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Bancários rejeitam proposta e preparam Dia do Basta

A proposta da Fenaban de aumento real zero, CCT de quatro anos e sem garantia de emprego foi rejeitada pelas assembleias realizadas na noite passada pelos sindicatos filiados à Fetraf-RJ/ES. Os banqueiros ficaram de apresentar uma proposta global na reunião do último dia 07, mas deixaram de fora todas as cláusulas de saúde e condições de trabalho e se recusaram a incluir na CCT o veto à contratação de terceirizados, PJs e outros arranjos trazidos pela reforma trabalhista.

Os bancários reunidos em assembleias também definiram que haverá participação nas atividades do Dia do Basta, convocado pelas Centrais e movimentos populares (saiba mais). Em várias bases haverá paralisação parcial nas agências até meio-dia. Também haverá atos públicos em vários municípios.

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Banqueiros fazem proposta-bomba e Comando Nacional orienta rejeição em assembleias

Fenaban oferece só inflação, não garante empregos e deixa de fora cláusulas sobre saúde e condições de trabalho

A proposta apresentada pela Fenaban na reunião de terça-feira, 07, não contempla as necessidades da categoria bancária, nem faz jus à lucratividade dos bancos. Esta foi a avaliação feita pelos membros do Comando Nacional dos Bancários após a reunião. Foi oferecido reajuste que apenas repõe a inflação do último período, projetada em 3,82%, para todas as verbas: salário, pisos, vale-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta, auxílio-creche/babá e PLR. Além de não dar aumento real, os banqueiros se recusam a oferecer garantia dos empregos e a incluir o veto a contratações precárias, como terceirização e PJ.

A questão da garantia do emprego é fundamental nestes tempos de reforma trabalhista. Se não houver nenhum comprometimento dos banqueiros com as contratações formais e diretas, a própria existência da categoria está em risco. Mesmo que assinem uma CCT, os bancos podem demitir em massa e substituir os bancários por terceirizados e PJs sem nenhum direito ou benefício.

A Fenaban ainda quer incluir uma casca de banana, propondo que a CCT se estenda por quatro anos, somente com reposição da inflação. Uma convenção com vigência integral tão longa pode se tornar um grave problema. Há casos de categorias que assinaram acordos e convenções com prazo maior, mas as cláusulas econômicas foram negociadas à parte durante o prazo de validade do documento principal. O que a Fenaban está propondo é um grande risco.

Proposta não global

Embora tenham prometido uma proposta global, os banqueiros deixaram de fora todas as reivindicações sobre saúde e condições de trabalho. Garantias para bancários afastados, vítimas de assaltos e sequestros, trabalhadores em readaptação profissional e outros itens importantes do dia a dia da categoria nem sequer foram incluídos na proposta apresentada pelos banqueiros.

A federação patronal também informou que pretende alterar outras cláusulas, alegando a necessidade de eliminar inseguranças jurídicas, mas não apresentou proposta de redação. Para começar, esta alegada insegurança não existe. Já que a nova legislação prevê a prevalência do negociado sobre o legislado, a CCT daria toda segurança para ambos os lados. Aceitar as modificações sem conhecer o texto do documento é como assinar um papel em branco e dar aos patrões o poder de determinar como será a convenção.

A única notícia boa foi que os banqueiros concordaram em estender a CCT a toda a categoria, inclusive os trabalhadores com nível superior e salário maior que duas vezes o teto do INSS. Estes empregados seriam enquadrados como “hipersuficientes” de acordo com a reforma trabalhista e poderiam ficar fora das convenções de suas categorias.

Pressão patronal

Os banqueiros já começaram a pressionar os trabalhadores a aceitar esta proposta-bomba. A diretora de RH do Santander, Vanessa Lobato, enviou uma mensagem aos empregados sobre a negociação através do aplicativo Santander Now, que faz a comunicação interna com os funcionários. O texto insinua que aceitar o mais rápido possível a proposta da Fenaban é bom para todo mundo e sugerindo, veladamente, que a manutenção das conquistas da categoria está atrelada a uma negociação “coerente e transparente, plurianual e de total reposição da inflação”.

