 pontos.

A Carteira de Crédito Ampliada do banco apresentou alta de 10,6% em doze meses, atingindo R$ 5,7 bilhões. Os destaques da carteira no período foram empréstimos (10,9%) e financiamento imobiliário (15%). A carteira comercial atingiu R$ 4,0 bilhões, com elevação de 7,1%. Desse total, 60% pertencem ao segmento pessoa física e 40% pessoa jurídica, sendo 80% desta última voltada para pequenas e médias empresas, enquanto 20% dos recursos estão alocados no segmento de grandes empresas. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,4 pontos percentuais no período, ficando em 2,6%. As despesas com PDD foram reduzidas em 6,7%, totalizando R$ 69 milhões.

Para ler a íntegra da análise do Dieese, clique aqui.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do Banestes.

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Banerjianos vão participar de Audiência Pública para tratar do sistema Previ/Banerj

Conforme acordo firmado com parlamentares, encontro vai debater situação dos participantes da caixa de previdência dos antigos funcionários do banco

O Sindicato convoca os antigos funcionários do Banerj a participarem da Audiência Pública que será realizada na próxima terça-feira, dia 14 de agosto, às 13 horas, na sala 311 da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), no Palácio Tiradentes. A audiência, convocada pelos deputados estaduais, Gilberto Palmares (PT) e Paulo Ramos (PDT), tem por objetivo debater o Projeto de Lei 3213/2010, de autoria dos dois parlamentares e que prevê que os antigos funcionários do Banerj que sacaram suas reservas de poupança, possam recuperar seus direitos previdenciários, mediante a devolução com a devida correção monetária dos recursos recebidos.

“Na primeira votação, além das emendas, foram feitos vários questionamentos a respeito da proposta, durante a primeira votação na Alerj. Esta audiência tem como proposta, também, a de tirar as dúvidas e ampliar o conhecimento a respeito do Projeto de Lei, que resgata os direitos de quem sacou suas reservas da Previ/Banerj, garantindo a isonomia de direitos”, disse o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa.

A diretora da Secretaria de Imprensa e Comunicação do Sindicato, Vera Luiza Xavier, destacou a importância da participação dos banerjianos na audiência desta terça-feira.

“É muito importante a presença dos banerjianos na Alerj, para mostrarmos o nosso poder de mobilização e garantir a aprovação do projeto na segunda votação”, destaca.

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Um manifesto ou a gente escreve de puro engasgo

Viviana Ribeiro*

20180722
Um homem um marido joga Tatiane pela janela do quarto andar da casa do casal

20170720
A amiga diz para outra amiga que tem medo do namorado e dorme com uma faca embaixo do travesseiro

20180219
A amiga diz para outra amiga que não consegue romper com o namorado que a agride

20180722
Tatiane diz para amiga que está criando coragem para se separar do marido que “tem ódio mortal dela”

20180807
o que sai nos jornais é: “Mulher cai da janela do quarto andar…”
Embora no corpo da reportagem, escrevam coisas do tipo “marido está preso e é suspeito de feminicídio…”

19702014
no corpo da reportagem não importa, ninguém lê
O que importa são as manchetes

20180808
Uma planta cai da janela
Um sapato cai da janela
Uma mulher que já chega em casa apanhando do marido e continua apanhando ininterruptamente não cai da janela. mesmo se ela estivesse tentando fugir.

20180315
É necessário é urgente ensinar as crianças que um homem – marido namorado companheiro irmão pai tio filho estranho estrangeiro – não pode matar um corpo, especialmente, de mulher

2018010120180808
É necessário é urgente aprender a criar outras relações entre nós

20180720
Todos são iguais. não somos todos iguais. e homens matam mulheres porque estão convictos que podem. e há forças sociais seculares que fundaram e mantêm essa convicção

20180808
Poder: capacidade ou possibilidade de
Possuir força física ou moral
Ter ocasião ou meio de
Ter força, vontade ou energia moral para
Ter domínio ou controle sobre
Direito ou capacidade de decidir, agir e ter voz de mando; autoridade
Possibilidade, natural ou adquirida, de fazer determinadas coisas
Supremacia em dirigir e governar ações de alguém pela imposição da obediência, domínio, influência
Ter força física para
Ter força histórica política e social para

12152018
Ao longo dos séculos, homens estão convictos de que podem matar mulheres

201807270828
Tatiane Silvia Ana Maria Rosa Cláudia – o caso singular como marca da história –

19751020
A questão fundamental é indagarmos quais as condições que tornaram possível tal convicção masculina e as forças sociais que a promoveram/promovem ou que dela foram/são cúmplices

2003152018
Como surgiu o patriarcado?

20180808
A questão do controle violento do corpo da mulher, especialmente, a reprodução, está no centro do capitalismo. de XII até hoje

197519852018
Se Marx tivesse atentado para a história violenta das mulheres e percebido como essa violência é um dos elementos centrais da formação e manutenção da sociedade capitalista, talvez…talvez, tivesse eleito as mulheres [e não os proletários] como as protagonistas da revolução

 

* Viviana Ribeiro é mestra em filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), docente e cofundadora do IPIA – Comunidade de Pensamento
(Site: www.ipiacomunidade.com.br, Facebook: @IpiaComunidade)

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Lucro do BB chega a R$ 6,3 bi no primeiro semestre

Receitas com tarifas e serviços bancários cresce quase 14 vezes mais do que as despesas com pessoal

O Banco do Brasil obteve um Lucro Líquido Ajustado de R$ 6,3 bilhões no 1º semestre de 2018, crescimento de 21,4% em doze meses e 7,1% no trimestre. A rentabilidade (Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado – ROE) do banco ficou em 13,3%, com alta de 0,9 pontos percentuais.

Segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no relatório do banco, o resultado foi impactado principalmente pelo aumento das rendas de tarifas e redução da despesa com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD) no período. “Após o golpe, o Banco do Brasil passou a atuar como um banco privado, que pensa mais no lucro do que em seus funcionários e clientes. Cobra tarifas altas pelos serviços, que muitas vezes é realizado pelo próprio cliente, e promoveu uma grande redução em seu quadro de pessoal, prejudicando o atendimento e sobrecarregando ainda mais os funcionários que permaneceram no banco”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 5,5% no período, totalizando R$ 13,3 bilhões. Estas receitas são secundárias e respondem apenas por uma pequena parte do total de receitas do banco, mas, mesmo assim, o banco consegue cobrir com esse montante 121,53% do total de despesas de pessoal, considerando a Participação dos Lucros e Resultados (PLR). As despesas de pessoal cresceram apenas 0,4%, atingindo cerca de R$ 11 bilhões. Ou seja, a arrecadação secundária do banco dá para pagar todos os funcionários e ainda sobra muito dinheiro.

A holding encerrou o primeiro semestre de 2018 com 97.675 empregados, com fechamento de 1.928 postos de trabalho em relação a 30 de junho de 2017. O número de agências se reduziu em 126 unidades, em virtude do plano de reorganização institucional, que previa, no decorrer de 2017, o fechamento de 402 agências, com outras 379 passando a ser postos de atendimento. Contudo, o número de postos de atendimento também foi reduzido. Verifica-se que a rede própria do banco foi reduzida em 1.305 pontos.

“Mesmo sobrecarregados, os funcionários se esforçaram e produziram um grande lucro para o banco, suficiente para terem uma boa PLR e permitir que o banco atenda as propostas da Campanha Nacional dos Bancários”, ressaltou o coordenador da CEBB.

Carteira de crédito

A Carteira de Crédito Expandida do banco apresentou queda de 1,5% em doze meses, porém, com crescimento de 1,5% em relação ao 1º trimestre, atingindo R$ 685,5 bilhões. As operações com pessoas físicas cresceram 2,1% em relação ao 1º semestre de 2017 e 2,2% no trimestre, chegando a R$ 189,6 bilhões. As operações com pessoas jurídicas alcançaram R$ 263,4 bilhões, com queda de 5% em doze meses, ficando estável no trimestre. Já as operações com o agronegócio ficaram praticamente estáveis (alta de apenas 0,2% em doze meses) e crescimento foi de 2,1% no trimestre, totalizando R$ 188,6 bilhões (a participação do BB na carteira do Agronegócio no país é de 59,7%. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou queda de 0,77 p.p. no período, ficando em 3,34%. Diante disso, as despesas com PDD foram reduzidas em 19,4%, totalizando R$ 10,8 bilhões.

Leia a íntegra da análise do Dieese e veja abaixo a tabela resumo do estudo.

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ANS suspende adesão de novos usuários ao Saúde Caixa

Programa de saúde permanece há cinco meses como líder no ranking de reclamações, devido ao sucateamento provocado pela direção do banco

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a entrada de novos usuários no Saúde Caixa. Devido a problemas relacionados à cobertura assistencial como negativas de atendimento e descumprimento de prazos máximos. O programa de saúde do pessoal da Caixa poderá sair da condição de “suspenso” em setembro, quando a ANS fará um novo ciclo de monitoramento. Nessa condição de suspensão, o Saúde Caixa também fica impedido de receber novos dependentes.

Esta é a primeira vez em que o Saúde Caixa é suspenso pela ANS, situação que evidencia o quadro de sucateamento do programa por parte da direção da Caixa, que decidiu fazer reestruturação nas GIPES e terceirizou todo o atendimento, fechando as portas para o relacionamento com os usuários, prestadores de serviços e terceiros contratados.

No dia 17 de abril, a Fenae publicou notícia mostrando que o Saúde Caixa havia se tornado líder no ranking de reclamações da ANS. Desde então, a situação só piorou. O Saúde Caixa continua no topo da lista dos planos mais reclamados. Em fevereiro, o Índice Geral de Reclamações (IGR) do plano era de 8,69 ocorrências para cada 10 mil usuários, muito além da média do segmento, que era de 2,78. Dados de junho mostram que o IGR do Saúde Caixa subiu para 9,63, enquanto a média do segmento está em 3,04.

Consulte o Índice de Reclamações

“Temos um dos melhores programas de saúde do país, mas com toda a negligência da direção da Caixa na gestão, o plano é líder de reclamações há meses. A Caixa quer acabar com nosso programa de saúde, mas não vamos permitir”, afirma a diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus.

No ranking de reclamações da ANS, atrás do Saúde Caixa, está a autogestão dos Correios, Postal Saúde, com índice de 7,62; Ameplan (7,61), Unimed Rio (7,42), Biovida (7,28) e a autogestão dos empregados da Petrobras, com 6,85.

Outro ponto polêmico é a forma como a regulação da ANS pode ou não se sobrepor ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que prevê a cobertura do Saúde Caixa para ativos, aposentados e dependentes. A suspensão acaba impedindo, mesmo que temporariamente, o pleno cumprimento do ACT até que a Caixa regularize a situação.

A ANS considera a suspensão uma medida protetiva que tem por objetivo impedir que mais usuários sejam prejudicados pelos problemas assistenciais apresentados pelas operadoras. Porém, no caso das autogestões como o Saúde Caixa, que não tem operação comercial, a suspensão acaba prejudicando justamente os usuários.

“Suspender a entrada de novos usuários, na verdade, só ajuda a livrar a Caixa de mais custos com saúde e acaba punindo os trabalhadores”, questiona a diretora da Fenae.

Fonte: Fenae