E o terrorismo já começou na mesa, com a ameaça de retirada da cláusula de compensação ou abono dos dias de greve. Os banqueiros estão querendo intimidar a categoria para que não haja greve, quebrando uma tradição de negociação que já dura mais de uma década. “Os banqueiros dizem que valorizam a convenção e o processo negocial, mas querem retirar uma das maiores marcas positivas deste processo, que é a discussão dos dias parados”, critica Sérgio Farias, secretário-geral da Fetraf-RJ/ES, que representou a entidade na reunião.

Dizer não

Além de todas as desvantagens, a proposta vai na contra-mão de grande maioria dos acordos e convenções já assinados este ano. Segundo levantamento do Dieese, 80% das negociações foram fechadas com aumento real, mesmo em setores da economia não tão lucrativos como o sistema financeiro.

Os bancos continuam aumentando seus lucros todo ano. Só no primeiro trimestre de 2018, BB, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander já tiveram lucro de R$ 20,3 bilhões, 18,7% a mais do que no mesmo período do ano passado. A orientação do Comando Nacional dos Bancários é pela rejeição da proposta na íntegra. “O setor bancário é um dos mais lucrativos do país. Não se justifica uma proposta sem aumento real. Devemos agora engrossar as assembleias, numa demonstração de força e unidade, para o Comando Nacional seguir nas negociações”, recomenda Farias.

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FRIBURGO: Bradesco condenado a pagar multas se descumprir determinações de sentença sobre atendimento bancário

Saiu no final de julho a sentença de uma Ação Civil Pública iniciada em 2004 pelo Ministério Público em Nova Friburgo contra o Bradesco, obrigando o banco a cumprir a lei da fila, a emitir senhas para atendimento, senhas preferenciais, assentos para idosos, gestantes, pessoas com deficiência e pessoas com crianças de colo. A ação é resultado de uma denúncia feita pelo Sindicato dos Bancários ao MP em 2003 e transitou em julgado.

Nestes 14 anos, algumas das exigências que constam da ACP foram atendidas, por estarem previstas na lei estadual 4223/2003 e revistas em anos posteriores. O atendimento preferencial para gestantes, idosos, PCDs e pessoas com crianças de colo, os 15 assentos para estes usuários e a distribuição de senhas numéricas foram atendidos na maioria das agências bancárias do estado. A única das determinações que ainda não está sendo cumprida corretamente é a lei da fila, que prevê atendimento em no máximo 30 minutos. A sentença determinou, ainda, que fossem publicados anúncios em jornais com o inteiro teor da decisão.

As multas fixadas variam de acordo com a infração. Ficou definido ainda que o Bradesco deverá pagar R$ 300 mil, com juros e correção monetária, a título de danos morais difusos, a serem revertidos para o Fundo de Defesa de Direitos Difusos – FDD, órgão ligado ao Ministério da Justiça. A sentença ainda determina que clientes e usuários que tiverem sido lesados pela conduta do banco poderão obter ressarcimento, bastando comprovar a infração.

Assim que a decisão saiu, o Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo foi à base divulga-la. “Reproduzimos em nosso boletim o anúncio publicado nos jornais e fomos às agências informar os bancários e a população sobre a decisão”, informa Luiz Cláudio Queiroz, diretor do Departamento Jurídico da entidade.

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Caixa não apresenta propostas para reivindicações dos empregados

Empregados exigem proposta e se reunirão no dia 8 em assembleia para avaliação

A Caixa Econômica Federal não apresentou propostas para as reivindicações dos empregados durante a mesa de negociação com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), realizada nesta quinta-feira (2), em São Paulo. Todos os itens discutidos foram norteados pela cobrança da manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos empregados do banco.

A mesa de apresentação de proposta do banco foi marcada para o dia 7, na sequência da esperada mesa de negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) com o Comando Nacional dos Bancários.

No dia 8, os bancários de todo o país realizarão assembleias para avaliação da contra proposta, que deve ser apresentada pela Fenaban no dia 7.

PLR e PLR Social

Os empregados cobraram a garantia da PLR e da PLR Social. Para o coordenador da CEE/Caixa, Dionisio Reis, é inadmissível que o acordo não abranja a todos e que resguarde contra os abusos da nova lei trabalhista. “Não vamos aceitar de forma alguma o que não seja regra As nossas conquistas históricas estão consignadas no acordo coletivo. É inadmissível que o acordo tenha restrição das clausulas que já estão consignadas. Queremos ampliar as conquistas e não restringir e por isso colocamos nosso protesto em defesa da PLR e da PLR social”, reivindicou. O banco não garantiu o direito mantendo a limitação imposta pelo governo.

Saúde Caixa

A Caixa afirmou que irá aplicar a resolução 23 da CGPAR e não garantiu a manutenção do modelo Saúde Caixa, da forma que foi criado. “A resolução afeta não apenas o plano de saúde dos empregados da Caixa, mas de todas as empresas públicas. Defendemos a Saúde Caixa no acordo coletivo no modelo que ele foi construído historicamente pelos empregados na mesa de negociação”, afirmou Dionisio Reis.

De acordo com a Fabiana Uehara, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações, é preciso reforçar a defesa do plano de saúde. “O Saúde Caixa é fruto de uma conquista da greve de 2003. Reforçamos a defesa do Saúde Caixa auto sustentável, na sua melhoria e quando necessário o empregado possa utiliza-lo na sua totalidade”, disse.

Contratações e Vedação do Descomissionamento de Gestantes

A CEE cobrou da Caixa o fim dos descomissionamentos de gestantes e a contratação de mais empregados. De acordo com o coordenador da CEE/Caixa, a a regra do banco para os descomissionamentos é omissa. “Requeremos uma vedação para não descomissionamento da gestante e a segurança, para que, após a volta ao trabalho, ela possa ter mais 6 meses de garantia para não ter o descomissionamento da função”, afirmou.

Para Dionísio Reis, a situação de sobrecarga de trabalho nas agências é preocupante. “Hoje os colegas sofrem com muita sobrecarga, a reducao dos empregados faz com que as unidades se tornem ambientes cada vez mais adoecedores”, revelou.

O banco não apresentou proposta para ambas as reivindicações e indicou a possibilidade de contratar terceirizados para atividade fim.

Bancário Temporário

A revogação do RH 037 mais uma vez esteve em pauta na mesa de negociação, porém, mais uma vez, a resposta da Caixa foi negativa à reivindicação. O normativo, que passou por atualização em agosto de 2017 para se adequar à Lei da Terceirização, permite a contratação de trabalhadores temporários sem qualquer vínculo empregatício com o banco, por meio de empresas que fornecem mão de obra terceirizada, para a realização de tarefas de técnico bancário.

Os empregados também discutiram sobre a criação de um programa de tratamento para dependentes químicos. Foram apresentados todos os pontos discutidos no último Conecef, como: a defesa da Caixa 100% pública, Nenhum direito a menos e saúde e condições de trabalho sem respostas do banco.

A Comissão Excecutiva da Caixa marcou uma reunião com o banco no dia 7 para apresentação de uma proposta. Os empregados esperam que a proposta seja apresentada para que seja avaliada junto com a proposta da Fenaban nas assembleias, em todos os sindicatos do país, no dia 8.

 

Fonte: Contraf-CUT

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Caixa e Banco do Brasil se juntam aos banqueiros privados para “explicar” reforma trabalhista

Com base na lei de acesso a informação (12.527/2011), FETEC/PR solicitou quanto o BB e a Caixa gastaram para patrocinar seminários a favor da reforma trabalhista

Os bancos públicos BB e Caixa, administrados pelo governo Temer na era pós-golpe, estão entre as entidades públicas e privadas que patrocinam uma série de seminários a favor dos retrocessos e da retirada de direitos pela Reforma Trabalhista. O “Projeto Articulação Política Pelo Emprego – Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho” é promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino e Cultura (IBEC) em parceria com a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal dos Deputados.

A Caixa confirmou que repassou o montante de R$ 300 mil em patrocínio para os eventos. Já o Banco do Brasil confirmou repasse, via BB Seguros, mas se nega a confirmar o valor. As informações foram solicitadas pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) via Lei da Transparência (12.527/2011).

“É lamentável que a Caixa, um banco público, que deveria fomentar políticas sociais que beneficiem toda a população, se preste a esse papel de financiar interesses privados, considerando que as alterações na legislação trabalhista beneficiam somente os empresários e visam o lucro e o corte de direitos”, afirma João Paulo Pierozan, representante dos trabalhadores bancários do Paraná nas negociações com a Caixa.

Programação do seminário distorce pontos prejudiciais da reforma

Divulgada oficialmente pela Câmara Federal como “projeto com objetivo de debater de forma técnica e sem ideologia a aplicação da lei da reforma trabalhista”, a jornada é coordenada pelo deputado Ronaldo Nogueira, ministro do trabalho de Temer na época da aprovação da lei, e prevê em sua programação abordagem direcionada com a participação de Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST), incluindo o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, notório defensor das alterações que prejudicam os trabalhadores e favorecem as empresas.

No final de junho, a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (FETEC-CUT-PR) protocolou pedido de informações junto às empresas públicas Caixa, Banco do Brasil e Correios, e ainda, junto à Presidência da República, via Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), para esclarecer diversas modalidades de patrocínio divulgadas, como “ouro”, “prata”, “platinum” e “master”, além de apoios institucionais de empresas de comunicação e entidades patronais, incluindo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Em resposta, a Caixa, através da Superintendência Nacional de Promoções e Eventos, confirmou que está patrocinando o projeto com R$ 300 mil, equivalentes ao patrocínio master. Com um tópico de “esclarecimento”, o banco contextualiza os eventos com a finalidade de discutir com profundidade as alterações, “assim como debater alternativas de potencialização do crescimento econômico e geração de emprego e renda”.

Ainda que o posicionamento do banco seja da geração do emprego, dentro da gestão da própria entidade neste governo Temer, há reiterados ataques aos trabalhadores, com a redução de vagas, a não realização de concursos públicos para substituir aposentadorias e programas de desligamentos, promovendo piora nas condições de trabalho e encolhimento do acesso aos serviços bancários da Caixa para a população, especialmente a de baixa renda.

“Isso é um desrespeito com o trabalhador, porque ao mesmo tempo que a Caixa se posiciona a favor da geração de empregos e do crescimento do país, na mesa de negociação o banco se nega a assinar um pré-acordo que garanta minimamente a garantia da Convenção Coletiva, nenhuma garantia contra as novas leis trabalhistas”, explica Junior Cesar Dias, presidente da FETEC-CUT-PR.

A Caixa, que é banco público, avançou no fechamento de vagas pós-golpe de 2016, contabilizando 4.794 desligamentos, sem reposição de novos concursados, entre 2017 e 2018, sendo 1.101 somente no primeiro semestre de 2018.

Um outro esclarecimento da Caixa sobre o patrocínio, é que ele foi aprovado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, instituição também consultada pela FETEC, que até o momento tem postergado os prazos estabelecidos na Lei da Transparência.

Banco do Brasil confirma patrocínio mas nega informar o valor

Já o Banco do Brasil confirmou o patrocínio, que também é “master”, tal qual o da Caixa, mas decretou sigilo quanto ao valor. A justificativa do banco público para a disponibilização de verba para promover seminários a favor da reforma trabalhista foi mercadológica: de acordo com a gerência executiva da BB Seguros, logo estampada no patrocínio, trata-se de “iniciativa de posicionamento de marca que suporta os objetivos estratégicos da Companhia, tanto do ponto de vista do interesse mercadológico, considerando o público-alvo presente nos eventos e as possibilidades negociais em potencial, quanto do ponto de vista institucional”. A resposta também situou que o valor, não divulgado, possui “alinhamento de mercado” e apresenta “importante pacote de contrapartidas tanto de imagem quanto de inscrições de participação”.

“O Banco do Brasil possui valor estratégico no mercado sim, mas é de fomento à agroecologia, de subsídio ao pequeno agricultor, de promoção à agricultura familiar com acesso ao crédito. Essa mudança brusca de perspectiva sem compromisso social com a população é uma das faces mais desprezíveis do golpe de 2016 e os reflexos disso são sentidos na mesa de negociação, em que os trabalhadores do BB só estão perdendo direitos”, explica Ana Paula Busato, representante dos trabalhadores do BB do Paraná nas negociações com o banco.

O BB Seguros é um braço do banco público para seguros, previdência, capitalização e planos odontológicos oferecidos pelo BB, está se situando como mercadológico, mas ainda assim está submetido à Lei da Transparência via Controladoria Geral da União (CGU), órgão responsável pela centralização dos pedidos de informação sobre o poder público federal, escancarando o viés privado do governo Temer.

A FETEC PR estuda adotar outras medidas que garantam a informação de quanto o Banco do Brasil gastou com essa promoção da “reforma trabalhista”.

 

Por Paula Zarth Padilha
FETEC-CUT-PR

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Fenaban não apresenta proposta, empurra negociação e não assina ultratividade


Próxima rodada será dia 07 e Comando Nacional orienta realização de assembleias dia 08 pra avaliar proposta prometida por banqueiros

Mesmo tendo prometido apresentar uma proposta global no dia 1º de agosto, a Fenaban chegou de mãos vazias para a reunião. A expectativa dos bancários era que a fase de apresentação de reivindicações e propostas terminasse nesta última quarta-feira. Os trabalhadores esperavam que as negociações fossem encerradas e a nova Convenção Coletiva Nacional fosse assinada antes do fim do prazo de vigência da anterior, em 31 de agosto. Mas, além de não cumprir a programação acordada, a federação patronal continuou se recusando a assinar o pré-acordo de ultratividade, que manteria os direitos da CCT 2016-2018 até que a nova fosse firmada.

A promessa agora é de que a proposta global seja apresentada no próximo dia 07. O Comando Nacional dos Bancários já está esperando que os patrões cumpram com o prometido e já orienta os sindicatos a realizarem assembleias no dia 08 para avaliar a proposta.

Mas algumas respostas já são definitivas. Uma delas é sobre o vale-cultura, que deixou de ser pago em 2017, quando acabou o incentivo fiscal concedido pelo governo às empresas que oferecessem o benefício a seus empregados. Agora, os bancários querem que o vale-cultura entre na CCT e volte a ser pago, mesmo sem o incentivo. “A Fenaban poderia demonstrar o que diz e valorizar nossa Convenção com a volta do vale-cultura. Os bancos não precisam de incentivo fiscal, o sistema financeiro tem todas as condições para continuar pagando vale-cultura, já que é o segmento da economia que mais lucra”, critica Nilton Damião Esperança, presidente da Fetraf-RJ/ES e membro do Comando Nacional. Os banqueiros alegaram que precisam de segurança jurídica para voltar a oferecer o benefício. “Isso é uma falácia. Não temos agora a prevalência do negociado sobre o legislado? Não haveria insegurança jurídica nenhuma em voltar a pagar. O que os patrões querem é que o governo retome o incentivo fiscal. Mas este setor, que lucra tanto, deveria incentivar o crescimento da produção cultural”, acrescenta o sindicalista.

Outra negativa é sobre a adoção do Salário-Mínimo Necessário, calculado pelo Dieese, como piso da categoria. O valor está em R$ 3.747,10 e atende às especificações do salário mínimo: ser suficiente para uma família de 4 pessoas – com saúde e educação gratuitas. A Fenaban já adiantou que considera difícil mexer no piso da categoria e ficou de apresentar proposta sobre remuneração no dia 07.

 

As reivindicações e as respostas dos bancos:

AUMENTO REAL
Os bancários cobram reposição total da inflação mais aumento real para salários e demais verbas, como VA e VR. A inflação projetada está em 3,88%, com expectativa de alta. Os bancos apresentarão proposta no dia 7.

PLR
Os bancos querem manter a regra atual da PLR, (que prevê o pagamento de 90% do salário-base mais R$ 2.243,58, limitado a R$ 12.035,71). Se o total distribuído a todos os funcionários não atingir 5% do total do lucro líquido de 2016, o valor individual deverá ser majorado até alcançar 2,2 salários, limitado a R$ 26.478,55, ou até que se atinja os 5%. Diante do enorme lucro do setor, os bancários querem rediscutir o formato, de maneira que os trabalhadores recebam uma parcela maior do resultado que ajudam a alcançar. O assunto voltará à pauta na próxima semana.

14º SALÁRIO
Os trabalhadores reivindicam o pagamento do 14º salário a todos os empregados, inclusive os afastados e os que saírem do banco no ano em que for creditado. Para a Fenaban, não há espaço para isso porque consideram já haver vários “benefícios” para os bancários, que na realidade são direitos conquistados pelos trabalhadores na luta.

PISO
Outro ponto da pauta dos bancários é o piso de R$ 3.747,10 (correspondente ao salário mínimo do Dieese). Os bancos acham difícil mexer no valor pago atualmente, mas devem apresentar proposta na próxima semana.

PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS (PCS)
Outra reivindicação é a adoção de um Plano de Cargos e Salários, elaborado com a participação de sindicatos. Para a Fenaban, no entanto, não dá para regrar tudo. Os bancários defenderam a importância do PCS diante das mudanças unilaterais feitos pelos bancos, como a alteração de jornada para oito horas de 80% dos bancários de instituições públicas.

SALÁRIO DO SUBSTITUTO E ISONOMIA SALARIAL
Os bancários reivindicam que, ainda que de caráter provisório, seja garantido ao empregado substituto o mesmo salário do substituído, e efetivação na função caso o período seja superior a 90 dias. A Fenaban afirmou que substituir é um aprendizado, que é difícil de fazer esse pagamento e precisam analisar para apresentar uma proposta. Os bancários argumentaram que há casos de substituição de muito tempo e que os cargos trazem responsabilidades sem a devida remuneração.

PARCELAMENTO DO ADIANTAMENTO DE FÉRIAS
Outra reivindicação é que o adiantamento das férias possa ser devolvido em até 10 parcelas iguais e sucessivas, a partir do mês subsequente ao do crédito, sem acréscimo de juros ou correções. A Fenaban informou que vai refletir sobre o pedido.

VALE-REFEIÇÃO, CESTA-ALIMENTAÇÃO E 13ª CESTA
Os bancários reivindicam vales refeição, alimentação e 13ª cesta no valor de R$ 954 mensais. Inclusive nos períodos de licença-maternidade, paternidade e adoção, gozo de férias e nos afastamentos por doença de qualquer natureza ou acidente de trabalho. Os bancos devem apresentar proposta de valores na próxima semana.

AUXÍLIO CRECHE/AUXÍLIO BABÁ
Os representantes dos bancários reforçaram a importância de reajustar o direito para que os pais possam trabalhar com tranquilidade. O valor reivindicado é de um salário mínimo mensal (atualmente em R$ 954) para cada filho, inclusive os adotados, dependentes com guarda provisória e enteados, até a idade de 12 anos. Os bancários argumentaram que o atual valor, de R$ 434, é muito baixo e não é possível atender à necessidade dos trabalhadores.

AUXÍLIO EDUCACIONAL
Outro ponto da pauta da categoria é o pagamento de bolsas de estudo pelos bancos para ensino médio, graduação ou pós-graduação. Dentre os bancos que compõem a mesa, somente o Bradesco não paga.

VALE-CULTURA
Os bancários cobram que seja restituído o vale-cultura retirado pelo governo golpista. Mais um direito retirado, apesar do compromisso de manutenção, assumido junto aos representantes dos trabalhadores. Pago a todos os empregados, inclusive os afastados por problemas de saúde, até o último dia útil do mês, a reivindicação é de R$ 153,91, na forma de cartão magnético, para compra de ingressos para peças teatrais, cinema, shows, musicais, bem como para outros espetáculos artísticos. A Fenaban voltou a falar em tributação e que não há segurança jurídica para pagar fora da legislação que não prevê mais esse direito.

REGULAMENTAÇÃO DA REMUNERAÇÃO TOTAL
O Comando informou que quer discutir a remuneração total para que não haja redução ou substituição de contratos pelas formas de precarização previstas na lei trabalhista do pós-golpe. A Fenaban informou que até agora os bancos não aplicaram nenhuma nova forma e que não há movimento nesse sentido. Mas não se comprometeram a assinar.

IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
Os bancários cobram dos bancos a promoção de políticas para eliminar desigualdades e discriminações por motivos de raça, cor, gênero, idade ou orientação sexual (LGBTQ) nos locais de trabalho e promover a equidade. Também é reivindicado que novas contratações nos bancos observem essa diversidade, assim como na estrutura hierárquica e administrativa da empresa. O respeito à identidade visual dos empregados, às suas características físicas e expressão de sua personalidade é outra reivindicação dos bancários. Os dirigentes sindicais deram vários exemplos do que acontece hoje nas instituições financeiras, como a proibição do uso de barba ou a recomendação de que mulheres usem roupas que ajudem nas vendas. Os representantes dos bancos consideraram os exemplos importantes para o debate e para apresentar algo sobre o assunto. Os bancários apresentaram pesquisa que demonstra ser o machismo (61%) o preconceito mais arraigado na sociedade, seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%), para contextualizar o momento que o país está vivendo e que interfere no mercado de trabalho com dificuldade de ascensão profissional. Os bancários cobraram a realização de um novo censo para reavaliar o quadro e retomar os debates sobre o tema na mesa bipartite de igualdade de oportunidades. E apontaram o momento oportuno para campanhas de orientação e formação de gestores, inclusive sobre casos de assédio sexual. O assunto deve ser retomado na próxima rodada de negociação.

 

Fonte: Fetraf-RJ/ES, com Contraf-CUT

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CAMPOS: Sindicato mobiliza bancários

O Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região (RJ) realizou, na manhã de quarta-feira (1º), uma passeata no Centro da cidade para mobilizar a categoria, que está na expectativa para mais uma rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O Comando Nacional dos Bancários vai tratar hoje das cláusulas econômicas. Também na pauta a proposta global da Convenção Coletiva de Trabalho.

Os bancários e bancárias saíram em passeata da sede do sindicato, na Rua Marechal Floriano, e percorreram as principais ruas do Centro com faixas, carro de som e banda de música. No Pelourinho, em frente à agência da Caixa no calçadão, houve ato público para conscientizar não só a categoria, mas toda a classe trabalhadora sobre a importância da luta pela garantia de direitos.

“Este momento difícil no país requer a unidade da classe trabalhadora. E nossa luta só terá resultado se em outubro elegermos representantes nos governos e nos legislativos que tenham compromisso com a população, que cobrem dos banqueiros sua parte na construção de um país mais justo para todas e todos”, disse Iracini Soares da Veiga, diretora para Questões da Mulher da Federação Interestadual dos Trabalhadores no Ramo Financeiro do Rio de Janeiro e Espírito Santos (Fetraf-RJ/ES).

 

Fonte: Sbtraf-Campos

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Santander é acusado por negociação irregular de dólares

O banco Santander foi acusado de realizar negócios irregulares no mercado cambial. Por esse motivo, o banco terá de desembolsar R$ 3,3 milhões à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para encerrar processo administrativo sancionador (PAS).

De acordo com o processo, a instituição financeira operou com contratos de dólar futuro, que resultaram na transferência de R$ 6,6 milhões para o Banco Santander Central Hispano (Santander Madri), em 2015.

Foram realizadas seis operações para viabilizar a transferência dos recursos. O responsável pelas ordens de negociação era o executivo, Rogério Keiiti Endo.

Mesmo com tentativas falhas do Santander de tentar reduzir o valor proposto para o pagamento da multa, o banco acabou aceitando a proposta do CVM.

Além do banco, o Rogério Endo também teve de assinar um termo de compromisso e terá de pagar R$100 mil ao órgão.

 

Fonte: Contraf-CUT

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Fetraf-RJ/ES entrega minuta regional ao sindicato dos bancos

Os diretores da Fetraf-RJ/ES Eliana Mota e Paulo Garcez estiveram na manhã desta terça-feira na sede da Associação e Sindicato dos Bancos do Estado do RJ para entregar à diretoria da entidade a minuta aditiva regional e a minuta nacional de reivindicações dos bancários. O documento foi recebido pelo gerente financeiro da entidade patronal, Jorge Antônio Alves Pimenta.

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ANGRA: Sindicato comemora 30 anos

Fundado em 28 de julho de 1988, o Sindicato dos Bancários de Angra dos Reis teve origem no Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, com sede em Barra Mansa, que mantinha em Angra dos Reis e Itaguaí sub-sedes e Diretores liberados para fazer o trabalho de base.

Tendo em vista a distância da sede, Bancários de Angra à época, embora bem representados, tinham dificuldade de participar de assembleias e manifestaram a vontade de se “emancipar”. A Diretoria do Sul Fluminense, com o apoio político da Federação dos Bancários-RJ/ES, concordou com este desejo, levou à proposta para uma assembleia, que aprovou e assim nasceu o Sindicato, com sede em Angra dos Reis e base territorial em Itaguaí, Mangaratiba, Paraty e Seropédica. Na assembleia foram aprovadas as doações de uma sala, móveis, utensílios e duas linhas telefônicas.

Em 30 anos de História foram 05 os presidentes eleitos. Luiz Carlos Soares em 1988, Ronaldo Rodrigues Pereira em 1991, Jorge de Souza Valverde em 1995, Clóvis de Castro Souza em 1999 e 2003, Jorge de Souza Valverde em 2007, Clóvis de Castro em 2011 e Rogério Salvador em 2015.

O Sindicato filiou-se a CUT em 1994 após amplos debates com Trabalhadores e dos quais participaram representantes das principais correntes políticas da Central. A filiação foi aprovada com apenas uma abstenção em uma assembleia que envolveu toda a base e o movimento sindical da região.

Em 09 de novembro de 2012 um sonho foi realizado. Foi inaugurada a Sede Administrativa Própria.

No atual mandato, o Sindicato conta com 35 Diretores (08 mulheres), sendo 17 liberados para exercer a atividade sindical (12 na sede em Angra e 05 na sub-sede em Itaguaí) e 18 Diretores no local de trabalho. Temos ainda 04 Diretores da Federação dos Bancários que nos auxiliam (02 liberados e 02 na base). O índice de sindicalização é de 75% (Nos Bancos Privados o índice é de 95% e nos públicos é de 55%) e exercem a atividade bancária nos 05 municípios da base, cerca de 550 (51% são mulheres) Bancários, distribuídos por 48 unidades Bancárias. (38 agências e 10 postos).

“Consideramos como marcas da Entidade, as constantes visitas à base (temos um veículo que é usado principalmente pra isso), o não recebimento de remuneração pela Diretoria Administrativa, a popular “ajuda de custo” (logo no 1º mandato isso foi abolido do estatuto), o Demonstrativo Financeiro que é afixado no quadro de avisos das agências periodicamente, o cartão de aniversário e o relatório de atividades que é publicado no Jornal do Sindicato”, disse Jorge de Souza Valverde, diretor do Seeb Angra dos Reis.

 

Fonte: Seeb-Angra dos Reis